Coruja 15/12/2015Essa foi uma leitura bem a propósito no meu cronograma de atividades nesse fim de ano - especialmente a se considerar que o comecei na véspera de viajar para ir à Comic Con Experience. Bem-humorado, sincero, prático e cheio de dicas legais, a minha reação ao terminar de ler O Manual da Garota Geek foi 'quero comprar uma centena dele e sair distribuindo por aí para todo mundo de que gosto'. Como não sou um gênio bilionário, minha filantropia terá de se limitar a um sorteio cá no blog. Mas falaremos disso mais abaixo.
Descobri esse título por causa do Goodreads Choice Awards 2015, premiação que se tornou uma das minhas fontes para escolher novas leituras: ele foi um dos indicados na categoria humor. Gosto do gênero e a capa imediatamente chamou minha atenção e quando descobri que ele tinha sido traduzido aqui no Brasil, não deu para resistir.
Foi um volume bem rápido e que tanto mexeu com minha nostalgia quanto se provou bastante atual. Atual porque 2015 foi um ano em que se discutiu bastante a questão de preconceito, diversidade e feminismo no mundo nerd - tivemos mais de uma polêmica, a última na própria CCPX, quando o pessoal do Pânico na Band, depois de muitas grosserias, chegou ao cúmulo de lamber uma cosplayer. Nostálgico porque ele me fez lembrar dos meus tempos de ficwriter, de todos os amigos que fiz ao longo desse tempo e de como isso foi a porta de entrada para chegarmos até o Coruja.
Identificar-se como uma garota nerd é fazer parte de uma comunidade calorosa e muito receptiva, que pode ir dos gritinhos excitados a profundos e longos debates sobre o background de seus personagens favoritos. E, francamente? Eu adoro esse sentido de pertencimento, de solidariedade e paixão.
O livro se divide em quatro partes principais: uma introdução que é também como um abraço apertado repleto de empolgação; um mergulho no mundo virtual e todas as suas possibilidades; dicas de como sobreviver a uma convenção - e cheguei à conclusão que convenções como as Comic Cons pelo mundo são a Meca de todo nerd -; e feminismo (claro que não podia faltar). Tudo isso entremeado por pequenas entrevistas com nomes importantes do meio - escritoras, produtoras, atrizes, quadrinistas - que dizem o que significa para elas ser uma garota geek.
Aliás, Sam Maggs é ela mesma editora do excelente The Mary Sue e sabe exatamente do que está falando.
O livro é todo ilustrado e tem um projeto gráfico lindo. Não sei se é igual à edição em inglês, mas de toda forma a editora aqui no Brasil está de parabéns pelo trabalho.
Recomendo para todo mundo, e não apenas ao público feminino - por mais que o título seja O Manual da Garota Geek, o que Maggs escreve aqui serve para todo mundo que se enxerga como um nerd tolerante e crítico desse nosso universo de nerdices.
Terminando por hoje... como disse na abertura dessa resenha, queria poder dar esse livro de presente para todo mundo. Não podendo, sortearei um exemplar entre os comentários desse post, bastando responder pra mim com qual fandom vocês se identificam e porquê. O resultado do sorteio vai ao ar no dia 31 de dezembro, antes da virada.
(um p.s. para quem está lendo a resenha no skoob ou no goodreads: o sorteio é só no blog do Coruja, ok?)
site:
http://owlsroof.blogspot.com.br/2015/12/para-ler-o-manual-da-garota-geek.html