Intérprete de males

Intérprete de males Jhumpa Lahiri




Resenhas - Intérprete de Males


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Rai 04/12/2017

Livro de contos em que os três primeiros são envolventes, estórias com memórias reais. A autora traz o dia a dia do imigrante indiano e sua convivência com a nova cultura e sua resistência ao novo, na sua maioria, resistência feminina, mulheres que são retiradas do seu habitat e são inseridas em uma vida com um marido e um país estranho, restando a solidão e a saudade. Em suma, a autora traz o cotidiano indiano, seja dos indianos estrangeiros em visita à Índia ou dos indianos imigrantes nos países receptores.
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Rafael.Martins 31/03/2017

Tocante
Intérprete de Males é um livro de contos simplesmente belíssimo. Cada conto em si, poderia ser transformado facilmente em um romance com personagens marcantes e uma narrativa envolvente.

Uma leitura fluida e um contexto que podem ser, guardadas as proporções, transferidos facilmente para o Brasil e a vida que levamos aqui. Não me canso de Jhumpa Lahiri.
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Rafael Andrade 27/03/2017

Uma emoção em cada folha
Este é o primeiro livro de Jhumpa Lahiri que leio e, com certeza, outros virão. Lahiri tem uma escrita simples, porém com uma força enorme que nos prende em cada página. "Intérprete de males" é um livro de contos, vencedor do prêmio Pulitzer; vencedor e merecedor. Lahiri traz em seus contos algo que provavelmente ela viveu na pele. Nascida em Londres, porém de família de origem indiana, traz para seus contos essa mistura cultural ocidental e oriental. Os personagens de seus contoa vivem essas misturas. É encantador ler cada conto e ver aspectos da cultura indiana, em um país tão ocidental quanto os Estados Unidos: mulheres vestidas de saris, a dificuldade com a língua, os casamentos, ou a saudade da terra natal. Cada página imprime uma curiosidade sobre a cultura indiana, tão rica e tão bela.
Recomendo este livro, para mim, ninguém deve morrer antes de lê-lo.
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Sil 29/01/2017

O OUTRO LADO DA MOEDA
Olá pessoal,

Recentemente resolvi me aventurar nos livros Pulitzer da vida. O primeiro que li foi O senhor March, e a experiência foi ok. Desta vez, peguei o Intérprete de males, e fico contente que a experiência tenha sido melhor.

Este é um livro de contos, que mostra a história e a vida de imigrantes indianos vivendo nos EUA. O objetivo é mostrar o choque cultural existente no cotidiano dessas pessoas, pois como já escreveu Rudyard Klipling: “Ocidente é Ocidente. Oriente é Oriente, e nunca os dois hão de encontrar-se”. Infelizmente preciso concordar com ele, pois as diferenças são grandes, e ás vezes parece que estas criam barreiras intransponíveis. Dificultando a convivência entre pessoas de origens tão distintas.

O primeiro conto é: Uma situação temporária. Um casal recebe um aviso de que durante cinco dias, ficará sem energia elétrica devida á manutenção que está sendo efetuada. Distantes, o casal resolve criar um ritual durante esse período, onde cada um deve falar algo que já fez, sem o outro saber. E com isso descobrimos as pequenas maldades que às vezes permeiam os casamentos.

No segundo conto: Quando o Sr. Pirzada vinha jantar. O Sr. Pirzada era de Daca (capital de Bangladesh que na época era parte do Paquistão), esta cidade estava em guerra e a família inteira do pobre homem estava lá. Este senhor não possuía televisão, então toda noite visitava conhecidos, onde jantava e assistia ao noticiário na esperança de ter alguma notícia sobre sua família.

Intérprete de males, o conto que deu origem ao título do livro, conta a história do Sr. Kapasi e da família Das: uma família não muito unida, com pais que pouco se importam com os filhos. O Sr. Kapasi é taxista e a família Das estava de férias e acabou precisando dos seus serviços. No trajeto, a família descobre que o Sr. Das é interprete de um médico na cidade, e que traduz os males das pessoas para este.

Preciso chamar a atenção para mais um conto: A casa da sra. Sen. Esta mulher vive infeliz por estar longe de sua família, reclama muito por as coisas nos EUA serem muito diferentes da sua terra. Este conto me chamou bastante á atenção, pois mostra como algumas pessoas tem dificuldade ou até mesmo relutam em se adaptar, elas insistem em querer viver seus costumes no país alheio. Esse conto se encaixa perfeitamente na atual situação do mundo, onde um grande número de sírios está entrando na Europa por não haver mais esperança em seu país. E com isso uma grande questão é levantada: Irão essas pessoas adaptar-se? Ou teremos um novo oriente na Europa?

Não citarei mais contos, pois este post ficará longo. Pensei que haveria conflitos diretos entre pessoas das culturas distintas, mas não foi isso que encontrei por esse motivo me decepcionei um pouco (a guria aqui queria treta hahahaha). Porém é um livro que vale a pena, pois te mostra o outro lado da moeda.
Abraços.

site: www.colunadovale.com.br
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Renata CCS 09/02/2016

DissemiNação
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“Os mais próximos de nós, seja no amor ou no ódio, são nossos intérpretes do mundo.”
(George Eliot)

Com uma escrita limpíssima, direta e também extremamente delicada, Jhumpa Lahiri nos presenteou com INTÉRPRETE DE MALES, livro composto por nove contos, nos quais ficamos fascinados pela capacidade de observação que a autora consegue imprimir sobre a realidade de suas personagens.

