2111 D.C.

2111 D.C. Ricarte Sales




Resenhas - 2111 D.C.


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Cris 17/05/2020

Muito bem escrito!
"A Ninfa Vestida de Névoa não permite descuidos. E seja para um, para alguns, ou todos, o término de uma estória, ou história, sempre deixa a desejar." Pág. 29

Esta é uma história distópica que se passa na Era Posseidon, no ano de 2111 D.C.

A Era de Vidro, como é conhecido tempo em que vivemos hoje, ruiu no ano de 2033 (D33). Houve nesta época a Terceira Grande Guerra, e com ela, um série de catástrofes começou a acontecer.

Um vírus foi espalhado por todo o Globo e menos de 1% da população humana sobreviveu. O nível do mar subiu, destruindo países inteiros, restando apenas um conjunto de ilhas recém formado, na região da antiga América Central, que constituiu Onze Cidades-Estado.

É neste contexto que conhecemos o protagonista e narrador da história: O Capitão Zus Airã. Filho de um poderoso governante de Nova Canaã, ele é um dos nascidos neste novo mundo, e parte com sua embarcação e tripulação para explorar novos territórios.

Eu amo livros com cenários distópicos e fiquei muito surpresa com o estilo de narrativa do autor. A linguagem é bem adulta, mas divertida e cheia de referências que conhecemos bem nos dias de hoje.

Nesta distopia, nós não temos um mundo futurístico moderno, com altas tecnologias. Muito pelo contrário, a civilização foi extinta e aparentemente, o mundo foi erguido do nada, em muitos momentos, parece que estamos lendo algo da Idade Média ou civilizações mais antigas.

Amei a escrita do autor e adorei a história que ele criou. Os personagens são interessantes e os diálogos inteligentes. A leitura flui muito rápido e quando percebi, o livro já estava no fim.
Só senti falta de alguns detalhes dos primeiros sobreviventes ao D33.

O livro é o primeiro de uma trilogia, mas eu não consegui mais informações sobre os outros livros, creio que infelizmente, ainda não tenham sido lançados, mas espero que sejam publicados, porque a história é muito interessante.

"Não, nós não fomos os escolhidos. Mas, os nossos bisavós sim. Talvez não por serem melhores, mas por serem menos piores… Talvez Deus seja um eterno otimista e achasse que desta vez as futuras gerações aprenderiam a lição." Págs. 217 - 218


site: https://www.instagram.com/li_numlivro/
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Vinicius.Correa 17/02/2020

Com o passar do tempo, o mundo foi evoluindo. Mas a natureza, em uma última tentativa de dizer "Eu sou mais forte que vocês", resolve demonstrar sua força e seu temível poder destruidor. Assim como ela abriga, cria, e envolve um planeta, ela pode muito bem destrui-lo, e foi isso que aconteceu no ano de 2036, ou como é chamado no livro D33. O resultado desta pequena brincadeira foi a dizimação de 99,9% das pessoas da terra e acabou por deixar grande parte dos territórios terrestres cobertos de água, ou inabitáveis devido ao elevado nível de tremores no solo.

Após todos esses desastres, os homens sobreviventes ao D33 se reerguem das cinzas e organizam-se novamente em forma de sociedade, divindindo os poucos territórios habitáveis entre 11 cidades-estados. Todas com suas leis e funcionamentos. E é nesse novo mundo, ou melhor... Neste começo de uma nova era, mais especificamente a Era Posseidon, em 2111 que conhecemos Zus Sanches Airã, o protagonista e narrador da história. 


Zus, foi encontrado ainda criança junto com seu pai, ambos naufragados nas margens de Nova Canaã. Eles são acolhidos pela cidade-estado juntamente com seus irmãos. Os novos cidadãos acolhidos crescem e assumem cargos importantes ao longo do tempo. No caso de Zus, ele tornou-se Capitão de Infantaria de Nova Canaã. E em uma missão rotineira, Zus navegava pelos mares do novo mundo em busca de territórios e/ou animais para a evolução de sua cidade, mas uma terrível tragédia ocorre e ele acaba por ficar naufragado em um território inóspito, sem ajuda e sem suprimentos. Ele manteve-se na ilha durante quatro dias e após isso resolveu explorar o infinito mar que o cercava. Ele fez o melhor, ou o pior?


