De repente, nas profundezas do bosque

De repente, nas profundezas do bosque Amós Oz




Resenhas - De Repente, Nas Profundezas Do Bosque


141 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10


spoiler visualizar
comentários(0)comente



Lara 09/02/2017

Regular
O livro começa bem, mas o suspense se esvai e acaba sendo entediante. Os personagens são mal construídos, e o final poderia ser melhor. Vale pela mensagem que é passada, e por ser de leitura rápida.
comentários(0)comente



Vanessa 24/04/2013

Uma pequena aldeia atravessada por um rio cristalino e rodeada por um bosque frondoso tem uma particularidade insólita: não há nela nem um único animal. Nem animais domésticos, nem silvestres; nem peixes, nem aves; nem mesmo insetos de qualquer espécie perturbam a monotonia da vida dos aldeões.
Mas dois garotos, Mati e sua amiga Maia, não se conformam com os rodeios e as histórias mal contadas dos adultos e resolvem investigar por conta própria, desafiando a proibição de entrar no bosque, onde reina o temível Nehi, o demônio das montanhas. Depois dessa aventura, nenhum dos dois será mais o mesmo - nem a aldeia.
Numa linguagem desenvolta, plena de humor e sutileza, Oz nos envolve num universo assombroso e fascinante, exaltando o poder do conhecimento, da independência de espírito e da ética pessoal contra as idéias feitas que perpetuam a discriminação, a intolerância, a opressão. Não há, portanto, solução de continuidade entre a empenhada literatura "adulta" do escritor e esta que ele definiu apropriadamente como "uma fábula para todas as idades".


Nimi sempre ouvia histórias à noite sobre os animais, como eram seus sons, mas quando ele chegava na escola e contava o que tinha ouvido, as crianças zombavam dele e mandavam se calar. Todos na aldeia fugiam do assunto e quando falavam sobre os animais acabavam voltando atrás, dizendo que isto nunca existiu que é somente uma lenda.


Mas um dia Nimi desaparece, e quando volta a aldeia, depois de alguns dias ele não está mais falando e sim zurrando como um burro. E todos se afastam dele, inclusive seus pais, com medo de pegar essa doença.
Todos na aldeia não saem de casa à noite, pois é na noite que o deônio Nehi aparece e ele leva tudo o que tem vida da aldeia, é uma maldição que caiu sobre eles.


Mas duas crianças, Mati e Maia, não se conformam, e vão buscar respostas no bosque, no local que é proibido de se ir, já que eles acham que ouvem algo vindo de dentro do bosque, como um pássaro a cantar, um cachorro a latir. Eles conhecem os barulhos dos animais por causa da professora Emanuela, ela é a única que conta a história dos animais para os alunos, mas não diz como eles sumiram, por isso muitos duvidam que eles sequer existiram.


E lá nas profundezas do bosque Mati e Maia encontraram algo que vão mudar suas vidas.


O livro está classificado como romance, mas é um livro infantil, que como diz na sinopse pode ser lido em todas as idades, pois mostra o quanto o deboche das pessoas e exclusão que elas fazem com quem é diferente pode prejudicar, o quanto machuca e a pessoa que é excluída fica com medo das pessoas, medo de ser rejeitada de novo e acaba se afastando de todos, fica uma pessoa amargurada que não consegue encontrar a felicidade.


Uma coisa que não me agradou na leitura foi que o autor repete muitas coisas, que não há necessidade, já foi mais do que esclarecido, e é repetido várias vezes, e acaba ficando cansativo.


Da uma lição de vida, porque tratamos as pessoas desta maneira, os animais não excluem ninguém, não debocham, não maltratam, eles não fazem diferença entre eles. Outro ponto que me marcou bastante, foi o que as pessoas fazem aos animais, sem razão maltratam, batem, matam, e isso é cruel, como o ser humano pode ser cruel a tal ponto de maltratar um animal indefeso, bater no cavalo para ele andar, bater no cachorro para ele sair do seu caminho, caçar um servo e matá-lo só por diversão, por esporte, as vezes acho que nós não somos racionais e sim os animais.

A história nos faz repensar nossas atitudes, e vemos que o que é diferente pra você é normal para outras pessoas. E o que é normal pra você, pode ser uma crueldade para outros.

Amós é um escritor israelense, nascido em Jerusalém no ano de 1939 e co-fundador do movimento pacifista Paz Agora.
comentários(0)comente