Lahiri é uma espécie de narradora intérprete entre o Ocidente e o Oriente. Todos os personagens são indianos radicados nos EUA ou americanos de origem indiana, e sempre com algo em comum: a procura de uma identidade, sem deixar de lado sua origem, a cultura natal e suas heranças históricas. De certa forma, o que a escritora faz é delinear uma linha divisória entre dois mundos, americano e indiano, e depois denegrecer essa linha ao longo da narrativa.

O confronto com o sentimento de inadequação, a solidão e saudades são constantes entre os personagens, que se aproximam e divergem a partir da identificação de suas vulnerabilidades e fragilidades. A autora empenha-se em cuidar de todas as situações sem sarcasmos, e com uma sensibilidade que rejeita qualquer drama em nome de uma sinceridade ampla e benevolente.

Embora nenhum dos personagens consiga descobrir a fórmula para o fim do distanciamento entre si e o resto do mundo, os contos são excepcionalmente maduros e nem um pouco derrotistas. Apesar de tratar de situações delicadas e difíceis, o livro está longe de ser dramático ou piegas.

Desconfio que muitas situações podem ser experiências da própria autora, filha de indianos nascida em Londres e criada nos EUA. São muitas as lembranças e heranças mescladas à constante falta de habilidade com um mundo diferente, fazendo com que os personagens se tornem verdadeiros intérpretes de significados, novos e antigos.

Cuidadosa e precisa, Jhumpa Lahiri nos prova que é preciso fazer com que as pessoas entendam o significado de ser estrangeiro. Sim! É o ser estrangeiro que está em evidência. Indivíduos que são estrangeiros dentro de seu próprio país.
Nanci 09/02/2016minha estante
Ainda, não conheço, mas vai pra lista :)


Renata CCS 09/02/2016minha estante
Nanci, para vc que é amante de contos, recomendo muito!




ElisaCazorla 30/11/2015

DELICADEZA e BELEZA
Este não é meu primeira livro da Jhumpa. Li primeiramente O Xará e logo depois comprei todos os outros dela. Este foi o segundo.
Jhumpa é tão delicada! Tem uma prosa leve e muito bonita. Quando lemos uma de suas obras pela primeira vez é impossível não se impressionar e não se apaixonar.
No entanto, tenho uma observação a fazer: a autora é monotemática. Todos os contos neste livro giram em torno de um universo muito próprio da autora. Não tive qualquer surpresa aqui porque já tinha lido a autora, por isso me senti lendo mais do mesmo, mas isso não desmerece em nada sua obra.
Se este será uma primeira visita à autora, o leitor não se arrependerá. Por outro lado, se o leitor já está familiarizado com a autora, então, vai conseguir identificar as semelhanças que todos os contos têm entre si e com outros livros dela. Isso não precisa ser um ponto negativo! É apenas uma observação sobre o estilo da autora.
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Cláudia Matta 28/09/2014

Este livro é maravilhoso. M A R A V I L H O S O!
O livro é composto de nove contos de Jhumpa Lahiri, vencedora do Prêmio Pulitzer de melhor ficção, em 2000. Fala da vivência entre duas culturas distintas, e das relações determinadas por este processo: o exílio, a saudade, a perda das raízaes, a inadequação, a esperança, a adaptação. Na delicadeza do contos desta escritora, o leitor terá sempre finais inesperados, mas muito inteligentes. Vale a leitura!
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Arsenio Meira 19/08/2014

Diáspora indiana

Sob o ponto de vista pessoal, os contos de Intérprete de Males representam, se tomados como um todo, uma obra que se dedica a discutir a experiência indiana da diáspora e as relações traçadas em território norte-americano. Ainda pontuando uma opinião minha, ora exposta como ressalva, a identidade não tem uma existência real nem per si. É, ao contrário, virtualmente um foco,acionado em diferentes momentos e indispensável como referência. Mas não é concreta, nem monolítica. Ou se parece ser, apenas engessa muitas fraturas. A identidade é sempre uma fenda aberta a múltiplas identificações.

Apesar de terem aspectos em comum, os contos propõem formas diferentes de reagir à interação com a nova cultura. Penso não ser possível compreendê-los através de modelos únicos como a assimilação do american way of life ou o constante conflito cultural , já que também simulam outras perspectivas. Porém, pode-se da mesma forma questionar a afirmação de que na diáspora, as identidades se tornam múltiplas.

Vale lembrar que o intérprete não é apenas aquele que se encarrega de traduzir, declarar ou de dar a conhecer as vontades, as intenções alheias, mas também aquele que se presta a revelar o que está oculto, à maneira das personagens quanto aos objetos religiosos ou quanto a si mesmos. Desse modo, e penso ter sido este o leitmotiv que norteou a escritora indiana, os indivíduos participam de diferentes maneiras do que julgam ser a sua cultura ou o seu pertencimento. A experiência da diáspora, no mundo global contemporâneo, requer habilidades no tocante à capacidade de cada um para socorrer-se sob a égide de uma outra cultura, traduzido múltiplos e distintos signos.

Aliás, não apenas a situação de trânsito requer tais habilidades, mas a própria condição atual de se viver numa sociedade em rede, permanentemente em conexão, reclama essa perícia - saber conviver em terras e costumes alheios.
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