O livro todo é um jogo de sobrevivência, na era de Posseidon não existe viver o amanhã, apenas por viver o hoje já é uma grande dadiva. E os dias de Zus, longe de sua cidade, o levaram a muitas descobertas e o expôs a muitos riscos. Mas com sua inteligência e perícia ele consegui viver dia-após-dia. Enquanto ele luta para voltar a sua cidade, acaba nas mãos da misteriosa Branca de Neve, a líder de um clã de narcomercadores que odeiam acima de tudo, Nova Canaã. A temível mulher, de aparência poderosa e sensual, o leva ao Condado dos Expatriados, o esconderijo do clã criminoso. Sua estadia lá, a principio é bem monótona. Mas com o tempo ele acaba conquistando a confiança da líder e consequentemente acaba por conseguir mais liberdade no território inimigo. Mas lá ele acaba descobrindo coisas nem tão animadoras. Nem tudo é o que parece e ao que tudo indica uma provável guerra está a caminho. Então fica a dúvida, que papel, afinal, irá desempenhar nosso protagonista?


Fiquei surpreso ao ver o acabamento deste livro, a diagramação está perfeita, a fonte, apesar de diferente, é agradável, as folhas são amarelas... Sem contar que ele possui um mapa e bandeiras das 11 cidades-estados nas últimas páginas, e o que me surpreendeu novamente: Elas são coloridas! O que é meio raro encontrar... Juro que eu queria tirar fotos, mas esqueci :/ Então deixo o suspense para vocês ficarem ainda mais curiosos ueheueheuheuh. Em relação à história, pude perceber que ela trata-se apenas de uma introdução para os outros livros da trilogia. Não sei o que esperar nos próximo, mas sei que resultarão em grandes acontecimentos e muitas reviravoltas. Já estou mais que curioso! Portanto, quero as continuações A G O R A. 


Enfim, outro ponto a ser comentado, é que, segundo o autor, a sinopse é da trilogia toda e não apenas do primeiro livro. O que é bom, pois já nos da um pequeno gostinho do que pode, ou não, acontecer nas sequências, nos deixando em alta expectativa. 


Para os fãs de distopia, ou de livros pós apocalípticos, sendo um pouco mais da segunda alternativa, este livro não irá deixar a desejar, pois ele contém todos os elementos essências para uma boa narrativa. Eu não sou muito de livros narrados em primeira pessoa, mas gostei muito desse, as reflexões do Zus são muito interessantes e me instigaram a continuar a leitura até o fim. 
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Carol 29/01/2016

Olha, vocês bem sabem que sou a maluca das distopias. Não tem nada que me deixe mais agoniada para ler um livro do que saber que ele é distópico. E quando eu recebi de surpresa o 2111 aqui em casa, fiquei feliz a beça! Já estava pensando em solicitar ele para a Ler Editorial antes mesmo dessa grata surpresa.

Demorei um pouco para começar a ler por problemas de logística das minhas leituras. As coisas estavam acumulando e tinha que dar prioridade aos antigos. Acabei deixando esse para depois, e isso foi gerando uma expectativa que talvez tenha atrapalhado meu envolvimento com a história.

Depois de dois capítulos eu já estava perdida, voltando páginas para entender o excesso de informação que o autor já lança a princípio, e que te deixa meio desnorteado. Pelo menos comigo deixou. E não acho que, de modo geral, tenha sido uma problemática do livro. Simplesmente é o modo que o Ricardo tem de escrever. Só não me adaptei a ele de maneira agradável, e o livro se tornou uma tortura para mim a medida que as páginas iam passando. Repito: Não foi um problema na trama, mas na escrita do autor, a qual EU não me adaptei.

Acredito que Ricardo tenha passado muito tempo trabalhando a base da história. Ele criou sociedades bem organizadas e estruturadas entre si. Com suas moedas e línguas específicas. Isso deve ter levado um tempo danado, e creio que em algum momento da série - sim, é uma série - saber disso fará diferença para o leitor. Nesse primeiro livro não fez diferença alguma para mim saber quem usava que tipo de moeda ou falava que espécie de língua.

