O gigante enterrado

O gigante enterrado Kazuo Ishiguro




Resenhas - O Gigante Enterrado


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Lys Coimbra 29/11/2015

Confesso que fui "fisgada" pela capa. Mal sabia que a edição LINDA era apenas o prelúdio de um livro grandioso.

Depois da leitura fiquei um pouco anestesiada, tentando digerir tudo aquilo que me tinha sido oferecido, e quanto mais eu assimilava todo o rico enredo de Kazuo Ishiguro, mais me impressionava com a delicadeza com que ele abordou temas tão sensíveis.

Acredito que os livros, todos eles, podem apresentar diferentes facetas, a depender do seu leitor. Isso é natural, já que cada pessoa é única e enxerga aquilo que está predisposta a ver.

Assim, livros alegóricos, como "o gigante enterrado" podem "se mostrar" de tantas maneiras quantos forem os seus leitores, porque o autor usa metaforicamente seres fantásticos para apresentar questões enfrentadas por todos nós, em todas as épocas, culturas, classes e idades, e cada um interpreta essas representações de acordo com a sua perspectiva: alguns enxergam apenas a literalidade dos seres míticos e da fantasia, outros conseguem vislumbrar, em diferentes níveis de profundidade, o que está sendo tratado por meio das alegorias, e muitos se perdem no enredo.

A experiência é individual e depende das peculiaridades de cada um.

Em "o gigante enterrado" um casal idoso de bretões, um guerreiro saxão, um menino órfão e um velho cavaleiro do Rei Arthur nos conduzem a uma viagem de reflexão, com trolls, ogros, fadas, barqueiros e uma dragoa. Cada um dos viajantes tem um objetivo e uma convicção que merecem ser considerados com respeito e empatia.

Em mim, o livro despertou muitos questionamentos acerca da consciência: o quão essencial seria preservar as marcas deixadas por grandes dramas? Até que ponto é importante manter vivas, ou reavivar, todas as nossas dores e traumas sob o pretexto de honra e justiça? Quem pode traçar, com precisão, a linha tênue entre honra e traição? O nosso passado é o único elemento a definir o nosso futuro?

Independe do que desperta em cada um de nós, este é um livro que vale a pena "degustar" como a uma iguaria: aos poucos, sem pressa e consciente de todo o prazer que ele é capaz de nos proporcionar.
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Vanessa 26/10/2015

O Gigante Enterrado, de Kazuo Ishiguro
Mais um livro que me conquistou pelo capricho da edição. A capa azul texturizada e o corte colorido são lindos! E a sinopse nos deixa curiosos.
O livro é, na verdade, uma grande metáfora. Para tudo há um correspondente (ou mais, dependendo da bagagem de cada um) que deve ser objeto de reflexão.
A narrativa utiliza vários elementos de fantasia, como fadas, ogros e dragões, para ilustrar uma sociedade que é atemporal, já que os temas e as angústias, vistas de uma maneira realista, é claro, fazem parte de nossas vidas até os dias atuais.
A história se dá em um passado distante, depois do reinado de Artur, em uma terra habitada por bretões e saxões. Nesse contexto, um casal de idosos, Axl e Beatrice, nota que todos estão perdendo a a memória de forma incomum, mas que a maioria das pessoas não percebe isso. Eles resolvem sair de sua aldeia para encontrar o filho e resolver esse mistério. No caminho encontram personagens marcantes: um cavaleiro leal a Artur, um guerreiro, um menino misterioso e uma dragoa. Mas a busca pelo filho acaba se tornando uma busca muito maior.
A abordagem da falta de memória dos habitantes da região é incrível. Cada um dará um sentido e um valor a esse elemento. E os questionamentos se multiplicam. Afinal, o esquecimento ajuda? Muda nossos sentimentos e ações? O que isso tem de religioso? O que isso tem de conveniente? Que mérito podemos encontrar no final?
Precisamos pensar também no que a dragoa, seu estado e sua morte representam na narrativa. E as barcas? E os barqueiros? Aqui há mais do que intertextualidade. A interpretação depende de cada leitor. Somos coautores do que lemos, colocamos ali nossas experiências e convicções, é inevitável. Esse livro pode tomar caminhos diversos e isso está diretamente relacionado aos valores do leitor: família, política, religião, honra, sociedade, enfim.
E precisamos pensar em nós, seres humanos, com todas as nossas incoerências. Mesmo depois de submetido a tanto sofrimento e perda, o humano ainda cultiva o desejo de prolongar o ódio (às vezes com o nome de honra) para além de sua vida, ainda que através de um discípulo.
E ao mesmo tempo, e em surpreendente contraste com o que foi dito acima, percebemos como as pessoas são capazes de dar continuidade a uma missão (em sentido amplo) por lealdade e de tal forma que tornam-se incapazes de questionar os propósitos, as bases.
E assim a vida segue, o tempo passa e as angústias e perguntas permanecem as mesmas.
Enfim, o livro é uma metáfora sobre a vida e as relações humanas. É desejável gostar de fantasia para que a leitura siga prazerosa, sem que a racionalidade crie um afastamento que prejudique a compreensão do que importa. Ou, pensando bem, pode ser lido de várias maneiras e terá seu valor em todas elas.
Eu recomendo.
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Leituras do Sam 14/10/2016

