O Primo Basílio

O Primo Basílio Eça de Queiroz




Resenhas - O Primo Basílio


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Marina672 04/02/2024

Pelo riso, corrigem-se os costumes
Eça de Queiroz tem como objetivo criticar a classe burguesa escancarando a fragilidade moral da burguesia através da crise que a família, como unidade básica da coesão social, passava. Assim, como Flaubert, ele utiliza o adultério feminino, pois fere a cultura patriarcal e viola o casamento. As relações e os afetos apresentados estão a todo momento revelando a artificialidade da hierarquia econômica e social. Nesse contexto, enquanto Luísa esconde nos tapetes a sua ?imoralidade?, Juliana, a empregada, escancara a situação insalubre em que vivem os servos e ?condensa em si toda a ira de uma classe trabalhadora que até hoje ainda luta pelo reconhecimento de sua dignidade.? (JACOTO, Lilian. O Primo Basílio. p. 17)
Ademais, a escrita de Eça é fenomenal, muito semelhante à de Flaubert, conseguimos sentir o sangue dos personagens pulsando em nós mesmos, um verdadeiro deleite. As descrições dos sentimentos de Luísa são muito poéticas, os personagens são construídos de uma forma tão excepcional a ponto de não haver vilã ou heroína, é simplesmente um retrato da sociedade, um episódio doméstico.
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melbernardoo 01/02/2024

Febre de amor se apanha no ar!
?O amor é uma doença
Que costuma andar no ar;
Só de ir à janela, às vezes
Se apanha a febre de amar!?

O primo Basílio é um romance realista do escritor português Eça de Queirós, publicado pela primeira vez em 1878. O enredo tem como temática principal o adultério de Luísa com seu primo Basílio, este que esteve anos ausente retorna à Lisboa e reacende a chama de um romance proibido entre os dois.

Luísa é casada com o engenheiro Jorge, que viaja a trabalho e acaba por deixar sua amada livre sob os encantos e investidas de Basílio.
Como nem tudo são flores, algumas cartas trocadas entre os primos e amantes são pegas pela empregada Juliana, que usa desse segredo para chantagear a madame.

A escrita de Queirós é marcada pelos detalhes, o que torna a leitura bem demorada. Confesso só li por necessidade acadêmica, apesar disso um clássico sempre vale a leitura.
O autor é detalhista inclusive ao explicitar toda a hipocrisia e preconceito da sociedade lisboeta do século XIX.
Isabely129 04/02/2024minha estante
Livrãooo




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clara 31/01/2024

Esse livro foi uma boa surpresa, gostei mais do que achei que gostaria. Eça de Queiroz consegue transmitir muito bem essa sociedade de aparências do século XIX, retratando as traições e as hipocrisias mascaradas dos personagens e explorando as emoções de cada um deles. Ele consegue criar uma atmosfera de tensão que te prende por páginas e páginas e, falando de O Primo Basílio como texto, é extremamente bem escrito e coerente.
O sentimentalismo me chamou muito a atenção, é descrito lindamente, do amor ao ódio: ambos voltados para o mesmo personagem certas vezes.
O desejo, o medo, a cara de pau de todos eles... toda essa essa hipocrisia de fato serve como porta para abrir espaço para as paixões dentro dos limites da razão. No fim, uma desculpa para viver algo excitante uma vez em suas existências. Mas adianta de alguma coisa se no final continuam patéticos?
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Matheus Andrade 29/01/2024

O Primo Basílio
Um romance novelistico do, Eça de Queiroz.

Falara sobre um casal que são casados a 4 anos e com uma vida bem tranquila, monótona e rica. Jorge o marido e Luísa a esposa seriam os protagonistas casais principais, porém, existira um outro, o mesmo se faz no título do livro de vulgo, "O Primo Basílio", esse já enamorado de Luísa na infância, com desejos lascivos e de casamento para com ela, não pudera realizar seus desejos pós sairá do seu país natal Portugal e da sua cidade, Lisboa. Fora para o Brasil a procura de trabalho, indo pobre e voltando-se para sua terra muito rico.

Com uma história de fofoca, traição, adultério e incesto sua narrativa será bem rica o, Eça de Queiroz falará com riquezas de detalhes os cenários que estara ao derredor dos protagonistas fazendo-se ter uma imaginação abrangente e muito lúcida das cenas.

É uma verdadeira obra de arte, um clássico !

Interessante que, ao finalizar a obra o Eça de Queiroz escrevera uma carta ao seu íntimo amigo o, Teófilo. A carta falara que o Eça ficara muito feliz com o aprovamento do seu amigo sobre o seu romance O Primo Basílio que na verdade não só seria um simples romance mas sim, uma crítica a família lisboeta, cuja a falta de princípios estariam a declinar a cidade de Lisboa no século XlX.

Obra belíssima !!!
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guimaraeslav 24/01/2024

O Primo Basílio foi o livro que eu mais analisei na vida, por conta de um trabalho de literatura. Apesar de ter pirado um pouco, eu gostei da experiência.
A obra é um destaque realista cheio de detalhes e com diversas críticas à burguesia portuguesa do século XIX. Os personagens são muito bem trabalhados, cada um com suas características e suas mensagens.
Confesso que não esperava aquele final?
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cowboyminji 22/01/2024

? O realismo português.
Em "O primo Basílio" de Eça de Queiroz, o autor procura deixar nos mínimos detalhes uma crítica ao machismo estrutural em que as mulheres enfrentavam na época. Luísa, a protagonista, foi uma personagem escrita para representar uma construção feminina que sofre julgamentos e pressão pela sociedade, em todo o momento de sua vida.
O realismo procura criticar e estar sempre em oposição ao romantismo, então, ter dentro da obra uma personagem que almeja sempre aquele romance perfeito e é completamente desiludida ao recorrer da obra se torna muito importante para as críticas veladas.
Ao fim da obra, é possível notar que, para um erro feminino, aquele era o único final que Luísa poderia ter depois de tudo que fez durante a obra, um final que é uma crítica a como aquela forma seria a única que a figura feminina poderia fugir sobre a culpa de adultério.
O processo de leitura de O primo Basílio é bem extenso e lento, por conta disso se torna uma leitura cansativa, por conta dos capítulos longos e das descrições precisas de cada detalhe, porém, essas são características do realismo português.
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Leitorconvicto 21/01/2024

A minha pergunta é...
Como não odiar o Basílio? A construção das cenas e dos trejeitos das personagens é precisa. Criando todo uma carga de informação que coloca o leitor na obrigação de julgar
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qingxin 21/01/2024

Bom, mas poderia ser melhor
A leitura não me prendeu, acabou sendo um pouco penosa apesar de não ser ruim.

A história é interessante, mas a construção dos personagens não tem um aprofundamento muito intenso, então o que poderia ser muito profundo acabou não passando de uma situação qualquer, não inspirou muita emoção. Ainda assim é uma leitura boa, é interessante ver como os desejos da Luísa são retratados no decorrer do livro, sempre visto pelos outros personagens como algo irrelevante, como se toda a vida dela fosse moldada apenas nas vontades dos outros. Ela é colocada em uma categoria de mulher-anjo quase intocável ?a traição dela é justificada não pelo desejo dela, mas através da vontade do Basílio, o que fica claro quando o Sebastião diz que os homens maus corrompem mulheres e que essas não são más (o má aqui é agir conforme o desejo e contra as normas sociais).
O que deixa a trama mais interessante é a Juliana e a comparação entre ela e a Luísa(essa daqui não entra na categoria de mulher do Sebastiãokk), as duas possuem erros e são cobradas por eles, mas o modo como elas são vistas é totalmente diferente.

Expõe muito das incoerências da sociedade da época, principalmente a posição da mulher, o Basílio no final deixa isso muito escancarado.
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Ana 21/01/2024

Você nunca vai se sentir tédio ao ler esse livro. Esse livro tem de tudo um pouco: crítica social, adultério, inveja, luxúria, hipocrisia, minha nossa, tem de tudo um pouco. Ótima história.
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isabel_fmelo 16/01/2024

Primeiro lido do ano.
Estava super animada para ler, e foi além do que eu esperava. Achei que seria apenas um livro de romance de época, e foi uma leitura realista de uma sociedade burguesa cheia de luxúria, traições, ócio e prazeres. Confesso que achei que Luísa seria admirável assim como Helena de Machado de Assis, mas, não há comparação.
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Thais645 10/01/2024

Com 100 páginas a menos perfeito
O livro mostra uma realidade da classe média Portuguesa. Nele conhecemos Luiza, casada, tem uma vida boa porém monótona com o seu esposo Jorge, porém tudo vira de ponta cabeça quando recebe a visita de seu primo Basílio, praticamente seu único parente. conversa mole e vem conversa mole vai, e aproveitando que Jorge não estava em casa viajava a trabalho, bem ? o restante você imagina. É descoberto desta forma tem a sua vida virada de ponta cabeça. nessa história ninguém é santo, até mesmo Jorge sendo descrito com diversos características positivas, se revelará controverso. Juliana Começaremos tendo dó dela e no final Odiaremos. Algumas partes no livro poderiam não existir para deixar o livro mais dinâmico, mas, entendo Pelo ano que foi escrito. É divertido em certos momentos você ficará aflito. Fácil entende o quesito de moralidade por trás da história. Amei
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Fernanda Coelho 08/01/2024

Que novelão! É o puro suco da fofoca!

O primo Basílio é uma história de adultério, arrependimento e vingança.
Durante uma viagem prolongada do marido, Luísa se deixa seduzir pelo elegante e galanteador Basílio, um primo seu que voltava a Lisboa depois de uma temporada vivendo no Brasil.
O casal é descoberto por Juliana a empregada da casa que passa a chantagear a patroa. O dilema entre Luísa e Juliana te prende cada vez mais.
Com o retorno de Jorge, ela percebe que pode perder o marido que tem e ser posta à rua, além de perder sua dignidade social e dai por diante é só barraco, gritaria e confusão KKKKKK. ?

Eu amei todos os personagens, sem exceção!
Até mesmo a X9 Juliana e o babaca Basílio.
Eça de Queirós é maravilhoso e possui uma narração perfeita, riquíssima em contextos históricos e sociais, que torna impossível não se envolver e se apegar aos personagens.
Flávia Menezes 08/01/2024minha estante
Gostei da resenha, Fê! E gostei tanto que vou colocar esse na minha listinha de nacionais que pretendo ler esse ano! ?????


Craotchky 08/01/2024minha estante
Também gostei muitíssimo quando li.




Ed Carvalho 06/01/2024

Uma obra-prima
Ao iniciar a leitura, analisar construção de personalidade de cada personagem e perceber todos os tons de ironia contidos na escrita crítica de Eça de Queirós, logo o tomei por um autor de inteligência sem igual. Ao chegar ao final do livro e ler a carta que ele direcionou a um amigo, correspondência dura e direta a qual encerra esta edição, não tive mais dúvidas do brilhantismo deste autor. Obra magnífica esta, que faz um retrato da podridão de uma época e de um lugar, mas que não é anacrônica. As diferenças sociais, o falso moralismo, o sexismo e misoginia, a fragilidade humana, uma confusa e às vezes hipócrita relação com a religião, tudo isto e muito mais o brilhante autor português aqui o pôs. Achei-o sensacional, obra da mais pura arte. Obrigado, Eça!
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Bruno236 05/01/2024

Clássico da lusofonia
Os capítulos são meio longos então pode ser maçante as vezes. Todavia a obra é elegante, emocionante e tremendamente imersiva. Recomendo.
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