A Outra Casa

A Outra Casa Sophie Hannah




Resenhas - A Outra Casa


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Cheiro de Livro 19/10/2016

A Outra Casa
Livros policias estão entre os meus preferidos, quando “A Outra Casa” caiu na minha mão fui logo devorando. É um típico policial inglês, lento com a história sendo construída aos poucos, se revelando lentamente e deleitando o leitor página a página.

O plot inicial de “A Outra Casa” parece banal: mulher vê em tour virtual de uma casa a venda um corpo, quando chama seu marido para ver não há corpo algum. A mulher em questão é Connie e, logo no inicio do livro, já descobrimos que ela não é das pessoas mais equilibradas e como sabemos do corpo por um capitulo escrito sob a ótima dela somos levados a desconfiar do que sabemos.

O livro todo é construído lentamente, com muito contexto e pouco ação. O ritmo lento serve bem a narrativa, constrói uma colcha de retalhos dos personagens que vai montando uma imagem maior, com cada peça se encaixando aos poucos e fazendo cada vez mais sentido. Não vou revelar aqui as minúcias da trama, só posso dizer que ele é mais bem contada do que elaborada, tenho alguns problemas com as ações e motivações, mas nada que comprometa o todo.

Como sempre faço, não sabia nada do livro e comecei a achar certas partes, as que são focadas nos policias um pouco estranhas, como se eu estivesse sendo apresentada a eles no meio de uma história maior. São as pequenas referencias a casos e ações passadas, pequenos momentos na narrativa que me diziam que eu já deveria conhece-los. Não atrapalhava em nada o caminhar da história, é verdade, mas aquela sensação de que eu deveria saber mais sobre eles do que estava nas páginas foi crescendo e se confirmou. “A Outra Casa” é o sexto livro da série protagonizada por esses policias, aqui no Brasil apenas esse e o segundo da série foram publicados, uma pena. Deu uma super vontade de ler os outros livros da serie.

Tudo me lembrou um pouco da série de livros Rizzoli and Isle que adoro e toda a hora resenho aqui (Mephisto Club, The Sinner e Vanish), é essa dinâmica de policias que se conhecem e vão desvendando os casos aos poucos. Em termos narrativos Hannah é muito superior, tem uma elaboração de personagem que é primorosa, que vai envolvendo e intrigando o leitor. É um livro que dá vontade de ler mais da série, bem mais do que o que foi traduzido no Brasil.

site: http://cheirodelivro.com/a-outra-casa/
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Nina.Bona 31/01/2024

Sem sentido
Conpletamente sem sentido a história do começo ao fim. Um desvio danado por causa de um suposto assassinato e reviravoltas muito malucas.
Não é o primeiro livro dela que não gosto.
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Estante.empoeirada 04/02/2024

Enfim acabou
Pensei em desistir da leitura inúmeras vezes, mas prossegui pra ver como seria o final.

O plot não é lá aquelas coisas, você logo o adivinha;
Muitos personagens, alguns só ela encher história, isso me deixou muito cansada.

O suspense não é todo ruim, mas dá nos nervos.

Você meu? O que achou?
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sandra 18/09/2016

A estoria começa devagar e não dá pra entender tudo, tem que ter paciência.
Vai aos poucos de desenvolvendo e me deu uma aflição pensando que Coni estava enlouquecendo. A autora descreve personagens que não tem sentido pra estoria no total. Um final surpreendente.
Reijavick 12/07/2020minha estante
A trama é bem elaborada, mas achei muito complexo, difícil entendimento.


sandra 14/07/2020minha estante
Uma trama psicológica, em alguns momentos nos perdemos na mente confusa da personagem.




jonatas.brito 23/10/2016

Surpreendente!
Considerada pelos críticos como uma das principais autoras de romances policiais do Reino Unido, a escritora britânica Sophie Hannah (1971 - ) tem alcançado fama em todo o globo, ao ter suas obras publicadas em mais de 32 línguas e, principalmente, por ter sido escolhida pelos herdeiros da eterna Agatha Christie para dar continuidade às aventuras de um dos detetives mais famosos da literatura policial, o belga Hercule Poirot. Sendo assim, em 2014, Sophie lançou “Os Crimes do Monograma”, que obteve sucesso de público e crítica até entre os fãs mais exigentes de Agatha.

