A guerra não tem rosto de mulher (eBook)

A guerra não tem rosto de mulher (eBook) Svetlana Aleksiévitch




Resenhas - A Guerra Não Tem Rosto De Mulher


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Julia3920 19/05/2024

A guerra não tem rosto de mulher
Eu ouvi muito sobre a guerra desde que eu era bem novinha, mas, esse relato falou tanto sobre a verdadeira guerra, não sobre a vitória ou heroísmo, mas sobre o lado da guerra que está as escuras, que ninguém fala. É tanto sofrimento, horror, traumas intratáveis, e não só sobre isso, mas na perspectiva das mulheres, as que mais sofreram. Eu amei esse livro, apesar dele ser muito forte, tem que ler de pouquinho em pouquinho, essa fachada da guerra que contruiram nas escolas, livros e filmes é desconstruída, e assim, nos mostram a verdade sobre esses desastre humano.
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Lessandra2 18/05/2024

Memória e testemunho das mulheres na guerra
"A guerra não tem rosto de mulher" é um título muito interessante, somente nesse primeiro contato com a obra já é possível idealizar a leitura e imaginar múltiplas abordagens possíveis para ela.
Esse livro faz parte de uma série de compilados da escritora sobre a história oral da União Soviética, ele inclui a voz feminina em uma narrativa que ela não faria parte, a guerra.
A obra segue um esquema de entrevistas com mulheres soviéticas que relatam uma visão alternativa da 2°GM, promovendo a integração das experiências pessoais e coletivas desse grupo. As entrevistadas atuam em diversas frentes da guerra, desde atiradoras até cozinheiras, revelando diversas perspectivas do cenário de conflito global. Isso promove a inserção de múltiplas visões e inclui o detalhamento das experiências brutais, dos dilemas morais, do sofrimento generalizado e do desafio de uma guerra mundial.
É um livro autêntico e único em que o leitor consegue sentir as palavras daquelas mulheres, pois a autora não influencia no decorrer da história e essa é a melhor forma de compreender o real impacto do conflito na vida dos cidadãos da época.
Indico muito a leitura.
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JAlia.Savioli 15/05/2024

BRABISSIMO!!!!!!
Uma face completamente nova das antigas histórias de guerra que estudamos na escola. Humano, dolorido e lindo.
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julya 12/05/2024

?quem conta a guerra são as mulheres.?
?todas ficarão felizes em falar com você. estão esperando. vou explicar: é terrível lembrar, mas é mais terrível não lembrar.?

mais uma pancada da svetlana. como é triste ter uma visão tão ocidentalista que mal nos passa na cabeça sobre a realidade de uma guerra na europa oriental e o papel das mulheres. mulheres que lutam, que cozinham, que lavam, que cuidam, que ficam. mulheres que sofreram caladas, sem a chance de gritar. que tristeza o ser mulher, mas que bonito o coração dentro de nós. que bonito o cuidado, o carinho. que bonito ter a chance de contar, que triste precisar dizer. svetlana traz uma guerra crua, doída, contada no cheiro de sangue, na cor das blusas lavadas, nas flores que nascem onde não deveriam, nos vestidos de bandagens, nos ?irmãzinhas? sussurrados, nos amores, nos choros. chorei bem mais que uma vez durante o livro. a empatia aperta o coração. mais uma leitura extraordinária.

?mas não precisa ter pena de nós. temos orgulho. que reescrevam a história dez vezes. com stálin ou sem stálin. mas isso vai ficar: nós vencemos!?
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Anna Lopes 28/04/2024

Bruto e verdadeiro
Relatos tensos demais, demorei mto pq realmente são relatos que te pegam.
é tanta coisa pra dizer q não consigo, quem sabe depois eu complemento essa resenha
vou só deixar um belo trecho:
"… Os combates mais terríveis. Mais terríveis de todos.
Meu bem… Não pode existir um coração para odiar e outro para amar. O ser
humano só tem um, e eu sempre pensava em como salvar meu coração.
Depois da guerra, passei muito tempo com medo do céu, até de levantar a
cabeça para o céu. Tinha medo de ver terra arada. E as gralhas já estavam
passando por ela tranquilamente. Os pássaros logo se esqueceram da guerra…”
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Marcela414 25/04/2024

Livro favoritado!!!
Não sou fã de história mas esse livro com certeza foi um dos melhores da vida. O fato de o livro ser composto por relatos faz ficar fluido e não cansativo. A leitura se torna um pouco pesada pelos fatos narrados, não pelo tipo de escrita.

Ele me fez ter uma visão completamente diferente da guerra, acho que pouquíssimas pessoas tem conhecimento desse lado. Vale muito a pena a leitura, não sei descrever o misto de sentimentos que tive.

