Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira & Seymour, Uma Apresentação

Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira & Seymour, Uma Apresentação J. D. Salinger




Resenhas - Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira & Seymour, Uma Apresentação


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Nessa Gagliardi 09/07/2010

"Carpinteiros..." narra a história da não realização do casamento de Seymor. Buddy é o narrador desse relato que tem como protagonista o irmão que, por sinal, não aparece no mesmo, exceto em lembranças e citações de outros personagens. Os diálogos são ótimos, as descrições, fantásticas e a história completamente fluida, mas...

Tenho um certo problema com contos. Gosto de mergulhar na história, vivenciar tudo junto com os personagens e nas histórias curtas é bem mais complicado de se fazer isso. Ou a história é pequenina demais para qualquer tipo de envolvimento, ou ela te prende de tal maneira que, ao terminar você se sente meio órfã de informações, do que não leu, do que poderia ter sido. "Carpinteiros..." é bom, de verdade, mas me deixou um tantão de perguntas. Eu realmente sou do time que preferia saber se Capitu traiu ou não. Droga, faltou muito de Seymor pra mim na história...

Já "Seymor...", apesar de não possuir o mesmo ritmo dado à história anterior, me agradou mais justamente por sentir que ele, por si só, se bastou. É, como diz o título, a apresentação de Seymor por Buddy, com toda sua admiração descarada de irmão.
Seymor é um personagem apaixonante mesmo em suas incongruências e defeitos. Tem um quê de místico e até visionário, jogo feito até com o nome do mesmo (See more). Deve ter sido o personagem preferido de Salinger também, já que é presença constante em todos seus livros, exceto em seu maior sucesso, "O Apanhador no Campo de Centeio".

[ATENÇÃO: 1/2 SPOILER!]
Importante dizer que o suicídio de Seymor é citado somente neste segundo conto, porém a sinopse já entrega de bandeja esse fato. Malditos spoilers!

Falta citar ainda a ótima e original dedicatória do livro:
"Se ainda existe no mundo alguém que leia só por prazer — ou até mesmo por acidente —, peço a ele ou a ela, com indizível afeto e gratidão, que divida em quatro parte iguais a dedicatória deste livro com minha mulher e meus dois filhos".
Alebarros 01/07/2010minha estante
Gostei da resenha, mas tenho uma ressalva: te empresto o "Nove Estórias", aí você lê e volta aqui pra dar 5 estrelinhas pro "Carpinteiros", pode ser? :P


Nessa Gagliardi 09/07/2010minha estante
Claro, né, Alê! Vou esperar pelo empréstimo, afinal quero saber que fim levou Seymor no fim das contas. :(


Pamela Lima 24/05/2015minha estante
Senti o mesmo "quero mais" colocado por você. Queria me envolver com Buddy e principalmente com Seymour! Enfim, pelo visto vou ter que ler Nove Estórias também.


Gessica 04/03/2022minha estante
Nossa, essa dedicatória é a coisa mais linda! Eu até salvei!




Thyago 19/08/2015

Pra cima com a viga, moçada! ... levantem bem alto a cumeeira!
Livro de Salinger que retrata as memórias da familia Glass. É narrado por Buddy e este livro se refere principalmente ao seu irmão mais velho Seymour Glass. (Pronuncia-se como algo parecido no inglês com "See more") "Carpinteiros...", o primeiro conto, é divertidíssimo, Buddy narra o não-casamento do seu irmão mais velho, o qual não se faz presente em nenhum momento da história, embora seja constantemente citado, lembrado, etc.. afinal a história é sobre ele.

O segundo conto, "Seymour, uma apresentação" eu nem chamaria de conto, mas de uma looonga e boa conversa entre Escritor e leitor. Neste conto Buddy, muitas vezes, fala diretamente comigo (leitor de seu conto), então me senti ouvinte do que ele tinha a dizer sobre seu irmão Seymour. E eu curioso, o escutava. Afinal Seymour é um personagem interessantíssimo.

(Buddy, neste conto, é um escritor divagante e bastante prolixo para não dizer falastrão rsrs) Mas foi realmente é foi uma conversa muito boa e agradável.

Nos faz querer saber quem foi Seymour, haja vista que acontece algo com ele no livro" nove estórias" que nos faz querer conhecer mais sobre este personagem. Conhecer por dentro, para poder compreendê-lo melhor e também aos seus motivos.

