A falência

A falência Júlia Lopes de Almeida
Júlia Lopes de Almeida




Resenhas - A falência


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Isadora 15/05/2023

Falência
Não gostei, o começo do livro é muito lento e ela dá detalhes demais para coisas que não precisa
A parte boa foi o final que eu não esperava o plot
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Mayy Matias 01/12/2023

Entre o dinheiro e o amor
Que história inteligente!!
O início foi meio lento, mas a metida que o enredo ia ganhando forma tudo se abriu. É uma história realista de como a sociedade brasileira se construiu e de como as mulheres foram vistas por muito tempo, se é que ainda não são. Mas entre o exagero do luxo dessa família, entre o amor de Teodoro pelos bens e o amor de Camila pelo médico muitas lições podem ser tiradas, mas só lendo para entender.
Achei uma leitura enriquecedora e apaixonante. E o final... O final foi perfeito me deixou entre querer uma continuação e aceitar esse desfecho, uma sensação boa de um fim sem fim.
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Mari 14/11/2020

Literatura feminista brasileira da mais alta qualidade
Há tanta coisa para se falar desse livro que existe o risco de começar a falar dele e não parar mais. Demorei alguns dias para fazer a resenha, porque queria pensar bastante sobre o que queria dizer.

A leitura é fluida, há a presença de algumas palavras arcaicas, mas dá para entender o significado pelo contexto. Os personagens são muito bem construídos, principalmente as mulheres, que são todas à sua própria maneira incríveis (não que sejam boas pessoas, são personagens muito interessantes mesmo), enquanto que os homens são, propositalmente, medíocres e irritantes (especialmente, Mário e Gervásio).
O foco da história é o adultério feminino, tema muito comum na época (tendo como grandes exemplares Madame Bovary e Anna Karenina), mas a forma como Júlia Lopes de Almeida aborda o assunto é revolucionária.

1) Ela critica firmemente essa escola literária, porque as mulheres sempre eram punidas ao final, sendo que não haviam cometido nenhum crime para isso e os maridos e amantes que eram medíocres ou maus não sofriam nada. Além do fato de ela afirmar constantemente que os maridos traíam as esposas e não eram cobrados pela sociedade por isso, enquanto as mulheres eram, algo que esses escritores nem abordavam;
2) O estilo de escrita da Júlia também é uma crítica, já que, Flaubert tinha um estilo tradicional, com frases e parágrafos longos, enquanto que Júlia utiliza de parágrafos pequenos, que agilizam a leitura;
3) Ela muda a ideia de que escritoras não seriam objetivas ou seriam muito sentimentais, porque enquanto os escritores homens gastavam vários parágrafos falando de sentimentos, Júlia consegue expressar todos os sentimentos necessários com poucas palavras e foca muito mais na política e na economia, que eram assuntos "proibidos" para mulheres. E ela faz isso de uma forma que conseguimos entender.

Ela conseguiu abordar inúmeros temas feministas com naturalidade, sem ser forçado, como a independência financeira, feminicídio, o voto, a opção de não casar, arte feita por mulheres e a união entre mulheres para obter independência. Hoje em dia, podem parecer temas que já foram muito discutidos, mas na época, quase ninguém falava sobre eles.

Um fator que achei muito interessante é que Júlia vai construindo a cidade do Rio de Janeiro durante a narrativa sem ser maçante, ela descreve ruas de bairros antigos, casas e também o início da formação das comunidades.

O único defeito que vejo no livro é o racismo. Embora, Júlia se preocupe com suas personagens negras e exponha os abusos que sofriam num Brasil que acabava de abolir a escravidão, ela usa termos que, atualmente, consideramos racistas e, por isso, incomodam bastante. Além disso, na hora que ela expõe esses abusos e defende os direitos que a população negra não possuía (mas deveria possuir), ela acaba se perdendo e sendo racista. Eu acredito que esses deslizes não tenham sido intencionais, mas sejam produtos da época em que o livro foi escrito, na qual ainda não havia estudos sobre racismo e, praticamente, não havia discussão sobre isso. Porém, essa questão é impossível de ignorar e não se pode cogitar em passar pano.

Não é à toa que ela era a escritora brasileira mais bem sucedida (contando tanto mulheres como homens), numa época que tinha Machado, Aluísio de Azevedo, Lima Barreto, Olavo Bilac e muitos outros. Mas, ao contrário deles, sua história foi esquecida e apagada e somente agora começamos a reparar esse erro. Marquei o livro todinho e quero ler tudo dela agora, que bom que sua obra está em domínio público.

" ? Então não leio. Sei que está cheio de injustiças e mentiras perversas. Os senhores romancistas não perdoam às mulheres; fazem-nas responsáveis por tudo ? como se não pagássemos caro a felicidade que fruímos. Nesses livros tenho sempre medo do fim; revolto-me contra os castigos que eles infligem às nossas culpas, e desespero-me por não poder gritar-lhes: hipócritas! Hipócritas!"
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Nando.Costa 01/10/2021

Ei, gostei ?
Gente, super apoio ler esse livro, muito bom de ler, personagens bem feitos, e leitura confortável, um bom livro para ler no final de semana
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Carla Verçoza 26/05/2021

Apenas recentemente ouvi falar nesse clássico brasileiro. Julia Lopes de Almeida é tão relevante quanto seus contemporâneos, como Machado de Assis, e quase não se falava sobre ela. Ler uma obra de época escrita por mulher já mostra sua importância logo de início. A construção das personagens femininas é muito mais complexa, verdadeira, menos estereotipada. O livro faz crítica à sociedade da época, conta a história de uma mulher adúltera e sobre seu marido, um grande comerciante de café que sofre quando ocorre a crise cafeeira. As personagens femininas são um grande destaque, a autora as cria com profundidade, mostra como mulheres, em qualquer época, são seres complexos, inteiros, inteligentes, com vontade própria, e não como são vistas comumente na literatura (objetos, seres frívolos, existindo apenas em função do homem). A filha adolescente Ruth e a irmã do capitão, Catarina, foram minhas personagens preferidas. Recomendo muito a leitura!

"Trata-se de um amor um pouco parecido com o nosso.– Então não leio. Sei que está cheio de injustiças e de mentiras perversas. Os senhores romancistas não perdoam às mulheres; fazem-nas responsáveis por tudo– como se não pagássemos caro a felicidade que fruímos! Nesses livros tenho sempre medo do fim; revolto-me contra os castigos que eles infligem às nossas culpas, e desespero-me por não poder gritar-lhes: hipócritas! hipócritas!"
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Helissa 15/09/2020

Que romance!
A narrativa e o estilo de Júlia Lopes de Almeida são impecáveis! É irritante que a tenham deixado de fora da ABL simplesmente porque era mulher. Suas obras precisam tornar-se leituras obrigatórias mesmo, para que a mínima justiça seja feita à autora. "A falência" é uma obra espetacular!
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Thabi.Almeida 01/09/2022

Inacreditável que foi lançado em 1901!!!
Livro totalmente a frente do seu tempo, um retrato histórico, personagens bem construído. Julia Lopez é genial ??????
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Marta Skoober 28/04/2017

O livro de Júlia Lopes de Almeida estava por aqui tem mais ou menos uns dez ou doze anos.

Pensando em liberar espaço na estante resolvo doá-lo, não sem antes tentar a leitura mais uma vez.
E eis que desta vez resultou diferente. A escrita da autora é fluída e agradável, para mim. E confesso fazia bastante tempo que não tinha uma leitura tão prazerosa e instigante, do tipo pára tudo que eu quero ler.
Não foi fácil segurar a curiosidade e antecipar o último parágrafo, mas resisti.
Como profissional da área financeira, os livros de ficção que tratam do assunto sempre me atraem, a exemplo de O mercador de Veneza (Shakespeare), Ascensão e queda de César Berateau (Balzac), e até os Delírios da Becky, só para citar alguns. E decerto que eu esperava bem mais sobre o mundo corporativo do que encontrei nas páginas de A falência. Mas ainda assim não me aborreci, pois encontrei tantos outros temas transversais que tornaram a leitura deveras rica e interessante, que compensou a falta que eu poderia sentir.
Surpreendi-me com a coragem da autora em tocar/tratar de temas considerados tabu ainda hoje, imagina noutros. O livro trata de temas como o casamento, o adultério feminino, a discriminação racial e a especulação no mercado de capitais.
A boa notícia é que o livro está em domínio público.
Michelle Gimene 28/04/2017minha estante
Interessante. Você parou de atualizar o blog?