Pela primeira vez na vida eu chorei por causa de um livro, é inacreditável que sejam relatos reais.
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Lougas_lelope 23/04/2024

A guerra não tem rosto de mulher
Foi uma leitura difícil, densa, parece que as histórias estão sendo contadas na sua frente. Diversas vezes tive que parar a leitura para absorver e refletir sobre a guerra. Mulheres foram tiradas de suas vidas para servir e lutar na guerra, muitas se voluntariaram, mas uma guerra sempre é uma guerra, não existe lado bom. É uma leitura demorada, não conseguia ler muitas páginas por dia, a cada relato vc sente o peso e dor nas palavras. Livros assim, além de mostrar que sim, mulheres lutaram e lutam em guerras, contestam o estereótipo machista da sociedade sobre mulher ser do ?gênero frágil?.
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Marcus.Santana 19/04/2024

Narrativa intensa e pungente protagonizada por mulheres.
Svetlana Aleksiévitch entrevistou e organizou histórias da segunda guerra na ótica das mulheres soviéticas que participaram direta ou indiretamente do front de batalha. São mulheres franco-atiradoras, aviadoras, sapadoras (desativadoras de minas), enfermeiras, telefonistas, membros da resistência, e inclusive depoimentos sobre as mães de mulheres que lutaram, trazendo à tona suas perspectivas únicas e suas lutas pessoais. Trazendo temas como coragem, sacrifício, perda e o impacto psicológico e emocional da guerra.

Os depoimentos concedidos são divididos por temas, como o amor, o feminino, as pessoas que lutaram sem armas, o cotidiano no front, o pós-guerra, e até a morte. Só que você não deve esperar um livro gracioso e sutil. Aqui você verá histórias intensas, bonitas, fortes, trágicas, tristes e detalhistas, retratando as memórias e as emoções das mulheres de forma intensa e honesta.

As enfermeiras não vestiam vestidos limpos e tinham seus cabelos penteados, elas usavam calças e botas masculinas, cortavam suas tranças e carregavam homens mortos com o dobro do peso. Algumas franco-atiradoras contabilizam mais de 300 homens assassinados.

Apesar do tema ser cruel e destruidor, por muitas vezes o que predomina nas histórias são momentos de amor aos pais, irmãos, maridos, filhas e filhos e muita compaixão ao próximo.
Svetlana ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 2015, não só por este livro, mas pela importância de todo seu portfólio de histórias publicadas. A descrição do horror da guerra e do que as mulheres fizeram, segue a linha dos outros livros da autora, a sequência de depoimentos selecionados para compor a história oral no estilo inconfundível da autora.

A obra é uma leitura importante para aqueles que querem compreender melhor a história da União Soviética, a garra em defender a sua pátria, e do papel das mulheres nessa história.
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Ceci 15/04/2024

Histórias necessárias!
Fundamental é ter livros como esse que representam vozes de mulheres tão frágeis e tão corajosas, vulneráveis e fortes, combatentes e sensíveis!

Força, potência e narrativas difíceis de serem digeridas, imaginadas e pensadas.

A marca da guerra nessas mulheres e famílias, em uma cultura e no mundo, nos faz refletir como o ser humano pode ser humanamente amável e brutal. Não tem como ler esta obra e não nos questionarmos.

Recomendo muito a leitura, porque os relatos contam a real história dos fragmentos lembrados por estas mulheres antes da guerra, na guerra e no pós.

Se é que existe um antes e depois...
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lidoporluana 07/04/2024

32ª leitura de 2024
“A guerra não tem rosto de mulher” traz relatos honestos, fortes e impactantes de mulheres que viveram a 2ª Guerra Mundial literalmente dentro dela. Me senti completamente tocada por cada relato e indignada por mim mesma nunca ter sequer procurado mais sobre o assunto.

Nunca pensei que mulheres estivessem na guerra. Que mataram, lutaram, lavaram, cozinharam ou fizeram qualquer outra coisa lá. A gente houve só sobre as mulheres tendo que cuidar dos filhos pequenos enquanto os homens iam à luta.

Ler cada palavra sobre esse período assustador a partir de uma perspectiva totalmente diferente foi agonizante. Não só por ser sobre o lado mais podre da nossa história, mas também porque além de ter que lidar com as mortes, também tiveram que lidar com a violência sexual e psicológica, discriminação e tantas outras coisas, vindas principalmente dos seus companheiros de esquadrão.

Além disso, a vida após a guerra também continuou sofrível. Elas estiveram lá, na linha de frente e quando voltaram para casa, tinham que lidar com os olhares julgadores. As pessoas as diminuíam como mulher, justamente por ser uma mulher voltando de uma guerra.

Neste livro a autora conseguiu reunir narrativas impressionantes e soube escrever sobre cada uma delas de uma maneira muito objetiva. Enfim, essa foi uma leitura engrandecedora e eu recomendo MUITO para todos.
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Anna 06/04/2024

Outro lado da guerra
Já tinha escutado sobre mulheres que lutaram na guerra, mas ler um livro que detalha sobre os acontecimentos foi mais esclarecedor. A história traz relatos tanto de francoatiradoras, mulheres da infantaria, pilotos, engenheiras, médicas para até o relato de mulheres que lavavam as roupas dos soldados.
O que mais surpreende é o tanto de relatos femininos que há no livro, e eles são apenas de mulheres da URSS, e como poucas ou nenhumas estão nos livros de história ou são apenas lembradas como um plano de fundo, sendo que sua participação foi crucial para a derrota da Alemanha.
É emocionante ver a força feminina e chocante perceber o quanto é subestimada.
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_restreliaev 26/03/2024

A guerra não tem rosto de mulher
é incrível e ao mesmo tempo amedrontador esse choque de realidade que temos quando nos é exposto a vida de uma mulher que viveu em tempos de guerra; que não ao menos viveu, mas que se tornou ativa nela. não é algo novo, esse conhecimento de que as mulheres participavam das guerras, mas somente eram expostos certos trabalhos, como cozinheiras, lavadeiras e prostitutas para "aliviar a tensão" nos militares. realmente, a guerra não tem rosto de mulher, porque a natureza de uma mulher é passar feminilidade, carinho, amor, compaixão, coisa que não era nada "necessária" durante a guerra, mas que confortava os corações dos ativos. é muito triste a maneira que as mulheres acabaram por serem silenciadas no pós-guerra, por terem perdido essa natureza feminina: no lugar de saltos, se tinha botas sete ou oito números maior que seus pés; no lugar de cachos volumosos, um simples cabelo rapado com um mínimo topete; e no lugar de sombrinhas de sol, estiveram carregando fuzis em seus braços. lugar de mulher não é na guerra, mas ESSAS mulheres fizeram história pelo mundo, e sem o seu auxílio, talvez o resultado das segunda guerra mundial fosse diferente.

como me causa angústia e arrependimento por minhas ações, pelos meus pensamentos egoístas, aonde eu moro num país liberto das guerras, moro numa casa limpa e tenho todos da minha família vivos, e MESMO assim eu consigo ser ingrata. elas ficaram felizes por verem uma pequena flor em uma janela, e dançaram sobre a presença dela; se vestiram com vestidos (ou melhor, os trapos deles) e dançavam em rodas, cantando, alegres por terem alguns minutos de sua feminilidade, de volta. mulheres que perderam seus pais, seus filhos e irmãos mas estavam genuinamente alegres por encontrar uma mísera batata que sobrou em um campo, alegres por conseguirem matar um pouco de sua fome.

a guerra é desumana, e a guerra não tem rosto de mulher.
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Remmormino 17/03/2024

Finalmente fui ler algo que me contasse o outro lado das mulheres durante a guerra.

O foco da escritora foi evidenciar a participação das mulheres na segunda guerra mundial como protagonistas e não coadjuvantes que esperam seus maridos e filhos voltarem do front.

É um compilado de depoimentos de mulheres que estiveram no front e que lutaram por sua pátria com as condições que tinham.

Fiquei muito impactada pela leitura e indico de olhos fechados. Já muito ansiosa para ler os outros títulos da escritora.
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Rafa569 16/03/2024

#07: A guerra não tem rosto de mulher - Svetlana Aleksiévitch

Um livro escrito por uma mulher, composto por inúmeros relatos de mulheres soviéticas que de alguma forma combateram na Grande Guerra Patriótica (como a Segunda Guerra Mundial era chamada na URSS). A ideia do livro de Svetlana foi rechaçada por homens que julgavam desnecessários os relatos femininos ou que tais relatos não enalteciam a Vitória e trouxesse à tona os meandros menos gloriosos, os detalhes que todos querem esconder sobre a guerra. Até mesmo os maridos não encorajavam ou procuravam calar suas esposas, por serem relatos "emocionados" demais.

São quase 400 páginas com relatos de mulheres soldados, franco-atiradoras, tenentes, enfermeiras, médicas, lavadeiras, cozinheiras, sapadoras, partisans, membras da resistência soviética à invasão alemã, entre outras. Eu não sou um estudioso da Segunda Guerra, muito menos dos relatos soviéticos, apesar de saber que os EUA dominam a narrativa de serem os grandes vitoriosos que derrotaram o nazifascismo, deixando de lado a grande contribuição da URSS, por serem comunistas, como ficaria explícito na posterior Guerra Fria.

Fica expresso em cada relato a dor da perda, o desespero das torturas e as contradições, como por exemplo um soldado soviético ser condenado à morte após ter conseguido escapar vivo da prisão alemã, pois havia um entendimento de que "não há prisioneiros, há traidores", e quem fosse feito prisioneiro deveria se matar, além do julgamento moral das mulheres que foram para o front, lutar pela pátria, e a controversa figura de Stálin.

"Na guerra cada um sonhava com uma coisa: um com voltar para casa, outro com chegar a Berlim, e eu só pensava em viver até o dia do meu aniversário, em completar dezoito anos." p. 248

"Passaram seis meses... E, por causa da sobrecarga, deixamos de ser mulheres... Se transformou, a nossa... Perdemos nosso ciclo biológico... Dá pra entender? Foi terrível. Era terrível pensar que você nunca mais vai ser mulher..." p.251
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