Tico Menezes 25/09/2022
Um segundo tempo explosivo
O segundo capítulo na saga do nosso psicopata favorito chega com o pé na porta!
Com um humor mais mórbido do que nunca, Dexter volta numa trama tensa e que abre diversas possibilidades. Personagens novos, um antagonista distante, mas ainda próximo, dúvidas, expectativas e a prova de que Dexter é extremamente perspicaz sobre todos, mas pouco ciente de si mesmo.
As reviravoltas desse livro demoram a chegar, mas quando vêm, são pesadíssimas. E há alguns momentos em que o humor vai além do sarcasmo de Dexter, vindo de personagens que aos poucos vão se tornando mais importantes. Aqui, o autor constrói melhor os ambientes e dosa bem o tempo das tramas paralelas. É um avanço importante para a saga.
Porémmmmmmm, como nada é perfeito, há uma verborragia que incomoda muito mais do que no primeiro livro. Às vezes os monólogos de Dexter parecem intermináveis, atrapalham a narrativa e parecem escritos só para encher página. Contei pelo menos cinco vezes em que minha mente foi para lugares bem distantes da leitura porque Dexter falava sobre a espessura das folhas que caíram no outono ou da cor da graxa na luva do mecânico. É um ponto de melhora na escrita de um autor que parece perceber seus erros, o que dá esperança para que os próximos sejam ainda melhores.
Não tem jeito, ler Dexter é um caminho sem volta. Tô louco pra ver as consequências desse final bombástico!