O primeiro livro de Sophie Hannah aqui no Brasil foi “A Vítima Perfeita”, lançado pela editora Rocco em 2015, mesmo ano que a autora visitou o país como convidada da FLIP (Feira Literária de Paraty) . Em 2016, fomos agraciados com o lançamento de seu segundo livro intitulado “A Outra Casa”, embora, no exterior, este já seja o sexto lançado pela autora, que faz parte de sua série policial Spilling.

Nesse suspense de alta tensão psicológica, somos apresentados ao casal Connie e Kit Bowskill. Tudo tem início quando Connie, navegando em um site imobiliário tarde da noite, faz um passeio virtual dentro de uma casa que está à venda: a Bentley Grove, 11, em Cambridge. Ao visitar a sala de estar, Connie se deparara com uma imagem inesperada: o corpo de uma mulher sobre um carpete banhado de sangue. Assustada, ela imediatamente acorda o marido, mas ele não vê nenhum corpo nas imagens da casa.

Totalmente convicta do que viu, Connie decide pedir ajuda à polícia. É nesse momento que entram em cena alguns dos personagens já conhecidos do livro anterior: Sam Kombothekra, Chris Gibbs e o casal de detetives Simon Waterhouse e Charlie Zailer, que interrompem a lua de mel para ajudar a solucionar o crime, embora, em boa parte da história não sabemos se, de fato, houve um crime. A vida de Connie desmorona. Ela passa a viver um pesadelo e descobrir o que realmente aconteceu àquela mulher se torna a razão de sua vida. A sua sanidade mental é questionada em todo momento por todos à sua volta, por ela mesma e por nós, leitores. Não temos em quem acreditar. Ninguém é confiável e, quanto mais avançamos na leitura, mais tensos ficamos.

Em meio a todo o suspense, a autora expõe toda a fragilidade do homem e de suas relações. Ela nos apresenta personagens que ainda não sabem lidar com seus planos, ambições e frustrações. Seus personagens são verdadeiramente humanos; e isso favorece nossa empatia para com eles.

As ações dos personagens são imprevisíveis. A autora articula brilhantemente o enredo sem deixar brechas e nossas percepções são postas em jogo a todo o momento. Acredite! Sophie Hannah construiu uma trama muito bem elaborada e que vai – com o perdão do jargão – prender sua atenção do início ao fim da leitura.

Alguns relatos sobre “A Vítima Perfeita” contidas em “A Outra Casa” podem confundir o leitor que ainda não leu o primeiro livro, mas não impactam na sua compreensão. A narrativa divide-se ora em 1ª, ora em 3ª pessoa. Ao concluirmos a leitura, com um final surpreendente e esclarecedor, constatamos que temos em mãos um exemplar de um legítimo romance policial, provando que em nosso tempo ainda existem escritores do mesmo patamar de Agatha Christie e Conan Doyle.

site: http://garimpoliterario.wordpress.com/2016/10/23/resenha-a-outra-casa-sophie-hannah/
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Renata.Firpo 05/10/2016

Muito bom!
Leitura fácil, objetiva, sendo possível observar a angústia da narradora sobre sua própria sanidade. Gostei muito. Primeiro livro que li dessa autora, e quero ler mais.
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Ana Luiza 08/11/2016

Intrigante, mas não tudo o que eu esperava
A HISTÓRIA
Tarde da noite, enquanto o marido, Kit, dorme, Connie Bowskill resolve fazer, em um site imobiliário, um tour online pela casa 11, da rua Bentley Grove, em Cambridge. Contudo, quando as imagens mostram a sala de estar da casa, Connie vê algo inesperado e bizarro: o corpo de uma mulher sobre uma poça de sangue. A visão assustadora dura poucos segundos e, quando Connie grita pelo marido e ele vem olhar o tour online, a mulher nem o sangue estão mais lá.

