Resenhas - O Mercador de Veneza

cafecomlivro.br 10/04/2024

Polêmica!
Não esperava nada menos do meu escritor preferido, mais eu me surpreendi bastante com essa história. Além de ser uma narrativa divertida, empolgante e curtinha, eu me deparei com uma polêmica.

Sem mais enrolação, o livro conta a história de como um mercador muito rico de Veneza que emprestou uma soma de dinheiro para o amigo dele cortejar uma mulher e de repente ele se viu preso a um contrato com o prestamista que por sinal era seu inimigo, um judeu muito perverso. O contrato se resumia ao seguinte, se até a data que foi combinado o pagamento dos 3000 ducados o mercador não pagasse, o prestamista tinha por lei porque foi assinado um documento no "cartório" da época o direito de arrancar uma libra de carne do mercador.

Por ironia do destino da noite para o dia o mercador (que por sinal se chama Antônio) recebe a notícia de que todas as suas riquezas que estavam nos galões navegando pelos oceanos afundou e que ele estava na miséria, cada vez mais agoniado com a data do contrato se aproximando e ele sem o dinheiro para pagar.

Ele pede ajuda ao amigo que pediu dinheiro em nome do mercador, e se vê em um julgamento com as personalidades influentes da cidade para descobrir o destino dele. Deixa um pequeno spoiler aqui de uma das cenas do final que foi dito que o prestamista podia arrancar a libra de carne com tanto que não escorresse uma única gota de sangue.

E se por um acaso você não entendeu a polêmica é porque você não assistiu O Auto da Compadecida de Ariano Suassuna, que após eu pesquisar mais a fundo a semelhança na internet realmente Ariano Suassuna é acusado de plágio da obra de Shakespeare.

sass.off 07/04/2024

Um clássico com um final um tanto inesperado
Fui ler o livro por curiosidade da escrita do tão aclamado Shakespeare e não minto o livro tem uma história bem interessante. Todavia, o português do livro não é o mais fácil de se entender mas com paciência e talvez pesquisa da para compreender melhor a história.

Mari 06/04/2024

Esperava uma tragédia, mas faz parte das comédias.
A peça é gostosinha de ler, os personagens são interessantes e a Porcia é a minha favorita, embora eu não tenha gostado do final dela.
O Antônio é deprê, mas é o personagem mais fofo, apesar de também parecer um tanto hipócrita, assim como os demais homens de bem dalí.
Livro bom e que cabe reflexões,em especial de intolerância religiosa e fidelidade.

v de vanisse 02/04/2024

NÃO TEM UMA PESSOA DECENTE NESSA PEÇA
Juro, não tem um personagem dessa peça que se salve. São todos trambiqueiros. Eu não diria que o Shylock é o vilão sendo que ninguém aqui presta? eu gostava mesmo só da Pórcia. Achei ela uma diva.

Jessica 02/04/2024

Um livro empolgante, apesar de não gostar muito de uma narrativa no estilo peça de teatro.
Em resumo, achei que era a história de vários "trambiqueiros", cada um correndo atrás doa seus interesses
Detalhe: esse livro deu origem do nome Jessica

Ariel do pastel 01/04/2024

Apropriado
Eu diria que é uma boa história, mas eu não entendi profundamente a história, talvez pelo vocabulário.Mas de certa forma, é interessante.

Leo 01/04/2024

Não Shakespeare é um gênio
Eu li o livro inteiro amando o Antônio e entendendo o Shylock, que livro incrível passaria o dia todo falando sobre ele

Maiara.Lucas 30/03/2024

O mercador de Veneza
O mercador de veneza conta uma história divertida, sobre Antônio que fez um empréstimo em seu nome, para ajudar seu amigo. E o pagamento seria um pedaço da sua carne ? (igual no filme o auto da compadecida) no desenrolar dessas história também tem alguns romances. Como os dois livros que li do Shakespeare até agora foi só tragédia, esse até que foi bem divertido.

julisianthus 29/03/2024

AMEI!
Fiz a leitura para um trabalho da faculdade e confesso que estava morrendo de medo da escrita e de achar a história arrastada e chata. Clássicos sempre me dão um pouco de receio e isso me atrapalha demais em tomar coragem pra ler.

Respirei três vezes e comecei a leitura. Eu amei demais! Foi completamente diferente de qualquer coisa que eu esperava. A tradução está maravilhosa, entendi o texto sem grandes problemas, eu adorei o desenrolar da historia, os personagens e com toda a certeza escolheria o cofre certo!

Foi uma grata surpresa e confesso estar empolgada pra me aventurar em mais obras de Shakespeare.

Leandro676 28/03/2024

Leve e cômico
É uma história simples, leve e cômica. Trata-se de um contrato cuja multa é bem diferente: uma libra de carne.

Shakespeare abre espaço para análises e reflexões jurídicas nessa história, por exemplo, sobre ética, a forca vinculante dos contratos (pacta sunt servanda), o rigor da lei etc.

O final é bem criativo com a sagacidade das personagens femininas. Talvez a escrita rebuscada seja um empecilho para quem não esteja acostumado, mas é bem tranquilo.

VitAria947 27/03/2024

Não deva dinheiro a ninguem.
A história é bem leve e divertida, além de ser engraçada. Eu ri bastante. Demorei um pouco pra acostumar, por ser escrito em formato de peça, então às vezes me perdia na leitura. Retratou a convivência entre um judeu e cristãos e os preconceitos e diferenças entre eles, o que eu gostei muito. Não aguentava quando chamavam o Shylock de cão KKKKKKK. Enfim, recomendo.

Agnesss 21/03/2024

Excepcional!
Foi a segunda obra de Shakespeare que li e, sinceramente, me surpreendi.

Esta edição foi apresentada em diálogos, o que deixou a leitura muito fluida e prazerosa. O livro me prendeu do início ao fim.

É uma história curta, mas, certamente, muitíssimo rica.

Queria eu tê-la lido quando estudava contratos e títulos de crédito, mais precisamente, sobre letra de câmbio.

Shakespeare traduziu da maneira mais clara possível a força vinculante dos contratos. A força do pacta sunt servanda.

Ele nos mostrou que a sociedade de 1596/98 tinha o contato como lei. Que o descumprimento era punido e que o crédito na praça era tido como honroso.

O dramaturgo nos mostra o rigor da lei Veneziana, ora regida pela premissa ?lex duri et lex? (a lei é dura, mas é a lei). Nos mostra ainda como, naquela época remota, a figura do estudioso/mestre e jurista era fundamental para o deslinde de causas exóticas.

Pórcia, investida secretamente na posição de jurista, lançou mão do viés interpretativo da hoje nomeada boa-fé contratual ao tentar fazer com que Shylock, ora credor, renunciasse à multa e aceitasse o valor em ducados, remontando, assim, o objeto precípuo do contrato e restabelecendo a comutatividade.

Vendo que Shylock não abriria mão da multa, Pórcia, em uma sacada jurídica excepcional, disse ao credor que poderia cobrar a multa devida, mas que o devedor somente poderia ser penalizado nos limites do contratado. É dizer, o credor, ao cortar uma libra de carne, não poderia derramar sequer uma gota de sangue.

Ao fim, para além da resolução da lide, vemos Shylock ser punido pela sua crueldade e abusividade com a perda de todos os seus bens.

Tal sentença revela a mais pura aplicação da atual principiologia contratual constitucional que preza pela comutatividade dos contratos, paridade entre os contratantes, dignidade da pessoa humana e relatividade contratual.

WILDTIGERSTAN 20/03/2024

Essa é uma comédia muito boa. No geral o enredo é completamente insano, antisemita (o que foi previsível) e meio gay. Gostei mais do que deveria.

Débora 16/03/2024

Um livro sobre enganação, um enganando o outro e no final todo mundo sai bem, menos um. Até agora o meu menos favorito de shakespeare.

Giovanna1242 06/03/2024

O ponto alto desse livro foi a inteligência das personagens femininas, não estava esperando por esse final. Apesar de ter gostado, foi uma leitura meio morna pra mim!