O Tartufo ou O Impostor

O Tartufo ou O Impostor Molière




Resenhas - O Tartufo ou O Impostor


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J. Silva 04/08/2023

Pecar em silêncio não é pecar
Tar·tu·fo. 1. Indivíduo hipócrita. 2. Velhaco que oculta os seus vícios sob a capa da religião.

O tartufo ou o impostor é uma peça de comédia escrita por Moliére (Jean-Baptiste Poquelin), encenada em 1664, durante o reinado de Luis XIV. Trata o texto das trapaças realizadas por um falso religioso, que se aproveita financeiramente da credulidade de um chefe de família.

Durante os cinco atos acompanhamos como o Tartufo se aproveita dos dogmas religiosos de humildade e desprendimento para obter vantagem econômica. E, ao final, o ardiloso tartufo não satisfeito almeja ter ainda para si a esposa do seu amigo e protetor.

Em suma o Tartufo queria tudo o que aquela família tinha, desde respeito a dinheiro.

Da leitura dos discursos do Tartufo notamos o porquê a peça causou escândalo e indignação em seu tempo, pois a falsa moral, assentada numa religiosidade de fachada tornou religiosos e fiéis dignos de risadas e escárnio. Não é a toa que no prefácio o autor afiança que: "é fácil suportar as reprimendas; o ridículo não se suporta. Aceitamos ser maus; mas não queremos ser ridículos.

O que mais causa espanto é que até os dias atuais, isto é, superados mais de quatrocentos anos, esse traço de falsa religiosidade para obtenção de vantagem persiste. Ouso dizer que temos muitos Tartufo por aí, a maquinar planos e aplicar seus golpes.
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Fábio 20/04/2011

“O mal está todo no barulho que se faz. O escândalo do mundo é que faz a ofensa, e pecar em silêncio não é pecar.” Ato IV, Cena 5

O Tartufo ou O Impostor é uma das mais célebres comédias do grande dramaturgo Molière, após causar muito escândalo e indignação entre os religiosos na época, do Rei Sol, hoje está obra figura entre as mais famosas da língua francesa.

Está comédia é tão influente, que o termo tartufo, nome do protagonista, se tornou um terno não só na língua portuguesa, mas em várias outras, cujo significado é a personalidade do personagem, ou seja, velhaco que oculta os seus vícios sob a capa da religião.

Com um enredo simples, o autor consegue dar comicidade a cada ato, difícil acreditar que esta história tão inocente pôde causar tanta zanguizarra e sedição, talvez não fosse à intenção, mas parece um ataque ao papel influente que tinham alguns devotos que se passavam por guias espirituais, quando na verdade eram saqueadores de heranças.

Deixando de lado os motivos e as especulações das causas, para saber o porquê da censura, vale dizer que é uma agradável e divertida obra que deve ser lida e relida, pois facécia não falta.

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Tatiana 26/02/2010

Uma surpresa...
Molière foi uma grande novidade para mim! O livro é super simples, mas com uma discussão que rende muito. A influência dos impostores em nossas vidas... Quantas decisões tomamos influenciados pelos outros? Nossos olhos estão abertos?
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Juliana.Rissardi 30/06/2020

No século XVII, Molière nos deixou por escrito em sua peça teatral o mesmo que: Desconfiem daqueles que se dizem homens de bem...
No século XXI, concordo plenamente com ele.
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Dávila 21/05/2021

Tente não ser um Tartufo.
Uma das coisas que pra mim mede a importância de um livro ou um autor é por exemplo se ele entrou no imaginário coletivo através de expressões, especialmente às que viram verbetes em dicionários.
Por exemplo..."Tartufo" é uma delas.
Kafkniano seria outra...e por aí vai.
Que posso dizer dessa peça de Molière?
Bom, o mundo continua cheio de Tartufos, e nós somos o Tartufo de alguém ou alguém é o nosso Tartufo com quem temos de conviver penosamente.
Ou um mundo habitado por Tartufos e Orgons, melhor dizendo.
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Ed 04/02/2022

Engraçado e com ótimas lições
Não entendo muito bem porque o livro gerou polêmica na época de seu lançamento. A crítica de Moliére ao falso devoto é, até hoje, extremamente válida.

Não é incomum ver no meio cristão as pessoas medindo umas às outras com suas réguas (ou diria navalhas) morais, gerando escrúpulos sem sentido e afastando as pessoas do verdadeiro sentido da relação com Deus.

Tartufo vivia de aparência e passava impressão de um homem verdadeiramente santo e piedoso, mas por dentro era podre.

Os diálogos são excelentes e divertidíssimos, e o personagem Cléante parece fazer a voz do bom senso, argumentando em prol de uma virtude cristã verdadeira, que planta e colhe bons frutos interiores.

A linha de raciocínio lembra o que diz S. Francisco, acredito que o de Sales: Pregue o Evangelho, se necessário use palavras.

Cléante diz que os vaidosos corrigem com a arrogância das palavras, e que os virtuosos e santos corrigem com as ações.

Ótimo livro, gerou-me excelentes reflexões.
Ed 04/02/2022minha estante
Correção: Não seria no lançamento do livro, mas sim na encenação da peça


Wanderreis 19/05/2022minha estante
Certamente o texto foi combatido pelos Tartufos reais da época.




Lia Gracy 13/04/2023

O Tartufo ou o impostor
Uma das mais célebres comédias escritas em língua francesa - foi encenada pela primeira vez em 1664, em Versalhes, causando escândalo e indignação entre os devotos religiosos, e foi por um triz sque sua encenação escapou de ser proi- bida, naqueles tempos de Luís XIV. O personagem- título é um falso religioso oportunista, que, com uma série de maquinações ardilosas, tenta aplicar um golpe no crédulo Argon e familiares.
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Ester8 20/03/2021

Bom
Nada muito emocionante, mas é um livro bom, gostei dos personagens e do enredo
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Mari Moraes 23/11/2021

A vida adulta nos torna chatos
Esse foi o meu primeiro contato com Moliere na vida adulta. Quando eu estava entrando na adolescência, fiz algumas peças de teatro onde misturávamos alguns textos de Molière, eu lembro que eu amava, toda aquela comédia que na minha concepção na época chegava quase a uma comédia do absurdo, as possibilidades de se caricaturar e se expandir e virar tantas outras pessoas além da monotonia de uma adolescente de 14 anos.

Agora com 28 e estudando dramaturgia um pouquinho mais a fundo, não fui arrebatada por todo esse amor kkkk. A vida adulta de fato nos torna chatos!

Foi uma leitura legal de um texto engraçadinho, porém preciso de ler mais obras pra poder perceber essa característica tão típica de Moliere que todos no teatro falam, e ainda preciso analisar nas entrelinhas as críticas ou referências a corte de Luís XIV, a qual Moliere integrou a pedido do monarca.
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none 01/12/2020

O roto falando do esfarrapado...ah seu Molière, que decepção
Grandes personagens, ótimos diálogos, proposta interessante de evidenciar a hipocrisia da sociedade. Mas o que estraga é o desfecho conveniente para o Tartufo estatal chamado Molière.
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Desirre2 23/03/2020

Comédia não engraçada (sei que na época teria um efeito diferente de hoje)...
Boring.
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Darkpookie 17/04/2020

Comentário
Essa obra trata-se de uma comédia sobre a hipocrisia e falsa devoção religiosa. Como confirmam os textos adicionais presentes nessa edição, é evidente que as intenções do autor são sobre mostrar o ridículo do comportamento vicioso e suas consequências trágicas, e não fazer troça dos religiosos no geral como afirmavam na época em que escreveu a peça.
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L. R. Pratti 19/08/2010

Chaaaaato...
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gabriel.a.brumatto 07/10/2023

O Tartufo ou O Impostor - Molière
Para falar à respeito de Molière, deve-se levar em conta todo o seu talento e capacidade para montar grandes peças de teatro. Esse foi o meu primeiro contato com ele, e logo abaixo, estarão presentes minhas impressões.
A peça é muito bem construída, na questão da ambientação, da escrita, da organização dos atos e cenas, da quantidade de personagens e da presença que cada um exerce no enredo, pois todos são de suma importância.
Todavia, eu percebi a falta de aprofundamento por parte do autor nos personagens. Somos apresentados de supetão aos mesmos, com toda uma situação já ocorrendo, sem saber quem é quem e do quê se trata. Logicamente, lendo a peça depois, pode-se entender de forma mais fácil.
À respeito da edição (Martin Claret), achei muito interessante a proposta de trazer textos de apoio ao começo e ao final do livro, pois os mesmos situam o leitor sobre o autor e sua obra. Mas, a cronologia da vida e obra do autor, apresentada ao final do livro, é consideravelmente extensa, chegando a trinta páginas, essas com poucas imagens e notas de rodapé, que são inseridas no corpo do texto, mecanizando a leitura. Outrossim, são textos extremamente ricos de informações, nos fazendo conhecer mais sobre o autor e sua importância.
Enfim, termino esta resenha recomendando à todos que façam a leitura da peça, pois é extremamente divertida, garantindo boas risadas ao leitor. A escrita é super simples, a tradução é bem feita, e é de curta extensão, podendo ser facilmente encaixada em sua pilha de leituras. Obrigado pela atenção!!!
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