Descobri que Estava Morto

Descobri que Estava Morto João Paulo Cuenca




Resenhas - Descobri que estava morto


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Paulo Sousa 29/05/2018

Livro lido 7°/Mai//29°/2018
Título: Descobri que estava morto
Autor: João Paulo Cuenca (BRA)
Editora: Planeta, selo Tusquets
Ano de lançamento: 2015
Ano desta edição: 2016
Páginas: 240
Classificação: ??????
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"(...) o fato de que o destino tivesse realizado a minha tão sonhada fuga, o meu sonho de desaparição, sem que eu saísse do lugar. Aquela morte era só para mim" (Posição no Kindle 1002/61%).
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O livro relata, como ponto de partida, a notificação ao autor de que um corpo havia sido identificado pela polícia com sua certidão de nascimento. O que o torna, para efeitos legais, morto. Desencadei-se a investigação do fato, em páginas ambietados num Rio de Janeiro nos anos que antecedem as Olimpíadas de 2016 (a descoberta do corpo se dá em 2011) e cujos matizes vão sendo explorados e delineados pela visão nostálgica do autor, que não exita em se misturar e se reescrever na trama.
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Eu não saberia classificar o livro de Cueca de romance policial, embora a pegada policialesca esteja presente e que dá um tom de suspense que muito me agradou. Contudo, fica ainda mais latente a busca por decifrar os próprios dilemas do autor/personagem, no seu olhar crítico, politizado e arguto por um Rio que aos poucos vai mudando para acolher o evento olímpico.
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O estilo do autor não decepciona, embora um revés abrupto, já no final do livro, deixa de lado a ideia central da trama e acaba por dar um fim de certa forma confuso e inconcluso.
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Biblioteca Álvaro Guerra 30/04/2018

Descobri que Estava Morto é um romance sobre a morte, «real», do autor. Ou melhor, sobre a famosa questão da morte do autor no sentido real e no literário.A ação passa-se num atualíssimo Rio de Janeiro pré-olimpíadas 2016; onde a «expulsão» e a «pacificação» dos favelados e outros excluídos da sociedade carioca «deixa permanecer» uma corrupta e endinheirada classe média e alta que tanto sai beneficiada como se «perde» na turbulência da cidade.

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site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788542207576
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Uilians 30/01/2018

Um livro bem interessante que aborda questões que se tornaram proféticas sobre o Rio de Janeiro, um busca de resposta para uma questão que está no titulo da obra em uma escrita envolvente, fala sobre o processo de escrever, o que é ser autor hoje me dia, a futilidade da classe média. Um livro bem legal, agora ganhar um prêmio tão importante como o da Biblioteca Nacional é uma outra questão. Eu indico. É preciso ter uma certa maturidade literária para ler essa obra.
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Joice (Jojo) 28/06/2017

Exercício do ego
Eu não era familiarizada com a escrita de João Paulo Cuenca, sendo este meu primeiro contato com o autor brasileiro. Famoso por suas crônicas (que nunca li), ele chegou até mim bem recomendado, e achei a proposta do livro bem interessante. Contudo, toda a leitura foi uma grande decepção.

No sentido de domínio da linguagem escrita como técnica, não há dúvida de que Cuenca é um bom escritor. E, talvez, as crônicas sejam mesmo um estilo mais adequado ao estilo dele, que gosta de deixar o pensamento seguir seu próprio curso e, quando percebemos, um assunto já virou outro, que virou outro, que virou outro... Contudo, para um livro com (supostamente) começo, meio e fim, a escrita do autor é desesperadora.

Em "Descobri que estava morto", o enredo principal não ocupa mais do que poucas dezenas de páginas. O restante são regressões do autor sobre literatura, política, ego, relacionamentos, mercado imobiliário, Copa do Mundo, raízes, drogas, etc., etc., etc. Algumas dessas reflexões são até interessantes, mas na maioria tive a clara sensação de que o autor estava lustrando o próprio ego.

A frase mais verdadeira deste livro foi proferida pelo personagem de Roberto Protz: "no fim das contas, o movimento de encarecimento da cidade e as violações dos direitos humanos me incomodavam apenas o suficiente para eu me aproveitar disso num livro antes de me mudar de cidade e de país".

Não recomendo.
buca 05/11/2017minha estante
me senti da mesma forma! a trama principal do livro fica abandonada e no final achei que nem fez sentido. além disso, me incomodou a forma como o autor retrata as mulheres no livro. foi uma leitura bem decepcionante :(




ThelioFarias 23/04/2017

A narração da morte por quem não morreu
João Paulo Cuenca receba a notícia que teria morrido, com documento original e lauda cadavérico. Se surpreende e passa a investigar sua morte. Aí começa a trama, que torna o livro diferente é surpreendente...
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@varaomichel 11/10/2016

"Descobri que estava morto" é um livro de leitura rápida, a respeito da crise de uma personagem que descobre, ao precisar da delegacia por um incidente com seus vizinhos, que tinha sido declarada morta havia 3 anos. Isso se passa no Rio pré-olímpico. Com digressões sobre a especulação imobiliária, a incongruência da cidade em estar destruindo os marcos importantes de seu passado e forjando novos marcos sobre expectativas flutuantes se relaciona com a trajetória da personagem. Ambos com corpos declarados mortos - o dele por uma declaração do IML, e os da cidade pelas marcas de despejo estampadas em fachadas de casas na região a ser "revitalizada" - e com corpos que seguem vivos mas que estão agora marcados pela morte. O estilo do autor sustenta boa parte do livro mais do que a trama em si. Acredito que, de fato, a trama não seja a coisa mais importante de um livro, mas senti que é muito errante o encerramento da história. O estilo muda de maneira muito abrupta e a sensação é de que o Cuenca só quer terminar o livro de uma vez. O livro contém reflexões interessantes e tem a intenção de ser moderno abordando temas geopolíticos e de organização social recentes. Eu comprei o livro pelo ótimo texto do autor publicado na Granta (que está presente nessa história) e pela indicação de Enrique Vila-Matas na contra capa, tinha expectativas altas e no fim...
Ana 10/02/2017minha estante
e no fim ... rs exatamente!


Carla 20/03/2023minha estante
Adorei a sua resenha. Gostei da analogia que apontaste sobre a morte da cidade e a morte do escritor, ambos morrendo em vida. A prosa do autor é bem interessante, mas acho que faltou mesmo uma linha narrativa para conduzir a um final mais alicerçado na história que prometeu contar.


@varaomichel 04/04/2023minha estante
Obrigado pela gentileza! Nunca mais li nenhum livro dele, mas tenho aqui o "O único final feliz possível para uma história de amor é um acidente". Parece uma ficção científica. Me deixou curioso, em breve eu devo ler. Boas leituras!


Carla 05/04/2023minha estante
O título do livro parece bem instigante! Aguardarei as tuas percepções.




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