O quanto valem nossas memórias?
O Gigante enterrado é um livro que promete, mas não entrega.
O que salva o a história é o casal de velhilhos Axl e Beatrice que são os protagonistas.
O romance trata basicamente de memórias e questiona qual a importância delas para o presente e quais influências terão no futuro. Precisamos mesmo lembrar de tudo o que nos aconteceu tanto de bom quanto de ruim?
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Pri 15/11/2016

{Resenha} O Gigante Enterrado - Blog As Meninas que leem livros
Axl e Beatrice são os protagonistas deste livro que me perturbou durante algumas semanas, por sua estória incrível e cativante sobre a vida e como ela passa e deixa em nós marcas – algumas em visíveis cicatrizes e outras tão profundas que decidimos esquecê-las, pois, de outro modo, não conseguiríamos continuar vivendo. São um casal adorável: dois velhinhos que se amam e se respeitam acima de qualquer coisa que possa existir em seu passado. Respeitam-se e se amam incondicionalmente e que nem a aproximação da morte mudará isso.

E essa foi a razão de me perturbar... Eu não queria chegar no fim.

O Gigante Enterrado se trata mais do que apenas a criatura mito. Trata-se de tudo aquilo que enterramos dentro de nós. Cada pessoa tem seu Gigante, aquilo que deixa bem no fundo de seu inconsciente e coração. E como tememos que essa criatura desperte e traga de volta tudo aquilo que queríamos ter deixado para trás.
[...]
Continue lendo no blog!

site: http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2015/09/o-gigante-enterrado-kazuo-ishiguro.html
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Tracinhas 15/11/2016

por Lídia Rayanne
Sabe aquele livro que você se apaixona pela capa e fica com uma vontade desesperadora de ler só pra conferir se a história está à altura da mesma? Este foi o meu caso com “O Gigante Enterrado”.

A história me conquistou logo pela sinopse, afinal, quantos livros conhecemos em que os protagonistas são um casal de idosos? Axl e Beatrice são camponeses numa aldeia coletivistas que vivem um dia após o outro, mas com uma constante angústia que não conseguem nomear, pois sempre que estão perto de se lembrar, este algo lhes foge à memória. Até que depois da visita de uma estranha mulher à aldeia, Axl finalmente se recorda – ele e a esposa precisam visitar o filho em outro vilarejo.

Mas a viagem não será fácil, além de enfrentar a distância e um terreno irregular, o casal de idosos precisarão ultrapassar a maior de todas as barreiras – a densa névoa que provoca o esquecimento dos habitantes da região. Eles precisam resgatar suas memórias a qualquer custo para chegarem ao seu destino, nem que para isso tenham que enfrentar a dragoa cujo bafo provoca tal névoa.

Com a ajuda de um guerreiro saxão e um jovem órfão, Axl e Beatrice partem numa jornada para matar a dragoa Querig. As aventuras que se sucedem eu não vou descrever para não estragar a surpresa durante a sua leitura, mas o que posso dizer é que com uma narrativa lúdica, bem ao estilo de “O Hobbit” e “As Crônicas de Nárnia”, “O Gigante Enterrado” aborda temas profundos como a memória coletiva sendo alterada para superar traumas. As questões éticas em torno do tema nos fazem pensar sobre qual é o mal menor: impedir que um povo conheça sua própria história, ou resgatar suas lembranças sobre o risco de uma vingança?

O amor que atravessa as barreiras do tempo e da memória, assim como o perdão, tanto individual como o coletivo, assim como a vergonha são temas recorrentes durante todo o livro. Embora o livro seja recheado com cenas de ação e duelos, diálogos cheios de tiradas e personagens cativantes (inclusive os coadjuvantes), esta não é uma historia feita com o intuito de divertir o leitor, mas de fazê-lo refletir. Não digo que foi um livro que devorei na ânsia de terminar logo, mas foi um que quis saborear aos pouquinhos, descobrindo todo o valor escondido em suas entrelinhas.

Quando cheguei à última página, fiquei com aquela sensação devastadora e com saudade da história, dos personagens, e me perguntando como o autor teve coragem de ser heartbreaker daquele jeito. Semanas depois de ter terminado, ainda estou digerindo o final, me recuperando daquela derradeira cena e batendo palmas para a escolha genial do título do livro. Pois só quando terminamos é que compreendemos o que de fato significa.

Mais do que uma capa bonita ou uma história de aventura, “O Gigante Enterrado” é uma obra cheia de valor que traz questionamentos morais e nos faz pensar sobre a importância da memória em nossas vidas.

site: http://jatracei.com/post/152989099152/resenha-218-o-gigante-enterrado
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IvaldoRocha 11/02/2017

Um livro que pode ser julgado pela capa.
Afinal este livro ganhou o prêmio Jabuti 2016 na categoria melhor capa.
Kazuo Ishiguro é um escritor nascido no Japão, mas criado desde a infância na Inglaterra, tem como hábito tentar escrever algo novo e inesperado a cada trabalho e segundo seus críticos e fãs, conseguiu mais uma vez.
A história se passa numa Inglaterra muito antiga e ainda habitada por Dragões, Duendes e Feiticeiras. E é neste ambiente de fantasia que seus habitantes vão perdendo a memória. Não conseguem se lembrar de sua infância, juventude, nem de algo que até pouco tempo atrás tivesse sido o centro da atenção de todos, e provavelmente amanhã cairá no esquecimento.
E então, na aldeia, um casal de idosos, resolve visitar seu filho que partiu já há muito tempo, pelo menos é o que eles pensam, e foi para uma aldeia distante. Eles não lembram exatamente onde fica essa aldeia e nem se lembram da fisionomia do filho, mas tem um desejo premente de encontra-lo. Também não se lembram do motivo de ele ter partido, mas cada um tem uma sensação a respeito, que prefere guardar só para si.
O gigante enterrado talvez seja isso, um passado que não se lembra, mas que pode a qualquer momento acordar e quem sabe com que consequências.
É difícil falar sobre a história sem estragar algumas surpresas. Acredite o livro é realmente muito bom, corre de maneira sutil como que entre a névoa que adormece a lembrança de todos.
Embora este seja um livro que fala sobre a perda da memória, você não irá esquecê-lo tão fácil.
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Augusto 11/02/2017

Um livro... estranho...
Uma mistura de Game of Thrones e A espada era a lei."
Assim o The Guardian define a obra de Ishiguro e... bom... comece esquecendo essa bobagem.
Às vezes me pergunto se quem escreve coisas assim leu o mesmo livro que eu...

O Gigante Enterrado começa bem.
O autor ambienta seu romance numa Grã - Bretanha que ainda exala algo da era arturiana. Num certo sentido, embora já morto, o mítico rei ainda está lá. Seja nas reminiscências de uns poucos pensonagens, desbotadas como um sonho antigo... seja na presença errante de um de seus mais valiosos cavaleiros.
Sir Gawain, uma sombra quixotesca do feroz guerreiro que já fora um dia. Vagando pelo lugar sob o peso de sua armadura enferrujada e das memórias que o atormentam.
O infeliz cavaleiro é um dos poucos que ainda conserva suas lembranças. O que não parece ser, nem de longe, um privilégio. Ao contrário... em O Gigante Enterrado uma boa memória é quase uma maldição. Aqui o The Guardian acerta quando diz que o livro trata sobre o "dever de lembrar e a premência de esquecer."

A grande maioria dos pensonagens (quer saxões, quer bretões) parece seguir sua vida num estado intermediário entre o sono e a vigília.
Uma névoa misteriosa que toma conta da ilha inteira os faz esquecer a cada dia do que se passou...
Suas memórias, sejam elas boas ou ruins, estão perdidas para sempre (ou... talvez não).
Para eles, só existe o hoje.
E é uma reflexão sobre isso que Ishiguro parece querer fomentar...
Quantos amores adoecem e morrem sob o peso das mágoas?
Quantas amizades não conseguem sobreviver às inevitáveis decepções comuns à quase todas as relações humanas?
Quantas guerras são iniciadas porque o rancor se espalhou e cresceu, silencioso como uma doença incurável?

Embora o autor tenha me parecido um pouco perdido no meio da obra, mantive as três estrelas porque ele conseguiu me fazer pensar a respeito dessas coisas... um bocado...

O tom do livro é triste e melancólico... embora belo.
Talvez, as cores sombrias com que Ishiguro pinta seu romance pudessem ter encontrado um antídoto caso tivesse sido oferecido às personagens uma terceira opção além de simplesmente conservar ou descartar suas lembranças: a chance de perdoar...
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eurodrigoalves 11/11/2015

lindo
do começo ao fim. lindo.
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patyflortelles 14/04/2017

Valeu a pena.
Foi uma leitura com ritmo lento,e algumas vezes, pensei em desistir.Mas depois que a neblina me envolveu,não consegui largá-lo.Esta história de amor me tocou pela sua beleza real e profunda.
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Nati Sampaio 22/09/2017

Amei!
É um livro muito sutil, muito profundo e muito tocante. Não é um livro para quem está procurando grandes aventuras, ou um romance, ou muita ação. A ação nesse livro acaba ficando em segundo plano, você obviamente se envolve e quer saber o desenrolar dos acontecimentos, mas não é isso o mais importante, e sim os diálogos entre os personagens, a profundidade dos mesmos, e uma reflexão profunda. Quando acabei de ler o livro fiquei muitas horas ainda digerindo o final, até entender melhor. O livro é cheio de metáforas, que talvez um leitor mais desatento não consiga perceber. Não achei o livro cansativo e não tive vontade de abandonar, como vi muitos dizendo. Muito pelo contrário, eu estava louca para terminar. É um livro envolvente, que fala sobre amor, companheirismo, perdão, respeito. Até que ponto somos capazes de amar o próximo mesmo ele tendo nos magoado? Seria mais interessante esquecer para amar, ou somos capazes de amar mesmo lembrando das mágoas?
Eu recomendo fortemente este livro, que considero uma belíssima obra de arte.
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Btrz 14/10/2017

Kazuo fala sobre memórias, sentimentos, companheirismo e sobre o preço da paz.

Em primeiro plano é contada a historia de Beatrice e Axl, um casal de idosos que apesar de ter passado a vida juntos não se lembram de boa parte dela.

Ao fundo é contada a história do legado de Arthur, a paz entre Saxões e Bretões que também não tem muitas lembranças de como a história se desenrolou.

O livro tem pouca ação.
Sua principal proposta é a crítica ao que estamos dispostos a por em jogo em troca de lembranças incertas.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 19/10/2017

Convite À Reflexão
Em 2017, a Academia Real Sueca, mais uma vez concedeu o Prêmio Nobel para um escritor que não estava entre os favoritos. Se a notícia gerou surpresa, não causou a polêmica da escolha de Bob Dylan no ano anterior. O nipo-britânico Kazuo Ishiguro é um ficcionista de expressiva reputação que, curiosamente, desejava ser músico antes de optar pela carreira literária. Ele também é o único premiado que já realizou um curso de escrita criativa, neste caso, na East Anglia University.

Lançado em 2015, ?O Gigante Enterrado? é seu sétimo e mais recente romance. Ambientado há 1500 anos, numa Inglaterra onde a população vive ao lado de monstros e criaturas mágicas, sua história tem como fulcro narrativo o papel seletivo da memória, ao questionar a importância de manter algumas lembranças esquecidas.

Seus protagonistas são Axl e Beatrice, um casal de velhinhos em busca de um filho que não se lembram como é, onde mora e se realmente existe. Entretanto, esta dificuldade não é só deles, todos seus conhecidos não se recordam de boa parte do passado e, ao que tudo indica, a responsável é uma misteriosa névoa que se estende pela região.

Em linhas gerais, a difícil jornada que ambos têm pela frente entrelaça várias histórias paralelas e reúne personagens fascinantes, como Gawain, um cavaleiro bretão que sabe mais do que conta, Wistan, um guerreiro saxão a serviço do rei, e Edwin, um jovem ferido por um monstro.

