A trilogia de Nova York

A trilogia de Nova York Paul Auster




Resenhas - A Trilogia de Nova York


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Fabrício Cardoso 10/06/2024

"A história não está nas palavras; está na luta"
Temos aqui um conjunto de três histórias aparentemente policiais, mas cujo clima noir é apenas uma camada, talvez a mais superficial da trilogia. Obviamente, nos divertimos demais com as premissas básicas: um homem que, cansado de receber ligações por engano, assume a identidade do antigo dono do telefone; outro que se desintegra perseguindo um sujeito que é espelho de si mesmo e, por fim, aquele que sai em socorro da mulher do amigo de infância desaparecido. São pontos de partida excitantes para histórias que se prestam a um exuberante exercício de linguagem, testando o limite das palavras. Até quando elas definem as coisas universalmente? Paul Auster também traça um retrato ora cômico, ora divertido, das obsessões que inventamos para mascarar a completa ausência de sentido da vida. "No final, todas as vidas não passam de uma soma de fatos contingentes, uma crônica de intersecções fortuitas, lances de sorte, casualidades que nada revelam senão sua própria falta de propósito". Nesse terreno semanticamente movediço, as ruas de Nova York são o que restou do concreto. Se joguem, pois é uma obra plena de significados e ao mesmo tempo leve, de leitura prazerosa.
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Rodolfo Vilar 08/06/2024

Durante a leitura do ?A Trilogia de Nova York? soube que Paul Auster tinha falecido e me senti um pouco incômodo, já que estava lendo a obra de alguém que tinha acabado de falecer, num sentido de que era quase impossível tais possibilidades estarem coexistindo ao mesmo tempo: o autor morto no plano real e o autor vivo no plano da literatura. Mas daí pensei, ISSO É PAUL AUSTER.

Em sua obra, esplêndida por sinal, Auster faz existir uma possibilidade de emaranhado de vidas que somente a literatura é capaz de fazer: um leitor que lê um livro onde o narrador nos conta as peripécias de personagens que procuram personagens que procuram personagens, dentro de um labirinto que é a própria Nova York, se tornando mais viva e dinâmica que todo o livro, onde as camadas de narrativa e construção se misturam numa complexa teia que prende o leitor até o fim, deixando a construção do texto mais interessante que a própria história ou sua conclusão.

As três historias que formam esse livro, onde nem consigo de fato falar sobre elas, se tornam um grande quebra-cabeça fenomenal que é a literatura de Paul Auster, explicando o quanto o autor usava da linguagem como matéria prima para a criação de suas obras, num delicado tecer que faz a linguagem se tornar mágica. Auster queria mostrar o quanto a linguagem poderia tornar as coisas múltiplas e tenho certeza que com esse recurso ele viverá eternamente em suas obras.

Viva Paul Auster.
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Faluz 26/05/2024

A trilogia de Nova York - Paul Auster - 2007
Essa trilogia escrita por Paul Auster, nos coloca na vida de três homens que ou são ágeis detetives, ou um escritor em que os dados biográficos são muito importantes.
Os personagens possuem o mesmo nome em várias histórias apresentam um caminho pelas ruas de New York, que nos faz reconhecer essas áreas que ele percorre e nos apresentam.
Muito interessante a forma narrativa.
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Red Velvet Moon 29/02/2024

Cada caso é uma maluquice apenas. Confesso que quando terminei o primeiro parecia que eu encarava uma grande parede branca, não entendi nada. Fora uma alucinação? Ou realmente aconteceu? Ele era maluco ou só maluco?
O segundo conto não me fez sentido algum e o terceiro muito menos.
Tirando a parte de que não entendi nada, o livro é muito bom. Perfeito para quem gosta de um bom mistério, mesmo que confuso.
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Higor 03/02/2024

Fui achando que encontraria histórias de mistério, policiais, momentos de tirar o fôlego, e me deparei com duas histórias entediantes e uma até que bem boa.

na primeira história, (cidade de vidro) temos um início promissor, com um escritor recebendo um telefonema errado e se fazendo passar por um investigador particular, mas ela logo se torna entediante, dando voltas numa escrita que não tira nada além de bocejos. a segunda história (fantasmas) se possui um ponto positivo é que em momento nenhum promete algo ao leitor. começa tediosa e termina igualmente chata. o grande destaque fica com a última novela (o quarto fechado), que traz uma trama mais interessante sobre um escritor que desaparece e seu amigo que ficou responsável por suas obras e enfrenta o dilema de publicá-las ou não, mas senti que, logo, o autor começa a dar voltas e mais voltas nos pensamentos e ações desse personagem.
não sei se entendi o conceito das histórias, e nem sei se tem conceito pra ser entendido.

acho interessante a forma como leitor e personagens vão se transformando em um só, já que as histórias possuem mais um viés psicológico centrado naqueles que são os investigadores, mas é de uma chatice que só. no fim, minha experiência não foi agradável, justamente por esperar algo e receber outro.
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Ronan 21/01/2024

Nota média: 4.3 ⭐

~ Cidade de Vidro - 5⭐
~ Fantasmas - 4⭐
~ O Quarto Fechado - 4⭐
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Lucas1429 20/11/2023

Confuso
Eu gosto muito do Paul Auster, acho um escritor sensacional da nova leva de americanos e, seu amor por Nova York, é algo comovente.

