Bagagem

Bagagem Adélia Prado




Resenhas - Bagagem


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Leonardo 02/03/2012

Que linda bagagem!
Achei de uma simplicidade e de uma doçura sem tamanho.
Adélia Prado me fez chorar em alguns versos a qual fala da perda dos pais.
Ela acabou comigo.
É para o vestibular, mas é para ser amado e favoritado para sempre. Para deixar na cabeceira e ler quando o dia não for dos melhores.
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Paula 29/01/2010

Encantamento
A poesia de Adélia Prado é como um feitiço, como se entre as linhas houvesse um pó mágico que leva alegria aos corações e faz a alma da gente se sentir mais leve.
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Lúcia Ramos 07/09/2009

Alma limpa.
Adélia Prado tem esse poder incrível de lavar minha alma e de me deixar nova.
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Élida Lima 01/03/2009

Madura, consistente, divina
O livro Bagagem, foi a primeira publicação de Adélia Prado, de 1976, aos 40 anos de idade, por indicação de Carlos Drummond de Andrade.

Licença Poética

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas, o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
(dor não é amargura).
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida, é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.

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A INVENÇÃO DE UM MODO

Entre paciência e fama quero as duas,
pra envelhecer vergada de motivos.
Imito o andar das velhas de cadeiras duras
e se me surpreendem, explico cheia de verdade:
tô ensaiando. Ninguém acredita
e eu ganho uma hora de juventude.
Quis fazer uma saia longa pra ficar em casa,
a menina disse: "Ora, isso é pras mulheres de São Paulo"
Fico entre montanhas,
entre guarda e vã,
entre branco e branco,
lentes pra proteger de reverberações.
Explicação é para o corpo do morto,
de sua alma eu sei.
Estátua na Igreja e Praça
quero extremada as duas.
Por isso é que eu prevarico e me apanham chorando,
vendo televisão,
ou tirando sorte com quem vou casar.
Porque que tudo que invento já foi dito
nos dois livros que eu li:
as escrituras de Deus,
as escrituras de João.
Tudo é Bíblias. Tudo é Grande Sertão.

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