Deco 30/10/2021
Contra a estupidez, os próprios deuses lutam em vão.
Os críticos da obra de Asimov sempre focavam em dois aspectos fundamentais: a falta de seres extraterrestres, e a excessiva racionalidade dos seus personagens, ou seja, a falta de interações sentimentais e sexuais entre eles.
Incomodado, o bom doutor decide escrever "the gods themselves". Fugindo do seu já complexo e bem formado universo de robôs, império e fundação, nos maravilhando com a sua capacidade criativa, produz uma nova temática multidimensional, com a presença de alienígenas física, sexualmente e emocionalmente complexos, cujo ciclo de vida é totalmente diverso do nosso.
A história contada na obra é simplesmente incrível, impecavelmente escrita, e traz um tema que sempre existiu e sempre existirá, "a narrativa de interesses". Como convencer alguém sobre algo que lhe desagrada? como contar uma má noticia e faze-la ser aceita?
O ser humano não enxerga o que não lhe interessa, pois, "contra a estupidez, os próprios deuses lutam em vão".
A cada livro que leio, Asimov parece ainda mais genial.