A Filha

A Filha Jane Shemilt




Resenhas - A Filha


49 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Anna Christina 12/05/2016

Quantos anos você tem?
A pergunta acima pode determinar como você vai se sentir ao ler este livro. Se você for um adolescente, ou for muito identificada com este período da sua vida, vai enxergar uma coisa. Já se, como eu, você já viu muitas crianças virarem adolescentes e adolescentes virarem adultos, o seu ponto de vista vai ser outro.

Jenny é uma médica, clínica geral, que trabalha numa clínica popular. É casada com um neurocirurgião do tipo estelar, bonito e bem sucedido. Eles tem três filhos, os gêmeos Theo e Ed, prestes a terminar o colégio, e Naomi, de 15 anos. É Naomi "A Filha" do título.

Atriz principal na peça da escola, Naomi desaparece sem deixar rastros. Os dias que antecedem seu desaparecimento e os dias seguintes são contados, alternadamente, com os dias atuais da vida de Jenny, um ano depois. As mudanças de capítulos tornam este livro difícil de ser deixado de lado, sempre há um gancho irresistível que faz com que a gente queira saber o que houve um ano atrás.

Antes do desaparecimento, Jenny se sentia sortuda. Mas tão sortuda que, aparentemente, não podia reclamar de nada: qualquer queixa seria ingratidão. A culpa que ela sente o tempo todo é a única coisa que não muda com o sumiço da filha. Culpa por ter uma casa tão bonita, culpa por ter dinheiro, culpa por não ter diagnosticado uma jovem paciente corretamente, culpa por enxergar o comportamento dos filhos se deteriorando, mas não ser capaz de refreá-los, culpa por acreditar que enxergar as imperfeições dos filhos é um defeito dela, e não deles.

E aqui volto a dizer que, talvez, a sua idade vá te fazer ter uma opinião ou outra sobre Jenny, sobre Naomi, sobre o que aconteceu. Você pode enxergar uma mãe muito protetora ou pode enxergar uma filha muito rebelde. Pode enxergar uma mãe ausente ou uma filha que simplesmente não se importa com nada.

Linha a linha, acompanhamos as pequenas descobertas de Jenny: Naomi estava fumando. Estava bebendo. Naomi tinha sorrisos misteriosos. Mesmo assim, esses pequenos sinais não são suficientes para dar uma pista de tudo o que ela vai descobrir depois do desaparecimento. Toda uma vida que ela simplesmente não conseguia ou não queria ver por conta da sua culpa eterna.

Algumas pessoas vão enxergar uma mãe negligente, que prefere deixar as coisas de lado sem se aprofundar nos problemas dos filhos. Já eu enxerguei uma mãe que, por trabalhar muito, tentava ter apenas bons momentos com os filhos quando estava por perto, tentava permitir a eles que tivessem liberdade e que não se sentissem pressionados por ela. O que é muito triste, porque revela uma dinâmica familiar tão comum hoje em dia, em que os pais se sentem impotentes perante os desejos e atitudes dos filhos.

Ao longo de toda a investigação, Jenny descobre que todo mundo, em algum momento, mentiu para ela. E que todas essas mentiras, quando reveladas, permitiriam que o destino de Naomi fosse descoberto. Ainda assim, as mesmas pessoas que escondiam segredos, contavam mentiras, não se sentiam culpadas: a culpa era de Jenny. Quando a gente se coloca neste papel, todo mundo em volta enxerga o mesmo....

O que mais gostei na personalidade de Jenny é que ela nunca se vitimiza, mesmo quando atacada. Ela sofre, luta, não desiste. Ela mastiga as verdades e se revolta com elas, e é isso que a faz seguir até descobrir.

A prosa é boa, o ritmo é atraente e o final, se não é o que eu gostaria mais, não compromete. Para quem gosta de um bom thriller, vale a leitura.
comentários(0)comente



