O País do Carnaval

O País do Carnaval Jorge Amado




Resenhas - O país do Carnaval


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Dida 28/02/2022

Um Jorge ainda imaturo, mas que ainda sim retrata o seu personagem principal de sempre, que é o povo Brasileiro.
Nesse livro em específico, um povo jovem, insatisfeito, buscando a felicidade de formas diferentes e sem se identificar com o próprio país.
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Jessica858 12/03/2023

Primeiro romance de Jorge Amado, não poderia esperar algo gigantesco, mas não deixa de ser um livro maravilhoso, cheio de críticas à sociedade da época.
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Fernando.Mazeo 23/09/2021

Livro de estreia
Livro de estreia de Jorge Amado, traz uma critica ao país e sua sociedade, alem de uma discussão existencial.
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Rachel 06/09/2021

Grande obra do mestre Jorge. Em seu primeiro livro, escrito quando veio morar no RJ, aborda a reflexão filosófica burguesa em busca de um sentido. Recomendo.
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Romildo 08/04/2019

O país do Carnaval(1931) - Jorge Amado
A história é bem obscura, principalmente o pensamento deles sobre tudo: viviam procurando um motivo para viver, sendo um grupo de infelizes, que não tinha nada de se orgulhar e que nasceram para fracassar na felicidade... Mas ao decorrer do livro cada um tenta encontrar sua própria felicidade por caminhos diferentes. Ocorrendo diferentes fins.
Gostei de algumas críticas sobre o Brasil e trechos pensativos que ele apresenta ao longo do livro(tentei colocar algumas, mas não achei no livro, só na próxima releitura kkk).

Obs.: primeiro livro de Jorge Amado, com apenas 18 anos e no início de sua fama literária.
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RaquelSales17 18/06/2023

Por ser o primeiro livro do Jorge Amado e ter sido escrito há muitos anos, posso até compreender a forma de contar a história Além de se tratar de uma história de época Mas HOJE achei um livro extremamente misógino e racista ?
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regifreitas 25/02/2017

Iniciado ontem (24/2) e concluído hoje. Este, segundo as resenhas que li, foi o primeiro livro do autor, escrito aos 18 anos. Talvez por conta disso, de ser o livro de um autor ainda iniciante, ainda não pleno de sua técnica, tenha sentido a mão um pouco pesada na escrita. Achei os personagens meio estereotipados e as discussões filosóficas não me convenceram muito – além de serem repetitivas. A crítica social, embora existente, também é muito diluída ao longo do texto – pelo menos eu esperava um pouco mais nesse sentido, principalmente por conta do título da obra e pelo histórico do autor. E o diálogo final, entre o protagonista Paulo Rigger e José Lopes... panfletário ou ingênuo? Deixou um gostinho de vazio!
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Cheiro de Livro 30/06/2016

País do Carnaval
Esse ano Jorge Amado faria 100 anos. Teremos um ano de muita comemoração e muito se falará sobre a obra do escritor baiano. Como muita gente meu primeiro contado com a obra de Amado foi no colégio, “Capitães de Areia” era leitura obrigatória e lembro que me diverti bastante lendo sobre meninos de rua em Salvador. Depois disso tentei algumas vezes ler outros romances dele, mas nunca conseguia passar da página 10. Acabei adquirindo uma pinimba inexplicável com Jorge Amado.

Como uma forma pessoal de homenagear um dos escritores brasileiros mais conhecidos aqui e fora do país resolvi tentar mais uma vez. Comecei pelo seu primeiro romance “O País do Carnaval” publicado na década de 1930. A edição que peguei na estante aqui de casa é da década de 1960 e está meio caindo aos pedaços, ela junta os três primeiros romances de Jorge Amado (“Pais do Carnaval”, “Cacau” e “Suor”).

“País do Carnaval” mostra um grupo de amigos intelectuais em Salvador na década de 1920. Paulo é o nosso guia nesse mundo, um jovem educado na Europa que volta ao Brasil com desejo de se envolver na política. É um livro sobretudo sobre a desilusão. Paulo e seus amigos estão sempre falando sobre a busca da felicidade, criticando tudo e todos no Brasil e são incapazes de encontrar um rumo para as próprias vidas.

O carnaval abre e fecha o romance, a festa das ruas, a marchinha e a alegria de se brincar o carnaval são vistos por Paulo como um sinal do atraso. Mesmo olhando a festa popular como uma manifestação menor ele é envolvido por ela, pela música e por toda a alegria das ruas. Nesse primeiro romance Jorge Amado não se aprofunda muito nos temas, parece mais um ensaio do que ele queria escrever, retratar da sociedade brasileira na primeira metade do século passado.

Para um escritor que ficou muito conhecido por suas mulheres (Tieta, Gabriela, Teresa, Dona Flor), os personagens femininos são muito fracos e quase insignificantes na história. As mulheres aqui servem para aumentar a desilusão do protagonista ou para completar um quadro, mas não são ativas no desenrolar da trama. Elas entram e desaparecem de cena com facilidade e não tem lá muita importância no todo.