Nem Kit nem a família de Connie acredita que alguém colocaria a foto de uma mulher morta na internet, mas, cansada da incerteza, a mulher resolve pedir ajuda. Sua terapeuta tinha lhe passado o número do detetive Simon Waterhouse, mas, como ele está em lua de mel com sua mulher Charlie, também detetive, quem assume o caso de Connie é o colega e amigo de Simon, Sam Kombothekra. Sam, que passara anos se intrigando com os casos malucos de Simon, resolve aceitar o desafio, mesmo que tudo indique que não houve nenhum crime.

Contudo, quando não consegue entrar em contato com a dona da casa 11 da rua Bentley Grove, Sam fica bastante intrigado e começa suspeitar que há mais nessa história do que ele imagina. O que ele não sabe é que Connie não estava pesquisando a casa por acaso, faz meses que ela está obcecada com o número 11 da Bentley Grove e sua dona. Desde que encontrou o endereço da casa no GPS do carro do marido, que afirma não saber como ele foi parar lá, Connie é corroída pela certeza de que Kit está escondendo algo dela: provavelmente toda uma outra vida e uma outra mulher.

Enquanto Sam tenta encontrar motivos para continuar a investigação, Connie continua sua própria perseguição pela verdade, enquanto tenta manter sua sanidade e seu casamento inteiros, apesar que ambos já estão caindo aos pedaços. Muito longe dali, Simon e Charlie percebem que, talvez, uma lua de mel em um paraíso tropical isolado não seja o ideal para dois detetives sempre sedentos por mistérios. O tédio deixa Charlie intrigada e louca por saber porque Simon parece tão distante.

A SÉRIE
A Outra Casa é o sexto livro da série policial Spilling. Contudo, apesar de trazer sempre os detetives Simon, Charlie, Sam e colegas deles, cada volume da saga é independente e pode ser lido tranquilamente de forma única (eu mesmo nem sabia que A Outra Casa fazia parte de uma série e mesmo assim entendi a obra perfeitamente). Além desse sexto livro, apenas o segundo também foi lançado aqui no Brasil, com o nome de A Vítima Perfeita.

“ - (…) Nada nunca é o que parece, nada é previsível – disse [Simon], e suspirou, antes de completar. - Talvez a solução mais simples aconteça sempre que não estou por perto, mas nunca funcionou comigo.” Pág. 177

A LEITURA
Eu adoro suspenses policiais, por isso fiquei bem curiosa para ler A Outra Casa quando soube do lançamento do livro. E a leitura começou muito bem, achei interessante a troca de perspectivas entre os capítulos que acompanham Connie (que estão em primeira pessoa) e os que acompanham os detetives Sam, Simon e Charlie (em terceira pessoa). A escrita da autora é boa, além de fluir com facilidade, ela consegue passar bem a personalidade e os sentimentos dos personagens.

Contudo, apesar do início instigante, A Outra Casa se tornou uma leitura lenta após as 150 primeiras páginas. A falta de pistas no início da história torna o suspense do livro fraco e desanima o leitor. Em grande parte da obra acabamos pensando que Connie é completamente maluca ou que está inventando coisas, afinal, demora até que outras pistas sobre o suposto assassinato surjam e voltem a nos prender na história.

O desfecho da obra é bastante emocionante, mas acabei não gostando da resolução do grande mistério do livro, ele soou forçado, assim como o grande vilão da história (sobre o qual não há pistas ao longo da leitura, o que não faz com que acreditemos que o personagem é mesmo aquele gênio do mal manipulador). A autora bolou uma trama inteligente e surpreendente, mas que soa fantasiosa demais – algo pouco positivo em uma trama policial. Contudo, a única coisa que chegou a me irritar nas 460 páginas de A Outra Casa é que acabamos lendo muito sobre a vida comum de todos os personagens, algo que não cabia nesse livro e deixou o que era para ser uma história tensa e intrigante em uma história entediante e pouco marcante.

CONCLUSÕES FINAIS
Infelizmente, A Outra Casa não foi tão bom quanto eu esperava. Apesar de uma trama inteligente e surpreendente, a obra se desenvolve de forma lenta e não traz tensão suficiente para ser um bom policial. Nem o desfecho do crime nem o vilão da história me convenceram, e também não fui cativada pelos personagens. Entretanto, gostei da narrativa da autora e fiquei curiosa por mais obras da série, especialmente para saber mais sobre a história dos detetives Simon e Charlie.

site: http://www.mademoisellelovesbooks.com/2016/11/resenha-outra-casa-sophie-hannah.html
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Ana 19/11/2016

Como eu falei aqui na resenha de "O caso dos dez negrinhos", tenho contato com os livros de Agatha Christie desde pequena, mesmo só tendo concluído a leitura de um de seus livros neste ano. Ou seja: a menção da Dama do Crime na sinopse me fez ter certeza que eu gostaria de ler este livro.

Nas primeiras páginas a autora nos apresenta Connie como uma mulher claramente desequilibrada. O tipo de pessoa que sai escondida da cama para dar uma olhada no site da imobiliária e ver fotos do interior da casa pela qual ela está obcecada. Sua obsessão é amplificada quando, durante um tour virtual pela casa, Connie se depara com uma mulher morta no chão em meio a uma pilha de sangue. Seu marido acorda com seus gritos e, ao verificar que não há nada de estranho com as imagens do site, se mostra exausto pela fixação da mulher pela casa de Bentley Grove, 11.

Connie entra em contato com a polícia, e Sophie Hannah constrói a cada página a imagem da mulher histérica e do marido paciente.
Além da pesquisa no site imobiliário, descobrimos que Connie dirige até lá toda semana e passa o dia vigiando a casa, até mesmo seguindo a mulher que ali reside. E leva algum tempo para que a narrativa nos revele o motivo do interesse — nada saudável — de Connie pela casa de Bentley Grove: esse era o endereço cadastrado como "casa" no GPS de seu marido.

Desconfiada de uma traição, Connie parece cada vez mais louca e seu testemunho do crime parece cada vez mais fruto de uma mente desequilibrada.

Até que a polícia recebe o contato de outra mulher que testemunhou o mesmo que ela. E é aí que o mistério começa a se desenrolar (e isso acontece exatamente no meio do livro).

Ou seja: passamos a primeira metade do livro assistindo aos conflitos de relacionamento de Connie e seu marido, conhecendo também a família levemente disfuncional de Connie; além das características de relacionamento do Simon Waterhouse, que interrompeu sua lua-de-mel para poder retornar ao trabalho e auxiliar no mistério em questão. Isso torna a leitura um tanto quanto parada. Você lê várias páginas e nada se resolve, nenhuma hipótese nova surge. E é só na metade do livro que as coisas começam de fato a acontecer.

Dito isso, o livro é um ótimo livro de mistério! Um crime diferente dos que costumamos ver em livros / filmes / séries do tema. Além de explorar muito bem também a condição mental da personagem principal, o que faz com que questionemos toda e qualquer colocação ou pensamento de Connie.

"A outra casa" faz parte de uma série de livros sobre os mistérios em que os detetives Waterhouse e Zailer trabalham juntos. A coleção conta já com 10 livros publicados na Inglaterra, sendo este o sexto. No brasil, é o segundo livro da autora traduzido pela Rocco, após a publicação — em 2015 — de "A vítima perfeita".

site: www.quasemineira.com.br
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Michelle França 24/06/2017

Eita difícil gostar
Sério que estão comparando essa autora com a genialidade de Agatha christy? Gente por favor né Agatha Christy é a melhor escritora de suspense policial que já existiu, não tem como comparar com isto !
História fraca, confusa, enrolada, difícil de engrenar, argumentos fracos, personagens fracos. Resumindo a autora tentou fazer uma história policial muito cheia de diagolos que não levam a nada pois o final, o clímax perde todo o valor tamanho o enrolo da história. Ficou muito longo, eu fiquei muito confusa com certos termos usados que só quem é Britanico entende .Se o livro tivesse 150 Páginas e sem tantos personagens descartáveis teria ficado bom .
Não vou perder tempo lendo coisas dessa autora mais ....sério!
Marianna 13/07/2017minha estante
Lisa Jackson e Harlan Coben conseguem competir com a Agatha C. Apesar de suas histórias serem diferentes, porém a ideia é muito parecido.




