Epopeia de Gilgámesh

Epopeia de Gilgámesh Sin-léqi-unnínni
Anônimo
Anônimo




Resenhas - A Epopéia de Gilgamesh


130 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Raphael 15/05/2024

O herói épico mais antigo que conhecemos
Livro excelente com introdução rica em detalhes arqueologicos. A Epopeia de Gilgamesh da editora martinfontes nos trás uma versão em prosa de versos encontrados em tabuas de argila que datam em torno de aproximadamente mais de dois mil anos a.C. Encontradas no oriente médio.
Temos aqui uma versão adaptada e resumida que nos conta o ciclo de Gilgamesh, dentro desse ciclo vamos acompanhar Gilgamesh até então um rei tirano detestado por seus suditos irritar alguns deuses, que por sua vez decidem criar um rival para o herói. Criam Enkidu, a imagem do deus Anu, para ser rival e algoz de Gilgamesh, mas após uma luta os dois se tornam amigos e com os conselhos de Enkidu, Gilgamesh passa a governar com justiça e ambos se tornam grandes heróis para seu povo.
Após uma tragica aventura, Enkidu amaldiçoado adoece e vem a falecer(não vem reclamar de spoiler, a história tem quase 5 mil anos de idade), fazendo Gilgamesh cobiçar a vida e juventude eternas, para que não sofra o mesmo. Então o o herói parte em busca de um homem chamado "O Longniquo", que dizem ser da época pré-diluviana e ter o segredo da longevidade.
Eu gostei bastante a leitura foi bem fluida e a história tbm é muito interessante e tem alguns paralelos biblicos.
comentários(0)comente



@apilhadathay 06/05/2024

Esperava mais
"A Epopeia de Gilgamesh", uma das obras mais antigas da literatura mundial, é um testemunho poderoso da busca humana pela imortalidade, pelo poder e pelo sentido da vida. Escrita na antiga Mesopotâmia, por volta de 2100 a.C., esta narrativa épica cativou gerações com sua rica teia de mitologia, aventura e reflexão filosófica.

A história foca em Gilgamesh, o rei de Uruk, conhecido por sua força sobre-humana e soberba. No entanto, sua jornada de autoconhecimento é desencadeada pela morte de seu amigo Enkidu. Focado em encontrar o segredo da imortalidade e superar a inevitabilidade da morte, Gilgamesh embarca em uma jornada épica que o leva através de provações, encontros com deuses e confrontos com monstros.

Uma das características mais marcantes desta epopeia é sua representação da condição humana. Gilgamesh, apesar de sua grandeza e poder, enfrenta as mesmas angústias e medos que todos nós enfrentamos: o medo da morte, a busca por um propósito maior e o desejo de deixar um legado duradouro. Esta humanidade universal ressoa através dos séculos e continua a ser relevante para os leitores contemporâneos.


Outro aspecto fascinante é a riqueza do contexto cultural e mitológico. A epopeia traz uma visão vívida da vida na antiga Mesopotâmia, com suas crenças religiosas, práticas sociais e sistemas de valores. Os encontros de Gilgamesh com divindades como Shamash e Enlil somam dimensões emocionais à história e ainda oferecem insights sobre a relação entre os seres humanos e o divino na cosmologia mesopotâmica.

Contudo, apesar de sua profundidade e importância histórica, "A Epopeia de Gilgamesh" também apresenta desafios para leitores e leitoras modernos/as. A fragmentação do texto e a lacuna na compreensão de certos aspectos da cultura mesopotâmica podem dificultar a apreciação completa da obra. Além disso, algumas partes da narrativa podem parecer repetitivas ou desconexas para leitores/as contemporâneos/as acostumados/as a estruturas narrativas mais lineares.

