A falência

A falência Júlia Lopes de Almeida
Júlia Lopes de Almeida




Resenhas - A falência


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DeboraCatanante 21/04/2021

Obra Fuvest
Amei muito ver a Júlia, uma mulher realista, mega a frente de seu tempo, como obra obrigatória de vestibular.

LEIAM! porém sem ler a sinopse.
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BibsChase 10/08/2022

"Maldita a natureza, que a fizera, a ela, só para o amor!"
"Compreendia bem que o sentimento e a imaginação nas mulheres só servem para a dor."

Dotada de uma linguagem simples e objetiva, Júlia Lopes de Almeida teceia a narrativa de A falência sobre uma óptica feminista moderada (comparada com os padrões atuais). O cenário da obra se passa no Rio de Janeiro, em 1891, à época do Encilhamento, é a época do ápice do café, no qual seu valor era absurdamente alto no mercado internacional. O livro se divide em tramas paralelas, na qual a principal é a de Francisco Teodoro.
A obra realista, trata do tema mais bombardeado no realismo: adultério. Aqui diferente da maior parte das narrativas realistas, Júlia trata o adultério com uma visão crítica e distinta, apesar de se mostrar neutra sobre o tema. Na trama, Camila, esposa de Francisco Teodoro, tem um caso extraconjugal com o médico amigo da família, além disso, pontua-se que seu casamento foi por interesses e no por amor, desse modo, percebe-se que sua traição é por amor (não que justifique). Na obra, Camila se questiona o porquê ela é a única apunhalada, indiretamente, por ter um caso quando seu marido vive na traição e a justifica dizendo que a culpa é da mulher que o seduziu. Logo, a hipocrisia de uma sociedade que prega igualdade se escancara.
Assim, se apoiando em suas personagens femininas e nas circunstâncias em que elas se encontram, Júlia transmite, discretamente, seus ideais feministas e iluministas.

" ? Então, a senhora lamenta não ser eleitora? perguntou Francisco Teodoro à irmã do Rino, com um sorrizinho de mofa.
? Eu? Deus me livre! Tomara que me deixem em paz no meu cantinho, com as minhas roseiras e os meus animais. Nunca falo por mim, sr. Teodoro. Eu nasci para mulher.
? Então, pelas outras?
? Pelas outras que tenham atividade e coragem."

Embora, eu tenha achado a leitura densa e cansativa, é um livro crítico e espetacular. A narrativa te envolve, ao ponto de você ficar pensando e digerindo a leitura. A falência diz mais sobre a falência financeira da família, é sobre a falência de um sistema econômico que girava em torno do café, a falência dos sonhos e ilusões da Camila, e a falência de um modelo familiar patriarcal. Uma leitura que todo ser que se preze deveria fazer.
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Andressa 07/04/2020

Importante
Júlia Lopes de Almeida não tem o reconhecimento que merece. Mulher, no ínicio do século XX, foi ofuscada por homens, mesmo com seus méritos.

A falência nos mostra como a vida pode se transformar de uma hora para a outra, a economia pode variar e que pode destruir ou enriquecer mais ainda aquele que já é rico.

Livro importante, livro necessário! Leiam!
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Isa 21/10/2022

a falência
adoro quando vc vai lendo um livro até um momento que a explicação, o motivo do título aparece
um livro bom que passa no rio de janeiro na época das fazendas de café
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Ana Paula Teodoro 25/05/2024

Ok
Ok! Primeiro contato que tenho com obras e escritórios da autora. Li pelo app da Skello em formato de ebook.
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Pietra.Scorzato 15/10/2023

Daria uma excelente novela das 6 na Globo
Uma obra enrolada, mas "acessível" sintaticamente para época que foi escrita, muito diferente de Machado de assis. (Mesmo assim recomendo a leitura no kindle ou com um dicionário junto, pq alguns termos são cruéis)

É uma verdadeira oposição aos românticos, e além disso, cheia de críticas ao machismo vigente na época.
Um livro riquíssimo em detalhes, personagens e diferentes enredos, focando em mulheres fortes e bem desenvolvidas em oposição a homens comuns e "batidos" de sua época.
Além disso, o contexto historico (era vargas) é extremamente bem apresentado através do "protagonista" Theodoro!


Agora sobre a minha experiência de leitura: se não fosse uma obra que será cobrada daqui 1 semana no vestibular eu provavelmente não teria terminado a leitura (facilmente poderia ter metade das páginas).
Mas agora que conclui, acho que valeu muito a pena.

E o que mais me pegou na leitura foi o fato das personagens serem "personagens tipo", pq representam claramente qualquer família da elite cafeeira e deixam a história muito realista mesmo.
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Mari 14/11/2020

Literatura feminista brasileira da mais alta qualidade
Há tanta coisa para se falar desse livro que existe o risco de começar a falar dele e não parar mais. Demorei alguns dias para fazer a resenha, porque queria pensar bastante sobre o que queria dizer.

A leitura é fluida, há a presença de algumas palavras arcaicas, mas dá para entender o significado pelo contexto. Os personagens são muito bem construídos, principalmente as mulheres, que são todas à sua própria maneira incríveis (não que sejam boas pessoas, são personagens muito interessantes mesmo), enquanto que os homens são, propositalmente, medíocres e irritantes (especialmente, Mário e Gervásio).
O foco da história é o adultério feminino, tema muito comum na época (tendo como grandes exemplares Madame Bovary e Anna Karenina), mas a forma como Júlia Lopes de Almeida aborda o assunto é revolucionária.

1) Ela critica firmemente essa escola literária, porque as mulheres sempre eram punidas ao final, sendo que não haviam cometido nenhum crime para isso e os maridos e amantes que eram medíocres ou maus não sofriam nada. Além do fato de ela afirmar constantemente que os maridos traíam as esposas e não eram cobrados pela sociedade por isso, enquanto as mulheres eram, algo que esses escritores nem abordavam;
2) O estilo de escrita da Júlia também é uma crítica, já que, Flaubert tinha um estilo tradicional, com frases e parágrafos longos, enquanto que Júlia utiliza de parágrafos pequenos, que agilizam a leitura;
3) Ela muda a ideia de que escritoras não seriam objetivas ou seriam muito sentimentais, porque enquanto os escritores homens gastavam vários parágrafos falando de sentimentos, Júlia consegue expressar todos os sentimentos necessários com poucas palavras e foca muito mais na política e na economia, que eram assuntos "proibidos" para mulheres. E ela faz isso de uma forma que conseguimos entender.

Ela conseguiu abordar inúmeros temas feministas com naturalidade, sem ser forçado, como a independência financeira, feminicídio, o voto, a opção de não casar, arte feita por mulheres e a união entre mulheres para obter independência. Hoje em dia, podem parecer temas que já foram muito discutidos, mas na época, quase ninguém falava sobre eles.

Um fator que achei muito interessante é que Júlia vai construindo a cidade do Rio de Janeiro durante a narrativa sem ser maçante, ela descreve ruas de bairros antigos, casas e também o início da formação das comunidades.

O único defeito que vejo no livro é o racismo. Embora, Júlia se preocupe com suas personagens negras e exponha os abusos que sofriam num Brasil que acabava de abolir a escravidão, ela usa termos que, atualmente, consideramos racistas e, por isso, incomodam bastante. Além disso, na hora que ela expõe esses abusos e defende os direitos que a população negra não possuía (mas deveria possuir), ela acaba se perdendo e sendo racista. Eu acredito que esses deslizes não tenham sido intencionais, mas sejam produtos da época em que o livro foi escrito, na qual ainda não havia estudos sobre racismo e, praticamente, não havia discussão sobre isso. Porém, essa questão é impossível de ignorar e não se pode cogitar em passar pano.

Não é à toa que ela era a escritora brasileira mais bem sucedida (contando tanto mulheres como homens), numa época que tinha Machado, Aluísio de Azevedo, Lima Barreto, Olavo Bilac e muitos outros. Mas, ao contrário deles, sua história foi esquecida e apagada e somente agora começamos a reparar esse erro. Marquei o livro todinho e quero ler tudo dela agora, que bom que sua obra está em domínio público.

" ? Então não leio. Sei que está cheio de injustiças e mentiras perversas. Os senhores romancistas não perdoam às mulheres; fazem-nas responsáveis por tudo ? como se não pagássemos caro a felicidade que fruímos. Nesses livros tenho sempre medo do fim; revolto-me contra os castigos que eles infligem às nossas culpas, e desespero-me por não poder gritar-lhes: hipócritas! Hipócritas!"
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Leo 25/10/2021

Muito bom
Gostei bastante desse livro, última leitura da Unicamp agora é só ver resumos dos livros e torcer kkkk
Isa 25/10/2021minha estante
Vai dar tudo certo!




SaBCouto 10/02/2022

bom
Bom, leitura obrigatória da Unicamp, não teria como esperar menos. É engraçado observar os traços naturalistas ainda na obra, aquela falsa idealização da mulher que vai sendo destruída e o retrato dos defeitos humanos.
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Mayy Matias 01/12/2023

Entre o dinheiro e o amor
Que história inteligente!!
O início foi meio lento, mas a metida que o enredo ia ganhando forma tudo se abriu. É uma história realista de como a sociedade brasileira se construiu e de como as mulheres foram vistas por muito tempo, se é que ainda não são. Mas entre o exagero do luxo dessa família, entre o amor de Teodoro pelos bens e o amor de Camila pelo médico muitas lições podem ser tiradas, mas só lendo para entender.
Achei uma leitura enriquecedora e apaixonante. E o final... O final foi perfeito me deixou entre querer uma continuação e aceitar esse desfecho, uma sensação boa de um fim sem fim.
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skuser02844 08/11/2023

deveria ser mais valorizado
livro incrível, a escrita muito leve mesmo com todo o detalhamento. a obra conseguiu me prender na leitura de um jeito que poucas fizeram, e faz com que a gente se apegue aos personagens e suas vivências. o final é IMPACTANTE, todo o desfeixo de teodoro, camila e gervásio é cercado de problemas e situações emocionantes. gostei demais!!
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Isadora 15/05/2023

Falência
Não gostei, o começo do livro é muito lento e ela dá detalhes demais para coisas que não precisa
A parte boa foi o final que eu não esperava o plot
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Pedro 23/06/2020

Muito bom
Livro obrigatório da unicamp, muito interessante. Retrata um período de pleno vigor do café no Rio de Janeiro, mostrando o quanto a sociedade era marxista e racista.
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Helissa 15/09/2020

Que romance!
A narrativa e o estilo de Júlia Lopes de Almeida são impecáveis! É irritante que a tenham deixado de fora da ABL simplesmente porque era mulher. Suas obras precisam tornar-se leituras obrigatórias mesmo, para que a mínima justiça seja feita à autora. "A falência" é uma obra espetacular!
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