Tati Tavares 15/05/2017Quem leu o “O diário de Anne Frank” precisa conhecer essa coletânea de contos escritos por Anne no período em que viveu no Anexo Secreto.
“Quando estava sozinha com a natureza, eu compreendi – compreendi sem mesmo me dar conta disso – que o medo é uma doença para a qual existe apenas um remédio. Alguém que esteja com tanto medo quanto eu estava naquele momento, deve olhar para a natureza e ver que Deus está mais próximo do que a maioria das pessoas pensa.”
Ao longo do diário, é notório o talento com que a menina lidava com as letras. Possuía um cuidado minucioso ao introduzir metáforas com tons poéticos em suas folhas. Sonhava em ser jornalista, ser lembrada por suas palavras. Ela conseguiu, tragicamente, mas conseguiu.
Em “Contos do Esconderijo”, vemos estórias, cartas à Kitty e algumas crônicas que são citadas no diário, mas que não o compõem.
Estórias lindas, de elfos à internato, aquecem o coração, ao típico estilo Anne Frank de arrebatar o leitor. Na maioria ela retrata a própria vida, de um jeito fictício e sonhador. Porém, o amor idealista pelo pai, o ódio pela mãe e a mente libertária que possuía, são nitidamente o elemento chave de sua identidade nesse livro.
“Veja, aquilo que se busca quando se está deprimido é a felicidade. Não importa o quanto sinta a falta de alguém a quem possa expressar seus sentimentos; a felicidade, uma vez que a encontre e ela permaneça em seu coração, não pode mais ser perdida.”
Recomendadíssimo para os fãs da jovem mártir do holocausto e para os que pretendem conhecê-la ainda.
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