A EPOPEIA DE GILGAMESH segue sendo uma obra-prima da literatura universal e oferecendo uma curiosa visão da condição humana e da cultura antiga. Sua mensagem sobre a mortalidade, a amizade e a busca por sentido ressoa através dos séculos, lembrando-nos da eterna busca da humanidade pela transcendência. A complexidade do texto e a distância temporal também desafiam leitores/as modernos/as, exigindo uma abordagem cuidadosa e uma apreciação da sua importância histórica e cultural. Não foi uma leitura favorita, mas valeu o esforço, pela história.
comentários(0)comente



uepa 02/05/2024

O verdadeiro achado da arca da velha
A Epopéia de Gilgamesh é algo incrível.
Primeiramente, consta ser a primeira obra literária já descoberta do mundo. Reunida da literatura sumérica, aparece grafada em tábuas do terceiro milênio antes de Cristo, e narra a aventura do rei de Uruk, Gilgamesh. Dois terços deus, e do restante humano, é considerado pelo seu povo como invencível, insaciável e imparável.
De sua narrativa especula-se que tenha influenciado ( de maneira indireta, quem sab; traduções e mais traduções foram feitas, reescritas e adaptações de povos que dominaram e pereceram, repassaram ao longo dos anos, por influências ou referencias, histórias que hoje temos contato ) Homero e Vírgilio, e desses para mais.

Por essa edição já se vale muito
É imprescindível começar a leitura de um título tão marcante para a história sem antes entender seu contexto histórico e de bônus, os dificultosos processos de tradução até a modernidade. Nessa edição, Sandars traz um ótimo compilado de informações básicas dos personagens, cultura, história e literatura, essenciais para formar a base do leitor antes de ler o conteúdo em si, além de explicar suas decisões de seletividade das tábuas e a devida ordem a serem apresentadas. Foi uma grande surpresa encontrar uma introdução tão rica.

comentários(0)comente



Ricardo 15/04/2024

Surpreendente em vários sentidos
Eu comecei a ler esse livro pelo valor histórico de ser a obra literária mais antiga do mundo, escrito há uns 4 mil anos, mas fiquei surpreso com a qualidade da história.

Foi impressionante pra mim descobrir que essa obra tem uma épica jornada do herói, com construção de personagem, emoção e redenção.

É muito louco pensar que dramas que os seres humanos de 4 mil anos atrás passavam a gente passa também. Sei lá, parece que dá um ar mais místico e mágico pra experiência de ser humano. Acho que alguns temas, conflitos, desejos e dramas são atemporais, pouco importando a cultura.

Eu recomendo muito esse tesouro histórico.

Considere também acompanhar a épica jornada do herói de Gilgamesh, que narra o processo dele deixar de ser um mala até se tornar o mais ?proeminente entre os reis?.
comentários(0)comente



Patrick.Ramos 03/04/2024

Um livro muito interessante, apesar de a história em algumas partes estar incompleta. Vale a pena a leitura a título de curiosidade, a forma que o livro foi escrito não ajuda muito, sinto que faltaram algumas explicações sobre determinados assuntos.
comentários(0)comente



Nemésia 20/03/2024

Um épico mitológico diferente
Gilgamesh é considerado o primeiro épico conhecido. Sua escrita remota antes dos livros de Homero e de Camões e é o único texto fora da bíblia a citar um dilúvio, mesmo que com algumas diferenças culturais, por isso e outros elementos a Epopéia de Gilgamesh é um livro que vale a pena ser lido quer seja por seu teor histórico cultural, quer seja por sua história e narrativa que traz um estrutura bem diferente da ocidental a qual estamos acostumados. Além disso é bem curtinho e de leitura fácil.
Super recomendo.
comentários(0)comente



Anita 19/03/2024

O livro mais antigo que se tem registro
A epopeia de Gilgamesh é um livro interessante, muito bom para os amantes de mitológia grega que querem expandir seus orizontes sobre a mesma.
comentários(0)comente



Caroline 31/01/2024

Atemporal e essencial ?
Completamente surpreendida por esta obra! A mais antiga de que se tem conhecimento e, ao mesmo tempo, absolutamente atual! ? Todos os temas que se apresentam - o autoritarismo, a arrogância, as relações humanas, o divino, a morte, a imortalidade -, apesar da complexidade, são abordados de uma forma bela e perspicaz em versos acessíveis, devido à cuidadosa tradução! Recomendo muito!
comentários(0)comente



Marlon164 23/01/2024

Digno de Nunca ser Esquecido
A história da epopeia é fascinante e suas discussões filosóficas estão muito a frente de seu tempo e personagens extremamente humanos. O primeiro dos grandes heróis da literatura, uma história que daria a origem a muitas histórias.