Tem um momento que gostei bastante. Quando o protagonista, Zus, está numa fuga desesperada para conseguir manter sua vida. Ali eu me vi ligada na história. Achei bem parecido com algumas cenas do livro Fênix: A Ilha, que adoro. Só que depois a trama entrou em período de calmaria e fiquei meio cansada dela.

Como um livro de ficção pós apocalíptico eu acho que a história funciona. Existe muita explicação sobre os acontecimentos que levaram a humanidade até aquele patamar e isso ajuda na construção do mundo na cabeça do leitor. Não me envolvi com o protagonista ao ponto de torcer por ele, mas também não sei se essa era a ideia do autor. Talvez Zus tenha sido criado para se manter neutro e deixar que a trama funcione como protagonista de fato.

Pensando como distopia, acho que falhou um pouco. Faltou aquela coisa do governo totalitário que a gente facilmente reconhece em distopias. Até porque no caso desse livro, o mundo está bem dividido e parece independente em cada parte dele. Como tribos. Até que achei a forma de organização muito estruturada para um mundo que passou pelo desastre que o nosso passou, no caso dessa trama. Contudo temos que lembrar que as pessoas veem tudo como distopia hoje em dia, e existe uma leve diferença entre elas e livros pós-apocalípticos, por exemplo. Isso fica para outro tópico.

Em relação a parte estética do livro não tenho do que me queixar. Margens boas, livro bem diagramado e com letras favoráveis a visão de qualquer um. Não tem muito enfeite, e até prefiro que seja assim.

Não tenho intenção de continuar a série, mas eu até indico para quem gosta do gênero. O que não agradou a mim pode agradar a outros. Realmente foi um problema de ligação da história comigo, e não dela em si.


site: http://terradecarol.blogspot.com.br/2016/01/resenha-de-2111-dc-o-condado-dos.html
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Arca Literária 08/12/2015

resenha disponivel no link http://www.arcaliteraria.com.br/2111-d-c-o-condado-dos-expatriados/

site: http://www.arcaliteraria.com.br/2111-d-c-o-condado-dos-expatriados/
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Cabine de Leitura 06/12/2015

A literatura distópica normalmente é um tipo de leitura que requer um pouquinho mais de concentração, por ser tratar de um enredo fora do habitual, sem base na sociedade atual, figurado em outra época ou tempo ou após uma grande descontinuidade histórica.

Neste livro o protagonista Zus Sanches Airã, descreve um planeta pós-apocalíptico, com uma distribuição territorial totalmente diferente da que conhecemos hoje. A catástrofe ambiental dizimou o planeta, restando 11 Cidades-Estados todos separados por extensões marítimas. Estes Estados digamos que mantém a diplomacia entre eles, cada um possui sua própria característica, seja ela em lei ou atividade econômicas.

Já no prefácio do primeiro livro da trilogia podemos perceber que uma grande batalha se aproxima e cada um terá que escolher de que lado lutar.
Zus, capitão da infantaria da Nova Canaã, uma das principais Cidades-Estados, que é regida pelo Fazedor de Raios. Ele descreve sua estadia pelo Condado dos Expatriados.

Em alto mar a três meses Zus juntamente com o Tenente de Infantaria, Troy Marx, explora terras longínquas em busca de novas espécies de animais e plantas, afim de os cultivar e criar em Terras Cananeias.
Durante uma parada inesperada na ilha de Cordeiros os tripulantes do barco Tritão caem em uma emboscada e Zus fica sozinho na ilha, a merce da sorte e de sua astucia para sobreviver durante quatro dias, até que finalmente decide se aventurar em auto-mar em um barco improvisado.

Durante a narrativa deste naufrago, vamos conhecer um pouco de sua vida e das principais potencias deste novo mundo. Vamos ver junto ao capitão alguns resquício do nosso planeta hoje, o que por eles é chamado de Era do Vidro, que agora não passa de meros escombros.

Em sua aventura tentando voltar para Nova Canaã, Zus será capturado por um barco de "narcomercadores" que vivem em uma vilarejo composto por casas-contêiner equipados com rodas. Todos pintados de forma que se camuflagem com a paisagem e que possui um erudito por metro quadrado.

O mundo é grande e confuso, mas também é cheio de boas surpresas... -Página 236

A aldeia fica na Terra que Ninguém Anda é regida por Mirna Bardini, ou a Branca de Neve. Uma mulher de fibra que assumiu os negócios do lendário mercador nômade, Getúlio Herrera, seu falecido marido. Ela tem como meta unificar os clãs de narcomercadores das Zonas Neutras.

A principio tratado como prisioneiro, Zus ganha a confiança da viuvá e participando dos afazeres diários da aldeia aguarda o próximo navio partir da ilha para leva-lo de volta as águas cananeias.
O Condado é composto por dicadões que não deram certo em suas respectivas cidades-Nações. São nômades excluídos e o que mantém a conexão com o Mundo Estável é a produção de ervas e derivados, usados como moedas de troca.

A bem da verdade, Homem de Canaã, os únicos amigos de um expatriado, é sua faca, seu cão, e os sete palmos de terra que o aguarda. -Página 188

O livro finaliza com algumas revelações por parte da Branca de Neve, que farão o protagonista pensar bem em tudo que aconteceu e o que está por vir. E claro que vai despertar no leitor o desejo insano de ler os volumes seguintes da trilogia, com a certeza de que tupo pode acontecer.
Viver é uma travessia cheia de duvidas e sombras, ambas avariam ou fortalecem sua fé. - Página 174

A diagramação está perfeita, com uma arte de capa que faz jus ao livro, a sinopse foi muito bem elaborada. Neste livro o autor descreveu com clareza as nações que protagonizarão a trilogia, trabalha os personagens de maneira simples e direta, dividindo o enredo em capítulos com temas referentes a seu conteúdo, sem dizer que possui um mapa nos situarmos. Tudo isso facilita a leitura e faz que que ela flua de maneira leve e rápida.

site: Resenha no blog, venha dar uma olhadinha! http://cabinedeleitura1.blogspot.com.br/2015/12/2111-d-c-o-condado-dos-expatriados.html
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Quel 23/11/2015

Aventuras em um futuro pós-apocalíptico
Nesse primeiro volume da trilogia encontramos um futuro pós-apocalíptico, um mundo devastado por uma série de catástrofes ambientais, ocorridas após a Terceira Guerra Mundial, tais fenômenos climáticos dizimaram grande parte da população existente e ocorreram em dezembro de 2036, época que ficou conhecida como 'D36'.

Através da narração de Zus Sanches Airã, o protagonista dessa história, nos é apresentada a realidade do planeta Terra no ano 2111, período denominado de Era Posseidon, que após devastado por terríveis tsunamis e outras diversas intempéries climáticas, teve-se a criação de 11 diferentes Cidades-Estado. Cada uma delas descendente de antigos países da Era do Vidro (essa que vivemos hoje), com atividades econômicas e moedas distintas, língua e religião específica.
Essas novas nações foram abitadas pela população remanescente e situavam-se distantes umas das outras, separadas pela imensidão do mar. Nesse era possível encontrar os escombros deixados pela ira da natureza, muitos dos antigos pontos turísticos que caracterizavam grandes cidades, famosas por sua cultura e artefatos arquitetônicos, agora encontravam-se perdidos no meio do oceano, as ruínas do Velho Mundo.

Zus relata acontecimentos ocorrentes muito antes de seu tempo, contados pelos anciãos de sua tribo, além e memórias vividas por ele e muitos fatos curiosos de suas jornadas e aventuras como o Capitão da Infantaria de Nova Canaã. Ele revela e explica as principais características dessas novas Cidades-Estados e os mitos que envolvem o surgimento de cada uma delas.

Nessa obra podemos acompanhar Zus no início de uma aventura cheia de perigos e armadilhas, a morte espreita-o por todos os cantos, levando nosso destemido guerreiro por lugares inóspitos e insertos. E é em um desses lugares que ele irá encontrar uma velha conhecida capaz de revelar-lhe diversos segredos, que poderão ser a salvação ou a ruína desse jovem capitão.

***


Gostei muito da forma como a história foi conduzida, a ordem cronológica seguida das recordações de alguns momentos da vida do protagonista e narrador.
A aventura conta também com diversos momentos de descontração e algumas cenas de suspense que deixam o leitor apreensivo e preocupado com o destino de Zus.

"- A bem da verdade, Homem de Canaã, os únicos amigos de um expatriado, é sua faca, seu cão, e os sete palmos de terra que o aguarda."

