Resenhas - História de quem foge e quem fica

Stella Paul 29/01/2024

Livro muito bom!!!
Uma vez que vc já está totalmente envolvida na história e nos personagens, tudo se torna ótimo. Eu gosto muito do jeito que a Elena narra os acontecimentos de forma rápida e sem se prolongar muito nos detalhes quando eles realmente não interessam muito, isso é simplesmente perfeito kkkk

Marcelha.Leone 28/01/2024

Terceiro livro da série, tenho demorado muito pra ler, a história possui algumas reviravoltas, mas ainda assim as vezes fica cansativo. Apesar pretendo iniciar o último livro agora que terminei esse.

Ingrid Bays 25/01/2024

Lenu, coragem!
Até agora o melhor. Me senti correndo atrás da Lenu, impulsionando ela. Quantas reviravoltas a vida é capaz de proporcionar!

Gigi 25/01/2024

Em "História de quem foge e de quem fica" Elena Greco narra os caminhos árduos da vida de sua amiga Lila Cerullo, que se deram devido as suas escolhas impulsivas, o trabalho braçal e a pobreza extrema são marcantes na vida de Lila depois que seu casamento acabou.
Já Elena Greco, se encontra na vida dos sonhos, com um romance aclamado recém publicado, e uma vida de intelectual muito movimentada, além de estar noiva de um jovem professor universitário de boa família. Mas logo ela também se encontrara em uma vida frustrada, em casamento péssimo no qual o amor e o desejo são escassos.
Novamente, é fascinante ver como uma tem influência sobre a outra, mesmo estando distante geograficamente, e em alguns momentos emocionalmente também.
Nos livros anteriores dessa mesma série, Elena Ferrante tratava muito da questão do fascismo do pós guerra, e de como ele estava presente na vida dos personagens, que ainda eram crianças, e viviam em um ambiente marcado pela desigualdade e pela violência, em "História de quem foge e de quem fica" ela traz o "jovem" e crescente comunismo, um movimento de união entre jovens universitários e operários italianos todos sedentos por justiça, todos os personagens (os jovens pelo menos) estavam envolvidos de alguma forma.
Pesando na questão política, uma coisa me chamou muito atenção, o jovem Nino Sarratore, um revolucionário que tinha um péssima relação com o pai, por que o pai tinham traído a mãe durante todos os anos em eles foram casados, Nino por vezes na adolescência beijou Elena Greco, sem dar satisfação nenhuma a ela e deixando ela confusa, ele também teve uma relação com Lila enquanto ela era casada, e ele namorava outra menina, Nino foi a cereja do bolo para a separação de Lila, dessa relação Lila supostamente deve um filho, que ela criou com a ajuda de um bom amigo (não de Nino) um tempo depois em suas andanças pela Itália, Elena Greco descobri que ele teve outro filho com uma mulher um pouco mais jovem, que tinha engravidado durante a faculdade, que tinha sido despejada de casa por isso, esse filho ela criava só, dependendo da ajuda de Mariarosa de outros amigos caridosos, então eu me pergunto, onde estar a revolução mesmo? Quer ir contra o que está posto pelo sistema (o casamento, a religião, o capitalismo...) mas provoca a destruição de mulheres? E o patriarcado, não destrói? E as mulheres também não eram operárias injustiçadas pelo patrão burguês? Nino jurava ser diferente do pai, e por isso teria o direito de julga-lo, mas ele era igual, ou talvez pior.
Elena Ferrante trás um repertorio muito rico a respeito de desigualdades sociais e questões políticas, do período histórico em que é ambientado as histórias da tetralogia napolitana, por isso é fácil encontrar artigos, ensaios e resenhas acadêmicas que tratem sobre o livro não só no campo da linguagem.

-Koraline 24/01/2024

Ao contrário dos outros livros, essa história é muito mais focada na vida da narradora do que em Lila, e gostei bastante disso, o único problema é que só ficou realmente interessante depois que Elena se casa, o que acontece mais ou menos na metade do livro, antes disso não teve nada de importante, mas estou curiosa para o desfecho.