Sobre o livro em si particularmente particularmente me incomoda o fato de que a epopeia só começa depois da metade. É extremamente massante ler tanto sobre artigos científicos que só seriam interessantes caso eu já tivesse lido a obra. Esse problema seria facilmente resolvido se no início do livro houvesse um rápido e contexto sobre a obra e o período histórico e toda o texto que foi colocado como "introdução" fosse colocado no final do livro.

"esse também é o destino dos homens"

"ele que o abismo viu"
comentários(0)comente



Cibeli Sebajes 30/12/2023

O legado cultural de A epopeia de Gilgamesh ao longo dos milênios é inegável, é ler e perceber o quanto essa história foi e é recontada. Ler um clássico é sempre bom, pois nos permite notar como a história foi moldada.
comentários(0)comente



Regis 29/12/2023

A fonte de muitos mitos e inspiração de grandes poetas
Gilgámesh parece ter sido a obra literária mais popular escrita no antigo oriente e é considerada a obra literária mais antiga do mundo já descoberta. As narrativas heroicas são atribuídas ao quinto rei sumério (um possível rei histórico postumamente deificado) de Úruk, cidade-Estado localizada no sul da Mesopotâmia (hoje Iraque), e remontam ao século XXI AEC.
Bilgames/Gilgámesh na versão mais recente é composta por uma série de doze tabuinhas que foram traduzidas inicialmente por Henry Rawlisnson e George Smith na segunda metade do século XIX. O poema é o mais antigo texto do qual recuperaram traduções em várias línguas estrangeiras, com textos encontrados em vários locais do antigo oriente.
A versão clássica do poema "Epopeia de Gilgámesh", cujo título original é Ele que o abismo viu (?a naqba ?muru), foi escrita pelo sábio Sin-léqi-unnínni entre 1300 e 1200 AEC.

Ele que o Abismo Viu inicia com uma grande exaltação ao rei Gilgámesh (que tudo viu e que tudo sabe) e vai mostrando as várias experiências existenciais marcantes pelas quais o rei passa e que o levaram a compreender os limites da natureza humana; limites dos quais nem mesmo ele, que possui dois terços divinos e apenas um terço humano, por ser filho de uma deusa (Nínsun, que significa "Rainha da Vaca Selvagem), poderá escapar.
O poema exalta as realizações, narra os excessos, exemplifica os aprendizados e finalmente chega na compreensão do personagem: de que ele, assim como qualquer outro está sujeito a viver e morrer independente de suas origens e de seus feitos.

A relação de amizade, companheirismo e amor de Enkídu e Gilgámesh ajuda a tornar o herói o homem que ele virá a ser futuramente levando-o a crescer como ser humano através da amizade, amor, morte e, inevitavelmente, através da dor.

Esse poema (anterior a Homero e Hesíodo) é um épico que traz muitas reflexões, que é imbuído de um teor antropológico profundo e que mostra o ápice do desenvolvimento do ciclo heroico do personagem, Gilgámesh, além de apresentar vários dos mitos que foram introduzidos na literatura tradicional que conhecemos: como a criação do homem a partir da argila, o dilúvio e a construção de uma arca para salvar as criaturas, humanos e animais (Essas partes, depois de serem traduzidas no início da década de 1870, causaram controvérsia generalizada devido às semelhanças com a Bíblia hebraica).

"Do homem os dias são contados, tudo que ele faça é vento (...)" palavras sábias que ressaltam magnificamente uma grande verdade a qual estamos todos sujeitos indefinidamente.