Tamanha sua profundidade, este romance não se esgota numa primeira leitura e há muito a ser estudado, pesquisado e debatido a seu respeito. Seu próprio título exibe um caráter metafórico, visto que, a primeira vista, sugere uma terra habitada por gigantes, todavia, além da primeira camada textual, este gigante pode simbolizar velhos ódios que estão prestes a se reerguer.

De acordo com Ishiguro, a narrativa ?trata de coisas que escolhemos esquecer na hora de formar uma sociedade, ou de construir um relacionamento longo. Não existe relação humana possível que não tenha gigantes enterrados no quintal".

Por sinal, sua história apresenta interessantes referências literárias e mitológicas, por exemplo, Wistan remete a Beowulf e um barqueiro, a Caronte. Transitando entre a fantasia e o lirismo, ela é também bastante singular, pois caracteriza-se pelo ritmo lento, a atmosfera melancólica e protagonistas que, combalidos pela idade, não tem o mesmo vigor e a força do protótipo do herói.

Para finalizar, este é um romance aberto a interpretação, convidando o leitor a refletir sobre temas universais, como o amor e guerra, e outros atuais, o ressurgimento do nazismo e a questão dos refugiados. Ele poderá não agradar quem procura uma leitura leve, pois Ishiguro propõe questões difíceis e respostas que incomodam. Como sugestão, recomendo o comentário de Neil Gaiman que, publicado no New York Times em 25/02/2015, está disponível na internet.

Nota: Com boa tradução e revisão, adquiri o ebook que, com índice ativo, correspondeu ao esperado.
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ig: rafamedeirosmartins 10/11/2017

Prêmio Nobel 2017 e sua fábula sobre o dever de lembrar e a premência de esquecer
Um livro ambientado numa antiga Bretanha povoada por aldeões, ogros, dragões, guerreiros e reis. Até a parte III é o que parece: um romance de cavalaria. Entretanto, no terço final o livro ganha fôlego, a névoa se dissipa, tanto para as personagens como para o leitor; as memórias são desvendadas e as ricas metáforas se verticalizam numa belíssima marcha até o fim de todas as coisas.

Acompanhamos a jornada épica de Axl e Beatrice, um casal idoso cuja memória individual e coletiva estão obscurecidas por um feitiço muito antigo. As trabalhadas metáforas (o motivo do feitiço do esquecimento, o amor, a dragoa, a religião, o barqueiro) alcançam a universalidade. O último capítulo flerta com a perfeição.

O livro é de leitura simples porém lentíssima, como uma longa jornada a pé. Aí seu toque genial: temos a sensação de acompanhar a caminhada dos protagonistas como se estivéssemos lado a lado, desvendamos os mistérios em conjunto, e chegamos a fim juntos.

Kazuo Ishiguro foi galardoado com o Prêmio Nobel de Literatura de 2017.
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Lara 13/11/2017

Muitas páginas para pouca história.
A leitura poderia ser feita com as 60 primeiras páginas de apresentação dos personagens e logo depois o último capitulo.Este é bem poético e muito bonito.A página 196 vale o livro inteiro.A leitura no geral é arrastada.Nota 7.
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Ivigna 03/01/2016

Este livro possui uma linguagem simples, lembra uma história contada oralmente. O clima da narrativa é tristonho e a leitura flui rápido... Mas por trás dessa aparente simplicidade, nos deparamos com metáforas tocantes.

Em um mundo "Pós-Artur", onde uma misteriosa névoa encobre as lembranças das pessoas, acompanhamos um casal de idosos, Axl e Beatrice, que saem em uma viagem até a aldeia do filho que eles não viam há muito tempo, nem sequer lembravam de suas feições. No caminho, eles esbarram com diferentes personagens, incluindo guerreiros, cavaleiros e criaturas mágicas.

Porém, ao meu ver, a intenção do autor não foi fazer um épico fantástico, e sim se utilizar da fantasia para retratar a realidade.

O Gigante Enterrado é um livro sobre a morte, a importância das lembranças (por mais simples que sejam), o adeus às pessoas amadas, a velhice, o esquecimento e o amor. Etapas que todos nós teremos que passar um dia.

É um livro difícil de esquecer.
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