Ale Siqueira 08/09/2013

Numa aldeia isolada, cercada por bosques e cadeias de montanhas, existe uma situação extraordinária: não há nela nenhum animal. Do maior mamífero ao menor dos insetos, todos os seres do reino animal (com exceção dos humanos) abandonaram este lugar. Um dia, duas crianças decidem se embrenhar nos bosques (considerados perigosos e amaldiçoados) em busca de uma explicação.
A primeira parte da narrativa é envolta em mistério; tem-se a impressão de que há como que um grande e terrível segredo no passado da aldeia que causou a “maldição” que caiu sobre ela. Há um sentimento de culpa e vergonha que habita o inconsciente coletivo dos moradores e uma espécie de pacto silencioso sobre o assunto. No entanto, quando este segredo é revelado parece que ele é mesquinho, desproporcional a todo o clima que foi criado. Algumas coisas não ficam claras: os moradores estão cientes de que a causa da maldição foi sua atitude de segregação e deboche em relação a uma criança “diferente”? Se sim, como se explica que apesar da maldição, da culpa e da vergonha (tão enraizadas no subconsciente que todos se esforçam para esquecer), como apesar de tudo isso se pratica como regra e de forma ainda mais acentuada essa cultura da discriminação e da intolerância?
Sobre a escrita, acho que para uma narrativa fantástica faltou um pouco mais de poesia, de encanto, de vivacidade. Também faltou carisma e profundidade aos personagens.
Apesar de tudo o livro não deixa de ter boas reflexões, especialmente sobre a rejeição do “diferente”, daqueles que de alguma forma se desviam do modo de ser, sentir, pensar e agir considerado normal. Vale a leitura, até porque ele é bem curtinho.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Só Sobre Livros 11/12/2013

Parecidos, mas diferentes
Confira resenha no blog

site: http://sosobrelivros.blogspot.com.br/2013/12/parecidos-mas-diferentes-renata-lima.html
comentários(0)comente



Nara Jr 07/01/2014

Fábula vegetariana?
Amós Oz é um mestre da escrita, um redundante das palavras e um experimentador literário. Mas isso não quer dizer que sua obra seja sempre palatável. Por outro lado, seus livros infantis são menos crus, pois ele evita oferecer sexo aos seus leitores mirins, embora não consiga deixar de fazer alguma alusão.

Apesar do estilo confuso e do comportamento contraditório dos personagens, “De repente, nas profundezas do bosque”, aclamado pela crítica como “fábula moderna”, prende o leitor durante a primeira parte graças ao suspense bem costurado. Ao chegar à segunda metade do livro, porém, a alegoria torna-se explícita, desagradando os menos afeitos à linguagem parabólica.

Sua mensagem final de harmonia cósmica é assaz direta:

“Até que um dia pode ser que ocorra uma mudança nas almas, e então nós desceremos do monte e quem sabe nascerá em nós um novo coração, em todas as criaturas, pessoas, animais e aves, e todos os carnívoros se habituarão a comer carnemônias [uma espécie de soja que substitui a carne] em vez de caçar. Até que possamos também nós, eu e todos os meus amigos, e até Nimi, o potro, sair da densidão do bosque e voltar à aldeia, e viver os dias da nossa vida nas casas, pátios, campos, pastos e às margens do rio. O meu desejo de vingança ruirá e se soltará de mim como a pele seca de uma cobra, e nós poderemos trabalhar, amar, passear, cantar, brincar e conversar sem devorar e sermos devorados, e também sem debochar um do outro.”

É evidente que tal harmonia alude aos ideais pacifistas de ordem política do autor, que vivenciou em primeira pessoa as rusgas entre israelenses e palestinos. Para Amós Oz, a cessação do conflito é de mais interesse para ambas as partes contendoras do que a manutenção de posições sustentadas durante um longo período.

Contudo, sua alegoria da harmonia universal parece incluir o vegetarianismo radical. Não fica claro se o autor se apoiou no ideal vegetariano da protologia ou do messianismo bíblicos, ou se apenas extrapolou os limites da razoabilidade.
comentários(0)comente



Victor 29/03/2014

Nada Interessante
Texto muito monótono, além disso é muito estranho. Normalmente, gosto de ler livros deste gênero, mais esse eu não gostei.
Eu quero Trocá-lo.
Obs.: Comprei num sebo, mais está em bom estado.
comentários(0)comente



luquinhas 07/10/2014

De repente nas profundezas do bosque
Nós gostamos do livro porque apresenta um suspense, recomendamos a vocês que leiam também.O livro conta que em uma pacata aldeia,onde não existia bicho algum:peixes,repteis,pássaros ou insetos.Isso era um grande mistério.
Nessa aldeia,quando chegava a noite,ninguém deixava as portas e janelas abertas por causa do demônio da montanha.
Todos tinham medo desse monstro,mas o que eles não sabiam era que o pior ainda estava por vir...
Esse mistério,só o livro pode revelar a vocês.Então descubram qual é esse MISTÉRIO que aterroriza a todos da aldeia!!!!!!!!
Fabrício e Lucas
comentários(0)comente



Teeh 07/01/2015

DE REPENTE, NAS PROFUNDEZAS DO BOSQUE, DE AMÓS OZ
Estou há tempos dizendo que tirarei uma das pendências e lerei Amós Oz e finalmente essa hora chegou. De repente, nas Profundezas do Bosque conta de uma vila em que simplesmente todos os animais sumiram da noite para o dia. Todos, só restaram solitariamente os seres humanos. Na história, os animais existiram há tanto tempo que estão virando lendas.