Essa foi uma leitura fascinante, rica em características fantásticas, significados e mitos que guardam muitos paralelos com outras narrativas antigas.
Foi maravilhoso conhecer o poema épico mais antigo registrado e que, possivelmente, foi a fonte onde vários poetas que conhecemos se inspiraram e onde vários mitos e histórias, reproduzidas até os dias de hoje, tiveram início.

Recomendo para todos.
Vania.Cristina 29/12/2023minha estante
Que ótimo, Regis! Parabéns pelo desafio da leitura e pela ótima resenha!


AndrAa58 29/12/2023minha estante
???? adorei a sua resenha ?


Léo 29/12/2023minha estante
Adorei a resenha, está muito bem escrita. ??


Max 30/12/2023minha estante
???


HenryClerval 05/01/2024minha estante
Resenha perfeita, como sempre, Régis. Parabéns! ? ???


Regis 05/01/2024minha estante
Obrigada, Vânia! ??


Regis 05/01/2024minha estante
Fico feliz, Léo! ??


Regis 05/01/2024minha estante
Obrigada, Andréa!??


Regis 05/01/2024minha estante
Obrigada, Max!??


Regis 05/01/2024minha estante
Valeu mesmo, Leandro. ??




beatrzzz 18/12/2023

Essa aventura fabulosa é uma narração sobre o dilema humano mais simples e mundano: a morte. Tal história, sem autor atribuído e, possivelmente, a obra literária mais antiga já produzida, vem contando há centenas de anos essa grande questão da coletividade humana através dos feitos épicos de Gilgamesh. Além disso, admiro como o autor (ou autores) escolheu tecer essa aventura a partir da amizade entre Gilgamesh e Enkidu, pois o encontro dessas duas figuras é o momento chave da epopéia: das diferenças entre eles nasce a complementaridade, e, desta, nasce o equilíbrio, que conduz à compensação das faltas entre um e outro.

Essa história é sobre uma amizade que se constrói sobre diversas ações e desemboca na morte e na imortalidade. Enquanto existirem humanos, pensaremos sobre isso, e a antiguidade dessa obra nos diz que nossos medos e desejos mais profundos não são tão diferentes dos povos antigos. Os versos de Gilgamesh sobre seu legado nos revelam como a imortalidade pode ser alcançada nessa nossa ligeira travessia pela vida - e ao terminar o livro, percebemos que ele não poderia estar mais certo!
comentários(0)comente



Dani 18/12/2023

Espetacular
A história é incrível, os comentários muito bem feitos e bem pensados e sem mencionar o quanto essa tradução é brilhante!

Jacyntho teve todo o cuidado em deixar as claras e esmiuçar cada detalher e fato sobre a história e tudo que a envolvia, acho que deve ser lido principalmente por quem se interessar muito nos estudos para além da narração em si.

Acompanhar a história de Gilgámesh foi uma aventura e que valeu completamente a pena ?
comentários(0)comente



sadproses 12/12/2023

Os primeiros gays do mundo
Two bros chillin in a hot tub five feet apart because they are not gay

agora sério:
fiz um trabalho de faculdade sobre o relacionamento de enkidu e gilgamesh, por isso acabei relendo umas 3 vezes. acho que independentemente da interpretação em relação a homossexualidade ou não dos protagonistas, é pra além de uma obra clássica absurda que sobreviveu ao tempo e inspirou outras histórias, uma narrativa sobre companheirismo, amizade e a possibilidade de mudança
comentários(0)comente



Dani 01/12/2023

Maravilhoso
Excelente tradução do professor que torna mais simples entender o que se passa. Por ser um texto antigo tem muitos fragmentos mas só aumenta sua beleza e charme por ser tão antigo.

É uma edição boa para quem não quer se aprofundar no assunto e só conhecer de forma simples.

Extremamente recomendado para todos que gostam de mitologia e de algo diferente. Pode ser meio difícil no começo, mas a história vale a pena.
comentários(0)comente



130 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |