Bom dia camaradas

Bom dia camaradas Ondjaki




Resenhas - Bom Dia Camaradas


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Cilmara Lopes 29/07/2020

Mais uma leitura maravilhosa do Ondjaki, meus olhos sobre a Angola, e confesso que fiquei extremamente feliz pela Companhia das Letras ter mantido o português original de Luanda, essa proximidade trouxe uma identificação muito grande da minha parte, inúmeras vezes vi afinidades com meus familiares.
Aurélio prof Literatura 30/07/2020minha estante
Excelente livro e excelente escolha. Ondjaki é um dos autores contemporâneos que não deixa de ser sempre atual.


Cilmara Lopes 30/07/2020minha estante
Tem alguma outra indicação dele? Eu li Os da Minha Rua e esse, confesso que bate uma saudade do ambiente que ele retrata e nos envolve...


Aurélio prof Literatura 31/07/2020minha estante
O Livro dele Avó Dezanove e o segredo do soviético vai na mesma "pegada" de Os da minha rua, vale a pena conferir.


Cilmara Lopes 04/08/2020minha estante
valeu :D




Sofia688 23/06/2023

?às vezes numa pequena coisa pode-se encontrar todas as coisas grandes da vida, não é preciso explicar muito, basta olhar.?
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Helena 24/05/2021

Excelente relato de um período histórico angolano
Um ótimo livro para iniciar as leituras de obras africanas em língua portuguesa. Já tinha visto o Ondjaki falar e cheguei a ler trechos de "Os da minha rua" antes, então estava bem ansiosa pra essa leitura. É uma leitura leve e fluida, mesmo com o vocabulário diferente e abordando temas pesados. O narrador-criança traz elementos rotineiros de violência sob uma luz da infância que assombra o leitor. Um relato excelente de um período da história de Angola.
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DIRCE 07/01/2022

Gostinho de quero mais
Não conhecia Ondjaki. “ Caí por acidente no livro “Bom dia, camaradas”, ocasião em eu pesquisava livros em ofertas no site da Amazon. Fiz uma busca sobre o autor e me surpreendi como ele é jovem. Atualmente, Ondjaki , escritor angolano , nascido em Luanda, está com 44 anos, mas em 2001, quando escreveu essa preciosidade, ele tinha apenas 24 aninhos. Seria ele – Ondjaki - o protagonista que nos descreve com uma linguagem infantil de rara beleza, cheia de humor e ternura, um cenário no qual prevalece a violência, a propaganda descarada do regime, o racionamento dos alimentos, as injustiças sociais e a falta de liberdade, haja vista que o colonialismo português foi substituído por uma ditadura - é sempre assim: uma nação sofrida mal sai da frigideira ( colonialismo) para cair no fogo ( guerra civil e ditadura)
Esse menino me lembrou outros dois , Miguelim e Dito, que muito me emocionam, toda vez que releio a novela “Campo Geral” do nosso Guimarães Rosa, com um diferencial: em Campo Geral em me debulho em lágrimas , já em “Bom dia, camaradas”, essa joia de apenas 133 páginas , apesar de ser o retrato de um povo sofrido, melancólico, desiludido e dominado pelo medo me levou ao risos, inúmeras vezes, durante a leitura. Há uma passagem na qual a tia Dada que visitava a família, já fora do carro após suplicas do garoto, pois o carro do presidente se aproximava , abaixou para pegar o chapéu no carro , atitude que provocou verdadeiro pânico no sobrinho, porém o diálogo sobrinho e tia é impagável.
Um livro de tão poucas páginas, porém repleto de conteúdo e que me deixou com um gostinho de quero mais Ondjaki.
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reads0 30/11/2021

Mazelas angolanas sob as genuínas lentes de uma criança.
É um tipo de leitura fora da minha zona de conforto no quesito conteúdo e linguagem. Talvez por não ser habituada a escrita, com o português de portugal, eu tenha ficado desanimada com a leitura. Foi bem demorado de concluir, até abandonei por umas semanas.

Foi, pra mim, uma forma perfeita de entender a guerra da angola de uma outra pespectiva - uma que vai além dos livros didádicos e da bagagem que os professores nos passam em sala de aula.
Como é narrado em primeira pessoa por uma criança, é possível ver tudo de uma forma muito genuína e simples. Tem um toque de curiosidade, ingenuidade e amedrontamento. As mazelas existentes e as disparidades entres paises que possuem a mesma ideologia, sob essa pespectiva infantil, foi descrito de uma forma sensacional!

