Bagagem

Bagagem Adélia Prado




Resenhas - Bagagem


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Sil 05/04/2016

QUEM SABE QUANDO TIVER MAIS BAGAGEM
Bom dia caros amigos,
eu sempre desconfiei que não gostava muito de ler poesia, mas nunca havia de fato lido um livro de poemas. Então, essa conclusão não era muito justa, pois é o mesmo que dizer que não se gosta de Rollmops, sem nunca ter experimentado (eu ja comi, e na boa: ainda bem que existe a carne moida ), sendo assim, precisava ler um livro do gênero, pra tirar a prova real. Cheguei a brilhante conclusão que de fato eu não simpatizo muito com poesia.

O livro lido foi Bagagem da autora brasileira Adélia Prado, ele é curto, fácil, rápido e nem todas as páginas estão escritas até o final (visto que poema é escrito em versos), então eu li ele em uma manhã. Teve momentos que eu senti, e acho até que entendi o que a autora quis passar, mas eu não senti muito prazer lendo esse livro, acredito que precisa gostar mesmo desse estilo literário, se não fica uma coisa um pouco vazia ler por ler, ler sem entender, sem absorver a leitura.

Porém, não foi um martírio ler ele, talvez seja um livro pra reler em outro momento, quando estiver com mais bagagem, quando tiver lido livros com um conteúdo mais denso, e ai então, me apaixonar

Abraços

site: http://www.colunadovale.com.br/quem-sabe-quando-tiver-mais-bagagem/
Ricardo Rocha 05/04/2016minha estante
baseando-me na teoria de que gosto muito de que os libros é que leen a gente, haverah decerto teu momento e nada tem a ver, acredito, com bagagem, mas com tempo mesmo. Fui os tres livros de poesia de que mais gosto depois dos trinta anos, Rilke (elegias), TS Eliot (sobretudo esses) e também Keats (de quem gosto mais da pesoa e acabo indiretamente tendo prazer na obra.


Sil 05/04/2016minha estante
Obrigada Ricardo, tomara que mais pra frente eu goste e alem de tudo, consiga absorver a leitura. Abraço


Ricardo Rocha 05/04/2016minha estante
^^


Sarah 26/10/2017minha estante
Oi, Silvana! Eu também pensava como você, achava que poesia não era pra mim. Eu ainda hoje não consigo entender muita coisa, mas peguei um livro de poesias pra ler e ver por mim mesma. Li Fernando Pessoa, um livro curtinho, durante um mês inteiro; por dia eu lia uns 4 poemas somente. Mas eu lia muito devagar, em voz alta, tentando saborear cada verso. Resultado: perdi a conta das vezes que chorei lendo.

Poemas são feitos para serem saboreados lentamente, sempre entrando em contato com seus sentimentos e sua história!

Não desista de ler poesia, é maravilhoso! :D




Katia Rodrigues 18/11/2021

"(...) o dia, atravessou minha vida, virou só sentimento."
"Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia, constantemente amanhecendo. "


"Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado é igual fé, não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo e filhos tem os quantos haja. Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca, da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é: eu sou homem você é mulher. Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança: eu quero amor feinho


O amor me fere é debaixo do braço,
de um vão entre as costelas.
Atinge o meu coração é por esta via inclinada.
Eu ponho o amor no pilão com cinza e grão de roxo e soco.
Macero ele, faço dele cataplasma
e ponho sobre a ferida."
Gio 18/11/2021minha estante
Gostei hein


Katia Rodrigues 18/11/2021minha estante
Gio, a Adélia fala bastante sobre religião, família, coisas simples da vida, da natureza... Acho q se vai gostar dela.


Gio 18/11/2021minha estante
Parece que vc me conhece hehe


Katia Rodrigues 18/11/2021minha estante
Acertei ??




Gabi 03/07/2022

???
Foi uma leitura leve e rápida, mas não uma das melhores. Os poemas em si tem muita identidade, mas muitos falavam da mesma coisa e focavam em fé, algo que não curto muito. Mas de resto foi uma leitura agradável.
victor 03/07/2022minha estante
fiz um trabalho sobre esse livro no ensino médio e senti a mesma coisa, agora resta ler ele com mais atenção pra ver se ainda me sinto assim


Gabi 04/07/2022minha estante
simm, pra entender o livro tem que ver o contexto histórico por trás e bláblá
mas 0 paciência




antuan_reloaded 04/05/2022

"Bagagem", estreia de Adélia Padro na poesia, me ofereceu uma experiência extremamente amena e enfadonha. Dividido em quatro partes, os poemas que compõem essa coletânea, em sua maioria, giram em torno da temática divina. É uma mistura aguada de catecismo com a tentativa pedante de autoafirmação poética (a redundância foi necessária).

Poemas tais quais "Círculo", "No meio da noite", "Exausto", "Bendito" e "Sítio" são tão ruins poeticamente falando que inclusive me fizeram questionar a intencionalidade da poeta com relação a eles: ironia ou alheísmo? Não há trabalho poético da linguagem, são pequenas narrativas. Além disso, que poeta em sua sã consciência usa conectivos? Poema ou artigo de opinião? Adélia usa "todavia" em "Fé".

Minha esperança, contudo, é que os surtos de lucidez que aparecem timidamente na segunda parte, "Um jeito e amor", sejam melhor aproveitados e melhor trabalhados ao longo de sua obra. Afinal, fica difícil acreditar que a poeta que escreveu poemas como "Confeito" e "Amor feinho" é a mesma que escreve os supracitados.

[Revisão da nota]
underlou 04/05/2022minha estante
O encerro




Élida Lima 01/03/2009

Madura, consistente, divina
O livro Bagagem, foi a primeira publicação de Adélia Prado, de 1976, aos 40 anos de idade, por indicação de Carlos Drummond de Andrade.

Licença Poética

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas, o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
(dor não é amargura).
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida, é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.

---

A INVENÇÃO DE UM MODO

Entre paciência e fama quero as duas,
pra envelhecer vergada de motivos.
Imito o andar das velhas de cadeiras duras
e se me surpreendem, explico cheia de verdade:
tô ensaiando. Ninguém acredita
e eu ganho uma hora de juventude.
Quis fazer uma saia longa pra ficar em casa,
a menina disse: "Ora, isso é pras mulheres de São Paulo"
Fico entre montanhas,
entre guarda e vã,
entre branco e branco,
lentes pra proteger de reverberações.
Explicação é para o corpo do morto,
de sua alma eu sei.
Estátua na Igreja e Praça
quero extremada as duas.
Por isso é que eu prevarico e me apanham chorando,
vendo televisão,
ou tirando sorte com quem vou casar.
Porque que tudo que invento já foi dito
nos dois livros que eu li:
as escrituras de Deus,
as escrituras de João.
Tudo é Bíblias. Tudo é Grande Sertão.

---


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Lúcia Ramos 07/09/2009

Alma limpa.
Adélia Prado tem esse poder incrível de lavar minha alma e de me deixar nova.
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Paula 29/01/2010

Encantamento
A poesia de Adélia Prado é como um feitiço, como se entre as linhas houvesse um pó mágico que leva alegria aos corações e faz a alma da gente se sentir mais leve.
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Leonardo 02/03/2012

Que linda bagagem!
Achei de uma simplicidade e de uma doçura sem tamanho.
Adélia Prado me fez chorar em alguns versos a qual fala da perda dos pais.
Ela acabou comigo.
É para o vestibular, mas é para ser amado e favoritado para sempre. Para deixar na cabeceira e ler quando o dia não for dos melhores.
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Nilson 03/12/2012

Uma viagem da infância à velhice
Uma viagem a cada poema, um livro que realmente trás muita bagagem. É desses tipos de livros que lemos, relemos e refletimos. As poesias da Adélia Prado fazem do simples ato de ler um aprendizado para vida.

Adélia poetizou sobre tudo ou quase tudo, escreveu sobre a vida, cotidiano, religião entre outros. Adélia poetizava assuntos da alma e das dores do mundo.

Senti-me lendo alguns poemas como se estivessem sido escrito por uma criança, outros como se fossem poemas escritos por uma senhora de idade avançada que viveu muito e resolveu compartilhar o seu viver em poesia. Ler esse livro é, mais ou menos, viajar da infância até velhice ou vice-versa.

Um livro para rir, pensar, identificar-se e se emocionar. Poemas forjados do sentimento puro, talvez do sofrimento, frustração e ao mesmo tempo dessa tal felicidade.

Somente depois de ler seu livro, descobrir que o livro Bagagem da Adélia Prado foi uma indicação de Carlos Drummond de Andrade. E com um padrinho desses, fica impossível ter qualquer tipo de rejeição.
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carolbws 04/05/2024

"Mulher é desdobrável. Eu sou."
Achei o livro muito bom, profundo, falando de temas como feminilidade, a dor de existir, morte, os segredos do espírito, a velhice e a submissão a Deus. É simples a compreensão de que a maioria dos poemas não vem de um processo criativo mas sim de experiências pessoais, com narrativas complexas.
Sou suspeita para falar porque amo livros como esse, então amei lê-lo. A escola arrasou nessa escolha.
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Maria... 05/07/2014

Bagagem
Em "Bagagem" a autora Adélia Prado, nos mostra através da poesia o cotidiano de uma vida simples, desde a infância, amores, religiosidade e perdas familiares. É uma leitura simples e leve para quem aprecia esse gênero literário.
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Allisson 16/03/2017

Reflexão
O livro de Adélia Prado me surpreendeu. Seus poemas trazem a reflexão da vida, do amor e também das coisas simples da vida. Meu poema favorito é o "Fatal".
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Hilton Neves 07/07/2017

Quem Faz Aquilo em Disritmia Vira Mala-sem-alça
... Qualé, bicho?!? Desgostar das bolas baterem na parede?? No entanto, muitos outros poemas foram legais. Meus prediletos: Antes do nome, Impressionista, O que a musa eterna canta, De profundis e Medievo.
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Mr. Jonas 04/02/2018

Bagagem
o, está composto por cinco partes: O modo poético, Um jeito de amor, A sarça ardente I, A sarça ardente II e Alfândega. Em todas elas há temas que se repetem, sua condição feminina, por exemplo, é reafirmada em vários pontos. Nota-se que é um livro para ser lido e percebido como composto por uma mulher.
O Amor é outra temática central, ele aparece, no entanto, de forma muito simples, acompanhado por um sutil erotismo que se faz presente em vários poemas. Há também uma presença constante do cotidiano, cenas da vida corriqueira que ganham um tom lírico ao serem convertidas em poesia. As relações familiares, como o amor entre mãe e filho, a relação entre pai e filha, ou entre cônjuges, ganham destaque na obra.
Como um desdobramento desses temas surge a questão da memória, há na poesia da autora uma série de poemas que se dedicam a relembrar acontecimentos vividos por gerações anteriores e também elementos que podem ser considerados autobiográficos.
Há também em Bagagem um emprego muito recorrente da metapoesia. De fato, o ato de escrever poemas assim como a própria concepção de literatura da autora são temas muito importantes no livro. Por último, a religiosidade também merece atenção na obra, porém, trata-se de uma relação com o sobrenatural que também é muito natural e incorporada ao cotidiano, lírica e suave como os outros temas centrais do livro.
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