Isadora.Secchi 01/04/2017

Livro bem bom, mas...
O livro é bom, mas o começo é enrolado e confuso... até acostumar com a narrativa demoram algumas paginas...
Achei o final previsível e imaginei que fosse isso mesmo que iria acontecer... Mas é um bom final, de qualquer forma...
Não gostei das encheções de linguiça da autora... poderia ter cortado vários pedaços desnecessários que não acrescentaram em nada na história... deu a impressão de que ela precisava preencher paginas apenas...
senti muita raiva de vários personagens durante todo o livro...
Jenny, uma mãe que não sabe ser mãe e parece não aprender com seus erros.
Ted, seu marido ausente e que acha que tudo que acontece dentro de casa é culpa só da mulher...
Ed, um dos gêmios, rapazinho arrogante é prepotente.
Naomi, a mais mentirosa de todas, adolescente que acha que já é mulher e pode responder à mãe como se ela fosse ninguém importante... a intenção da autora provavelmente deve ter sido essa mesmo. E mesmo com os personagens engasgados na goela, foi um livro que me prendeu e me fez querer ir até o fim, para descobrir qual seria o final estarrecedor... pena que, pelo menos pra mim, foi previsível... mas enfim, até vale a leitura... :)
comentários(0)comente



San... 28/12/2015

O desmoronar de uma familia e o declínio de seus integrantes isoladamente é a tônica deste livro. Bem escrito, deixa o leitor perdido numa gama de sensações e sentimentos que machucam e assustam. Como na vida, nem tudo é exatamente o que aparenta ser. O que temos como certo, de um momento para o outro, pode se desfazer e o que sobra, invariavelmente, surpreende e desagrada. Embora não creia que seja a intenção da autora, lança ao leitor um olhar novo sobre tudo aquilo que se tem como verdade.
comentários(0)comente



Tamara 20/01/2016

Muito bom
É fato que eu adoro livros que envolvam mistérios como desaparecimentos e segredos de família, e os dois temas combinados me deixaram muito curiosa para conferir essa obra e a expectativa não me decepcionou. Defino esse livro como surpreendente e eletrizante. Ele intriga já pela sinopse e na minha opinião a história é ainda melhor. É um livro cheio de suspense, romance e drama e prende o leitor desde a primeira até a última página.
O que mais me chamou atenção foi o mistério que é mantido até o fim do livro e o leitor se surpreende de certa maneira com o que aconteceu com Naomi, eu não esperava É possível também acompanhar de uma maneira muito intensa o sofrimento da mãe com a perda e os problemas surgidos na família, e isso é sentido de forma clara durante a leitura, enquanto o leitor dá várias voltas junto com Jenny para entender em que momento tudo se deteriorou.
Um dos pontos negativos é o fato do livro ser em primeira pessoa, o que nos impossibilita de conhecer o ponto de vista de outros personagens, E ver um pouco toda a situação pela visão de Naomi foi algo que desejei muito.
Jenny foi o tipo de personagem que acabei amando e odiando. Por um lado ela tentou fazer o melhor que podia por todos depois do desaparecimento de Naomi, e por outro antes de tudo ela tentava ignorar os aparentes problemas, achando que isso passaria. Já Naomi era uma adolescente rebelde e insegura, pelo que podemos conhecer através da visão da mãe e pelas descobertas que aparecem no livro, só uma menina tentando se localizar e ser alguém em meio a um mundo adulto novo que lhe vai surgindo, e em vários momentos tive um sentimento de tristeza por ela.
O livro é dividido em 31 capítulos e narrado em primeira pessoa. Os acontecimentos passam em duas épocas distintas: em 2009 quando Naomi desaparece, e em 2010, um ano depois, quando Jenni relata como está a sua vida e reflete um pouco sobre os acontecimentos do passado. Essa mudança de tempos trás uma perspectiva ótima e faz com que consigamos entender todos os pontos, a parte do desaparecimento no calor do momento e depois ela sendo explorada de forma mais fria. A cada momento que trocava de época a curiosidade era aguçada ainda mais.
Não gostei tanto do título "A filha". Achei-o pouco instigante e se não tivesse lido a sinopse ele não teria me chamado atenção.
Esse é um livro que trata sobre perdas, não só perdas físicas mas também perdas quando se convive com uma pessoa. Perda por não haver diálogo e perda por falta de tempo. Recomendo muito, faz refletir e ansiar para saber o fim.



site: Para ver a resenha original com quots e reflexões sobre o livro acesse: http://lovereadmybooks.blogspot.com.br/2016/01/resenha-filha.html
comentários(0)comente



Isabela Zamboni | @resenhasalacarte 01/02/2016

Instigante
O que dizer deste livro que devorei em poucos dias? Sou muito fã de romance policial/thriller/suspense/mistério/investigação ou como você quiser chamar. Desde pequena sou viciadíssima em histórias de detetive – Sherlock Holmes, livros da Agatha Christie, Sidney Sheldon etc. Então, quando peguei o “A Filha” na mão e vi que era um romance policial, claro que já comecei a ler. Vou dizer pra vocês que não são todos que me empolgam, mas esse – como o encarte nos adianta – é VICIANTE!

A autora Jane Shemilt tem um estilo muito bom. A leitura prende do começo ao fim, não dá vontade de parar, tudo o que queremos saber é o que vai acontecer! Mas, antes de começar a me empolgar aqui, deixa eu falar um pouquinho da história do livro.

Em A Filha, acompanhamos a vida da família Malcolm: a mãe Jenny, o pai Ted, e os filhos Theo, Ed e Naomi. Jenny e Ted são médicos e estão sempre trabalhando, enquanto os filhos estão atarefados com atividades escolares. Theo e Ed são gêmeos, prestes a entrar na universidade, enquanto Naomi tem apenas 15 anos e é a atriz principal de uma peça da escola.

A narrativa é em primeira pessoa, pelos olhos de Jenny, que leva uma vida considerada normal e nos eixos – tem bastante dinheiro, é bem sucedida no trabalho e sua família é aparentemente inabalável. Até que um dia Naomi vai se apresentar na peça de teatro da escola e não volta para casa. A partir daí, vemos uma mãe abalada, desesperada e triste, em busca da filha que sumiu sem deixar rastros.

O livro intercala o passado com o presente, o que já empolga bastante (adoro linha temporal desfragmentada). A trama se passa em Bristol e Dorset, pequenas cidades da Inglaterra. A autora, por ser britânica, apresenta descrições bem precisas das estações do ano, do clima e das paisagens locais, criando uma atmosfera melancólica e triste. Sempre acompanhamos descrições de chuvas, ventos frios, tempestades e folhas caindo para marcar a passagem do tempo. Eu acho incrível, pois adoro esse tipo de clima e acredito que esse recurso enriquece a narrativa.

Resenha completa no blog!

site: http://resenhasalacarte.com.br/resenha/resenha-filha-jane-shemilt/
comentários(0)comente



Livia 13/02/2016

Leitura que prende
O tipo de escrita da autora é daqueles que me prendem a atenção. Achei o livro bom. Mas também achei que poderia ser melhor.
Todo o livro gira em torno do desaparecimento de Naomi, a filha. Adolescente de 15 anos, filha de um casal de médicos. O livro é narrado em primeira pessoa pela mãe, que se desespera ao perceber que a filha desapareceu.
Uma coisa que gostei muito foram as mudanças de tempo entre os capítulos relatando o presente e o ano anterior, quando aconteceu o desaparecimento dela. Gosto muito de histórias que usam essa passagem de tempo entre os capítulos.
O livro te prende do começo ao fim mas em alguns momentos senti vontade de entrar no livro e dar na cara da mãe. Por várias vezes ela deixava conversas pra depois, coisas importantes que se passavam com os filhos e ela parecia completamente alheia e indiferente à vida deles. Essas partes foram irritantes. No mais o livro é bom, a história foi bem desenvolvida e no final me deixou de queixo caído pensando: Ahnmm??
Recomendo a leitura. E se em algum momento você quiser dar um tapão de realidade na mãe, "tamo junto"!
comentários(0)comente



Meu Vício em Livros 19/04/2016

O livro de estreia desta autora é totalmente emocional. Um suspense de leitura rápida, capaz de tocar os corações de qualquer mãe que está passando por um problema semelhante ou não. Depois de um ensaio de sua peça de teatro, Naomi nunca mais volta para casa. Não há vestígios em qualquer parte. Será que ela foi sequestrada? Estuprada? Morta? Ou saiu de casa por conta própria? O enredo gira em torno dos acontecimentos que se sucedem após este desaparecimento, as buscas e o dia a dia da família. Narrado em primeira pessoa pela mãe de Naomi, os capítulos são intercalando entre os dias da semana após o desaparecimento e um ano depois, quando Naomi ainda não foi encontrada e a família que parecia perfeita no inicio está desfeita.