Esse primeiro romance de Jorge Amado não é um grande romance, tem um quê de ensaio para o que ele ainda iria escrever. Jorge faria 100 anos em agosto, no meu intuito de homenageá-lo tentarei dedicar mais tempo a sua obra. O próximo item da minha lista são suas mulheres. Quem sabe assim minha inexplicável pinimba com esse escritor não acaba.

site: http://cheirodelivro.com/pais-do-carnaval/
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Jeniffer Geraldine 26/05/2016

O País do Carnaval
Em 1930, ainda com 18 anos, o baiano Jorge Amado (natural de Ilhéus) escreveu seu primeiro livro intitulado O País do Carnaval. Na época, Jorge havia saído da Bahia para cursar Direito no Rio de Janeiro. Mesmo tão novo, Amado escreveu uma obra inteligente, crítica e que retratou as inquietações de vários jovens dos anos 30.

Em O País do Carnaval, o baiano Paulo Rigger volta ao Brasil após sete anos estudando Direito em Paris. Durante o seu tempo de estudos, Paulo tornou-se boêmio, blasé e aprendeu a apreciar as coisas boas. Passeava entre os grande salões e os cabarés. Mas apesar de tudo isso, ele era insatisfeito. Vivia em busca de algo porém não sabia o que era. Antes de voltar para Bahia, Rigger passa um tempo no Rio de Janeiro justamente na época do Carnaval.

Logo na chegada no Rio de Janeiro, Rigger encontra uma realidade totalmente diferente de Paris mas que ainda não reconhecia como Brasil. No Rio, a crise de identidade aflorou. Paulo não se reconhecia brasileiro, mas também não se considerava um europeu. E buscava entender o Brasil e a si mesmo, em meio ao Carnaval, a chamada festa democrática, em que todos se misturam, cantam, dançam e são felizes, e esquecem a situação crítica do país e seus cidadãos.

"Sentia, entretanto, que a capital da República não era Brasil. Tinha muito das grandes cidades do universo. E essas cidades não são cidades de países, são cidades do mundo. Paris, Londres, Nova York, Tóquio e Rio de Janeiro pertencem a todos os países e a todas as raças." (pag 23)

Na Bahia, Rigger passa a frequentar um grupo de intelectuais que estavam na mesma situação que ele – todos buscavam o sentido da existência e a felicidade plena na vida. Esse grupo era formado por: Pedro Ticiano, o mais velho e cético de todos e que não acredita no amor; Ricardo Braz, funcionário público e que “tinha uma grande sede de amor”; A. Gomes, jornalista, diretor de revista e ambicioso; Jerônimo Soares, ingênuo e sem grandes pretensões na vida; José Lopes, o mais estranho de todos. Sentia que não realizaria coisa alguma na vida. Todos eles eram céticos demais, o que deixou a busca pela felicidade torturante e os tornou infelizes.

"Aquela amizade chegara a ser uma grande consolação para suas vidas. Sentiam-se amparados uns pelos outros. Ajudavam-se e juntos procuravam a finalidade das suas existências. Depois de ter aprendido, com Pedro Ticiano, todas as atitudes céticas, eles começaram um combate à dúvida. Queriam alcançar o fim. Sim, diziam, havia um fim na vida." (pag 35)

Através das ações e diálogos dos personagens podemos refletir sobre política, ética, nacionalismo, niilismo, religião, filosofia, machismo e convenções sociais. O livro O País do Carnaval é considerado pelo jornalista e escritor José Castello, no posfácio disponível na edição da Companhia das Letras (2011), como um romance de deformação, “no qual Jorge se desvia da educação que recebeu da família e das expectativas paternas para se afirmar como sujeito”. No livro, Paulo Rigger está em busca do seu lugar na vida. Ao mesmo tempo em que se considerava uma pessoa moderna, continuava preso por convenções sociais e políticas da época, e aos preconceitos morais. E esse conflito também era vivido por seus amigos. Sendo que cada um tentava traçar o seu caminho em busca do sentido da existência.

Eu tinha uma ideia totalmente diferente desse livro. Nunca passou pela minha cabeça que ia encontrar um romance de deformação. Pensei que Jorge fosse comentar realmente sobre o carnaval. Mas o Carnaval aqui é apenas um elemento crítico e irônico utilizado pelo autor.

"Eu quisera intitular este romance de “Os homens que eram infelizes sem saber por quê”, mas a gente tem vergonha de certas confissões. E fica-se vivendo a tragédia de fazer ironias.
Os defeitos deste livro são a minha maior honra." (Jorge Amado, 1930)

O País do Carnaval é um romance sobre os jovens de 1930 que ainda dialoga com os dias atuais. Mudam-se os cenários, os personagens, e a busca por um lugar no mundo segue dentro de vários outros jovens. E vale lembrar, como disse o próprio Jorge Amado, “o fracasso das tentativas não é prova da sua inutilidade”. (pag 13).

site: http://jeniffergeraldine.com/amandojorge-o-pais-do-carnaval/
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fev 22/02/2023

3,75

É um livro com uma narrativa rápida que foca mais discussão filosófica sobre o sentido da vida e a busca da felicidade. Eu curti bastante, mesmo acreditando que o foco seria outro. Há outras discussões sobre o Brasil, mas não sobressaem a questão filosófica.

É rápido, interessante, fácil de entender. A sua construção deixa a desejar, mas o debate filosófico vale a pena.
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Luiza.Rufino 04/04/2022

Nunca tinha lido nenhuma obra desse autor. Gostei da forma como que ele escreve e gostei da leitura. E agora estou em uma crise será que a felicidade realmente existe ou é uma ilusão? Enfimmmm valeu a pena !!
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Lena 31/01/2023

O Banquete brasileiro
A história gira ao redor de um grupo de amigos literatos que dialogam sobre questões filosóficas, sobretudo o amor e o encontro da felicidade. Atraída pelo título e por ser o primeiro livro do Amado, eu esperava que a história fosse semelhante ao restante da obra do autor, com descrições do cenário e da sociedade baiana e com um apelo sociopolítico. Apesar disso, valeu a leitura! Já dava para perceber a grandeza do Jorge Amado ??
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Jeff.Rodrigues 25/08/2019

Resenha publicada no Leitor Compulsivo
O Brasil, eternamente profetizado como o país do futuro. Um tal futuro que, apesar das idas e vindas da história, nunca chega. Esse Brasil de promessas recebe jovens vindos da Europa, rebentos que lá foram estudar, se atualizar e agora retornam trazendo um misto de expectativas e dúvidas. O que a terra pátria tem a oferecer? O que é possível esperar do país do futuro que ainda respira ares coronelistas e oligárquicos? Há, de fato, futuro na terra onde a única coisa que se leva realmente a sério é o carnaval?

Em seu romance de estreia, escrito aos dezoito anos, Jorge Amado nos apresenta uma história repleta de questionamentos e desdobramentos bem diferentes dos que vão marcar pra valer sua obra. O País do Carnaval carrega uma sátira que vai se repetir e se tornar mais ácida em obras futuras, contudo traz uma história que beira o drama e passa longe do estilo que consagrou o autor. Um grupo de jovens “perdido” por Salvador em busca de respostas para questões tão filosóficas quanto complicadas. São poetas e jornalistas, homens que carregam a cultura que falta à massa do país que procura o caminho desenvolvimento. Um grupo que se reúne em torno da produção de um jornal, que segue conselhos de um consagrado, mas já pouco influente cronista, e que segue de bar em bar atrás de um sentido para tudo que os rodeia.

Protagonizado por Paulo Rigger, filho de fazendeiro que voltou dos estudos na França, O País do Carnaval percorre através dos dramas de seus personagens o drama de um Brasil que não desengata. As desilusões amorosas, financeiras, políticas e religiosas que cada um enfrenta são, em grande parte, metáforas daquilo que o próprio país tem diante de si. Mesmo que o próprio autor deixe claro na abertura que se trata apenas de um romance sobre “homens em busca do sentido da existência”, é impossível não associarmos ao momento de tensão em que o Brasil vivia. Um país em busca de um sentido. Avançar e olhar para a frente ou se manter preso às amarras do passado?

Em muitos aspectos, e isso chega a ser um pouco assustador, algumas passagens do livro mostram-se extremamente atuais. Há certas frases que soam proféticas ou poderiam ter sido escritas por um Jorge em plena atividade em 2019.

“O Brasil é o país verde por excelência. Futuroso, esperançoso… Nunca passou disso… Vocês, brasileiros, velhos que já foram e rapazes que são a esperança da Pátria, sonham o futuro. ‘Dentro de cem anos o Brasil será o primeiro país do mundo’. Garanto que aqueles detestável cronista Pero Vaz de Caminha teve essa mesma frase ao achar Cabral, por um acaso, o país que viera expressamente descobrir. ”

A galeria de personagens em O País do Carnaval não é tão rica como veremos nas obras futuras do autor. Apegado aos conceitos e dúvidas que permeiam as vidas desses jovens, Jorge não se preocupou em desenvolvê-los tão bem como virá a fazer. Mesmo assim, a baianidade exala seus aromas e temperos a cada página.

A saga de Paulo Rigger vai terminar no mesmo ponto em que começou. Olhando para o Cristo Redentor ele parte com tantas dúvidas quanto no dia em que desembarcou. Ao longe, a folia toma conta das ruas cariocas e, oitenta e oito anos depois da publicação, ainda nos questionamos se há, de fato, futuro na terra onde a única coisa que se leva realmente a sério é o carnaval.

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2019/07/20/resenha-o-pais-do-carnaval-jorge-amado/
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