O Primo Basílio

O Primo Basílio Eça de Queiroz




Resenhas - O Primo Basílio


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Tamy Vianna 28/11/2023

Crítica a época
Um romance meio que realista né?!
Os personagens não são perfeitos, são cheios de preconceito, aqui vemos hipocrisia, inveja, raiva, mentira...

Escrito exatamente para escancarar a hipócrita sociedade da época, que adorava os romances parisiense, e sua vida leviana, mas que quando tais atitudes aconteciam na vida real, eles apontavam o dedo e criticavam.

Eça de Queirós bebeu direto da fonte de Gustave Flaubert na obra "Madame Bovary", porém com algumas mudanças, pois a literatura é assim mesmo, você vai se inspirar em alguém para escrever sua própria obra, e está tudo bem.

Acredite se quiser, Eça foi criticado por ninguém mais e ninguém menos que Machado de Assis; uma bela discussão entre dois tubarões da literatura.

Goste ou não, "O primo Basílio" é um clássico literário, bem desenvolvido, com personagens que nos transmitem sentir diversos sentimentos.

A leitura vale muito.
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a.lida 01/11/2021

Menino, que fofoca!
A linguagem utilizada no livro às vezes pode dificultar a compreensão ou velocidade de leitura, pois é um português muuuuito antigo. Além disso, o livro me chamou atenção pelos escândalos ocorridos na história como a traição de uma mulher e os aspectos sociais daquela época que sempre pesava em cima da esposa, que pulou a cerca. Eu não achei justo tudo o que aconteceu, principalmente, com o marido que estava alheio em toda situação e só recebeu a bomba. No mais, o livro traz um trecho que foi utilizado em uma música de tribalista e agora relacionar toda aquela poesia com uma canção tão romântica às vezes me deixa contrariada.
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Rick.Ferreira 12/12/2023

Surpreso
Foi meu primeiro contato com o autor e fui surpreendido positivamente.

O enredo traz pra gente uma realidade ainda atual, sobre traições e consequências dos atos. Tudo compôs bem a história e me vi preso até finalizar. O encerramento do livro foi perfeito e merecido, para todos.

Uma obra que merecia ser lida e apreciada por cada vez mais pessoas, recomendo muito.
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duda 24/05/2022

Um clássico
O Primo Basílio escancara a sociedade portuguesa da época. A burguesa recatada, as vizinhas fofoqueiras, os criados, o amante devasso e o marido chefe da casa.

A começar pela minha personagem favorita: Juliana. Ela usou dos únicos meios que viu pra conseguir um pouco de dignidade pra sua vida. Ela só queria descansar da vida de trabalhos puxados e doenças. Ela tinha consciência de que, como ser humano, merecia mais do que aquilo que lhe era dado.

Outro ponto importante: Luísa foi massacrada pelo adultério, enquanto Basílio seguia sua vida na maior naturalidade. Nem se comenta sobre a reputação dele. Até hoje isso não mudou muito.

É um clássico. Um retrato histórico e crítico de uma sociedade.
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Italo 14/07/2022

Primo? Tá mais pra filho da p...
Me entretive com esse livro, não estava esperando muita coisa dele porque não tinha morrido de amores por Os Maias, que é a obra-prima do Eça, e também porque na faculdade eu estudei a resenha carregadíssima do Machado de Assis sobre essa história.

E ele tem razão em algumas coisas, concordo quando a crítica ao avolumamento no final do livro, em especial o capítulo do jantar e do teatro. E também na falta de fibra moral da Luísa que realmente é uma porta, a mulher não move uma palha pra sair daquela situação.

No mais, eu me diverti lendo, a narrativa tem um ritmo bom, as críticas do Eça sobre a sociedade portuguesa da época é uma delícia de ler. Mas achei o desfecho da Luísa fácil demais como conclusão, poderia ter explorado mais a personagem.

(E todo mundo sabe que o Machado não gostava do Eça porque o português já deu uns pegas na mulher dele).
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Claudia Beulk - @velejandoporlivros 03/05/2015

Clássico
Escrito em 1878, "O Primo Basílio" é, além de um clássico, uma crítica à sociedade burguesa de Lisboa do século XIX. Eça de Queirós apresenta diversos personagens peculiares durante a narrativa, cada qual com suas preocupações e trejeitos que os fazem únicos.
A história se concentra com torno de Luísa, uma jovem casada com o engenheiro Jorge que vive em sua confortável casa com duas criadas a lhe fazerem praticamente tudo e recebendo visitas de seu núcleo social. Suas vidas seguiam muito tranquilamente até Jorge se ausentar à trabalho durante um longo período de tempo, e neste ínterim, volta a Lisboa um antigo amor de Luísa, seu primo Basílio, com quem esteve prestes a casar antes de o mesmo ir embora para o Brasil. Com a chegada de Basílio, Luísa sente aquela paixão reacender e cede aos encantos do sedutor primo. O que Luísa inocentemente não sabia, era da raiva e da ambição que cultivava Juliana, uma das criadas, que ao conseguir provas da traição de sua senhora, passa a chantageá-la.
No desenrolar da narrativa, o leitor passa a conhecer melhor e entender cada personagem secundário do núcleo social que cerca Luísa. Sebastião, amigo mais estimado de Jorge quer apenas manter a boa imagem de seus amigos perante à vizinhança, Dona Felicidade sonha em conquistar o Conselheiro Acácio, este sempre muito formal com todos amigos (uma formalidade que beira ao ridículo), enquanto Julião Zuzarte, o médico, representa o herege, com passagens muitas vezes cômicas. Desvenda-se até mesmo as verdadeiras intenções de Basílio logo que o mesmo é apresentado, e chega-se a sofrer as angústias de Luísa, pois bem vê-se que sua vida está caminhando para uma tragédia anunciada.
Com uma linguagem própria da época, "O Primo Basílio" no começo há de ser lido com calma, a fim de acostumar-se com a narrativa de Eça de Queirós, o que é muito fácil após algumas páginas, quando o leitor começa a prender-se à história e nem mais fazer distinção de certas palavras anteriormente desconhecidas. Ressalta-se a pitada de humor negro presente em algumas passagens, que tornam a leitura mais agradável a quem sabe apreciar. Sim, é possível rir lendo um clássico desse porte. E é claro, aos mais sensíveis, as lágrimas vêm aos olhos.

site: http://ceusinfinitos.blogspot.com.br/
Rúbia 03/07/2015minha estante
Nossa, adorei a sua resenha. Preciso dar uma mergulhada na minha origem, que foram os clássicos. Você me ajudou a ter mais vontade de ler esse livro.
Obrigada = )


Claudia Beulk - @velejandoporlivros 26/07/2015minha estante
Obrigada Rúbia, fico feliz que tenha gostado da resenha e de ter ajudado a despertar sua vontade de ler esse livro. Beijos!




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Francyelen 04/02/2021

Eu gostei muito da história. O personagem que eu gostei mais foi Sebastião, um amigo da família de Luísa e Jorge que são casados há 3 anos e não tem filhos, teve horas que eu falei "vou parar de ler um pouco", porém eu não consegui, pois cada página cativa mais e mais o leitor. Recomendo bastante o livro, é muito interessante. 5 estrelas.
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Lulukabooks 18/01/2021

Surpreendente!!
Valeu muito a pena a experiência!
Apesar de uma linguagem mais antiga, muito fora da minha zona de conforto fiquei bastante envolvida e curiosa até o final.
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Codinome 28/10/2020

Um pouco sobre "O primo Basílio"
“O primo Basílio” foi um livro que tive a oportunidade de ler uma releitura dele quando bem jovem, releitura porque sua temática de adultério não é uma opção muito bem-vinda em nossa época escolar (acho que como muitos brasileiros, conheci esse livro na escola).

É a história de uma moça, chamada Luísa, que se torna amante de seu primo, o Basílio; a partir dessa ilícita relação, são desencadeados diversos problemas na vida dessa mulher. O autor, Eça de Queirós, cria um entorno de personagens (juntos com esses que mencionei) e constrói uma crítica à família lisboeta; essa crítica e esses arquétipos que ele cria, são evidenciados em uma curta carta que o autor escreveu ao poeta Teófilo Braga (pode ser encontrado ao fim dessa edição do livro que li, aliás, achei ela super bem-vinda).

Eça escreve muito bem, algo que percebi em “A cidade e as serras” e confirmei em “O primo Basílio”, e consegue construir uma duríssima crítica à sociedade portuguesa de sua época. Um livro que consegue simbolizar bem o movimento do realismo português. A carta ao final, também ajuda-nos a entender o teor revolucionário que o autor possuía.
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Capitu 02/03/2021

O amor como ele não é
Para quem gostou de Madame Bovary ou A mulher de 30 anos, esse livro é perfeito! Ao invés de nos encontrarmos na velha França, o cenário da vez é Lisboa! O Primo Basílio trata de um realismo português do século XIX, que visa criticar a sociedade lisboeta, a burguesia, a moral, o casamento e o tédio da mulher casada. E de certa forma, uma homenagem A Madame Bovary.
Eça de Queirós já se declara um grande fã de Flaubert e Balzac em uma carta a um amigo, e é incrível a semelhança de O Primo Basílio com Madame Bovary, o enredo parece ser até o mesmo! O que Emma e Luísa tem em comum? O desespero em escapar do tédio e da monotonia, Emma por não gostar do seu marido e Luísa pela ausência dele, ambas suprindo suas carências, conscientemente ou não nos braços dos amantes. Já o primo Basílio se parece muito com Rodolphe Boulanger, dois conquistadores profissionais, manipulando sentimentos descaradamente a troco de sexo.
Luísa é casada com Jorge, que viaja a trabalho, mas por infeliz coincidência, o primo de Luísa, Basílio, chega na cidade e começa visitar a prima todos os dias. E olha só que coisa interessante, nós brasileiros herdamos o espírito fofoqueiro dos portugueses, a vizinhança de Luísa já começa a falar horrores! Luísa é a típica mulher idealizadora, inspirada por romances, Basílio é para ela como aqueles personagens maravilhosos dos livros, recém chegado de terras estrangeiras, tinha ganhado muito dinheiro, viajado para muitos lugares, era voluptuoso e misterioso, e ainda declara seu suposto amor a ela. Para Luísa o amor naquele momento é confundido com a paixão, o impulso sexual, o desejo pelo proibido, as delícias do sexo e do que é proibido. Com o passar do tempo, na ausência do marido, Luísa lembra-se vagamente de Jorge, e começa a acha-lo comum demais, pacato demais, um homem sem mistérios, mas que sempre fora amável e gentil com ela, estando ao seu lado em seus piores momentos. Ao final do livro temos uma definição de amor verdadeiro, que Luísa contempla em seus momentos finais, de que o amor sincero é aquele que não machuca, é aquele que achamos que é pacato, sem grandes emoções, ele é algo morno, e não avassalador. E ela reconhece que o único homem que a amou de verdade foi Jorge, que ficou com ela até o seu último suspiro, que chorou por ela, que cuidou dela em todos os seus momentos difíceis e que sempre fizera o que tivesse ao seu alcance para fazê-la feliz. O amor não é feito de um super homem, ou uma super mulher, mas de pessoas simples que sabem dar ao outro o que de melhor tem em si mesmo. E o mesmo acontece com Emma em Madame Bovary, no seu leito de morte reconhece que o único homem que a amou de verdade foi Charles, mesmo não sendo um exemplo de príncipe encantado, ele esteve com ela até seu último momento.
Como esse livro é um realismo, não espere um final feliz, é mais bonito que Madame Bovary, que termina de forma miserável, mas de certa forma você vai fechar o livro e ficar indignado com a impunidade para com os injustos. Luísa paga por dois as consequências das suas escolhas. É um livro que eu super recomendo, divertido de se ler, é uma escrita muito fácil de ser compreendida, eu devorei esse livro, foi muito rápido a leitura, entra para um dos meus romances favoritos. E foi isso que aprendi com este livro, procuramos tanto por fortes emoções, buscamos desesperadamente pelo amor, mas quando ele aparece não damos valor por não ser da forma como imaginamos, ser singelo, doce e simples demais, e acabamos trocando o amor verdadeiro por uma ilusão de curta duração que pode estragar toda uma vida.
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Juliana 18/02/2021

Cheguei atrasada na leitura obrigatória pro vestibular
Gostei demaaaaaaais da história! Me pergunto se eu realmente não tava pronta pra ela na adolescência ou se, caso tivesse realmente tentado, gostaria tanto quanto gostei hoje.
Não vou me alongar no enredo, já sabemos que Luísa, enquanto o marido viaja, reencontra um primo com quem teve um namoro na adolescência e rola um flashback. Juliana, a criada, sabendo do adultério, começa a chantagear a patroa.
Mas a criada não é um ser apático, sem vida, sem desejos. A vida sofrida das empregadas é bem retratada. E, apesar da aversão que cresce com as chantagens, também surge a compreensão por tudo que Juliana é submetida desde a infância.
Luísa vive um romance muito aventureiro, sentimos borboletas no estômago com ela, depois ficamos ?Luísa, pelo amor de deus mulher, abre o olho, cuidado!?, me envolvi demais.
No início a linguagem rebuscada e antiga atrapalhou um pouquinho, mas nem precisei insistir muito, logo a história engatou e a leitura não precisou de esforço algum pra fluir.

Ah, o trecho que Arnaldo Antunes declama na música com Marisa Monte é simplesmente perfeito!
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Nilvandra Ayla 12/08/2020

Esse livro é maravilhoso, durante a leitura passamos por momentos de raiva e desespero pela personagem. O final da história, pelo menos para mim, foi surpreendente, não esperava que o final acontecesse da forma que ocorreu. Entretanto o final, da forma que ocorreu, se tornou a forma perfeita de concluir a história.
Amei ??
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Duda 16/03/2023

Passando só para registrar o quanto gostei dessa leitura! Foi meu primeiro contato com Eça de Queiroz e fiquei encantadíssima. Gosto dessa questão do Realismo que procura trazer um recorte muito mais fiel da sociedade.
E em O primo Basílio foi isso que me pegou. O desenvolvimento de personagens reais, a própria temática do adultério que foge completamente ao ideal romântico... enfim, eu ia lendo, passando ódio e xingando Basílio, Luísa, Juliana... Ningúem merecia minha empatia e eu me empolguei com isso. Uma pessoa que quer passar por cima dos outros para se dar bem na vida, uma jovem que se deixa iludir romanticamente, um mau caráter que se aproxima de uma mulher só para usá-la, uma mulher de espírito liberto que não teme ser julgada... É muito mais intrigante ler histórias assim que te levam a refletir sobre até que ponto podemos julgar as ações dos personagens, quando cabe ser condescendente ou não...
Em resumo, quero ler mais disso, desses retratos sociais que Aluísio Azevedo e Eça escrevem.
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