Buddy não deixa duvidas quanto o que sente pelo seu irmão e o quanto Seymour é/foi importante pra ele. Está implícito o carinho.

Porquê este livro é importante? O livro por si só não seria grande coisa, mas Seymour é um personagem que está bem desenvolvido em outros livros de J.D.Sallinger. Então o livro "Carpinteiros..." vem para complementar a história, e/ou simplesmente para apresenta-la para novos leitores, como eu.

As outras histórias de Seymour são contadas no livro "Nove estórias". A qual pretendo ler tão logo for possível.
Suelen 24/08/2015minha estante
O Salinger me mata!

(Usando a linguagem do Holden Caulfield para dizer que oJD era mesmo genial rs)


Thyago 25/08/2015minha estante
Rsrsrs


Suelen 25/08/2015minha estante
Ótima resenha : )




Tito 08/11/2010

A vida breve de Seymour Glass, o fantástico unicórnio de listras azuis, pelos olhos irremediavelmente apaixonados de seu irmão, Buddy.
Talvez uma das mais ternas e estranhas declarações de amor fraternal já escritas, um relicário tão confessional de sentimentos, cujos excessos e divagações são tão genuinamente críveis, anárquicos e intensos, que só a custo pode ser tomado como estritamente ficcional.
Brilhante, brilhante. E divertido, o que é ainda mais surpreendente (e quase imperdoável).
Gabi !neuro! 20/10/2012minha estante
Linda resenha.

Li 'The Catcher in the Rye' (ótimo), e procurei saber mais sobre os livros do J.D. Salinger e parei aqui.

Depois de uma declaração dessas só me resta ler!




Nana 23/01/2009

Na primeira parte do livro Seymour sequer aparece. Mas é um dos personagens mais marcantes e presentes que já encontrei em um livro. Se encontrar um personagem bem construido ainda nao é suficiente, leia pela raridade: Salinger, um dos melhores escritores do mundo, quase nada publica ;)
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Mariana. 05/07/2010

Só não dou 5 estrelas porque não é o Seymour quem narra a história. Seymour, o protagonista, sobre quem apenas se fala a respeito e que só aparece na transcrição de trechos do seu diário e de bilhetes e cartas que escreve para o irmão, Buddy, então o narrador - o que, acredito, sejam os momentos mais aguardados do livro. Uma grande sacada. Porque isso não só aguça a curiosidade acerca do personagem, como leva o leitor a quase imediatamente partir para o próximo livro, "Nove Estórias", onde está o conto que finaliza a história de Seymour.

E Seymour, ou, melhor dizendo, "See More", vale a continuação, porque ele é a própria personificação da poesia, e, no que ela tem de mais intrínseco, que é isso de fazer surgir o lúdico e o belo nas coisas (aparentemente) banais, como fez ao descrever o que sentia ao se deparar com tão forte influência feminina em uma casa:

"Às vezes, ao ir embora, tenho a estranha sensação de que tanto a M. quanto a mãe dela enchem meus bolsos de pequenos vidros e tubos contendo batom, ruge, redes para cabelo, desodorantes e coisas do gênero. Sinto-me extremamente grato a elas, mas não sei o que fazer com os presentes invisíveis que me deram."

Porém, justiça seja feita, a história ser narrada pelo irmão Buddy tem sua razão e seu especial sentido, já que assim se fala tão delicamente sobre amor de irmãos e sobre o vínculo familiar e com muito maior propriedade.

Enfim, um livro bem escrito, inteligente e sensível.
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Hilton Neves 05/03/2011

Fera! Que estilo
Conecta-se duma forma singular ao leitor. Isto é, se o(a) leitor realmente embarcar na viagem.
Foi o 1° livro de Salinger que li, recomendado por um amigo. O modo como o autor relata as cenas do pessoal entrar no táxi até a chegada ao apartamento, é memorável!
Em vários trechos dá a sensação de que Woody Allen, em vez do Brooklyn, passou sua infância e adolescência em Manhattan. Fornece um panorama recheado do cotidiano e da vida cultural local dos anos 20 a 40.