Achei muito interessante a forma criativa que o autor descreve cada ambiente, as explicações mitológicas por trás de alguns acontecimentos e a forma de socialização entre os remanescentes que habitam nosso planeta.

Confesso que não gosto muito do gênero futurístico, mas gostei da forma como o enredo foi desenvolvido, uma era pós-cataclismática que fez a população voltar a viver como nos primórdios de sua existência, longe das grandes tecnologias e o conforto que as mesmas podem proporcionar.

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A diagramação da obra está ótima, assim como todos os outros livros da editora que tive oportunidade de ler. Adoro a fonte que a Ler Editorial utiliza e a coloração das páginas. A capa está fantástica, apresentando uma paisagem sombria que remete ao acontecido depois do 'D36'.
Outra coisa que gosto muito é de como os capítulos são demarcados, a cada mudança de situação tem-se um novo capítulo, isso deixa a obra mais dinâmica e evita que o leitor se perca no meio da história.

***

Recomendo a leitura para todos os apaixonados por aventuras distópicas, uma obra nacional muito bem escrita e que certamente será o início de uma trilogia de tirar o fôlego.

"Sabe qual é o grande problema das ideias idiotas? Não?... Existe quatro delas para cada uma boa, e estas quatro são normalmente as primeiras a serem concebidas."

site: http://literaleitura2013.blogspot.com.br/2015/11/resenha-2111-dc-o-condado-dos.html
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Silvana 02/10/2015

Nosso protagonista, Zus Airã, vivia em Novo Éden, uma das Doze Cidades-Estados, antes dela deixar de existir. Junto com seu pai e seu irmão mais novo, eles chegaram em Nova Canaã quando ele tinha apenas 3 anos. Eles foram bem recebidos pelo governante do local, Aaron Marx que acabou se tornando um grande amigo da família de Zus Airã e Hugo, pai de Zus, acabou se tornando o braço direito de Aaron. Zus e seu irmão, foram criados junto com o filho de Aaron, Troy, e eles se tornaram amigos. E hoje Troy é um Tenente da Infantaria e Zus, está uma patente acima como Capitão Cananeu.

Eles estão voltando de uma viagem de três meses com a missão cumprida, mas apesar de ser uma patente abaixo de Zus, Troy por ser filho de quem é, está no comando do navio e ele decide que irão parar em Cordeiros, uma das trinta e sete ilhas adaptadas como criadouro. antes de voltar a Nova Canaã. É quando eles avistam alguns nômades e quando eles veem o rastro de morte que eles deixaram para trás, Troy decide seguir por um atalho e emboscá-los na próxima ilha. Mas quem acaba emboscados, são eles.

Depois de uma troca de tiros, em que um dos companheiros de Zus acaba morto, Zus percebe que foi deixado sozinho na ilha. Mas ele tem certeza de que irão voltar para buscá-lo. Mas conforme os dias vão passando e ninguém volta, ele decide ir para casa sozinho, em um bote que ele encontra na ilha. É assim que começa a aventura de Zus, onde acontece de tudo um pouco, até que ele é encontrado por um grupo de nômades e acaba no Condado dos expatriados. E é lá que ela vai descobrir uma coisa que pode mudar o futuro de todos.

"— A bem da verdade, Homem de Canaã, os únicos amigos de um expatriado, é sua faca, seu cão, e os sete palmos de terra que o aguarda."

Em primeiro lugar, quero falar da edição do livro que está muito bem feita. A diagramação também está impecável, com a fonte de um tamanho ótimo para a leitura. A capa também está muito bonita, retratando bem o cenário da história. A história é narrada em primeira pessoa por Zus Airã. Os capítulos são curtos e a leitura é rápida. Posso dizer que a sinopse me enganou. Eu estava esperando uma distopia, tipo Jogos Vorazes, mas acabei encontrando um livro mais voltado para a aventura e exploração do cenário em que a Terra se encontra no futuro. Uma coisa que me chateou um pouco foi a falta de diálogos. Como ele está sozinho a maior parte da história, o livro tem poucos diálogos e bastante divagações do personagem principal. Mas essas divagações não são monótonas e sim tem um toque de humor que me fez rir a todo instante em que lia o livro.