Caroline.Weber 23/02/2019

Nesse suspense de alta tensão psicológica, somos apresentados ao casal Connie e Kit Bowskill. Tudo tem início quando Connie, navegando em um site imobiliário tarde da noite, faz um passeio virtual dentro de uma casa que está à venda: a Bentley Grove, 11, em Cambridge. Ao visitar a sala de estar, Connie se deparara com uma imagem inesperada: o corpo de uma mulher sobre um carpete banhado de sangue. Assustada, ela imediatamente acorda o marido, mas ele não vê nenhum corpo nas imagens da casa.

Totalmente convicta do que viu, Connie decide pedir ajuda à polícia. É nesse momento que entram em cena alguns dos personagens já conhecidos do livro anterior: Sam Kombothekra, Chris Gibbs e o casal de detetives Simon Waterhouse e Charlie Zailer, que interrompem a lua de mel para ajudar a solucionar o crime, embora, em boa parte da história não sabemos se, de fato, houve um crime. A vida de Connie desmorona. Ela passa a viver um pesadelo e descobrir o que realmente aconteceu àquela mulher se torna a razão de sua vida. A sua sanidade mental é questionada em todo momento por todos à sua volta, por ela mesma e por nós, leitores. Não temos em quem acreditar. Ninguém é confiável e, quanto mais avançamos na leitura, mais tensos ficamos.
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Douglas | @estacaoimaginaria 17/09/2019

Romance policial, misturado com um thriller psicológico e um pouco de suspense e mistério
A obra foi lançada no Brasil em 2016, pela Rocco. De cara, posso dizer que é uma obra que tem a essência de um mistério criado por Sophie Hannah, como seus outros romances que já li, mas tem muito mais a questão psicológica e o mistério em si que fazem com que você devore a leitura rapidamente.

A história é sobre Connie e Kit Bokskill. Por algum motivo, Connie entra em um site de venda de imóveis em que é possível ver fotos e até fazer um passeio interativo pela casa que está à venda. Quando Connie entra neste passeio, ela encontra na sala dessa casa específica, que é uma casa muito singular e muito importante para toda a história, o corpo de uma mulher… e muito, muito sangue. E aí, Sam Kombothekra é chamado por Connie, para que ele procure Simon Waterhouse, que ela acredita que pode ajudá-la a descobrir o que aconteceu, principalmente quando ninguém acredita nela. O problema é que Simon e sua esposa, Charlie Zailer, estão em lua de mel e terão que interromper esse “descanso” para descobrir o que de fato aconteceu.

Romance escrito em primeira e terceira pessoa, nos mesmos moldes do livro “A Vítima Perfeita”, em que a personagem principal narra sua parte da história. Quando o foco é outros personagens, no entanto, a narrativa volta para a terceira pessoa. Como no outro livro, a narrativa é ágil e fluída, mostrando diferentes perspectivas e sem foco total na história, que podemos chamar de romance policial. Novamente, há um quê de thriller psicológico, não tanto quanto o primeiro, pelo menos no começo, mas não tanto com o quê de suspense. Lembrei muito da história de “A Mulher na Janela”, em que ninguém acredita na mulher que acredita ter visto algo horrível.

Como expliquei no resumo, a história volta com os detetives Simon e Charlie, que como expliquei na resenha do livro anterior, protagonizam uma série de livros da autora que, se entendi bem, chama-se Spilling (cidade onde se passam as histórias). No entanto, esse caso é quatro anos depois do primeiro livro que li, que não é o primeiro da série. E a história de “A Outra Casa” dá a entender que há mais histórias nesse intervalo. Ou seja, há outros livros “no meio”, mas não foram lançados aqui ainda. No entanto, o foco não é tanto nos dois. Charlie já não faz parte da mesma corporação que Simon e o próprio não aparece tanto na investigação da história em si, mas aparece de outras maneiras, falando do seu próprio relacionamento com Charlie, sua maneira de pensar etc.

