Angel Sakura 13/09/2016Resenha do Blog Eu Insisto.com.brSe quiser ouvir a versão em áudio o play está no blog!
MAIS UM LIVRO PRA SÉRIE A MEDIADORA DA MEG CABOT, amo essa série, amo essa série e amo essa série.
Quando soube que ia sair este livro eu logo fiquei feliz, porque esta é uma das minhas sagas favoritas da vida, que acompanhei com dedicação. Meu nível de amor é enorme e eu confesso que tenho muito de Suzannah em mim, sério, somos parecidas. O ponto que eu e a Suzannah nos separamos quando ela escolheu o Jesse e eu tinha uma quedinha pelo Paul, mas eu de verdade fiquei feliz pela Suze e como as coisas foram, exceto pelo Paul, eu queria mais pra ele hahaha. Então, quando eu vi na sinopse que ele retorna, e ainda por cima mais mal caráter do que antes eu quase dei pulinhos de empolgação. Se preparem, pois aqui eu vou poder contar pra todos vocês como foi ler esse livro agora, anos depois do final da série.
“-Olha Paul – fale – Você tem razão. Eu me importo, sim. Mas com pessoas, não com casas. Então por que você não pega suas desculpas e seu novo projeto de construção chique e seu avião particular e enfia tudo no oríficio retal, que, caso você não saiba, é também conhecido como cu. Adios, muchacho.
Já ia desligar quando a gargalhada de Paul me fez parar.
-Oríficio retal- repetiu ele- Sério, Simon?”
Eu não reli A Mediadora por um tempo, sabem por quê? MEDO. Medo de não gostar mais o tanto quanto eu gosto e apagar essa sensação de “omg mediadora, berrooo, griiito” do meu coração. Tenho uma das mais gostosas lembranças de livros ao pirar enquanto lia essa saga, sei que não era perfeita e tinham altos furos mas eu amava de uma forma sem tamanho e surtava com a Suze sendo, bem a Suze e chutando a bunda dos fantasmas porque era assim que ela lidava com as coisas. Teve uma frase dela que significou muito pra mim que é essa aqui, porque de fato as pessoas se desgastam sendo escrotas quando podiam muito bem ser legais. Enfim, eu tenho muitas boas lembranças e o novo livro poderia ser muito maravilhoso ou o pior pesadelo. Ele ficou no meio termo, é aquela coisa de como livro deixou um pouco a desejar, mas em alguns pontos mandou bem, não acrescentou nada de útil e ainda fez algumas coisas ruins, mas – e foco aqui que é importante – teve a Suze, então só por isso já valeu a pena. Ela continua igualzinha ao que eu lembrava, ahhhh como ela é sem noção. Bom saber que os anos vividos não tiraram isso dela, maluquinha essa moça.
A história se passa alguns anos depois onde a Suze, e todo o povo, estão agora na vida adulta. Suze está morando com sua amiga Gina e aguardando seu casamento com Jesse. Ela trabalha na Academia de Missão como conselheira estudantil e ainda é uma lenda no colégio por seus feitos que envolvem desde rebeldia até destruição da estátua do pátio, boas lembranças. O ponto é que a Suze vai bater de frente com seus assuntinhos inacabados do passado *cof Paul cof*. Ele vem chegando com tudo agora que está mais rico do que era e decide que quer a Suze, ele quer provar pra ela que é melhor do que o seu fantasma de 1800. Como ele quer provar isso? Com apenas uma noite de, nos seus planos, sexo selvagem maluco. A lógica do Paul é maravilhosa, ele realmente vive num mundo paralelo hahaha!
“[…]-Jesse e eu estaríamos dividindo aquela cama feito um casal normal do século XXI. Será que o senhor poderia avisar a ele casualmente que nossas almas não vão realmente ser mandadas para a danação eterna se a gente fizer amor antes de nos casarmos, padre D?
(…)
-Suzannah você está absolutamente certa.
-Peraí… estou? -Mal pude acreditar na minha própria sorte.- O senhor vai falar para Jesse que tudo bem se a gente fizer sexo?
-Não, é claro que não. – Ele fez uma cara de espanto- Não seja ridícula. […]”
O ponto é que Suze está noiva e vai se casar com o Senhor Da Silva, que por sinal terminou a faculdade de medicina e está fazendo a residência. Mas todos se lembram que o Jesse é de 1800 e lá vai bolinhas e acredita na virgindade até o casamento? E que ele também acredita não poder se casar se não puder bancar uma família? Valores que ficaram pra trás faz muito tempo… Mas que a Suze está tendo que seguir. O problema maior aqui é o sem sexo pra Suze! E é nesse ponto que Paul quer atrapalhar a relação deles. Ele sabe disso e quer usar o fogo, que todos sabemos que a Suze tem de sobra, pra separar o casal. Pra isso ele tem um argumento muito bom, eu disse argumento mas a verdade é que é na maior cara de pau denominada de chantagem. De acordo com o que os escritos antigos dizem o fantasma que recuperou a vida está ligado ao lugar que assombra e se o local for destruído seria libertado um mal sem tamanho. Adivinha quem comprou a antiga casa da Suze, local onde Jesse assombrou? Tcharam, Paul! Então, se Suze passar uma noite com ele, ele dará a casa pra ela que poderá salvar seu noivo de virar o mal encarnado que vai matar as pessoas que ama. Caso ela não queira ele vai demolir a porra toda e libertar o mal no mundo. Eu adoro que o Paul é alguém sincero com suas necessidades, hahaha. Nesse meio tempo Suze tem que mediar uma menininha fantasma que é forte como o diabo e que tem uma das histórias mais tensas que já vi a Suze lidando, sério, é bem pesado o tema. Tudo isso junto da gangue toda que conhecemos nos livros anteriores e a família de Suze, com alguns acréscimos que o tempo trouxe como as trigêmeas mais engraçadas da face da Terra. É pedir muito um livro das três? Elas são tão engraçadas e com uma vibe tão boa que eu ia amar ler mais delas.
“Só estou pedindo que você pense em nossa querida filha, meu amor, a adorável e pequena Penélope.
Jesse balançou a cabeça.
-Nenhuma filha imaginária minha vai se chamar Penélope.”
A parte boa do livro foi principalmente a sensação de nostalgia que dá, de relembrar os livros anteriores e dar aquele sorriso pelos bons momentos. É também perceber que a Suze cresceu, mas a sua essência continua a mesma. O que quero dizer é que a Suze continua a mesma desbocada, precipitada e louca que nós amamos. Um ponto que me surpreendeu neste livro foi ter tornado o Jesse mais humano, ele não é mais um ser perfeitinho. Eu não me dava bem com o Jesse porque detesto pessoas assim, sabe aquelas pessoas que são boas demais pro mundo e te fazem se sentir pior ser do universo? Eu entendo o charme, mas não curtia o efeito do pacote “sou bom demais pra ser real”. Era por isso que eu curtia mais o Paul, ele era tão cheio de defeitos que nem se dava o trabalho de tentar esconder. Mas neste livro o Sr da Silva nos mostrou que ele tem sim uma escuridão dentro dele, que no caso pode matar as pessoas que ele ama. Adorei? Sim. Todos nós temos demônios que queremos esconder, medos que temos que superar e problemas que precisam ser resolvidos, inclusive o Jesse. Paul continua com 16 anos, sendo inconsequente, retardado e muito manipulador, igualzinho como eu lembro. Ele dá um ar de diversão pro livro, ele representa o pior do ser humano e isso é tão Paul que não posso deixar de sorrir quando seus planos dão errado e ele não entende porque. Mas na verdade eu sinto nele uma complexidade desperdiçada, ele é apenas aquele garotinho que nunca teve alguém que o amasse de verdade. Ele queria estar no lugar do Jesse, ele queria um amor sincero e incondicional como a Suze oferece para o Jesse. Ele que tem tanto em comum com a Suze, ele que tem tanto a oferecer com sua fortuna, ele que tem uma aparência invejável, ele que tem o mundo aos seus pés não pode ter aquilo que mais quer: Suze. E isso é algo que o tempo não pode curar, ele sempre vai desejar a moça desbocada que é capaz de xingá-lo e dizer a verdade pra ele. De uma forma triste é um amor de dar pena, mas não tanta porque ele é bem cafajeste. Este livro está novamente bem inclusivo, com minorias acrescentadas de forma natural bem como é na vida real e tem um ritmo bom de se ler.
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