O Primo Basílio

O Primo Basílio Eça de Queiroz




Resenhas - O Primo Basílio


537 encontrados | exibindo 181 a 196
13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 |


Martinha.Souza 03/08/2022

Um clássico
Uma leitura reflexiva, com uma análise sobre a posição da mulher na sociedade, a valorização do trabalho. Podemos comparar as mudanças que ocorreram ao longo das décadas.
Uma leitura inicial difícil, mas com o passar das situações você vai sofrendo e angustiando com os personagens.
comentários(0)comente



Claudia Beulk - @velejandoporlivros 03/05/2015

Clássico
Escrito em 1878, "O Primo Basílio" é, além de um clássico, uma crítica à sociedade burguesa de Lisboa do século XIX. Eça de Queirós apresenta diversos personagens peculiares durante a narrativa, cada qual com suas preocupações e trejeitos que os fazem únicos.
A história se concentra com torno de Luísa, uma jovem casada com o engenheiro Jorge que vive em sua confortável casa com duas criadas a lhe fazerem praticamente tudo e recebendo visitas de seu núcleo social. Suas vidas seguiam muito tranquilamente até Jorge se ausentar à trabalho durante um longo período de tempo, e neste ínterim, volta a Lisboa um antigo amor de Luísa, seu primo Basílio, com quem esteve prestes a casar antes de o mesmo ir embora para o Brasil. Com a chegada de Basílio, Luísa sente aquela paixão reacender e cede aos encantos do sedutor primo. O que Luísa inocentemente não sabia, era da raiva e da ambição que cultivava Juliana, uma das criadas, que ao conseguir provas da traição de sua senhora, passa a chantageá-la.
No desenrolar da narrativa, o leitor passa a conhecer melhor e entender cada personagem secundário do núcleo social que cerca Luísa. Sebastião, amigo mais estimado de Jorge quer apenas manter a boa imagem de seus amigos perante à vizinhança, Dona Felicidade sonha em conquistar o Conselheiro Acácio, este sempre muito formal com todos amigos (uma formalidade que beira ao ridículo), enquanto Julião Zuzarte, o médico, representa o herege, com passagens muitas vezes cômicas. Desvenda-se até mesmo as verdadeiras intenções de Basílio logo que o mesmo é apresentado, e chega-se a sofrer as angústias de Luísa, pois bem vê-se que sua vida está caminhando para uma tragédia anunciada.
Com uma linguagem própria da época, "O Primo Basílio" no começo há de ser lido com calma, a fim de acostumar-se com a narrativa de Eça de Queirós, o que é muito fácil após algumas páginas, quando o leitor começa a prender-se à história e nem mais fazer distinção de certas palavras anteriormente desconhecidas. Ressalta-se a pitada de humor negro presente em algumas passagens, que tornam a leitura mais agradável a quem sabe apreciar. Sim, é possível rir lendo um clássico desse porte. E é claro, aos mais sensíveis, as lágrimas vêm aos olhos.

site: http://ceusinfinitos.blogspot.com.br/
Rúbia 03/07/2015minha estante
Nossa, adorei a sua resenha. Preciso dar uma mergulhada na minha origem, que foram os clássicos. Você me ajudou a ter mais vontade de ler esse livro.
Obrigada = )


Claudia Beulk - @velejandoporlivros 26/07/2015minha estante
Obrigada Rúbia, fico feliz que tenha gostado da resenha e de ter ajudado a despertar sua vontade de ler esse livro. Beijos!




Juliana Amaro 11/01/2023

Ótimo livro.
Eça de Queirós, neste livro, faz uma crítica severa à sociedade lisboeta do século XIX. O autor mostra a lenta deformação do caráter de Luísa, mulher de formação romântica entediada com o casamento, sob o efeito de leituras e músicas sentimentais. Durante uma viagem do marido Jorge, Luísa envolve-se com seu sedutor primo Basílio. Porém, Juliana, a invejosa e vingativa criada, descobre o caso e arma um esquema de chantagem. Muitas emoções e reviravoltas num clássico do realismo português.
comentários(0)comente



Isa 03/12/2020

Livro muito bom, personagens planos onde todas as suas ações são por pura vaidade com uma intensa trama. Vale a pena a leitura !
comentários(0)comente



Codinome 28/10/2020

Um pouco sobre "O primo Basílio"
“O primo Basílio” foi um livro que tive a oportunidade de ler uma releitura dele quando bem jovem, releitura porque sua temática de adultério não é uma opção muito bem-vinda em nossa época escolar (acho que como muitos brasileiros, conheci esse livro na escola).