Com mais dois filhos gêmeos adolescentes, Theo e Ed, Jenny tenta fazer o seu melhor para seguir em frente sem nunca perder a esperança de encontrar Naomi. É assustador ver como há tantos segredos escondidos que podem destruir esta família. Traição, vingança, mentiras e drogas. A culpa que Jenny sentia foi abordada com maestria. Será que ela como mãe fez o suficiente? Será que cuidou corretamente? Ouvia ou conhecia a filha de verdade? Eu não sou mãe, no entanto, observar a dor da protagonista me emocionou muito. A autora mostrou bem o drama de não saber o que está acontecendo. Quando um filho morre, apesar de todo o sofrimento e do luto, uma mãe sabe exatamente onde ele está, já quando está desaparecido, são inúmeras as possibilidades aterrorizantes que passam pela cabeça todos os dias, ao ponto até de enlouquecer uma pessoa. O simples fato de você estar em casa, acolhida do frio e da chuva, ou estar desfrutando de um banho quente sem saber se seu filho está tendo direito a este luxo é agonizante. A incerteza é cruel!

Tanto Jenny como seu marido Ted são médicos extremamente ocupados e no decorrer da trama, eles assumem que estavam tão focados em suas carreiras que acabaram deixando passar várias coisas importantes na vida dos filhos. Eu posso estar até falando besteira, mas uma coisa que me incomodou é que, por mais que eu entendesse que Jenny estivesse desesperada com a perda da Naomi, ela tinha mais dois filhos para se preocupar e agia como se não tivesse mais sentido viver se a sua filha não voltasse para casa. Ela não queria conversar com Theo e não se preocupou realmente com Ed que estava na reabilitação. Talvez tenha sido proposital por parte da autora para mostrar a proporção do sofrimento desta mãe, não sei.

Eu não gostei da conclusão final. A história foi tão convincente o tempo inteiro, mas o final foi decepcionante! Não posso explicar os motivos disto para não estragar nada para vocês. Mesmo assim, eu recomendo. Maravilhosamente bem construído, você sente a tristeza e a angústia, a esperança e o medo e todas as emoções desta mãe enquanto ela procura ansiosamente pela verdade. A investigação de um desaparecimento é narrada em detalhes e isto prendeu minha atenção. Tentar adivinhar através de todas as pistas que eram reveladas me fizeram devorar este livro em uma única noite. Os enigmas do diário de Naomi também são instigantes e o que parece ser um simples sequestro, logo se transforma em algo muito mais complexo. Para o primeiro livro, a autora está de parabéns!

site: http://www.meuvicioemlivros.com/2016/04/resenha-filha-de-jane-shemilt.html
comentários(0)comente



spoiler visualizar
Luciana Mapesi 16/09/2017minha estante
undefined




Carine 17/04/2022

Surpreendente
Me senti oscilando entre empatia e julgamento contra esses pais, contra à filha, contra à família toda.
Mas é uma boa história, envolvente, a forma como mescla passado e presente te faz querer chegar logo na última página e entender o que de fato aconteceu.
Retomei meu hábito de leitura através desse livro, depois de um período de bloqueio rsrs
comentários(0)comente



Eder Ribeiro 18/01/2017

É de tirar o fôlego
A filha é o tipo de livro que você esquece do que está lhe acontecendo em volta, pois adentramos no livro e, ao ler, é como se estivéssemos assistindo as cenas. Trama envolvendo num escrita fluente. Uma história angustiante em que você torce para que tudo ocorra bem.
Quando sua vida segue normal, sem percalços, você sente que tudo corre bem. Assim pensava Jenny. Contudo bastou um acontecimento fora da ordem para ela percebe que sua vida não era o que ele iimaginava. Recomendo a leitura.
Aline Natália 20/01/2017minha estante
Eu simplesmente amei esse livro... pena não ser muito divulgado....


Eder Ribeiro 21/01/2017minha estante
Realmente, foi no skoob que o vi e já fui atrás.


Aline Natália 21/01/2017minha estante
Eu ganhei o livro de cortesia do skoob




Dilalilac 18/09/2018

Intenso e frágil
Sabe quando você acaba o livro e, mesmo sabendo tudo, havia tanto a ser dito e, apesar de não tê-lo sido, os olhares disseram? Os sorrisos... As mãos... Os detalhes entregaram os detalhes. Não que seja um livro aberto, longe disso. Ele se comunica além das palavras.
Eu só posso entender a nota dele sendo menor que 4 por ele ser dito como thriller e não exatamente ser um. É muito mais um Drama Familiar.
Veja bem... Ele conta a história de uma garota desaparecida, mas ele não vai te dar pistas como geralmente são dadas em thrillers. Ele trata dos sentimentos da perda, da culpa, superação, medos... Esse é um drama psicológico envolvido com um mistério que é principal pelo drama, não pela ação.
Esse é um livro movido pela emoção.
E eu o amei.
O comprei por 6 reais e sem frete em uma promoção. Foram os 6 reais mais bem gastos da minha vida rs
Ness 18/09/2018minha estante
Fiquei com vontade de ler esse livro. Você escreve bem, com sentimento, voce sente o livro, nao apenas lê.
me identifiquei :) Adorei a resenha. S2


Dilalilac 18/09/2018minha estante
Awn, obrigada, flor ^-^ É muito bom quando a gente encontra livros que conseguem mexer com a gente além da história, como se os personagens estivessem bem do nosso lado segurando nossa mão e dizendo "você me entende, não entende?"