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Miguel B. 30/12/2012

É uma boa amostra do pessimismo e da ironia típica de Salinger, mas um tanto abaixo da média.
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Babi 24/11/2014

see more
seymour, o pedacinho de terra sagrada do buddy.
de todos os irmãos.
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Ayla Cedraz 22/12/2016

em palavras simples, uma longa história
Sempre quis ler J.D. Salinger; mais precisamente, O Apanhador no Campo de Centeio, pelos motivos esperados; John Lennon, coisa e tal. Li. Com uns doze ou treze anos. Li ansiosa, fascinada, esperando por trechos em que eu diria: "ooooh, john lennon, coisa e tal". Não foi bem assim. Eu adorei o livro, devo dizer. Adorei toda a história, adorei como o Salinger escreveu, e nunca esqueci da imagem do Holden levando a irmã caçula no carrossel. Quero reler, inclusive, assim que puder. Porque adoro reler; principalmente livros que me deixaram imagens, como essa, marcadas na memória. Assim eu posso recapitular o contexto da imagem, reconhecê-la, entendê-la de outro modo, com os novos olhos que o tempo me deu. A coisa toda do Lennon, no fim, ficou esquecida.
Li Carpinteiros, levantem bem alto a cumeeira e Seymour: uma apresentação quase que às cegas, apenas com essa memória desbotada de O Apanhador... A primeira parte, que é um conto de umas 80 páginas, é sobre o dia do que deveria ser o casamento de Seymour, narrado por seu irmão mais novo, personagem este que parece ser uma espécie de alter ego de Salinger. A história inteira resume-se a Buddy, o narrador-personagem, atravessando a cidade num carro cheio de convidados (figuras únicas) do não ocorrido casamento. É um conto engraçado, cheio de personagens interessantes; o jeito de escrever do autor, que me prendeu em O Apanhador..., se manteve constante na narrativa.
A segunda parte, um pouco mais longa, é uma extensa conversa entre um escritor (Buddy) e um leitor (eu ou você, quem quer que esteja lendo) acerca de alguns fatos sobre Seymour. A profunda análise de Buddy sobre seu irmão chega a ser emocionante, às vezes, o que deve ser natural, já que Seymour, aos trinta e um anos, suicidou-se com um tiro na têmpora direita. Esse nome, um tanto incomum, pronuncia-se mais ou menos como "see more", em inglês, e isso ajudará tudo a fazer sentido. Ele, inclusive, me lembrou alguns traços do que eu guardara de Holden, relação que em algum momento chega a ser mencionada.
Creio que quem leu esse livro, não deixou de procurar loucamente pelo conto de Salinger Um dia ideal para os peixes-banana, em que o suicídio de Seymour é narrado. Foi a primeira coisa que fiz. O conto é um tanto misterioso, acho. Um tanto interessante, certeza. Devo reler amanhã ou depois, na esperança de algo novo.
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Gilstéfany 28/12/2016

O amor fraternal na obra de J. D. Salinger
“Carpinteiros, levantem bem alto a cumeeira & Seymour, uma apresentação”, romance publicado em 1963 por J. D. Salinger, aclamado autor de O apanhador no Campo de Centeio, é narrado por Buddy Glass e tem como protagonista Seymour Glass, que é apresentado somente pela visão de seu irmão, já que se suicidou aos 31 anos durante as férias de verão com sua esposa. O livro é dividido pelo conto Carpinteiros e pela prosa em que o narrador se incube a apresentar Seymour.

Salinger apresenta neste livro algumas características de sua escrita, presentes em O apanhador no Campo de Centeio, mas ao invés do narrador ter 17 anos, tem quarenta e é um professor de faculdade recluso. Buddy é filho de artistas aposentados, o segundo irmão mais velho de sete e alguns traços de sua própria personalidade quando jovem se assemelham com as de Holden Caulfield. Assim, em alguns momentos da leitura, é possível realizar algumas correspondências entre os personagens das duas obras.

O conto Carpinteiros narra os episódios que se sucederam à desistência do seu irmão pelo casamento, porque, segundo o próprio Seymour, se sentia muito feliz para fazer isso. No conto, o narrador deixa o leitor à par da personalidade de Seymour, sua profissão e outros detalhes da convivência com o irmão, que soam tão familiares à nós mesmos quanto possível, como a forma de resolver problemas na família e observar os outros. Buddy deixa claro no início do conto que o protagonista está morto, mas nem por isso se altera em contar a história do casamento.

