Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira & Seymour, Uma Apresentação

Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira & Seymour, Uma Apresentação J. D. Salinger




Resenhas - Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira & Seymour, Uma Apresentação


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Tito 08/11/2010

A vida breve de Seymour Glass, o fantástico unicórnio de listras azuis, pelos olhos irremediavelmente apaixonados de seu irmão, Buddy.
Talvez uma das mais ternas e estranhas declarações de amor fraternal já escritas, um relicário tão confessional de sentimentos, cujos excessos e divagações são tão genuinamente críveis, anárquicos e intensos, que só a custo pode ser tomado como estritamente ficcional.
Brilhante, brilhante. E divertido, o que é ainda mais surpreendente (e quase imperdoável).
Gabi !neuro! 20/10/2012minha estante
Linda resenha.

Li 'The Catcher in the Rye' (ótimo), e procurei saber mais sobre os livros do J.D. Salinger e parei aqui.

Depois de uma declaração dessas só me resta ler!




Mariana 17/06/2023

Irmãos
Gostei da fluidez da escrita do autor, realmente muito boa. A história é legal, não foi algo surreal, mas bom.
Esse livro conta a história de um dos irmãos Glass, o Seymour. Uma narrativa do seu irmão Buddy, sobre a vida deles dois em alguns momentos, na 2° guerra, mas sem muita ênfase. A ênfase é no casamento do Seymour, e aí na primeira parte a história vai desenrolando mas não muito.
Na segunda parte, já temos uma narrativa ao estilo diário, onde Buddy se dirige diretamente ao leitor, gostei disso, é como se eu estivesse sentada assistindo -o em um monólogo.

Eu vou ler os outros livros para conhecer melhor a família Glass. Faltou algumas coisinhas, mas o livro é legal.
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Nana 23/01/2009

Na primeira parte do livro Seymour sequer aparece. Mas é um dos personagens mais marcantes e presentes que já encontrei em um livro. Se encontrar um personagem bem construido ainda nao é suficiente, leia pela raridade: Salinger, um dos melhores escritores do mundo, quase nada publica ;)
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Mariana. 05/07/2010

Só não dou 5 estrelas porque não é o Seymour quem narra a história. Seymour, o protagonista, sobre quem apenas se fala a respeito e que só aparece na transcrição de trechos do seu diário e de bilhetes e cartas que escreve para o irmão, Buddy, então o narrador - o que, acredito, sejam os momentos mais aguardados do livro. Uma grande sacada. Porque isso não só aguça a curiosidade acerca do personagem, como leva o leitor a quase imediatamente partir para o próximo livro, "Nove Estórias", onde está o conto que finaliza a história de Seymour.

E Seymour, ou, melhor dizendo, "See More", vale a continuação, porque ele é a própria personificação da poesia, e, no que ela tem de mais intrínseco, que é isso de fazer surgir o lúdico e o belo nas coisas (aparentemente) banais, como fez ao descrever o que sentia ao se deparar com tão forte influência feminina em uma casa:

"Às vezes, ao ir embora, tenho a estranha sensação de que tanto a M. quanto a mãe dela enchem meus bolsos de pequenos vidros e tubos contendo batom, ruge, redes para cabelo, desodorantes e coisas do gênero. Sinto-me extremamente grato a elas, mas não sei o que fazer com os presentes invisíveis que me deram."

Porém, justiça seja feita, a história ser narrada pelo irmão Buddy tem sua razão e seu especial sentido, já que assim se fala tão delicamente sobre amor de irmãos e sobre o vínculo familiar e com muito maior propriedade.

Enfim, um livro bem escrito, inteligente e sensível.
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Nessa Gagliardi 09/07/2010

"Carpinteiros..." narra a história da não realização do casamento de Seymor. Buddy é o narrador desse relato que tem como protagonista o irmão que, por sinal, não aparece no mesmo, exceto em lembranças e citações de outros personagens. Os diálogos são ótimos, as descrições, fantásticas e a história completamente fluida, mas...

Tenho um certo problema com contos. Gosto de mergulhar na história, vivenciar tudo junto com os personagens e nas histórias curtas é bem mais complicado de se fazer isso. Ou a história é pequenina demais para qualquer tipo de envolvimento, ou ela te prende de tal maneira que, ao terminar você se sente meio órfã de informações, do que não leu, do que poderia ter sido. "Carpinteiros..." é bom, de verdade, mas me deixou um tantão de perguntas. Eu realmente sou do time que preferia saber se Capitu traiu ou não. Droga, faltou muito de Seymor pra mim na história...

Já "Seymor...", apesar de não possuir o mesmo ritmo dado à história anterior, me agradou mais justamente por sentir que ele, por si só, se bastou. É, como diz o título, a apresentação de Seymor por Buddy, com toda sua admiração descarada de irmão.
Seymor é um personagem apaixonante mesmo em suas incongruências e defeitos. Tem um quê de místico e até visionário, jogo feito até com o nome do mesmo (See more). Deve ter sido o personagem preferido de Salinger também, já que é presença constante em todos seus livros, exceto em seu maior sucesso, "O Apanhador no Campo de Centeio".

