Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá

Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá Lima Barreto




Resenhas - Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá


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Daniel 25/09/2017

Birras pessoais desafogadas em letra redonda
Resenha no link abaixo!

site: https://blogliteraturaeeu.blogspot.com.br/2017/09/vida-e-morte-de-m-j-gonzaga-de-sa-de.html

Léo 26/09/2017minha estante
resenha sóbria e direta! acho que vc deveria reunir algumas e dar volume a um livro com suas resenhas, tem potencial!


Daniel 28/09/2017minha estante
Obrigado, Léo. Fiz essa resenha com gosto; estava com saudade do exercício :)


BetoOliveira_autor 25/08/2020minha estante
Falta-te bagagem filosófica para compreender a dimensão da mencionada obra.
Li a sua resenha e fiquei pasmo ao não mencionar a miríade de referências filosóficas que a obra traz. Oh, Lima Barreto não esconde a sua opinião pessoal em suas obras literárias. Sim, nem Ele, nem Tolstoi e muito menos o Dostoiévski. Poderia citar também Dickens, Faulkiner, Bukowski... Rsss Todos eles tão presentes em seus romances, nas suas tramas, nos diálogos, nas personagens.
O que seria do Bukowski se ele não vomitasse suas "birras pessoais" na sua obra? E o Dostoievski? Como ele teria escrito Os demônios ou O Idiota?
Hehehe.
Abraços


Daniel 25/08/2020minha estante
Beto Oliveira:
Numa obra "literária", como um romance, de nada adianta uma "miríade de referências filosóficas" se falta ao romancista o real senso da arte ou se ele, por privilegiar aspectos pessoais, acaba negligenciando aquele.
Recomendo-te a leitura do prefácio de Sérgio Buarque de Holanda para o livro Clara dos Anjos. Pode ser encontrado, por exemplo, na edição da Penguin-Companhia. No texto, o crítico reflete os problemas de Lima Barreto enquanto romancista.
Abraço!


BetoOliveira_autor 25/08/2020minha estante
"Olhei ainda uma vez a altiva elegância da árvore, lá, muito no alto, pairando sobre a cidade, e a beijar as nuvens radiantes. Há mais de vinte anos sofria as nuvens radiantes. Há mais de vinte anos sofria a violência inconstante dos ventos; há mais de vinte anos escapava à raiva traiçoeira do raio; há mais de vinte anos suportava o rugido inofensivo do trovão... essas negações, e as outras vindas da terra dura, granítica e pobre, fizeram-na maior, mais airosa, deram-lhe mais orgulho e atiraram-na aos ares altos. Hoje, plana sobre tudo, sobre a cidade, sobre a ingratidão do granito e olhará compassiva e desdenhosa as pobres e cuidadas árvores que enfeitam as ruas."
(Trecho do romance Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá. por Lima Barreto)


Daniel 25/08/2020minha estante
Sobre o trecho acima: Em todos os ?romances? de Lima Barreto há passagens relativamente poéticas que, no entanto, não dão conta de mascarar a panfletagem do autor.


BetoOliveira_autor 25/08/2020minha estante
A obra do Lima Barreto é extremamente autobiográfica, e nem por isso ele deixou de ser um brilhante escritor. Como eu disse, você não tem bagagem intelectual para analisar. Onde você simples poesia há toda uma estrutura filosófica, uma voz narrativa solitária que se negou a seguir um padrão estilístico. Talvez seria bom você ler deleo conceito do "brasileiro náufrago".
Mas não culpo você, pois você só reproduz a resenha antiquada, e até utilizou Sérgio Buarque como escora.
Desconheço a literatura mais panfletária do que a do Tolstoi, e veja bem, ele nem esconde isso. Mas ele é russo, né? Ele pode ser panfletário... O Lima Barreto não...
Mas enfim, como a sua resenha não enfrenta em profundidade a obra, atentando-se à superfície e a um modelo estilístico, tenho para mim que, quiçá, a questão se resuma ao que Guimarães Rosa chamava "Hipotrélico".
Abraços.
Não me leve a mal, até gostei da sua resenha sobre A Falência, embora eu tenha discordado dos pontos que você levantou como fracos, a Nina e o Mario. Discordo de você e acho que escapou da sua leitura os arquétipos que ambos representam na obra.
Abraços


Daniel 26/08/2020minha estante
Beto Oliveira:

Primeiramente você disse que não tenho bagagem filosófica para compreender a dimensão da obra de Lima Barreto; em seguida, disse que não tenho bagagem intelectual para analisá-la; finalmente, taxou de antiquado um importante crítico literário e historiador brasileiro do século XX.
Realmente, a questão se resume no que Guimarães Rosa chamava de "hipotrélico".