A maior parte da investigação mesmo é feita por Sam Kombothekra, detetive que trabalha na mesma delegacia que Simon e acaba assumindo a investigação na ausência do recém-casado. Eu achei ele um tanto aficionado em Simon. Se comparando com ele, imaginando o que ele faria, essas coisas. Meio obcecado por Simon e seu trabalho. Isso demonstra muito de seu caráter, e de certa forma influencia o rumo das coisas. Como Simon não está investigando de fato o que aconteceu, tentando entender a história de Connie, Sam tenta copiar ou pensar como Simon faria certa coisa, como ele procederia diante de certa situação. Acho que é um detetive que precisa evoluir, mas que está dentro da proposta da autora, porque a personalidade de Sam influencia, também, na história.

Connie é daquelas protagonistas que todos classificariam como histérica e sem noção. Ela vê aquilo na tela do computador e ninguém mais acredita nela, até porque a imagem que ela viu não está mais lá. É daquele tipo de protagonista que poderíamos dizer que é uma louca varrida, mas quando é ela quem narra história, fica difícil não acreditar nela. Não vou revelar se ela está certa ou não. O que vou dizer é que ela acredita que viu algo e fará de tudo para chegar a fundo nessa história, mesmo todos duvidando. Mas isso revela muito da inteligência de Sophie ao contar essa história de uma forma que nos intriga de início ao fim, como os outros livros que li dela. É tão envolvente que confesso ter ficado com raiva quando as pessoas desacreditavam nela, uma vez que ela narrou e disse ter visto aquilo que viu.

Como eu disse algumas vezes, o livro não é focado totalmente na investigação. Uma característica interessante de Sophie é que ela constrói uma história que vai do suspense, ao humor e ao drama psicológico de forma “simples” (no bom sentido) e muito inteligente. Ela fala de um possível crime em si, mas tem as relações humanas no meio de toda essa teia: relações familiares, profissionais e amorosas. Isso tudo influencia muito na narração da história, que já é muito bem desenvolvida no que vende: um romance policial. O livro tem algumas reviravoltas interessantes, ainda que um tanto previsíveis (uma delas pelo menos). Mas eu vejo como uma ideia interessante essas reviravoltas, dando um fôlego para a história. É difícil uma história que consegue manter numa mesma perspectiva o livro todo, sem cansar ou deixar as coisas arrastadas. A autora usa bastante esse artifício para não deixar o leitor fugir, e funciona muito bem.

A conclusão da história, com todas essas reviravoltas, é bem construída e não foge daquilo que estamos acostumados a ver em uma narrativa desse nível, de Sophie Hannah: muitas surpresas. É muita informação do momento que a autora começa a revelar as coisas, mas não é suficiente para se perder. Pelo contrário, ela constrói esse desfecho aos poucos, dando umas dicas aqui e ali, revelando todas as linhas dessa teia, que não é uma simples teia de informações, vagarosamente, sem atropelar a narrativa e sem confundir o leitor. Um ponto desse desfecho que eu achei um tanto quanto previsível, como a única via possível e que desde o começo já era uma suspeita. Mas do resto, me surpreendi muito, mesmo.

Mais um livro sensacional de Sophie Hannah e eu confesso que estou ansioso por ler novas obras dessa autora.

site: https://estacaoimaginaria.wordpress.com/2019/08/13/resenha-a-outra-casa-sophie-hannah/
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Eduarda Veloso 14/01/2022

Um delírio?
Connie Bokskill estava procurando casas a venda em um site no meio da madrugada quando, ao fazer uma visita online guiada, ela vê um corpo de uma mulher. Um surto, um delírio? Estamos sempre em dúvida quanto a sanidade mental de Connie e também quanto a realidade dos fatos! Aconteceu ou não?

O enredo é muito bom: um mistério, um possível assassinato ou um surto psicótico? Isso chamou a minha atenção de primeira, mas ao longo do livro muitas pontas ficam soltas. A autora desenvolve muitos personagens, os contextualiza e depois some. A leitura é bem cansativa e lenta (o livro tem 464 páginas) e apenas o final chegou a me prender. Ainda assim, o final me surpreendeu um pouco quanto o desfecho do possível assassinato...
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Gabriela.Batista 10/09/2020

Confuso
Achei o livro muito confuso, custa a engatar e entender do que se trata. Não envolve o leitor, além disso, tem vários personagens chatos e desnecessários para a história.
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