Helaina 03/07/2021
Essa resenha é do livro sobre minha musa inspiradora, Dana Katherine Scully e eu gostaria muito de dizer que amei, mas não foi bem assim
Com o lançamento de duas minitemporadas de Arquivo-X (10ª temporada|2016|6 episódios) e (11ª temporada|2018|10 episódios) a série voltou a ficar em evidência para a alegria dos fãs já com muita saudade de Scully e Mulder desde o filme Eu Quero Acreditar (25 de julho de 2008). Isso parece ter motivado também o mercado editorial que nos presenteou com dois livros.
Série de grande sucesso nos anos 90, vários foram os livros publicados com histórias independentes, novelizações de alguns episódios e do primeiro filme, biografia dos atores, guias das temporadas e um livro sobre a parte verdadeira da ciência por trás da série.
Entretanto pouco se sabia sobre o passado dos personagens além dos flashbacks apresentados na série, e os dois livros The X Files - Origins vieram preencher essa lacuna, contando um evento significativo na trajetória da adolescente Scully e do adolescente Mulder cada.
"Dana era uma garota, e aquilo significava que ela era inferior. Foi o que Ethan tentou não dizer, mas foi o que saiu. O mundo não foi feito para garotas ou mulheres. Foi feito por homens que não queriam compartilhar nada. Nem o poder, nem o dinheiro, nem as vantagens, nada. Aquilo a deixou furiosa. Afinal de contas, era 1979. Tudo isso já não deveria ter sido resolvido àquela altura? - Pag.238"
A história é muito boa e o jeito que o autor (nenhum dos livros foi escrito pelo criador da série, Chris Carter) escreveu a personagem foi crível suficiente mesmo para uma Scully de mente aberta para o inexplicável, já que essa era a proposta do livro: mostrar como nasceu o ceticismo da agente. Mas então, por que eu não gostei? A quebra do ritmo da leitura com capítulos minúsculos me incomodou demais.
Eu não acho ruim capítulos curtos, na verdade até gosto porque é muito prático na hora que preciso fazer uma pausa na leitura, mas o exagero não deixa a gente sentir aquela aflição boa, sabe? É como se alguém acendesse a luz durante um filme de terror no cinema. Já me falaram que nesse aspecto o livro com a história do Mulder é melhor. É ler para saber. Tenho esperança que seja já que foi escrito por uma pessoa diferente.
"Jamais peça desculpas pelo que você não sabe. Não há vergonha nisso. A vergonha existe quando você se recusa a aprender ou quando finge não saber. Isso é ignorância proposital, e é desprezível. - Pág.167"
Eu queria ter gostado mais do livro e confesso que fiquei um pouco desanimada com isso, mas a vida de leitor é assim mesmo, né? Espero que essa resenha não desencoraje vocês, porque a história e a personagem principal valem muito à pena.
"A realidade em si é irreal. A realidade é uma percepção. Cada um de nós enxerga o mundo de determinada forma, e aquilo é a realidade para nós, mas nós todos não enxergamos da mesma maneira. - Pág.163"
"Experiências psíquicas cobram um preço alto do corpo físico. Peras têm água, vitaminas C e K, cobre e fibras. Ela vai te ajudar a se acomodar de volta. - Ele sorriu. - É um truque bem velho. - Pág. 182"
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