No começo achei que o livro não iria me prender, mas a escrita do autor é tão gostosa, que quando percebi já estava terminando o livro e querendo logo as continuações. O final é surpreendente, eu nem imaginava nada parecido. Zus é um personagem bem completo, por isso é fácil gostar dele e torcer para que de tudo certo com ele. Uma coisa que adorei no livro foi que tem um glossário logo no começo do livro. Deu para entender bem os termos e palavras usadas durante a narrativa. Outra coisa que gostei foi o autor ter dado uma descrição bem detalhada de cada uma das Cidades-Estado ao longo do livro conforme elas iam sendo citadas. Recomendo para quem gosta de um bom livro de aventura em um cenário distópico. A leitura vale muito a pena. Só me resta esperar pelos dois próximos livros da trilogia.


site: http://blogprefacio.blogspot.com.br/2015/08/resenha-2111-dc-ricarte-sales.html
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"Ana Paula" 30/09/2015

Não é surpresa para ninguém que eu adoro uma boa distopia. Meu marido fala que eu desejo ver o mundo no caos, por isso gosto tanto desse gênero. Eu, claro, descordo. Acho que já vivemos em um caos e pelo menos nos livros, sabemos que um final "feliz" nos espera.

O Condado dos Expatriados é o primeiro volume de uma trilogia que promete muito. Como a sinopse diz, o mundo acabou, 99,9% da população foi dizimada. a natureza agiu. Fez o que prometia a séculos.
Os remanescentes do "D36" criaram novas Cidades-Estado, ao total 11. Cada uma situada em um local diferente, em meio ao mar que agora contem grandes monstros de ferro, as antigas construções que foram destruídas com a enorme onda que varreu a Terra.
É neste contexto que vamos conhecer Zus Airã. Zus é Capitão em sua cidade Estado, Nova Canaã. E nos contará tudo o que precisamos saber para acompanhar essa trilogia que nos leva por lugares inóspitos e cheios de perigo.

"Sabe qual é o grande problema das ideias idiotas? Não?... Existe quatro delas para cada uma boa, e estas quatro são normalmente as primeiras a serem concebidas."

Aparentemente, este volume é mais um guia para conhecermos como funciona cada Cidade-Estado. No decorrer das páginas, a narrativa em primeira pessoa de Zus nos deixa a par dos perigos que esse novo mundo reserva. Todas as Cidades-Estado são citadas e descritas, ao final do livro, temos um mapa das Terras Estáveis e as bandeiras das Nações Estabelecidas.

Gostei muito do enredo, só senti falta de algo mais aprofundado. Zus narra como se tivesse contando uma história, não se passa em tempo real, e por diversas vezes, houve divagação em sua narrativa. Acho que o autor poderia ter usado isso em benefício da história, criando mais laços entre os personagens. Personagens esses que são construídos de forma concisa, Zus, ao meu ver, deixou a desejar como personagem e narrador. Mas isso não deixa a história ruim, você vai rir muito com os pensamentos de Zus e com alguns personagens peculiares que passam por sua vida.

"Uma semana antes, eu era o Capitão Cananeu Zus Airã, filho de Hugo Airã, braço direito do homem mais poderoso do Novo Mundo. Agora, eu era um cão, cujos olhares recebidos eram os mesmos que se destinam a qualquer outro cão: nojo e desdém de uns, curiosidade e fascínio de outros."

Fora esses pontos, no total, o livro me agradou muito e com certeza vou querer conferir os demais volumes. Gostei de como o autor criou a história e as lendas e mitos que ela contém. A capa é linda e condiz perfeitamente com o enredo apresentado. A diagramação é simples, mas bem feita: letras em tamanho confortável para a leitura e páginas amarelas deixam a leitura mais rápida. Não encontrei nenhum erro de revisão. Enfim, um exemplar perfeito, lindo para se ler e ter na estante.

Para quem gosta do gênero, indico sim a leitura. Mas vá com calma, não espere encontrar todas as respostas neste volume. Vamos ter que esperar o próximo para saber como Zus se sairá dessa empreitada.

site: http://www.livrosdeelite.blogspot.com.br/2015/09/resenha-2111-dc-o-condado-dos.html#.VgvFH_lViko
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