Contudo, dentre os vários livros dele já lido, esse é o segundo que não me agrada. Veja, a(s) história(s) têm uma narrativa incrível, te prende, mas o desabrochar, a forma de finalizar e dar um desfecho decente, parece que fugiu do autor.

São três histórias, que, com acasos e coincidências, de alguma forma se conectam. Achei que seria maior a conexão e fiquei, no mínimo, broxado com o resultado.

A arte da capa é de Art Spiegelmann, criador do MARAVILHOSO livro MAUS. Talvez seja das parcas coisas boas para falar deste livro, além de algumas discussões sobre identidade, literatura e da boa narrativa. Mas não vale as mais de trezentas páginas.

Não recomendo esta leitura. De Auster, existem livros melhores, também com o seu acaso de pano de fundo, e funcionando de forma muito mais completa.

(PS: Talvez eu não tenha entendido a obra e, portanto, a mesma seja uma obra de arte. Se alguém se dispuser a explicar e deixar evidente minha deficiência cognitiva e intelectual em compreendê-la, agradecerei)
Pedro.Gondim 21/11/2023minha estante
Estou com uma viagem marcada no final do ano para Nova York e queria muito pegar um livro em dezembro que se passasse na cidade. Tinha pensando nesse, mas agora fiquei meio inseguro. haha
Você recomenda algum outro do autor? Pelo que descreveu, ele é apaixonado por Nova York, né? Talvez tenha outros livros ambientados por lá.


Lucas1429 21/11/2023minha estante
Cara, primeiramente aproveite muito a viagem!

Tem muito livro em NY, o Auster mesmo sempre escreve sobre lá. Ele é quase que um patrimônio da cidade. Creio que Sunset Park vai ser uma leitura melhor do que essa.

Tem Praia de Manhattan da Jennifer Egan que tbm fala de NY, mas nos anos 40. De cabeça lembro desses!!




Cesar Garcia 03/11/2023

Uma construção interessante
A Trilogia de Nova York constrói histórias interessantes e cheias de referências, mistérios e um entrelaçamento entre as três partes que leva a uma grande reflexão.
Ainda digerindo tudo o que li, mas com certeza é uma obra incrível.
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danriien 05/10/2023

Se vc espera investigação policial, história de detetive e afins, não é o que vai encontrar aqui, pelo menos, não de maneira tão satisfatória...
a história me interessou muito mais pelas discussões acerca de linguagem e literatura, afinal, todos os três contos acabam falando sobre esses temas.
ainda vou levar um tempinho pra digerir esse livro.
não é surpreendente, mas não chega a ser ruim
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John.Schmitz 14/09/2023

A trilogia de Nova York
Gostei bastante, mas achei alguns dos monólogos muito cansativos.
De qualuqer forma, o plot das histórias é muito interessante e me intrigou muito.
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Campos 10/07/2023

1 de 3
Das três histórias a única que me cativou foi a única, as outras tem lampejos interessantes, mas nenhuma construção que me desperta tanta atenção. É um livro interessante, porém arrastado
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DêlaMartins 26/06/2023

Um livro diferente, difícil resumí-lo ou resenhá-lo. Li "Trilogia de NY" porque gostei muito de "4321" do mesmo autor e por se tratar de NY. Gostei da leitura e a nota 3,5 é por conta do quanto fiquei perdida, até entender que não se tratavam de contos independentes, mas tinham ligação. Isso só aconteceu no final do livro, de forma genial, entrelinhas...

São 3 histórias que abordam a busca ou vigia de alguém, uma coisa de detetive. Na 1ª, um escritor se passa por um detetive (que, estranhamente se chama Paul Auster) e fica"na cola" de um ex-professor e pesquisador, considerado uma ameaça. Na 2ª, Blue, um detetive, é contratado por White para seguir Black, sem saber o motivo. Uma confusão, nenhuma conexão entre as histórias e a solução do problema não é clara, fica "no ar", embora seja possível de entender a loucura de cada caso. Aos poucos, fica evidente que o foco não é a solução do caso.
Na 3ª, um escritor mediano é contatado pela esposa de um amigo de infância / adolescência que desapareceu para que ele cuide do acervo de textos deixado pelo desaparecido. Nesta última narrativa, alguns pontos das anteriores finalmente se encontram. Detalhar as histórias ou personagens não me parece necessário.

O ponto comum entre todas as histórias é a obsessão em desvendar o mistério levando o "detetive" envolvido à loucura de misturar quem é com aquele investiga, de entrar tão a fundo na busca e deixar de ser quem é. O que ficou é que nada é 100% certo, que não é difícil nos perdermos. Um livro doido, mas gostei.
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