Helenasoaresm 24/01/2024

História de Quem Foge e Quem Fica
Eu estou apaixonada nos livros dessa série e com esse não foi diferente. Passei o livro angustiada com a situação da Lenu que sempre se sujeita a situações horríveis, ela criou pra ela um mundo de comparação tão injusto e exaustivo que é insustentável. Agora o final, nem sei o que pensar, eu não esperava por isso, fiquei pensando até o último minuto que ela iria desistir. Tirando isso, adorei que nesse livro o contexto político foi mais explorado. É isso, elena ferrante me ganhou.

laura retamero 22/01/2024

Não é uma resenha
Meu deus eu to muito chocada com esse livro e esse final, realmente não tava esperando e não sei o que pensar

Camia Avelar 21/01/2024

O pior até agora
Não tenho tantas considerações assim sobre esse livro, simplesmente existe um background de política que deixou tudo muito mais maçante? o começo do livro é bom, em certos momentos me vi com raiva da Lila mas nem se compara com o final.
Como assim uma mulher que tá na sua casa dos 30 sei lá, se presta a isso? Elena greco depois de tudo que viu a amiga passar, depois de ter visto como o Nino se portou ao decorrer dos anos e do jeito que ele trata as mulheres, cedeu a um ?amor? de infância, largou marido e filhas pra ficar com nino? gente eu tô sem chão.
Com certeza isso tá com cara de que vai dar merda, não existe final feliz pra ninguém nessa história.

malu 18/01/2024

Não sei mais o que dizer sobre elena ferrante. terminei o terceiro livro da série sem ter o quarto em mãos e parece que estou em abstinência. não sei oq será de mim quando acabar, não quero abandonar a elena greco.

Thales Valois 18/01/2024

Terceira parte desta história. Cheguei à parte onde sinto uma Elena que conheço relativamente bem: àquela onde a protagonista é uma mulher adulta, com filhos, bem sucedida, mas com muitas frustrações e com um passado napolitano fantasmagórico, assim como encontrei em A Filha Perdida e em Dias de Abandono. As duas primeiras partes, A amiga Genial e História do Novo Sobrenome foram experiências bem diferentes e muito apaixonantes pra mim. Nesta terceira parte estava em casa, previ situações, enfim, pois autores se repetem, mas ainda estou amando, continuo muito envolvido. Próxima parada: como Elena escreve sobre a velhice. Que experiência, que acontecimento, senhores.

Nath 18/01/2024

Não acredito na burrice da Lenu
A amizade entre Elena e Lila cede espaço, como tema central, para a crescente tensão social na Itália das décadas de 60 e 70. A desigualdade, pano de fundo sempre presente nas histórias do bairro, ganha protagonismo quando Elena ?foge? e Lila fica em Nápoles.

Elena, a narradora, consegue se formar, escrever e publicar um livro, o que lhe abre as portas da academia e dos jornais. Ao longo do livro, porém, fica claro o confronto entre a idealização que ela fazia do que seria a vida fora do bairro e a realidade. Há um abismo intransponível que a separa de um mundo ao qual ela não pertence porque não nasceu nele, porque falou dialeto na infância, porque os costumes das mulheres do bairro são diferentes. Toda a bagagem cultural que ela adquiriu ao longo dos anos de estudo ainda não a fazem se sentir como parte de outra camada social. Mais do que tudo, Elena, em sua ânsia de se sentir adequada, busca o tempo todo um papel que não lhe serve.

Presa em um casamento infeliz, sob o peso dos cuidados com a casa e as filhas, Elena começa a questionar suas conquistas e a colocar na linha de frente de ataque, mais uma vez, sua relação de dependência de Lila. O trecho em que ela se enxerga como uma pessoa medíocre é daqueles que a gente grifa só para achar sempre que precisar de conforto.

Já adultas, as duas se distanciaram, ainda que sigam presentes uma na outra. Lila, que ficou, começa o terceiro livro em situação deplorável, vivendo em um bairro pobre de Nápoles, em um casebre que ela sustenta ao lado de Enzo com longas horas de trabalho na fábrica de embutidos de Soccavo. Ao tratar do movimento operário e do envolvimento da pequena burguesia com essas correntes, Ferrante também expõe as contradições sempre presentes no discurso daqueles que querem saber melhor como é estar no lugar do outro. Estimulada a voltar a escrever, Elena repensa como todos os personagens femininos importantes da literatura mundial são ?autômatos de mulheres fabricados por homens?.

E vamos para o quarto e último livro?

Larissa 17/01/2024

Sem dúvida nenhuma esse foi o livro mais difícil de finalizar. Ao meu ver conforme a Elena vai ficando mais velha ela vai ficando mais chata. O livro se resume as palavras subalterno ou subalternidade perdi a conta de vezes que essas palavras se repetiram e toda hora ela ficava "Eu queria fazer isso", "eu queria falar aquilo", "queria ligar pra Lila" mas no final ela não falava ou fazia nada aquilo que estava falando.

Ela pode ser inteligente, famosa, rica, ter o marido, as filhas, a casa e a vida dos sonhos mas pra ela nunca vai ser o suficiente por que ela não é a Lila e NUNCA será. Ela quer ser como a Lila, quer tudo o que ela tem ou teve e um exemplo claro disso é como o livro acaba, acredito que ela nem queria tanto assim o Nino mas ela queria ter a sensação de ter ele enquanto a Lila não tinha, conseguir prender ele da forma que a Lila não conseguiu. Isso é completamente doentio.

Tô de saco cheio mas a escrita da Elena Ferrante me envolve demais e preciso saber o que aconteceu no final disso tudo.

victoria.maria 14/01/2024

é difícil saber o que dizer, deve ser porque eu também não sei o que sentir. elena ferrante nunca decepciona na escrita, ela é brilhante, única, uma escritora fora do normal, além do nosso tempo.

carlsensmith 14/01/2024

O fascínio que escraviza e conduz a ruína.
No penúltimo volume de Napolitanas, é preciso encarar duras verdades e uma delas é o lado feio de uma narradora não tão confiável. Outrora ver Lila sofrer reprimendas, desejei que Lenu voltasse a si durante boa parte desse volume.

É difícil de engolir cada sentença enquanto descordamos de suas atitudes descabidas que nada mais são do que o fruto de uma vida em torno de agradar a todos e suas próprias decisões deixadas de lado. Como se o clímax se explodisse em fragmentos letais e mostrasse ao leitor o quanto Elena Greco pode ser igualmente odiável.

Ferrante arrebata sem dó algum em uma narrativa arrastada mas não menos interessante com um fundo político sensacional e bem estruturado o cenário violento de Nápoles, fazendo com que nós, meros leitores, sejamos cativados mais uma vez.

É uma grande lição sobre amor, sobre uma amizade desmedida de limites e o quanto a dependência de aprovação de Lenuccia arruinam aquilo que tanto batalhou para conquistar: uma vida longe do bairro e de sua pobreza, distanciando-se cada vez mais da amizade cruel de Lila Cerullo.

Milena.Miyazaki 13/01/2024

"A vida é uma coisa muito feia, Lenù".

"O que me importava a política, as lutas? Queria fazer bonito diante dos homens, estar à altura. À altura de quê? Da razão deles, a mais irracional."

"Está vendo? Nas fábulas se age como se quer, na realidade se faz o que se pode."

"Você se lembra do que fizemos com minha foto de noiva? Quero seguir por esse caminho. Um dia vou me reduzir inteira a diagramas, vou me transformar numa fita cheia de furos e você não vai me encontrar nunca mais."

"tínhamos uma grande dificuldade de entender o que era uma mulher. Cada gesto, pensamento, fala ou sonho nosso, uma vez analisado em profundidade, parecia não nos pertencer."

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faz muito tempo que uma leitura me consome desse jeito eu tô engolindo e respirando essa história não consigo largar ??

outra coisa, como pode não ter uma tradução em português dos textos e obras da Carla Lonzi?????