"... la lucha, la revolución, nunca termina; la educación es una batalla."
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Marinho 19/03/2021

O livro se passa em Angola no período de guerra, onde os professores Cubanos lecionavam nos colégios para uma turma de amigos.
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camila 21/05/2021

Fluído e Bom!
A narrativa é muito fluída, cheia de marcas de oralidade. Esse é um ponto que trás um ritmo e uma cadência muito encantadora para a leitura e para português da Angola, que tem uma beleza toda particular.
Esse romance me surpreendeu porque não fazia ideia de que a narrativa seria contada sob a perspectiva de uma criança. Um menino que com seus olhos atentos e cheios de ingenuidade, nos revela uma Luana pós-guerra dividida entre a comemoração e orgulho de haver conquistado a independência e o controle e militarização do território.
Foi muito interessante observar também a solidariedade cubana ao país, tão importante nesse momento de consolidação da independência.
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Humberto 29/09/2009

Bué de camaradas bacanas!
A partir da perspectiva de um garoto, o livro conta a história de transição política de Angola, isto nos anos '80, quando o país estava próximo do bloco socialista, liderado pela URSS e Cuba. Neste sentido, o livro é um entre-lugar da situação angolana, que pode ser literariamente completmentado através da leitura do "A vida verdadeira de Domingos Xavier" (José Luandino Vieira) que narra o período comunista e "O vendedor de passados" (José Eduardo Agualusa) que se concentra na fase atual, de uma Angola que busca reconstruir sua memória.

Todavia, quem já leu o clássico livro francês "Le Petit Nicolas" (Sempé-Goscinny) encontrará seus traços e influências na obra de Ondjaki - a visita do inspetor na escola, por exemplo, não está distante do texto "On a eu l'inspecteur". Por outro lado, o olhar da criança e seu ponto de vista sobre uma situação tida como "adulta e séria", também não é uma grande novidade (lembrei-me de um filme lançado em 2008, "La faute à Fidel", em que a personagem principal é Anna, uma menina de 08 anos que vê sua vida mudar quando os pais passam a viver na clandestinidade do movimento comunista francês - quem for assistir ao filme, observe como a câmera se mantém no nível do olhar da criança, buscando sua perspectiva e ponto de vista).

Todavia, "Bom dia Camaradas" tem seu charme, mostrando-nos uma África e uma literatura portuguesa ignorada pelo Brasil. É interessante observar as expressões, palavras e traços de fala características de Angola - a melhor, para mim, é o "matabicho" e o verbo "matabichar". E também detectamos a presença das telenovelas brasileiras no cotidiano angolano através da expresão "cenas dos próximos capítulos" e no nome do musseque (favela) - "Roque Santeiro".

Também gosto de ver como Ondjaki nos apresenta os odores e calores da vida angola: "se isto que eu vou dizer existe, então aquela noite tinha um cheiro quente, que pode ser uma coisa, imaginem, onde se ponha rosas muito encarnadas, folhas de trepadeiras com um bocadinho de poeira, muita relva, barulho de grilos, barulho de lesmas a andar em cima da baba, barulho de gafanhotos, um só barulho de cigarra, um cacto pequeno, fetos verdes, duas folhas grandes de bananeira e um tufo enorme de chá de caxinde, assim tudo bem espremido, eu acho que ia sair o cheiro desta noite" (p. 99).

Outra estrutura interessante do livro é a forma como o autor nos apresenta as reflexões e deduções do protagonista-narrador. Lembremo-nos que ele é uma criança, logo, suas associações são infantis, mas poéticas e perpicazes, como aquela entre o acordar cedo das velhos e o caminhar de certas lesmas, os "vinte minutos" de António que serve para definir duração e distância, o cartão de abastecimento e os presentes trazidos pela Tia Dada.

Na categoria de literatura "pós-colonial angolana", o livro nos mostra um país em transição a partir do olhar e das reflexões de uma criança e sua vida dividida entre a família, a escola, os amigos e os deveres pátrios (desfile de Primeiro de Maio e depoimento na Rádio Nacional de Angola). E, seguindo o dia a dia do personagem-narrador, acabamos por apreender o contexto político e sócio-cultural da Luanda dos anos 80.
Yuri 09/07/2014minha estante
Muito legal sua resenha. Adoro esse livro do Ondjaki. Parabéns!


Giovanna 22/10/2014minha estante
Boa noite, estou fazendo um trabalho e preciso respinder a seguinte pergunta sobre o livro: João pegou em armas para lutar pela independência de angola, quais as consequências desse envolvimento político na vida de João?
Próxima e última : como ndalu vê João?
Preciso de resposta urgente, irei ficar muito grata se me fizer o favor! ! Obrigada




Ladyce 03/01/2010

Um deleite!
Acabei de ler o delicioso, divertido e suave livro Bom dia camaradas do autor angolano Ondjaki. Este não é o seu primeiro livro, mas é o primeiro de seus livros que leio. E que maravilhosa surpresa!
Este é um livro de memórias de um jovem dos seus primeiros anos da adolescência. Na verdade, são memórias simplesmente de uns meses de escola. Eles se passam ao mesmo tempo em que a Guerra de Angola está chegando ao fim. Uma guerra que é vista do contexto da família desse menino, da rotina familiar e das aventuras normais de quem está freqüentando a escola. Ele e sua família são membros sólidos da classe média angolana. E o que aprendemos é como esta classe média lidou com a guerra, assim como percebemos suas esperanças para o futuro.

