PedroS2 22/02/2024
Uma doideira sem limites
Não estava afim de fazer esta resenha, não estou. Por estou aqui então? Não sei KKKKKK
Eu demorei bastante pra ler, esse livro cercou-se situações passageiras deveras atípicas.
Comprei, e logo em seguida emprestei para uma querida amiga. Mal li 30 páginas antes de emprestar.
Após isso, ela leu, até fez resenha (essa ordinária que me colocou nesse mundo viciante de resenhas??) - quando devolvido, logo emprestei pra outra pessoa. Virou o ano, eu não li. Quando comecei a ler, a professora do curso pegou o livro porque achou a capa bonita, foi ler a sinopse... bom. -É um livro meio diferente, professora. Disse eu.
Acho, que, para uma pessoa bem conservadora e mais velha deve ser um choque. Bom, vocês podem imaginar a expressão de perplexidade e incredulidade que ela fez ao ler, "Sexo, drogas e prostitutas."
Eu sou o representante de turma. Acho que ela nunca mais vai me respeitar. Fazer o que neh.
Eu li num período muito agitado este livro, turbulento e sem muito tempo pra nada. E tão com toda certeza muita coisa passou batido, e sem atenção. Planejo reler ele quando tiver mais tempo para me concentrar.
Eu não achei tão depressivo ou triste, certas coisas eu achei engraçado e chocante.
Até começar a ler de outra perspectiva, aí eu pensei, "É, tá, olhando por esse lado, realmente é meio pá". Ou até ler que ele foi abusado. Bom, nesse ponto como diria meu parceiro Erick "Agora o bagulho ficou nervoso."
Um livro com muitas reflexões, como, vícios. Acredito eu, com meu ser, que este livro nunca vai atingir tão forte uma que nunca passou por um vício e conseguiu superá-lo, ou uma pessoa que ainda está em um vício oculto e tenta desesperadamente se livrar disto.
Em partes eu concordo com o, "tem coisas que você não entende até experimentá-lo."
Ver o MC e seu desfecho com os vícios foi majestral a minha pessoa, eu fiquei realmente estarrecido com a grandeza dessa cena:
"-Não. Não preciso mais disso. Foi um acontecimento raro. Posso dizer, sem falsidade, que aquela foi a primeira vez em toda minha vida que recusei algo que me ofereceram. (...) tinha medo de que, ao recusar algo que me fosse oferecido, uma fissura eterna e irreparável surgisse em meu coração, e no coração da outra pessoa."
A plenitude desta cena, deste trecho. Desta recusa. É o ápice do desenvolvimento da plena liberdade humana. Recusar a si mesmo, deixar o excesso pelo domínio próprio.
Acerca do dinheiro, eu concordo até discordar HAHAH
"Um homem sem dinheiro fica deprimido, imprestável; não tem mais força para rir, fica se sentindo injustiçado." Até aqui concordo.
Após entrar na vida adulta, até antes na verdade. Situações onde falta de segurança, ausência do dinheiro, parece corroer a alma, além da carne, dos ossos. Parece tocar no âmago humano, a falta do poder de manter-se estável.
Não digo como uma avareza, mas uma necessidade.
Sociedade. Eu diria que isso foi bem simples. Mas são coisas simples que muitas vezes não paramos para pensar.
O que é a "sociedade"? São a representação das necessidades humanas? São os números? É a moralidade humana generalizada em um termo? Ou apenas pessoas?
Pessoas formam amizades, essas amizades geram grupos, grupos geram a sociedade. E a sociedade o que gera? Pra que serve?
Outra que me pegou. foi a relação de Yozo com seu pai. Honestamente, eu gostaria de ser pai um dia. E isso me fez refletir muito, porque já imaginava um desfecho horrendo para aquele extremanente perspicaz mas ingênuo garotinho. "O que gerou esse comportamento que trouxe tanta dor para aquele garoto?"
A falta de comunicação?
A falta de empatia?
Ausência do amor?
Tem muitas vertentes, uma que conclui foi a imposição. A falta de incentivo à construção do senso de individualidade da criança. É claramente mostrada a repressão silenciosa que o garoto sofria, a sua destreza em perceber os desejos do pai para o mesmo o reprimia a recusar o que não queria, fazendo-o nunca conseguir expressar o que queria.
Foi uma boa lição que aprendi, pais devem se atentar a como as crianças podem se desenvolver com base em suas atitudes.
Não devemos impor sobre os outros nossas vontades.
Entre outras "n" coisas que poderia ressaltar.
Ademais, tenho plena convicção que, se você ao findar a leitura, achando ruim e não percebendo a magnificência e profundidade, você é um completo dum idiota.