Lucas.Cunha 29/05/2023"E ninguém na Terra estará vivo para saber que eu tinha razão" Gostei bastante, não é o melhor livro do Asimov que li até agora, mas sem dúvida tem seus momentos. O livro é dividido em três partes basicamente.
Contra a estupidez... Na primeira parte vemos um problema envolta da comunidade científica, o que é uma perspectiva bem interessante, que por mais que a ciência seja atualmente o nosso melhor método para desvendar a realidade, ela ainda assim depende de nós humanos para execução, sendo assim, não é perfeita. Então a problemática da trama vai tratar principalmente sobre humanos falíveis, mas que por algum motivo, adquirem certo poder dentro da comunidade e deixam seu ego, ignorância ou noções pré-estabelecidas acima do bom senso e da razão.
.... os próprios deuses.... Na segunda parte, vemos uma trama envolvendo "extraterrestres" que é uma das melhores partes, porque normalmente as representações são bastante caricatas quando se trata disso, porém o Asimov foi realmente inventivo, que é o que deveríamos esperar quando tratamos de seres que evoluíram em condições completamente diferentes das nossas. Fora essa parte técnica que brinca coma estranheza, ele também também consegue criar uma trama envolvente, com ótimos personagens e boas reflexões.
lutam em vão? A terceira parte foi a mais fraquinha ao meu ver, é bem legal ainda, não me entenda mal, mas eu não sei se eu queria que ela fosse maior para poder apresentar mais coisas ou se eu só esperava mais do Asimov. Aqui vemos a continuação da primeira parte com a resolução da trama final, a solução acabou sendo previsível, com alguns clichês talvez e coincidências, mas foi interessante ainda assim.
Asimov tem ótimas ideias em pegar conhecimentos científicos ou então fazer certas previsões no limite da ciência e aplicar narrativas em volta. Não posso deixar de mencionar como é interessante e criativo a física da bomba de elétrons ou então o para-universo todo, já na parte do intuicionismo me incomodou um pouco talvez, teria ainda de pensar mais sobre, mas por enquanto, ainda assim uma ideia interessante porque imagino que foi uma aposta com o conhecimento que se tinha em engenharia genética. Sobre o sentimento final dos livros, sempre uma visão mais otimista em relação a ciência, tecnologia e ao futuro, algo tão único mas também tão importante nos dias de hoje.
Ps: Que capa ruim em Aleph, eu não consigo entender, de certa forma parece infantilizada e por outra lado não vejo uma criança gostando disso.