BetoOliveira_autor 26/08/2020minha estante
Mas não me diga que você ignora a releitura da obra do Lima Barreto?
Sim, volto a afirmar que falta bagagem para se aventurar em tais obras que fogem a qualquer tipo de classificação ordinária, ainda mais quando há muita filosofia encrustada no texto.
Uma coisa é certa, Daniel, de fato quando lemos uma obra tipo Vida e Morte de M. J. GONZAGA DE SÁ nos sentimos abatidos por um estranhamento, pois, não sei se você concorda comigo, não me parece exatamente um romance a mencionada obra. Também não me sinto à vontade para catalogá-la como conto, nem mesmo uma noveleta. Há algo híbrido na forma, muito embora o estilo me lembra as novelas do Voltaire, bem como aqueles ensaios meio que romanceados.
Você categoricamente rebaixa o acervo do autor a uma "panfletagem", entretanto, creio que você confunde o texto meramente panfletário com alta carga subjetiva do autor, que se utiliza da própria vida para criar sua ficção. Autobiografia é primordial no Lima Barreto, mas ela não surge como uma autoficção, tão em voga hoje. Nesse diapasão, eu afasto o adjetivo panfletário porque não há qualquer verniz político partidário no texto, muito menos a apologia de uma específica ideologia. O que vemos à solta e de sobejo são críticas aos costumes da burocracia, ao esnobismo, apego ao status, a denúncia do racismo estrutural, etc. Vícios de uma república recém nascida que nos acompanha até hoje. Sim, Lima Barreto tinha a pena pesada e fazia uma crítica quase direta, e podemos até vislumbrar a sua insatisfação pululando sobre as páginas. Diferente fez Machado de Assis, que se utilizou da "estratégia do caramujo", de modo que pode transitar tranquilamente na sociedade carioca.
Sim, pode ser arrogância minha, mas vejo na leitora do Sérgio Buarque a visão antiquada. Volvendo ao suposto caráter panfletário da obra em tela, não sei se você já teve o prazer o romance Os demônios, do Dostoiévski. Já leu? Casonão, fica a dica, mas, se já leu, deve saber que é uma obra panfletária, com objetivos explícitos e confessados pelo próprio Dostoievski. Entretanto, que obra incrível! Ela vai nesse estilo de discutir o pensamento filosófico dominante da época. O russo da voz às vertentes do pensamento mediante seus específicos personagens. Já alertava para o risco da ideologia política.
Mutatis mutandis, o livro do Barreto traz esses tipos de discussões. Lembra da passagem de dois amigos conversando no bonde? Há muitas interessantes no texto.
Enfim, meu caro, talvez eu tenha me excedido nos comentários, de modo que peço desculpas. Só acho que devemos tentar ler o Lima Barreto a partir da premissa do projeto literário por ele proposto. É como ler Tolstoi ou Dostoievski. Se você ignora o projeto deles, suas obras de nada valem.
Da minha parte, confesso o estranhamento ao ler os ditos romances do Lima Barreto, mas eu vejo a genialidade naquele aparente embaramhamento e ausência de uma forma canonizada. Acho que o livro merece ser relido por você, e por mim também.
Por fim, você já leu O Feitiço da Ilha do Pavão, do João Ubaldo Ribeiro?
Comecei a ler e quase desisti, mas engrenei e fui até o fim. Fiquei muito surpreso. Gostei demais. Vale a pena.
Abraços


Daniel 27/08/2020minha estante
Eu não afirmo que Lima Barreto fosse um escritor ruim. Mas sua obra romanesca é bastante problemática, e não é por seu caráter crítico, satírico ou autobiográfico, mas pela maneira pouco feliz com que ele construiu seus romances. A meu ver, o Policarpo Quaresma é o único que se salva; Do Isaías Caminha, lido há muitos anos, eu pouco ou nada lembro; Clara dos Anjos é fraquíssimo; e Gonzaga de Sá não é romance. Devo ler Numa e a Ninfa ainda este ano. Também pretendo ler futuramente as novelas folhetinescas e os contos completos. Destes últimos, já li uma antologia bem interessante. A propósito, o contista Lima Barreto é consideravelmente superior ao romancista. Sempre tomo como exemplo Clara dos Anjos, que antes de ser estendido para romance, foi concebido como conto e pode ser lido nas Histórias e Sonhos. Leia um e outro e me diga se o conto não é mil vezes melhor realizado artisticamente!
No mais, minhas considerações/opiniões não pretendem ser verdade absoluta; apenas compreendem o ponto de vista de um leitor aficionado por literatura brasileira. Quando as opiniões contrastam entre si, é natural que uma subestime os fundamentos da outra, mas é preciso muita sensatez quando se quer fazer uma réplica. Entendo perfeitamente que você goste dos romances do Lima Barreto tal como são, assim como talvez não goste dos de José de Alencar que eu considero excelentes. O importante é que somos leitores e que temos sensibilidade para apreciar um bom livro, ainda que nem todo mundo o considere ?bom?.
Abraço!


