Erica.Regiani 13/08/2022
No outono de 1939, a Polônia era invadida pelos alemães. Os ?abi?skis, donos do zoológico de Varsóvia perdem vários de seus animais, tanto para os bombardeiros, quanto para os "saques" feitos por Lutz Heck, nazista e dono do zoo de Berlim, interessado em cruzar espécies de cavalos descendentes do extinto "tarpam" para assim recriá-los.
Jan era integrante da Resistência Polonesa e sua mulher o ajudava como podia.
Irena Sendler (a que ajudava as crianças a saírem do Gueto) era uma de suas colaboradoras até ser descoberta e presa na prisão de Paiwak.
Antonina era extremamente sensível e conseguia "amansar" os animais mais raivosos levando-os a confiar nela e a se acalmar. E isso a salvou em várias situações, inclusive quando correu risco de morte exposta aos alemães raivosos e descontrolados.
Em meio a todo esse horror nascem os dois filhos do casal, Rýs e Teresa.
Rýs, o menino, aprende logo a contribuir na rotina do zoo, do casarão, inclusive ajuda a levar comida às pessoas escondidas nas jaulas, ele só tinha 4 anos.
Que rotina!
Jan e Antonina ?abi?ski são o tipo de pessoas que deixaram sua marca no mundo, passaram por tanto sofrimento vendo desmoronar o zoo que tanto amavam e mesmo assim se reestruturaram para auxiliar mais de 300 pessoas (judeus e poloneses da Resistência) abrigando-os em seu casarão e nas jaulas que adaptaram.
Esse livro, como tantos outros que li sobre o tema me emocionou profundamente, a sua escrita fluida, a citação de fatos históricos inéditos para mim, assim como quando fala do historiador Ringelblum que entende a importância de se criar um arquivo, pois o que acontecia no momento não tinha precedentes na História Humana. Sendo assim vários arquivistas de codinome Oneg Shabat (pq se reuniam aos sábados) se empenham em guardar o maior número de documentos sobre a barbárie. Antonina e Jan contribuiram.
E assim aprendo mais sobre o nazismo e entendo menos como tanta gente ainda defende.