No começo, temos a professora Emmanuelle contando para os seus alunos sobre os animais, algumas crianças acham que é tudo fantasia e não levam a sério o que a professora diz. Já outra criança, resolve certo dia, entrar no bosque em busca de animais.

site: http://livrosaquaticos.com/2014/11/14/de-repente-nas-profundezas-do-bosque-de-amos-oz/
comentários(0)comente



Ana 27/04/2015

De Repente, Nas Profundezas do Bosque
Um livro com a narrativa bem lenta, mas ao mesmo tempo o Amós Oz é bem original e criativo! Não é clichê e isso é muito bom! Parabéns, Amós.
comentários(0)comente



@varaomichel 27/06/2015

Uma Fábula Sobre a Amargura
Essa é uma história sobre o deboche, sobre a exclusão e os destroços de quem foi abatido por eles: todos nós. Há uma ambiguidade na história que me fez perceber que, no caminho da harmonia tão sonhada, pregada, requerida, protestada, há muitos percalços que estão em nós mesmos. Porque o homem que sofre a exclusão injusta é também o que exclui injustamente. E esta foi para mim a reflexão mais profunda que pude tirar deste meu primeiro contato com Amós Oz. O bem demanda tanto cuidado, porque cabe a nós calar cada voz das mágoas que nos causaram, não deixar que elas reverberem continuamente machucando cada vez mais gente nas aldeias mundo afora. A história me conquistou lá pelas páginas depois da 100 e a trilha valeu a pena, o que encontrei no final foi algo tão sutilmente engrandecedor que eu certamente lerei para o meu filho, quando tiver um. Ela não resolve a questão porque não está resolvida, ela deixa um conselho, como de um pai, para que a gente tente resolvê-la na vida.
comentários(0)comente



Alexandre Kovacs / Mundo de K 26/10/2015

Amós Oz - De repente nas profundezas do bosque
Editora Companhia das Letras - 144 páginas - tradução direta do hebraico por Tova Sender - Lançamento no Brasil 30/03/2007.

Certamente o mais famoso escritor israelense da atualidade e também colecionador de prêmios literários como o Goethe (2005) ou Príncipe de Astúrias (2007), Amós Oz nos traz aqui um "pequeno" livro de múltiplas interpretações, "uma fábula para todas as idades" como promete o texto de divulgação, porém com um sentido mais amplo do que a definição simplista possa dar a entender. O autor é geralmente criticado por correntes políticas radicais ao defender uma solução pacifista com base em um país com dois Estados para o conflito entre judeus israelenses e árabes palestinos (a única alternativa possível, em sua opinião), sendo portanto muito difícil deixar de associar um conteúdo político a tudo que ele escreve.

A narrativa é inspirada nos contos de fadas clássicos, tendo como cenário uma aldeia triste e isolada onde todos os animais, silvestres e domésticos (inclusive os insetos), desapareceram há muitos anos. As crianças do local têm uma noção remota do que seriam os sons e imagens dos animais através de conversas nostálgicas dos mais velhos e desenhos da professora, mas o motivo do insólito desaparecimento sempre foi uma espécie de tabu na região, sendo o assunto evitado pelos adultos. Aparentemente, algum fato relevante que originou o desaparecimento dos animais está sendo encoberto pelos antigos habitantes do lugar e isso desperta a curiosidade de duas crianças, Mati e Maia, que decidem enfrentar o próprio medo e descobrir o mistério que envolve o passado da aldeia, buscando respostas no bosque.

"A aldeia era cinzenta e triste. À volta dela apenas montes e bosques, nuvens e vento. Não havia outras aldeias nas redondezas. quase nunca chegavam forasteiros, nem sequer visitantes ocasionais. Trinta, talvez quarenta casas pequenas se espalhavam ao longo do declive, no vale fechado e rodeado por montes íngremes. Somente a oeste havia uma abertura estreita entre as montanhas, e por essa abertura passava o único caminho que levava à aldeia, mas não ia adiante, porque não havia nenhum adiante: ali terminava o mundo." (pág. 11)

"Já fazia muitos anos que todos os animais dessa aldeia e das redondezas haviam desaparecido, vacas, cavalos e carneiros, gansos, gatos e canários, cachorros, aranhas domésticas e lebres. Nem mesmo um pintassilgo vivia lá. Nenhum peixe restara no rio. As cegonhas e os grous rodeavam os vales em suas jornadas errantes. Até mesmo os insetos e os vermes, até as abelhas, moscas, formigas, minhocas, mosquitos e traças não eram vistos havia muitos anos. Os adultos que ainda lembravam em geral preferiam calar-se. Negar. Fingir que esqueceram." (pág. 13)

Com o desenvolvimento do texto, fica cada vez mais claro para o leitor que as intenções de Amós Oz não se limitam à literatura infantil, como percebemos nas comparações com o mundo "real" e, assim como em toda a fábula, fica evidente a moral a ser aprendida que é a necessidade de lutar contra a intolerância e discriminação, entender e aceitar as diferenças do outro. Um livro estranho, que não se encaixa em nenhum estilo e tanto pode ser interpretado como um conto de fadas para ser lido por uma criança de doze anos ou por um adulto que encontrará uma clara correspondência com o fanatismo e os conflitos contemporâneos, não somente no Oriente Médio, diga-se de passagem.
comentários(0)comente



141 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR