Nadini.Maria 11/04/2021O que sabia sobre Sherlock Holmes aprendi nas séries de tv e nos filmes, então sempre tive curiosidade de ler alguma coisa dele.
A escrita de Arthur Conan Doyle é impressionante, a riqueza de detalhes de seus mistérios são fascinantes, mas devo confessar que sentir um certo cansaço nos dois primeiros romances do livro, por mais fascinante que sejam as riquezas de detalhes eles também são cansativos, quase parecia que Conan Doyle estava tentando passar a impressão que o leitor (eu) era uma pessoa tola e inepta. Talvez eu tenha ficado com essa impressão porque o livro todo se passar pelo ponto de vista de Watson, e autor com certeza que passar a impressão que Sherlock é e sempre vai ser a pessoa mais esperta da história.
E falando de Sherlock, ele obviamente sofre de depressão, Watson relata várias vezes ao longo do livro que ele tem épocas de pura felicidade e entusiasmo que logo são acompanhadas de uma melancolia profunda, isso sem fala no uso excessivo de drogas que consome, que nas palavras de Sherlock o ajudam a passar pelos períodos de tédio.
Também devo dizer que me sentir profundamente ofendida e desconfortável em algumas partes do livro, o autor faz críticas severas as mulheres - mesmo que no primeiro conto e daí por diante ele comece a dar destaque para elas e de várias formas tecer elogios sobre a inteligência e destrezas que elas tem - assim como várias falas que ao meu vê são claramente racistas, então como mulher e como mulher negra eu me sentir mal em algumas partes, principalmente nos dois primeiros romances.
Os contos foram para mim uma mudança completa, gostei muito mais deles, tinham uma facilidade na escrita deles que os romances não tinham, com certeza irem os outros volumes, mas não imediatamente, cheguei a conclusão que para aprecia melhor a escrita de Conan Doyle sobre Sherlock Holmes devemos ler aos poucos e com calma.