Kennia Santos | @LendoDePijamas 21/09/2015"Eu não quero te possuir. Eu quero lhe pertencer."Sim, eu comecei hoje e terminei hoje, porque esse livro é demais, você não consegue desgrudar a partir do momento que começa a ler.
Quando vi que ia ser lançado, devido à alta divulgação e propaganda, já fiquei interessada, afinal, sou fã da Abbi. Depois, quando li que ela abordaria novamente todo o tema colegial, assemelhando-se ao cenário de The Vicent Brothers, fiquei mais curiosa ainda.
Assim que comecei a leitura, fiquei vidrada, porque me lembrou bastante o Maybe Someday da Colleen, e quem me conhece sabe que, eu amo-vivo-respiro-adoro-venero esse livro, e como a Colleen, a Abbi também nos oferece a história contada a partir do ponto de vista de ambos os personagens, nesse caso, Maggie e West.
A princípio, a aproximação é bastante frágil e sutil, mas com o decorrer das cenas, fica mais intensa e você começa a sofrer junto com eles, toma-lhes a dor, se corrói com os fatos. A Abbi consegue passar o que é ter uma dor que sempre, sempre foi somente sua, e então encontrar alguém que tenha passado por semelhante, que consiga te entender.
Claro que no começo o West tinha que dar uma de babaca, afinal, não é simples admitir que com apenas um olhar que durou segundos, uma pessoa pode conseguir derrubar muros que levaram anos para serem erguidos. Mas adiante, é possível amar cada cena do casal, a aproximação que a princípio tem como objetivo o ‘’suporte’’ amistoso, começa a se tornar uma ‘’necessidade’’, a companhia que antes era ‘’opcional’’, se transforma em ‘’desejada’’, o olhar que antes era ‘’força’’ vira a ‘’razão’’.
O relacionamento não foi forçado, nem inesperado também, algo que floresceu com o tempo, que com certeza teve seus questionamentos e conflitos, mas que ao final conseguiu superar tudo, todos os medos e perdas que cada um sofreu e pode vir a sofrer.
Os personagens adjacentes são bastante importantes, tem o espaço necessário na história, não sendo esquecidos nem ‘’roubando a cena’’, desde os tios dela, até o Nash, Gunner, Asa, Brady e até mesmo a Raleigh, porque é claro que quando se tem um bad-boy popular, não pode faltar uma ex-namorada louca e inconformada na história. Vale uma atenção especial o Nash, que no início serviu de muito apoio pra Maggie, e o Brady, que a princípio não sabia lidar com uma prima ‘’muda’’ mas que depois se incorporou no papel família com direito a super proteção , ciúmes e provocação.
“As coisas mudaram, no entanto. Sim, você tornou-se alguém que eu poderia me apoiar, mas você também tornou-se mais do que isso. Eu ansiava ouvir sua voz, ver seu sorriso, e, Deus, ouvir você rir. Eu amo o jeito que você ri.”
A Abbi consegue nos passar através desse livro que, não importa o quão afundado uma pessoa esteja em seus medos, sendo perseguida por seus demônios, perdas e abandonos, o amor sempre surge da forma mais inesperada e de onde você nunca imaginaria e te resgata para um lugar onde você pode respirar novamente, viver e sorrir, coisas que nunca imaginaria ser possível novamente e elevar a um pedestal onde nada menos do que sorrir todos os dias te satisfaça.
Abbi arrasou, simples assim *-*