A história se desenvolve entre a chegada e a partida de sua tia, que mora em Portugal e que passa diversas semanas visitando a família em Luanda. Esta visita dá a Ondjaki a oportunidade de descrever Luanda, Angola e os hábitos locais através dos olhos e das perguntas de uma viajante, uma pessoa de fora. Nosso jovem herói, no entanto fica constantemente surpreso quando compara as perguntas dela com as respostas que precisa dar. Ele é pego de surpresa quando tenta explicar o que é a vida real em Luanda. Esta troca de perguntas e respostas, muito bem tecidas no texto, são freqüentemente muito engraçadas e às vezes, até mesmo, hilárias, porque podemos ver os dois pontos de vista, do estrangeiro e do local e a incompreensão que respostas e perguntas geram.

Ondjaki demonstrou também maravilhosa habilidade de narração quando representa a conversa do nada dos jovens adolescentes, que constantemente melhoram a realidade para não perderem a oportunidade de contarem uma boa história. Apesar disso, Ondjaki é sucinto e consegue mostrar como em períodos de crise, qualquer história pode ser crível, e pode fazer pessoas reagirem com força extrema. Tudo isso Ondjaki faz com um tom leve e o diálogo coloquial bastante claro de um menino entrando na adolescência.

Este livro é de leitura rápida. É pequeno, com apenas 146 páginas. Mas é um charme. Eu queria mais. Gostaria de continuar sabendo do resto das histórias dessa família. Esse livro tem todas as características de um livro que se tornará um clássico da literatura para jovens leitores, em qualquer lugar do mundo.
Para nós brasileiros, há a descoberta também de uma língua deliciosamente rica. O português de Angola nos presenteia com vocábulos diferentes e com uma musicalidade ímpar, que canta aos ouvidos dos leitores. Há um glossário no final do livro, mas não precisei consultá-lo durante a leitura. Preferi deixar que as palavras que eu não conhecia estabelecessem seu significado por conta própria.

Recomendo esse livro. É uma leitura agradável e nos premia com muita informação sobre Angola. Vá, corra para ler, não se arrependerá.

24/03/2008

Esta resenha já apareceu em inglês na Amazon e no Living in the postcard.
Giovanna 22/10/2014minha estante
Boa noite, estou fazendo um trabalho e preciso respinder a seguinte pergunta sobre o livro: João pegou em armas para lutar pela independência de angola, quais as consequências desse envolvimento político na vida de João?
Próxima e última : como ndalu vê João?
Preciso de resposta urgente, irei ficar muito grata se me fizer o favor! ! Obrigada




Rodrigo.Franklin 10/01/2024

Um livro essencialmente político, mas trazer isso sob uma visão, em primeira pessoa, de um garoto que está tentando entender como as coisas funcionam ao seu redor deixou tudo muito mais leve e interessante.

Percebi que existiu um certa analogia em cada personagem com tópicos específicos de ideias sociopolíticas.

O final, apenas emocionante. O final de um ciclo e o início de algo novo e desconhecido de uma forma poética e lúdica, sob a visão de uma criança.

Terminando este livro com os olhos cheios de lágrimas e com o coração leve.
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The Lady 2802 28/10/2021

Gostei
Gostei da história do livro, do jeito que expôs o tema da guerra civil da Angola sem mostrar mortes e batalhas. Uma forma mais sutil de mostrar como isso afetou a vida de todo mundo.

É uma história que consegue fluir, com capítulos curtos e poucas páginas. Tudo muito bem explicado e com sentido. Achei um final meio triste, mas que dá esperança de que o futuro vai ser melhor, porque no fim a paz é o que realmente importa.
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@buenos_livros 02/02/2022

Bom Dia, Camaradas - Ondjaki ??
?Às vezes numa pequena coisa pode-se encontrar todas as coisas grandes da vida, não é preciso explicar muito, basta olhar.?
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. 11/2022
. Bom Dia, Camaradas (2014)
. Ondjaki ??
. Romance | 136p. | E-book
. @companhiadasletras
-
. O olhar de um adolescente para as transições da vida com a mudança de regime político na Angola do final dos anos 90. Um belo livro sobre transformação, perda e amizade com um protagonista simpático e o sotaque do português falado na África. Recomendo!
. ????????
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