Marta Skoober 28/04/2017minha estante
Não tenho lido livros que me inspirem a escrever. Esse foi o primeiro em muito tempo , li para o desafio do mês de abril.


Michelle Gimene 29/04/2017minha estante
Entendi. Nem li nada para o desafio de abril. Aliás, nem li nada em abril :(




Eduarda Souza 03/03/2023

A falência
A primeira vez que ouvi sobre esse livro foi na aula de literatura, simplesmente me apaixonei com a história e tive muita vontade de ler!
Eu já conhecia a história, o que só me atrapalhou por um motivo: Eu estava esperando pela reviravolta e ela infelizmente veio bem mais tarde do que eu esperava.
Entretanto, acompanhar essa família na sociedade burguesa do Rio, foi bem divertido, Júlia Lopes não enfeita a época, ela mostra para nós muitos personagens e muitos erros que eles cometem que são jogados para baixo do tapete. E quando tudo aconteceu parecia que eu estava perdendo também.
Tem muitas questões que vão seguir as opiniões da época, como por exemplo : o racismo e desigualdade. Não tenho propriedade para discutir sobre isso kkk então deixo para os profs da rede.
Acredito que o livro pode ser dividido em duas partes, a primeira é mais devagar, tem muita ambientação da época, mas a partir do momento que tudo vem a tona, você vê que tudo aquilo valeu para chegar até esse momento.
Achei incrivelmente triste a questão de um personagem em questão, que sempre foi tão focado em um dever apenas, que quando precisou não sabia se a família gostava dele, ou das moedas que o dinheiro trazia.
Vale muito a pena ler, ainda que demore um pouco, conhecer obras literárias Brasileiras é conhece a nós mesmos! Que cada vez mais esses livros tenham mais leitores!!

* spoiler, cuidado*





Eu queria MUITO acompanhar mais a história da Mila, a vida dela a partir do momento em que ela resolveu se reerguer, sem homem nenhum!!!!
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Madu 22/01/2023

Achei muito bom, porém a edição que eu li foi uma edição resumida, mas não achei ela aqui no skoob e também não consegui registrar, e ainda sim curti muito.
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melz0ca 14/07/2023

Começo arrastado, final perfeito
Denovo, mais um livro que li por causa do vestibular. Achei muito interessante história, mas demorei um pouco pra engatar na leitura.

O começo é beeeem arrastadinho, mas o final é muito bom. Como eu vi na resenha de alguém: se a história inteira fosse igual aos últimos capítulos ela seria perfeita. O livro também aborda o feminismo, algo que não era muito "famoso" na época em que foi escrito.

Enfim, recomendo para quem gosta de clássicos.
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Marina 12/04/2024

A falência (da minha alegria)
Ok, é um livro importante, julia é feminista e uma mulher foda pra época dela, cai no vestibular e bla bla bla bla bla... mas meus deuses que livro chato! Uma cacetada de personagens chatos em um enredo chato com um final mais chato ainda, cada página que passava minha vontade de ir de Francisco Teodoro só aumentava.
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Nando 08/07/2021

A Falência
Mas quem é que falece? Aparentemente, o livro trata de uma época em que o Brasil estava no auge da venda de café. Camila de origem pobre, casada com F. Teodoro, vive um romance com o melhor amigo de seu marido, numa época onde o patriarcado fazia parte da alta sociedade isso era uma grande polêmica. Tendo três filhos, a história conta o auge até a falência da fábrica, da falência do casal, a falência do amor do filho (Mário) para com a mãe.
Essa história é muito instigante, apesar de no começo não prender tanta atenção, vai envolvendo aos poucos o leitor que vai querer conhecer e desvendar o enrolar das histórias de cada personagens. Cada personagem tem seu momento, cada um tem sua falência.
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Ezequiel.Cesar 04/03/2023

Me surpreendeu!
Este livro conta-nos uma história de adultério que se passa no século XIX escrito por uma mulher (a maioria dos romances escritos nessa época eram por homens).
Uma história bastante envolvente capaz de prender o leitor do começo ao fim.
Recomendo a leitura a todos que curtem os clássicos nacionais.
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