É a história de uma moça, chamada Luísa, que se torna amante de seu primo, o Basílio; a partir dessa ilícita relação, são desencadeados diversos problemas na vida dessa mulher. O autor, Eça de Queirós, cria um entorno de personagens (juntos com esses que mencionei) e constrói uma crítica à família lisboeta; essa crítica e esses arquétipos que ele cria, são evidenciados em uma curta carta que o autor escreveu ao poeta Teófilo Braga (pode ser encontrado ao fim dessa edição do livro que li, aliás, achei ela super bem-vinda).

Eça escreve muito bem, algo que percebi em “A cidade e as serras” e confirmei em “O primo Basílio”, e consegue construir uma duríssima crítica à sociedade portuguesa de sua época. Um livro que consegue simbolizar bem o movimento do realismo português. A carta ao final, também ajuda-nos a entender o teor revolucionário que o autor possuía.
comentários(0)comente



giu 14/10/2020

Primo Básilio foi um livro recomendado por minha professora de literatura. O começo foi bem animador, o final, infelizmente deixou um pouco a desejar.
comentários(0)comente



Jander 24/02/2023

Família ê
Com um estilo naturalista, Eça de Queirós expôs toda a fragilidade e conservadorismo da Sociedade atrasada de Portugal.

Sobre a escrita, está se desenvolve com descrições detalhadas do ambiente, das características dos personagens, porém traz algo do supérfluo de cada um, não envolvendo emocionalmente tanto quanto das características.

Leitura válida para conhecer mais do estilo literario, e o melhor é deixar ao leitor, o complemento de algumas lacunas propositalmente deixadas em aberto.
comentários(0)comente



Juliana 18/02/2021

Cheguei atrasada na leitura obrigatória pro vestibular
Gostei demaaaaaaais da história! Me pergunto se eu realmente não tava pronta pra ela na adolescência ou se, caso tivesse realmente tentado, gostaria tanto quanto gostei hoje.
Não vou me alongar no enredo, já sabemos que Luísa, enquanto o marido viaja, reencontra um primo com quem teve um namoro na adolescência e rola um flashback. Juliana, a criada, sabendo do adultério, começa a chantagear a patroa.
Mas a criada não é um ser apático, sem vida, sem desejos. A vida sofrida das empregadas é bem retratada. E, apesar da aversão que cresce com as chantagens, também surge a compreensão por tudo que Juliana é submetida desde a infância.
Luísa vive um romance muito aventureiro, sentimos borboletas no estômago com ela, depois ficamos ?Luísa, pelo amor de deus mulher, abre o olho, cuidado!?, me envolvi demais.
No início a linguagem rebuscada e antiga atrapalhou um pouquinho, mas nem precisei insistir muito, logo a história engatou e a leitura não precisou de esforço algum pra fluir.

Ah, o trecho que Arnaldo Antunes declama na música com Marisa Monte é simplesmente perfeito!
comentários(0)comente



Francyelen 04/02/2021

Eu gostei muito da história. O personagem que eu gostei mais foi Sebastião, um amigo da família de Luísa e Jorge que são casados há 3 anos e não tem filhos, teve horas que eu falei "vou parar de ler um pouco", porém eu não consegui, pois cada página cativa mais e mais o leitor. Recomendo bastante o livro, é muito interessante. 5 estrelas.
comentários(0)comente



Capitu 02/03/2021

O amor como ele não é
Para quem gostou de Madame Bovary ou A mulher de 30 anos, esse livro é perfeito! Ao invés de nos encontrarmos na velha França, o cenário da vez é Lisboa! O Primo Basílio trata de um realismo português do século XIX, que visa criticar a sociedade lisboeta, a burguesia, a moral, o casamento e o tédio da mulher casada. E de certa forma, uma homenagem A Madame Bovary.
Eça de Queirós já se declara um grande fã de Flaubert e Balzac em uma carta a um amigo, e é incrível a semelhança de O Primo Basílio com Madame Bovary, o enredo parece ser até o mesmo! O que Emma e Luísa tem em comum? O desespero em escapar do tédio e da monotonia, Emma por não gostar do seu marido e Luísa pela ausência dele, ambas suprindo suas carências, conscientemente ou não nos braços dos amantes. Já o primo Basílio se parece muito com Rodolphe Boulanger, dois conquistadores profissionais, manipulando sentimentos descaradamente a troco de sexo.
Luísa é casada com Jorge, que viaja a trabalho, mas por infeliz coincidência, o primo de Luísa, Basílio, chega na cidade e começa visitar a prima todos os dias. E olha só que coisa interessante, nós brasileiros herdamos o espírito fofoqueiro dos portugueses, a vizinhança de Luísa já começa a falar horrores! Luísa é a típica mulher idealizadora, inspirada por romances, Basílio é para ela como aqueles personagens maravilhosos dos livros, recém chegado de terras estrangeiras, tinha ganhado muito dinheiro, viajado para muitos lugares, era voluptuoso e misterioso, e ainda declara seu suposto amor a ela. Para Luísa o amor naquele momento é confundido com a paixão, o impulso sexual, o desejo pelo proibido, as delícias do sexo e do que é proibido. Com o passar do tempo, na ausência do marido, Luísa lembra-se vagamente de Jorge, e começa a acha-lo comum demais, pacato demais, um homem sem mistérios, mas que sempre fora amável e gentil com ela, estando ao seu lado em seus piores momentos. Ao final do livro temos uma definição de amor verdadeiro, que Luísa contempla em seus momentos finais, de que o amor sincero é aquele que não machuca, é aquele que achamos que é pacato, sem grandes emoções, ele é algo morno, e não avassalador. E ela reconhece que o único homem que a amou de verdade foi Jorge, que ficou com ela até o seu último suspiro, que chorou por ela, que cuidou dela em todos os seus momentos difíceis e que sempre fizera o que tivesse ao seu alcance para fazê-la feliz. O amor não é feito de um super homem, ou uma super mulher, mas de pessoas simples que sabem dar ao outro o que de melhor tem em si mesmo. E o mesmo acontece com Emma em Madame Bovary, no seu leito de morte reconhece que o único homem que a amou de verdade foi Charles, mesmo não sendo um exemplo de príncipe encantado, ele esteve com ela até seu último momento.
Como esse livro é um realismo, não espere um final feliz, é mais bonito que Madame Bovary, que termina de forma miserável, mas de certa forma você vai fechar o livro e ficar indignado com a impunidade para com os injustos. Luísa paga por dois as consequências das suas escolhas. É um livro que eu super recomendo, divertido de se ler, é uma escrita muito fácil de ser compreendida, eu devorei esse livro, foi muito rápido a leitura, entra para um dos meus romances favoritos. E foi isso que aprendi com este livro, procuramos tanto por fortes emoções, buscamos desesperadamente pelo amor, mas quando ele aparece não damos valor por não ser da forma como imaginamos, ser singelo, doce e simples demais, e acabamos trocando o amor verdadeiro por uma ilusão de curta duração que pode estragar toda uma vida.
comentários(0)comente



Leandro257 11/06/2021

Um livro envolvente
Esse foi minha primeira leitura de Eça de Queirós, e posso dizer que comecei com o pé direito. Eu adorei a história, os personagens, a ambientação. Por se tratar de um texto português do séc. XIX , esperava que fosse difícil, arrastado, pedante e não foi nada disso. A cada capítulo concluído eu ficava curioso para saber a continuação (esse livro daria um enredo de uma novela KKKK). Recomendo a leitura, quero ler mais livros do Eça.
comentários(0)comente



Luiz Rodrigo de 17/09/2023

Eu finalmente descobri que quem suspirou e beijou devotamente o papel
Eu finalmente descobri que quem suspirou e beijou devotamente o papel foi a Luísa. E a utilidade dos leques nos grandes teatros europeus eram paras que as senhoras fidalgas arrotarem discretamente em paz. Assim, li pela primeira vez o grande Eça de Queiroz, o Primo Basílio é um livro com os devaneios dos romances lido por Luísa e a dura realidade da vida.
Este é um livro que mostra a parte mais horripilante do ser humano. O descaso de todos que cercavam Luísa é muito chocante. O primo que só queria e descaminho dela, a amiga que queria ver este fogo arder, a vizinhança que queria motivos para falar mal, a chantagem da empregada, o descaso do marido que se importou quando já era tarde.
Dentre todas preciso fazer um destaque maior em um personagem é o próprio Primo Basílio, sim ele seduziu a prima, só por um motivo fútil, iniciativa teve sim de preparar o ninho de amor, chamado O Paraíso, na verdade um inferninho. E em suas conversas com o seu amigo já queria se livrar faz tempo dá Luísa. Ele achava lindo vê-la chorando. Sim, podemos dizer que esta é uma mentalidade do século 19, mas sabe o que é mais devastador é que esta mentalidade permanece até os dias de hoje. Triste, não?!?! Estava quase esquecendo fiquei novamente com vontade de ler Fausto , tanto do Goethe quanto do Tommas Mann, pois me aguçou a curiosidade na cena do teatro. Porque ele utilizou Fausto e não Romeu e Julieta? Provavelmente uma referência que eu não tenho.
Este foi o livro de número 27 em 8.487 páginas. Um livro totalmente fora dos meus planos de leitura, e de minha zona de conforto. Mas fiquei satisfeito pois apesar de algumas palavras eu não sabia , o Kindle ajudou muito. Mas o meu nível de compreensão foi muito além. Dou 4 🌟. por Luiz Rodrigo de Souza.
comentários(0)comente



Tsuki 19/09/2023

Mais um clássico terminado!
Esse foi um dos clássicos de leitura mais fáceis que eu já peguei, diria que não é a melhor estória do mundo mas é um dos bons clássicos que valem a pena.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



537 encontrados | exibindo 181 a 196
13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR