Resenhas - O Ano do Pensamento Mágico

Maira.Diniz 06/02/2024

Luto cru
Didion consegue expor a forma louca e desorganizada como o luto se mostra dentro de nós, em especial, viúvas. Leitura envolvente e acolhedora para quem passa por essa dor.

Iza 29/01/2024

Memórias
Lido! 05/2024

Perder uma pessoa queria é muito doído. Uma dor que ainda não tem nome, não tem explicação. O que Didion passou foi terrível, além de sofrer com a filha na unidade de tratamento intensivo do hospital, teve que lidar com a perda repentina do marido. Este livro fala sobre isso, da dor e também da superação. Das lembranças que ficam, da contagem do tempo sem a pessoa que amamos. Gostei muito da escrita de Didion, e é difícil falar pois ela escreve sobre algo muito íntimo. Momentos, lugares que guardam lembranças muito íntimas e talvez aí fique um pouco da minha estranheza na escrita dela, e tenha tornado minha leitura um pouco arrastada: a intimidade que ela coloca nas palavras.

joaoggur 27/01/2024

O ano dos infortúnios.
Temos aqui um belo relato sobre o luto. Era mais uma noite normal, mais um simples jantar, quando o escritor e marido da autora, John Gregory, em repente tombara para o lado. Chamar os paramédicos e colocá-lo na ambulância não foi suficiente; morrera. E, em meio a este cenário, teria que lidar com outro grave problema; sua filha, Quintana, estava acamada e em coma.

Tocada com o evento traumatizante, Joan Didion (uma excelente autora, mesmo com o mercado editorial Brasileiro ainda não lhe proporcionando a relevância merecida) tentara achar métodos terapêuticos para lidar com o luto, e optara por aquilo que ela e seu marido sempre fizeram, sozinhos ou em conjunto; escrever.

Os relatos sobre a morte são densos. A repetição, o incessante voltar da narrativa para a trágica noite de 30 de Dezembro de 2003, não cansa o leitor; os eventos que tecem sua morte são mesclados com memórias da autora, o que faz nos envolvermos com o casal e com sua filha. Paradoxalmente, a poética da escrita está em sua crueza, na inevitabilidade de um marido morto e de uma filha doente.

Não posso ignorar os monótonos momentos dos rodeios médicos, tal como os trechos onde há a citação de romances da própria autora ou de seu marido; pelas obras nunca terem sido lançadas no Brasil, não me cativei em nenhum momento, e mesmo entendendo a pessoalidade da memória, não posso dizer que não são momentos anti-climáticos.

Um relato lindo, que, muito mais do que falar sobre um falecido, diz nas entrelinhas como o amor pode nos impactar. Vale a leitura. Por vezes me lembrou muito os relatos de Annie Ernaux.

Karina 26/01/2024

Leitura sobre luto são necessárias
é difícil passar pelo luto e ainda mais difícil escrever sobre ele, mas ela conseguiu numa fluidez sensacional, cada capítulo eu me sentia cada vez mais compreendida e só que convive com isso vai entender o sentimento. um grande obrigada pra minha melhor amiga Luana que me indicou e me aturou falar sobre cada capitulo

Ge Leali 24/01/2024

?Com tais fragmentos, escorei minhas ruínas?.
Essa frase da autora ( na minha humilde opinião), descreve totalmente esse livro.
Um livro sobre luto, sobrevivência e viver(??).
Cada um lida com a morte de uma forma. Idade, cultura, se rico ou pobre. Perdeu o filho? O marido? Ou um desconhecido?
O que não muda é o impacto que acontece quando alguém que amamos nos deixa.
Esse livro é o relato de Didion.

Giovanna1754 23/01/2024

Iniciei a leitura sem ter ideia do que se tratava o livro, foi meu primeiro da joan.
eu sendo uma pessoa que perdeu a mãe com 17 anos de idade me identifiquei muito com os pensamentos dela, os sentimentos, gostei do fluxo de pensamento, que não segue uma linearidade, assim como nossa mente não segue.
enfim, gostei, achei ela muito ?corajosa? de publicar um relato tão cru e verdadeiro, quero ler mais joan.

Kael.Paulino 22/01/2024

?Apenas um dia normal. ?E então? não mais.??
?Você se senta para jantar, e a vida que você conhecia termina. Em uma batida do coração. Ou na ausência de uma.?

O livro ?O ano do pensamento mágico? retrata, após a morte do marido, o luto pela perda. Casados há 40 anos, a autora enfrenta, no mesmo período em que sua única filha está adoecida no hospital, a perda repentina de seu marido. A obra é excelente, a autora escreve super bem e apresenta para os leitores a sua experiência perante a isso, evidenciando as nuances do luto de forma nua e crua. A partir da leitura e da experiência da autora, me pergunto como eu encararia a morte de meus pais, minha irmã, meu namorado ou de amigos íntimos e próximos. É um processo individual que é enfrentado de forma individual. De modo geral, a leitura foi surpreendente boa, estava com saudade de ser preso por um livro bom! Infelizmente, a autora, por ser muito detalhista nos momentos de sua vida ao relembrar historias junto de sua família e amigos, acaba por escrever além do principal acontecimento, o que torna a leitura, por vezes, um pouco desinteressante.

Rafaela Beank 12/01/2024

Exatamente meu tipo de livro
Exatamente meu tipo de livro, aqueles sem plot, só o narrador personagem pensando sobre a vida e nos contando suas memórias, neste caso autobiográficas, tirei uma estrela só porque ela repete muito as mesmas palavras ao invés de utilizar preposições, e isso me dá uma certa agonia, de resto, muito bom.

Ana Clara 06/01/2024

O livro em si e o assunto são bons o problema é q ela usa MT termo técnico de medicina e detalha todos os mínimos detalhes ent a leitura n fica dinâmica e n anda

Bruna.Bledoff 04/01/2024

Que bom que Joan dividiu seu processo conosco...
Essa foi a sensação que eu fiquei ao final do livro, meio agradecida! Em meio a relatos tristes, a confusão de sentimentos há a linearidade de quem dividiu a vida com alguém, que além de casal eram meio dupla um do outro. E foi acessando as memórias dos dois, o que eles construíram que ela foi lidando com a perda.

Há uma nova vida para ser encarada após um processo de luto, e pode não ser uma vida muito interessante num primeiro momento!

Incrível a história! O capítulo de 16 é só o ouro!!

Miah.Kan-Po 04/01/2024

Emocionante, real e universal!
"A vida muda rapidamente.
A vida muda em um instante."

Essa leitura me tocou profundamente. Nesse livro, Didion nos leva a uma jornada emocional e intensa ao narrar o período de um ano que se seguiu à morte de seu marido, o também escritor John Gregory Dunne, e a longa doença de sua única filha.

Com uma habilidade incrível para expressar suas emoções, Didion nos envolve em sua experiência pessoal, compartilhando os altos e baixos, as dúvidas e os momentos de clareza que ela viveu durante esse período desafiador. Sua sinceridade e paixão são contagiantes, fazendo com que nos identifiquemos profundamente com sua jornada.

O que mais me impressionou nessa obra é a capacidade da autora de transmitir uma experiência tão pessoal, ao mesmo tempo em que faz com que nos reconheçamos nela. Embora as circunstâncias sejam únicas para ela, as emoções que ela vivencia são universais. O luto, a dor, a busca por sentido e a luta para seguir em frente são sentimentos com os quais todos nós podemos nos relacionar.

Recomendo fortemente a leitura de O Ano do Pensamento Mágico para todos que buscam uma leitura catártica e profundamente humana. Joan Didion é uma escritora excepcional, capaz de nos transportar para sua realidade e nos fazer refletir sobre os aspectos mais complexos da vida.

Se você procura um livro que irá levá-lo a mergulhar em suas próprias emoções, ao mesmo tempo em que aprecia a escrita brilhante de uma autora talentosa, não perca a oportunidade de ler esse livro. Tenho certeza de que essa experiência literária ficará com você por muito tempo, assim como ficará comigo.

Brunna158 22/12/2023

Livro obrigatório pra viver!
Que BAITA viagem joan nos leva aqui! dói do início ao fim.

entrou pra lista dos livros que lemos pra lidar com a vida, a literatura de consulta pra viver que eu cultivo com muito amor.

reconfortante saber que esse livro existe!

Luc1l 29/11/2023

Esse livro me encontrou na hora certa
Após visitarem sua única filha, Quintana, internada em decorrência de uma pneumonia seguida por um choque séptico, Joan e seu marido, casados há 40 anos, sentam-se para jantar. A noite é interrompida quando John sofre um ataque cardíaco fulminante.

"A vida muda rapidamente. A vida muda em um instante. Você se senta para jantar, e a vida que você conhecia termina".


O ano do pensamento mágico é o relato cru de seus dias meio aéreos, o espanto em ver a morte de tantos aspectos, o acolhimento dos amigos antes durante e depois, o luto inesperado e o vazio sendo preenchido, com sinceridade e coragem.

"Uma única pessoa está ausente, mas o mundo inteiro parece vazio."

Thais 27/11/2023

Triste
Acho que deve ser bom pra quem está processando um luto, mas ainda assim, faltou muito de um acompanhamento profissional?

Faluz 13/11/2023

O Ano do Pensamento Mágico. - Joan Didion
Livro escrito em 2005 pela jornalista Joan Didion no ano seguinte a morte de seu marido. Nessa mesma época eles viviam um problema médico apresentado pela filha que permaneceu após a morte do pai.
A escrita da jornalista é perfeita, mas entendi que talvez a forma quase um diário o deixa mais como um documentário deixando a emoção um pouco suspensa.
Muito bem escrito.