Vitoria.Milliole 11/06/2021
Minha opinião mudou tantas vezes que foi difícil atribuir uma nota a esse livro. No geral, eu gostei.
Eric é um jovem rico e mimado que, há algum tempo, tem a impressão de que tem um colega de quarto invisível. Microondas e televisão ligando sozinhos, sons estranhos pelo apartamento, um par de chinelos e uma escova de dentes que não são seus... Será que ele está ficando maluco ou tem mesmo alguém ali? Por via das dúvidas, ele consulta um psicólogo. Ainda sem saber como agir, vai atrás de Conrado Bardelli, um detetive particular.
Conrado não dá muita atenção devido ao jeito mimado de Eric, a menos por um detalhe que chamou sua atenção: Eric foi aconselhado a não envolver a polícia. Por quê?
De qualquer forma, o detetive não pega o caso. Não ainda. Mas, no dia seguinte, Eric o liga desesperado e, em seguida, se joga ? ou é jogado? ? da janela de seu apartamento, no 15° andar, e morre. Então Conrado resolve começar a investigar, certo de que Eric não tinha o perfil de suicida. E a coisa toda começa a se enrolar cada vez mais.
Gostei da maneira como o autor conduz a história e da trama em si. Gostei da personalidade do Conrado, simpatizei com o Zeca e tive raiva de alguns outros personagens. Isso é bom. Digo, se conectar com a história ao ponto de sentir alguma emoção pelos personagens, seja amor, admiração ou ódio.
O principal ponto negativo, na minha visão, foi o final. Até certo momento parecia ruim, depois teve um plot twist interessante, subiu no meu conceito. Mas a motivação ainda me pareceu um pouco rasa. Então teve uma segunda revelação, e essa pareceu ainda mais rasa. Não costumo anular todo um livro por causa de um final, por isso minha avaliação continua sendo positiva. Mas não achei condizente com toda a atmosfera criada no decorrer da narrativa. Poderia, sim, ser melhor, e com certeza lerei os outros livros do autor. Acredito que, como esse foi seu primeiro livro, devo encontrar uma boa evolução nos próximos.