[ATENÇÃO: 1/2 SPOILER!]
Importante dizer que o suicídio de Seymor é citado somente neste segundo conto, porém a sinopse já entrega de bandeja esse fato. Malditos spoilers!

Falta citar ainda a ótima e original dedicatória do livro:
"Se ainda existe no mundo alguém que leia só por prazer — ou até mesmo por acidente —, peço a ele ou a ela, com indizível afeto e gratidão, que divida em quatro parte iguais a dedicatória deste livro com minha mulher e meus dois filhos".
Alebarros 01/07/2010minha estante
Gostei da resenha, mas tenho uma ressalva: te empresto o "Nove Estórias", aí você lê e volta aqui pra dar 5 estrelinhas pro "Carpinteiros", pode ser? :P


Nessa Gagliardi 09/07/2010minha estante
Claro, né, Alê! Vou esperar pelo empréstimo, afinal quero saber que fim levou Seymor no fim das contas. :(


Pamela Lima 24/05/2015minha estante
Senti o mesmo "quero mais" colocado por você. Queria me envolver com Buddy e principalmente com Seymour! Enfim, pelo visto vou ter que ler Nove Estórias também.


Gessica 04/03/2022minha estante
Nossa, essa dedicatória é a coisa mais linda! Eu até salvei!




Lucas 02/04/2021

Inteiramente só e inteiramente cercado por outros
Com sorte, nos percebemos Gordas diante do espelho de Salinger. “Tudo o que o Cânone Ocidental pode nos trazer é o uso correto de nossa solidão, essa solidão cuja forma final é o confronto com nossa mortalidade”, escreve Harold Bloom, referindo-se ao fruto da leitura dos grandes clássicos nas nossas vidas. Podemos dizer o mesmo quanto ao cânone literário (ocidental e oriental) lido pela família Glass. “Esse leitor não lê pelo prazer fácil ou para expiar alguma culpa social, mas para ampliar uma existência solitária. (…) Como se pode ensinar solidão? A verdadeira leitura é uma atividade solitária, e não ensina ninguém a se tornar um melhor cidadão”, acrescenta o grande crítico. Por mais complicado que tenha sido o confronto de Seymour com sua mortalidade (e com sua cidadania, por assim dizer), o seu legado aos irmãos está intimamente ligado à compreensão dessa solidão a que Bloom se refere, materializado nos livros que ocupam as paredes da sala.

Ensaio completo no link

site: https://www.revistaamalgama.com.br/04/2021/inteiramente-so-e-inteiramente-cercado-por-outros-os-livros-da-familia-glass/
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Catsflyinginspace 11/12/2023

MELHORES FRASES
PG 20: Mas aos vinte e três anos eu era o tipo de rapaz que reage a qualquer ferimento que sua pessoa sofra em público, exceto uma fratura craniana, com uma risada oca, soando debiloide

PG 56: "Qual é a dele? Ele é doido?", A Dama de Honra disse. Eu disse que esperava que sim, e abri a porta do quarto.

PG 58: "Erguei bem alto a viga, carpinteiros. Qual Ares chega o noivo, em estatura, maior que os maiores. Beijo, Irving Safo, ex-contratado dos Estúdios Elysium Ltd. Por favor seja feliz feliz com a tua linda Muriel. Isso é uma ordem. Minha patente é maior que a de todo mundo nesta quadra."

PG 60: Ela se preocupa com o fato de que o amor que sente por mim vai e vem, aparece e desaparece. Ela duvida da realidade dele simplesmente porque ele não é tão constantemente agradável quanto um gatinho. Deus sabe que isso é triste. A voz humana conspira para dessacralizar tudo sobre a Terra."

PG 62: Pelo que a M. diz, no entanto, isso não chega nem perto de incomodar tanto a mãe dela quanto umas outras coisas. Três coisas. Um, eu sou recolhido e não consigo me relacionar com as pessoas. Dois, aparentemente há algo 'errado' comigo porque eu não seduzi a Muriel. Três, nitidamente a Sra. Fedder está há dias sem conseguir esquecer o comentário que eu fiz num jantar da semana passada, de que gostaria de ser um gato morto.

PG 90: eles não prestam atenção nos gritos de dor quando eles diam. Não conseguem, é claro

PG 91: Não fica claro? Aqueles gritos não vêm direto dos olhos? Por mais que possa ser contraditório o documento do legista -- seja ele um veredito de Consumpção ou Solidão ou Suicídio como causa da morte --, não fica claro como realmente morre o verdadeiro artista-vidente?

PG 98: Não era nem sequer parecido com o Seymour, mas, estranhamente, era uma pessoa com uma marcada semelhança - gol de placa, eu receio - comigo. O que é verdade, acho eu, ou verossímil o suficiente para fazer com que eu me

PG 105: Isso me convence de que o verdadeiro poeta não tem escolha quanto aos seus temas. É nitidamente o tema que o escolhe, e não o contrário

PG 138: Você sabe do que eu estava rindo?Você escreveu que era escritor por profissão. Aquilo me pareceu o eufemismo mais lindo que eu já li

PG 139: Ah, se você lembrasse ainda antes de sentar para escrever que você era leitor já bem antes de ser escritor

PG 182: O Seymour uma vez me disse que em toda a nossa vida a gente só passa de um pedacinho de Terra Santa para outro
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tripsdapaula 25/05/2020

Leiam O Apanhandor no Campo de Centeio antes.
O livro é bom e se divide em duas partes: carpinteiros, levantem bem alto a cumeeira e Seymour, uma apresentação - ambas tratam da relação entre dois irmãos e sua família e um casamento. A segunda parte também é altamente recomendável aos escritores.

Para quem nunca teve contato com Salinger, recomendo fortemente a leitura
de ?o apanhador no campo de centeio? antes da leitura desse livro.
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Jo 06/01/2023

o melhor título de livro de todos os tempos
pra começar: o título é perfeito, absolutamente perfeito. sério, que livro FANTÁSTICO. uau. pra mim as narrativas do jd salinger em primeira pessoa são as maiores, não tenho palavras pra descrever o quão geniais são. é uma escrita livre, a mais livre que eu já li na vida, não sei nem explicar. a imagem que ele constrói do seymour é maravilhosa, uma baita homenagem (muito doida) q me fez ficar com vontade de reler todos os outros livros dele (tá tudo conectado, é genial!!!!!!!!). de verdade, achei ambos contos FANTÁSTICOS. o segundo conto me fez amar parágrafos gigantescos, eu não queria q eles acabassem nunca. leituras que me deixaram muito felizes (apesar de tudo). &amei como acabou do nada, AMEI como o narrador conversa diretamente com nós leitores. arrisco dizer que foi o segundo livro que mais gostei do jd salinger (apanhador em primeiro claro)! mestre!!!!!!!!!!!!!
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Andre.S 11/03/2023

Achei excelente a primeira parte, divertidíssima, colocando o protagonista numa situação inusitada , bem no estilo do ?Apanhador no campo de centeio?, livro que eu sou apaixonado! A segunda parte é totalmente diferente e extremamente chata, onde o mesmo protagonista da primeira parte se lança numa descrição do irmão mais velho, a mim muito desinteressante e chata.
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spoiler visualizar
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J. W. Murta 11/03/2021

Muito bom!
Gostei particularmente da primeira novela, ?Erguei bem alto a viga, carpinteiros?. A segunda novela o Salinger altera bastante seu modo de escrita e deixa a novela um pouco mais arrastada que o de costume.
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Hilton Neves 05/03/2011

Fera! Que estilo
Conecta-se duma forma singular ao leitor. Isto é, se o(a) leitor realmente embarcar na viagem.
Foi o 1° livro de Salinger que li, recomendado por um amigo. O modo como o autor relata as cenas do pessoal entrar no táxi até a chegada ao apartamento, é memorável!
Em vários trechos dá a sensação de que Woody Allen, em vez do Brooklyn, passou sua infância e adolescência em Manhattan. Fornece um panorama recheado do cotidiano e da vida cultural local dos anos 20 a 40.

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Vini 06/11/2023

Chato demais
Meu senhor que livro chato kkkkk. Talvez seja pela epoca em que foi escrito, mas tedioso demais!! O primeiro conto ate da pra engolir, mas quando ele começa a narrar a história do Seymour, nao da pra aguentar nao
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Bruno Gil 01/01/2018

Metade incrível, metade mais ou menos
Assim como muitas pessoas sem muita criatividade, um dos meus livros favorites é O apanhador no campo de centeio.

Mesmo sendo muito fã, ainda não tinha me dado o "trabalho" de ler qualquer outro livro do Salinger. Apesar de já ter visto alguns documentários e a cinebiografia lançada em 2017.

Resolvi começar por esse. E posso dizer que me surpreendi bastante pelo começo. O conto "Carpinteiros etc." é incrível. Você se importa com os personagens e quer muito que esse encontro, nada planejado, continue por horas e dia a fio.

A química entre os personagens é incrível e você torce para que o confronto entre a Dama de Honra e Bobby continue. Tanto faz se no momento da história eles estão se dando bem ou não. O que importa é o antagonismo entre eles.

Quando acabou o conto deu até uma tristeza. Queria saber se em algum outro momento da vida esse grupo peculiar de pessoas se encontra de novo.

Já "Seymour, uma apresentação" é bem arrastado. Mesmo você se importante com ele, já que ele é um dos personagens principais, mesmo não aparecendo, no conto anterior, depois de algumas páginas você percebe que irá ver o brilhantismo do outro conto.

Cheguei a um ponto que estava lendo apenas por obrigação. Para terminar logo e partir para o próximo livro. No final até melhora, mas não o suficiente para se tornar marcante. Pelo menos não para mim.

Minha recomendação? Leia "Carpinteiros.." e siga sua vida. Só leia Seymour se se importar mais com a pequena quantidade de material que temos de Salinger do que por qualquer outra coisa.
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