BetoOliveira_autor 27/08/2020minha estante
Li Iracema e acho sensacional. O autor romantiza a relação índio e europeu, mas eu adorei o tom épico, folclórico e mesmo afortuna da língua tupi. Confesso que quero muito experimentar a Jurema.
Abraços




João 13/03/2019

Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá

A história da “Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá” é narrada, em primeira pessoa, por Augusto Machado. Este é quem se propõe a redigir a biografia de Gonzaga de Sá, de quem fora amigo e grande admirador. Assim, do início ao fim, Augusto Machado vai tecendo suas memórias acerca do convívio com o velho, sagaz, culto, melancólico e solitário Gonzaga de Sá.

À moda de outros escritos de Lima Barreto, o romance “Vida e Morte” é salpicado por excertos satíricos. Do mesmo modo, ali encontramos aguçadas doses de crítica social e traços autobiográficos. Aliás, quem conhece a pena do autor certamente não ignora essas características marcantes em grande parte de sua bibliografia.

A propósito desses traços presentes na escrita de Lima Barreto, notadamente no que diz respeito aos elementos autobiográficos que frequentemente dão vasão às mágoas pessoais do escritor carioca, é impossível não se deparar por aí com opiniões que rebaixam a qualidade da obra em razão do tom quase confessional empregado por Lima Barreto. Francamente, nunca consegui assimilar em que medida a ficção perde o seu sabor e a sua grandeza quando se apoia em eventuais angústias, amarguras, frustrações ou humilhações pessoais que o autor acaso julgue ter sofrido em vida. Pouco importa saber de qual fonte jorram os sentimentos que dão vida à narrativa: se da experiência ou testemunho pessoal do autor, ou da pura criatividade e imaginação de quem escreve. O que interessa, penso eu, é aquilo que se faz com tal material, isto é, a obra ficcional que daí resulta. Aliás, parece-me que a credibilidade que se deve dar à crítica social exercia pelo escritor será tanto maior quanto maior for a intimidade do seu autor com a realidade social criticada.

Pergunto: o que mudaria na qualidade da obra de Lima Barreto se as suas personagens e as suas tramas fossem resultado da pura capacidade imaginativa, isto é, fruto simplesmente de sua verve literária, desapegado de quaisquer traços autobiográficos? A resposta é: nada mudaria! Ficção é ficção, seja ou não seja ela inspirada em confissões, memórias ou elementos biográficos do autor.

Essa mania de amalgamar autor e obra, de atrelar o caráter do autor à sua obra a fim de julgar o seu talento criativo nunca me agradou. Qual o sentido? Diminuir a obra em razão das idiossincrasias do autor? Engradecer uma obra qualquer à custa das qualidades morais do autor? Besteira! Ah se todas as obras fossem apócrifas! Julgar-se-ia a obra pela obra, que, afinal de contas, é o que interessa.

Li em algum lugar que “Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá” é considerada pela crítica em geral como a melhor obra de Lima Barreto.

Mas, cá entre nós, eu ousaria dizer, do alto de minha ignorância literária, que a obra é pouco envolvente. Talvez isso se deva ao enredo minguado, de pouca ação e pródigo na narrativa ensimesmada. A trama, portanto, cede à monotonia de um quase monólogo entrecortado raramente por lacônicos diálogos entre o narrador Augusto Machado e seu interlocutor Gonzaga de Sá.

Por certo, a construção de um bom enredo contribui para cativar o leitor, prendendo-o à narrativa literária. Mas, para tanto, devem também concorrer outros aspectos da escrita. No caso de “Vida e Morte” não seria de surpreender que a avaliação positiva da crítica literária tenha sido determinada pela consideração de elementos técnicos geralmente negligenciados pelo grande público. Decerto isso explicaria o relevo atribuído à obra.

Pessoalmente, sinto que o enredo enfadonho é compensado pelas reflexões espirituosas que ora o narrador faz de si para si, ora brotam de seus diálogos com Gonzaga de Sá: “Nós, os modernos, nos vamos esquecendo que essas histórias de classe, de povos, de raças, são tipos de gabinete, fabricados para as necessidades de certos edifícios lógicos, mas que fora deles desaparecem completamente [...]”.

Aliás, a monotonia que caracteriza a trama é perfeitamente justificável pela opção do autor em dar constante vasão ao fluxo de pensamentos experimentado pelas suas personagens e às observações intimistas partilhadas pelo interlocutor Gonzaga de Sá.

Nesse tanto, atraíram-me especialmente as reflexões de Gonzaga de Sá acerca da condição humana e do destino das civilizações. Em seus diálogos com o narrador Augusto Machado há até uma breve e interessante alusão ao clássico debate dos universais, travado durante a Idade Média, quando os filósofos se dividiam entre os realistas (Champeaux) e os nominalistas (Abelardo).

A obra ainda exibe seu primor nas descrições tecidas acerca da geografia urbana da cidade do Rio de Janeiro, com seus bairros, seus subúrbios e seus acidentes geográficos. Trata-se de um olhar sobre o Rio de Janeiro: a urbe, a arquitetura (que flerta com construções modernas que pouco a pouco vão ganhando espaço junto às casas e aos palacetes dos tempos imperiais), a natureza circundante (baía de Guanabara).

Ademais, dá gosto ver a maneira como Lima Barreto brinca com os cenários, os quais acabam ganhando expressividade segundo os sentimentos vividos pelos interlocutores (prosopopeia): é assim, por exemplo, que durante o melancólico velório do compadre de Gonzaga de Sá estavam plantados em frente à casa dois “crótons tristes”.

Ao que consta, “Vida e Morte” foi o primeiro romance escrito por Lima Barreto. Contudo, fora publicado somente em 1919, com a ajuda e o incentivo de Monteiro Lobato.

Boas leituras!
Aurélio prof Literatura 27/03/2020minha estante
Excelente resenha. Parabéns!!




Joachin 02/12/2012

O ceticismo e a postura anticlerical de Gonzaga de Sá que lhe possibilitaram abraçar e ser envolto com uma imensa dignidade e sensualidade pela morte – episódio que parece despertar mais admiração por parte de Augusto Machado pelo seu herói do que sua trajetória entre os vivos – proporcionaram a Lima Barreto retomar a temática da morte e do sofrimento em suas íntimas ligações com o amor e o erotismo.
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Ana Cristina.Paula 26/08/2016

Uma declaração de amor ao Rio
Nesse breve mas profundo livro, Lima Barreto nos apresenta Gonzaga de Sá, um amante de um Rio de Janeiro que vai desaparecendo no início do século XX. Um livro cativante para os apaixonados pelo Rio. Este é um daquelas obras litereárias que deixa um gosto de "quero mais" no leitor.
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Marcos Scheffel 07/08/2017

Nova edição de um romance pouco lido de Lima Barreto
Vida e Morte de M.J. Gonzaga de Sá foi publicado pela primeira vez 1919, porém o projeto deste romance de Lima Barreto datava do início do século, mais exatamente de 1906. Este poderia ter sido o primeiro romance de Lima Barreto, porém o autor fluminense escolheu como livro de estreia o polêmico Recordações do Escrivão Isaías Caminha - um livro que criticava a imprensa, o campo literário e o racismo.
Já Vida e Morte era um livro mais cerebrino e com uma concepção mais lírica. O spoiler já é dado no título: a morte de Gonzaga. O que interessa então? Acompanhar as caminhadas de Gonzaga de Sá, um velho funcionário público, e Augusto Machado, o personagem-narrador, pelas ruas do Rio de Janeiro, que passava por um amplo processo de transformação urbanística no início do século XX. A velha cidade, amada por Gonzaga , vai ruindo aos poucos e sua história se revelando num movimento de junção entre presente e passado.
Como se sabe, Lima Barreto se opôs as transformações de fachada e denunciou a destruição do patrimônio histórico da cidade, isso num tempo em que sequer havia esse tipo de preocupação, pois o discurso dominante era o de modernização a qualquer custo da cidade - o conhecido bota-abaixo promovido pelo prefeito Pereira Passos.
A presente edição que preparei para Ateliê é o resultado de anos de pesquisa sobre a obra de Lima Barreto. A edição traz um estudo crítico de minha autoria e mais de 400 notas sobre as transformações urbanísticas, fatos históricos, universo ficcional de Lima Barreto. Destaque também para as imagens do Rio antigo e a bela capa da primeira edição de 1919.
(O livro pode ser encomendado comigo: marcos.scheffel53@gmail.com)
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Damufre 03/04/2020

Livro feita em 1° pessoa, o que passa uma possivel opinião do autor nas interlocuções de seus personagens. Recheada de referências filosoficas desde Nietzsche, Schoppenhauer, Rousseau a Sócrates, denotam o grande conhecimento erudito do autor, alem da excelente relato minucioso e ricos em detalhes do passado do Rio de Janeiro presentes também em outras obras.
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Capelari 07/03/2021

Primeiro Lima Barreto
Um livro bastante nostálgico. Fala de uma cidade e de um tempo, da perspectiva de uma dupla de amigos maravilhosa , e muita coisa se aprende pelas notas também, sobre a cidade do Rio de Janeiro. Com certeza voltarei a esse livro inúmeras vezes, por que foi um passeio massa demais.
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Diego 21/03/2021

Reflexivo
Creio que este seja o livro mais filosófico que até agora li de Lima Barreto.
O cansaço da leitura seguida de três livros do mesmo autor talvez tenha prejudicado um pouco o prazer da leitura deste. Voltarei a lê-lo posteriormente.
A impressão que tenho é que os livros (ao menos os que li até agora) do autor são fortemente biográficos e refletem de maneira intensa suas sensações, suscetibilidades e traumas. É como se todos os principais personagens fossem o autor.
Mas talvez todos os livros sejam assim, não?
De qualquer forma, a leitura nos transporta a viver um Rio de Janeiro capital federal perdido no tempo. Isso em si é agradável!
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Bárbara 05/06/2021

M J Gonzaga de Sá
É um livro nostálgico de um rio de 1900, filosófico com profundidade, mas é cansativo em certo ponto, acredito que por já se passar por dois livros do Lima Barreto

Ainda acho meio incerto o que pensar
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Tatiane 01/10/2021

Posso dizer que nos últimos meses tenho lido a obra de Lima Barreto. Iniciei este livro, porém, um dos mais esperados por mim, em um momento não muito bom. Acostumada ao ritmo das outras narrativas dele, todas mais aceleradas, eu acabei não conseguindo tirar dessa obra, que percebi profunda, muito do que ela tem a dar. Terei de voltar a ela em outra ocasião.
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Ari 03/03/2023

"The hero as man of letters"
O auge da personificação de um herói solitário por Lima Barreto. Nesta obra o protagonista escreve sobre seu estimado amigo Gonzaga de Sá; suas reflexões, ideias, elocubrações e opiniões sobre o porvir da sociedade que, naquela época, já mostrava traços da decadência que viria a ser a Respublik.

Há tempos queria ler tal livro. Que sensação boa saber que existiram autores que expressaram com genialidade o cerne das letras no âmago da literatura. A história de um país que poderia ser o que não é, graças ao repúdio ao decálogo e a crença no dinheiro pelo Estado. O Deus que foi trazido pelos portugueses não alcançou a maioria e foram esses que desperdiçaram a maior virtude de uma nação. Os antigos poderiam ter trilhado outro rumo mas preferiram o caminho do fracasso. O lucro e o ouro daqui tirados podem ainda surtir efeito na mão dos magnatas mas as vidas destes já não alçam grande voos.

"A felicidade final dos homens e o seu mútuo entendimento têm exigido até aqui maiores sacrifícios..."
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madu.marella 16/04/2023

Vida e Morte de Gonzaga blabla
Leitura obrigatória da escola e serio odiei, a escrita da época eh mt difícil pro meu vocabulário de qm le romance gay. E a história eh totalmente massante e chata tediosa, literalmente nn acintece nada interessante. bjs
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Henggo 30/05/2023

Uma sátira contra a frivolidade
Um livro sobre um homem que não se encontra mais, nem consigo, nem com a cidade que o rodeia. Achei interessante como Lima Barreto desnuda o Rio de Janeiro, expondo, através do personagem Gonzaga de Sá, a frivolidade da sociedade e a hipocrisia que dominou as instituições políticas. O que temos aqui é uma crítica fincada em problemáticas que parecem estancadas no passado, mas ressoam na sociedade de hoje, principalmente quando pensamos na frivolidade que domina as redes sociais.. "Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá" impõe reflexões, convida a autocrítica, e essas duas características são um diferencial. Porém, a linguagem tornou a experiência um tanto cansativa para mim. Aínda mais porque o modo como o Gonzaga se expressa remete a uma outra forma de falar e de escrever, muitas palavras com grafias diferentes, e isso foi um complicador. Ao final, fiquei com uma sensação de cansaço e torcendo para acabar logo.
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