Leia mais no link abaixo.

site: http://encenasaudemental.net/post-destaque/o-amor-fraternal-na-obra-de-j-d-salinger/
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Marker 13/04/2017

Muito geralmente, excluindo-se os mega calhamaços, eu preciso de três a dez dias para terminar um livro de tamanho médio, esteja gostando ou não dele. Então o fato de ter levado quase um mês para finalizar as 181 páginas pocket destas duas novelas de Salinger diz bastante sobre minha relação com o livro, e com o autor como um todo. Apanhador foi das experiências mais enervantes (no mau sentido) que tive com qualquer tipo de arte, e que se repetiu neste caso.
Não se trata de serem maus textos; 'Cumeeira' em especial é uma olhadela muito interessante na vida de Seymour Glass através das desventuras de seu irmão Buddy num dia quente em Nova York, mas 'Apresentação', elegia a figura de Seymour narrada pelo irmão, tem um dos personagens mais pedantes e insuportáveis que já precisei enfrentar. A discussão de Salinger sobre os deveres e lugares habitados pelo escritor é de fato muito interessante e desenvolvida de maneira brilhante, mas é preciso aceitar a companhia de uma pessoa estupidamente chata para entrar no debate.
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Bruno Gil 01/01/2018

Metade incrível, metade mais ou menos
Assim como muitas pessoas sem muita criatividade, um dos meus livros favorites é O apanhador no campo de centeio.

Mesmo sendo muito fã, ainda não tinha me dado o "trabalho" de ler qualquer outro livro do Salinger. Apesar de já ter visto alguns documentários e a cinebiografia lançada em 2017.

Resolvi começar por esse. E posso dizer que me surpreendi bastante pelo começo. O conto "Carpinteiros etc." é incrível. Você se importa com os personagens e quer muito que esse encontro, nada planejado, continue por horas e dia a fio.

A química entre os personagens é incrível e você torce para que o confronto entre a Dama de Honra e Bobby continue. Tanto faz se no momento da história eles estão se dando bem ou não. O que importa é o antagonismo entre eles.

Quando acabou o conto deu até uma tristeza. Queria saber se em algum outro momento da vida esse grupo peculiar de pessoas se encontra de novo.

Já "Seymour, uma apresentação" é bem arrastado. Mesmo você se importante com ele, já que ele é um dos personagens principais, mesmo não aparecendo, no conto anterior, depois de algumas páginas você percebe que irá ver o brilhantismo do outro conto.

Cheguei a um ponto que estava lendo apenas por obrigação. Para terminar logo e partir para o próximo livro. No final até melhora, mas não o suficiente para se tornar marcante. Pelo menos não para mim.

Minha recomendação? Leia "Carpinteiros.." e siga sua vida. Só leia Seymour se se importar mais com a pequena quantidade de material que temos de Salinger do que por qualquer outra coisa.
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tripsdapaula 25/05/2020

Leiam O Apanhandor no Campo de Centeio antes.
O livro é bom e se divide em duas partes: carpinteiros, levantem bem alto a cumeeira e Seymour, uma apresentação - ambas tratam da relação entre dois irmãos e sua família e um casamento. A segunda parte também é altamente recomendável aos escritores.

Para quem nunca teve contato com Salinger, recomendo fortemente a leitura
de ?o apanhador no campo de centeio? antes da leitura desse livro.
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claudio.louzd 10/12/2020

2 Contos longos de Salinger
Ele é incrível, sem dúvida. A gente aprecia quando conhece sua história e o que quer dizer, quer seja, falar de si, na pessoa dos seus personagens, em especial os sete irmãos Glass, alguns dos quais aparecem nesses dois contos. Cara um dos 7 tem algo de JD, quem conhece sua biografia enxerga na hora.
Então sugiro, sempre: antes de ler Salinger, leia sobre sua vida e obra. Aí sim vai ser possível apreciar. Boa leitura!
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J. W. Murta 11/03/2021

Muito bom!
Gostei particularmente da primeira novela, ?Erguei bem alto a viga, carpinteiros?. A segunda novela o Salinger altera bastante seu modo de escrita e deixa a novela um pouco mais arrastada que o de costume.
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