Ness 18/09/2018minha estante
Exatamente. Isso é muito bom, quando me apego ao personagem quero trazer ele pro mundo real e guardar num potinho rs




Jon O'Brien 13/09/2017

Assustador mesmo sem ser terror
Hoje, quero apresentar a vocês um livro que me fez pensar em muitas coisas interessantes, que eu provavelmente não pensaria com a mesma intensidade se não o houvesse lido. Estou falando do maravilhoso A Filha, da Jane Shemilt.

A Filha é narrado em primeiríssima pessoa pela Jennifer Malcolm, uma médica que trabalha muito tempo fora, e que por isso não tem tanto tempo para os filhos e para o marido. O livro é um alerta às mães que precisam trabalhar fora e, consequentemente, dão menos atenção à família, fazendo com que alguns pequenos problemas se intensifiquem.

O livro conta duas histórias de uma mesma história. Confuso? Para resumir a explicação, posso dizer que o livro conta a história da Jennifer no passado e no presente. No passado, em 2009, Jennifer morava em Bristol com seu marido, Ted, e seus três filhos, os gêmeos Ed e Theo e a filha mais nova, Naomi. A família não podia se dizer unida, mas era isso o que ela tentava insinuar para si mesma. Jennifer odiava o fato de não conhecer tão bem sua família, que cobria isso dizendo para si mesma que sabia tudo o que se passava na vida dos filhos e do marido. Um dia, depois de terminar a apresentação no teatro da escola, Naomi não volta para casa. Jennifer fica bastante preocupada conforme o tempo passa, e acontece coisas que a farão perder e reconquistar a esperança.

Atualmente, em 2010, Jennifer mora em Dorset, na casa que era de sua mãe. Ela mora sozinha e sua vida se resume em sobreviver, porque ela recusa qualquer felicidadezinha que aparece para ela, porque sente que, como sua filha não voltou, não deve se sentir feliz. A família está despedaçada, mas é só isso o que posso contar para vocês, porque aos poucos vai sendo revelado o que aconteceu para que ela terminasse sozinha.

O livro é categorizado como suspense, mas há muitas poucas cenas que nos deixam arrepiados de adrenalina. Eu acho que está muito mais para um drama do que para um suspense, e eu entendo que algumas pessoas desvalorizem o livro por causa desse aspecto, porque elas devem se sentir enganadas. Eu me senti surpreso, mas não foi algo negativo, porque gosto de histórias dramáticas com pontas de suspense, então valeu muito a pena ler esse livro. Se você está procurando algo arrebatador como Garota Exemplar, é melhor cortar A Filha da lista.

A Filha não é um livro de terror, mas tem um lado assustador. Os conflitos mentais de Jennifer são tão reais que te fazem sentir na pele dela, simplesmente sobrevivendo. Ela é uma personagem completamente verossímil, que nos presenteia com o florear de seus processo mentais. A escrita da Jane Shemilt é bastante lenta, um pé de cada vez, e isso me causou, em alguns momentos, a sensação de que o livro era mesmo o que falavam: chato. Mas não. Apesar dos primeiros capítulos confusos devido a alternância de tempo frequente, conseguimos nos acostumar rapidamente. Aos poucos, a história vai se desenrolando e vamos conhecendo melhor os personagens. Jennifer é uma mãe que sofre pelo fato de não ter conhecido realmente sua família, e é na pintura que ela tenta encontrar conforto. A história chega a ser assustadora quando paramos para nos perguntar quantas meninas desaparecem todos os dias no trajeto de volta para casa. quantas delas reaparecem depois de um ano? Quantas delas nunca mais serão vistas? O livro possui algumas poucas surpresas, e eu aconselho para não desistir da obra mesmo se ela estiver se tornando cansativa.

Sobre a diagramação, tenho de dizer que a HarperCollins está de parabéns. A fonte e o espaçamento estão perfeitos e simples, de uma forma que o livro pode ser lido sem muito esforço. Enfim, é um livro que eu recomendo para mães e pais que trabalham fora e que não têm muito contato com os filhos. É um livro para abrir os olhos.

CITAÇÕES

“Ignorar o que realmente importa é mais fácil do que se pensa.”

“Pensei que já tivesse passado por essa tortura, mas em dias ruins os pensamentos aparecem junto com lembranças, afiando-as como facas.”

site: https://redipeblog.wordpress.com/2017/09/13/resenha-a-filha-jane-shemilt/
Beth 13/09/2017minha estante
Que resenha! Já foi para a lista. Obrigada. :)


Esdras 13/09/2017minha estante
Ótima resenha! Já tinha marcado aqui como "quero ler" e agora estou um pouco mais interessado.rs


Jon O'Brien 14/09/2017minha estante
Ah, que ótimo que gostaram. O livro é bom para quem é paciente rsrs. :)




Bi Faria 03/12/2017

Capa perfeita! E sabe aquele livro que te deixa em suspense o tempo todo, faz você questionar vários sentimentos em relação a família, a amor... É uma mistura de sentimentos, e um final devastador que me tirou o chão.
Uma família feliz, pai, mãe, uma filha, gêmeos e a vida segue agitada.
Dra. Malcolm e Dr. Ted, ambos se conheceram e se apaixonaram quando estavam na escola de medicina, se casaram e tiveram filhos lindos.
A rotina de sempre, muitos pacientes, filhos para cuidar e mudanças sutis acontecendo ao redor. Perceptíveis ou não, deixadas de lado ou não, liberdade na criação dos filhos... Até Naomi desaparecer, o inferno começar, e Dra. Malcolm reviver, lembrar de fatos e acontecimentos que passaram se maior importância, álcool, possíveis drogas, e ela perceber o quanto sua filha mudou. E a busca incessante começar.
O que aconteceu com Naomi? A verdade do que aconteceu é melhor ou pior? "Você realmente conhece a sua família?" #janeshemilt @harpercollinsbrasil
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Barão 01/04/2018

"Todos pensam que somos perfeitos. Por favor, não os deixe olhar através das cortinas." - Dollhouse, Melanie Martinez!

“Há três meses, o mundo dela era seguro. Casa, escola, amigos. Agora sei que, além daquele círculo iluminado, o mundo era cheio de perigos ocultos, esperando que alguém saísse às sombras escuras. Seria preciso apenas uma pessoa, um contato.” - pág 242

Uma família, uma filha, um desaparecimento e um ano de sofrimento. Jenny tinha uma vida perfeita: médica, mãe de três adolescentes, esposa dedicada, porém na última noite em que vê sua filha tudo isso acaba desmoronando. Naomi, não retornou para casa a noite no horário combinado e o desespero de Jenny teve início.

Enquanto uma meticulosa busca pela jovem começa pela cidade, os segredos e mentiras dessa família começam vir à tona, mas, será que essas mentiras e segredos levaram ao misterioso desaparecimento de Naomi? Foi mesmo um desaparecimento ou um sequestro? Viva ou morta?

“Talvez eu já a tivesse perdido muito antes de ela ter desaparecido e não fazia mais ideia de quem ela era.” - pág 178

Narrado pelo ponto de vista de uma mãe atormentada, entre o passado e futuro da família vamos descobrindo como não conhecer verdadeiramente seus familiares pode ser devastador.

Consegui resumir o principal da trama para vocês, então esse livro pode ser um daqueles que você pode amar ou odiar, eu fiquei no time que amou. Esse livro contorna os clichês sobre desaparecimento, que é um assunto MUITO ABORDADO, porém ele tem um ar de suspense e fatos sombrios que acabou fazendo a leitura ser bem agradável para mim.

O desfecho, a escrita, a narração entre passado e futuro funcionou muito bem também, teve até um pequeno plot-twist no final que me pegou de surpresa, não sei se foi bom ou se foi ruim, mas me pegou. Algumas ações da Jenny me deixaram com um ranço dela na hora da leitura.

Enfim, indico esse livro para quem quer ler um suspense moderado e para quem curte segredos e mistérios tipo PLL e Riverdale.

site: https://www.instagram.com/meninatecaria/?hl=pt-br
comentários(0)comente



49 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4