Sangue Por Sangue

Sangue Por Sangue Ryan Graudin




Resenhas - /////


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Driely Meira 07/08/2017

Incrível!
Por que escolher ser despedaçado a sobreviver? - página 306

Hitler não estava morto. A missão de Yael era, desde o início, matá-lo, mas ele não estava morto. Ainda assim, a falsa morte foi o suficiente para dar energias à resistência, que se empenhou ainda mais para libertar o mundo do vermelho do Reich.
Mas Yael ainda precisava fugir do Baile, o que seria muito difícil, visto que atirara no Führer e revelara sua identidade ao mundo. Sem contar que Luka parecia determinado a segui-la, e um Felix muito irritado buscava vingança, e também buscava sua família. Será que a guerra finalmente acabaria, ou a resistência cairia de uma vez por todas?

Se eu pudesse definir este livro em uma palavra, ela seria substituída por asteriscos. Sangue por sangue começa exatamente no ponto em que o primeiro livro parou. Mas foi muito além do que eu imaginei que iria. Se eu já gostava de Yael no primeiro livro, aqui ela se tornou minha heroína. E Luka não ficou muito atrás, apesar de eu achar que meu shipp #Lael afetou meu julgamento...haha'
A maneira como eles lutam para derrubar Hitler e seu império, mesmo sabendo que as chances de derrota são muito maiores que as de vencer, é incrível.

Yael não era um monstro. Luka não era a próxima geração do nacional-socialismo. Eles eram o que o Reich mais temia. Uma garota judia e um menino alemão segurando o futuro e o passado de mãos dadas. - página 328

A autora soube desenvolver tudo muito bem, e o melhor é que, além de trazer a história no presente, ela dá uns pulos no passado e traz prelúdios e interlúdios dos personagens, o que me fez gostar ainda mais deles.
Assim como aconteceu com o primeiro livro, eu DEVOREI este. Mal via as horas passando, de tão entretida que estava. A escrita da autora é maravilhosa, e a narração é feita em terceira pessoa, o que normalmente não me agrada muito, mas desta vez, fiquei vidrada da mesma forma.

Ryan se superou, e superou também as minhas expectativas, que já eram altas. Estou mais do que doida para ler outros livros seus. Li o livro em e-book (cedido pela editora ♥), mas a edição estava linda e impecável, sem contar que as capas de ambos os livros são maravilhosas. Esta foi uma das melhores séries de ficção que eu já li, e, apesar de seu fundo catastrófico e triste por causa da Segunda Guerra Mundial, que no livro, nunca tinha fim, vai deixar saudades. Em especial de Yael e Luka, personagens favoritos!

Hitler, Himmler e Geyer - eles não a tinham criado. Tampouco a tinham quebrado. Mas Yael tentaria destruí-los com tudo o que havia dentro dela - luz do sol e sofrimento, vidas roubadas e morte na ponta de suas asas. - página 367

Sangue por sangue foi uma surpresa atrás da outra, e a autora conseguia me deixar mais e mais tensa, a ponto de quase chorar em algumas partes. Ainda não superei...hehe'
De início eu achava que esta era trilogia, ou até mesmo uma série, mas parece que serão apenas os esses dois livros. Ainda não quero dizer adeus para Yael e Luka, mas o desfecho não poderia ter sido melhor, e acho que não sobraram pontas para amarrar em um terceiro livro.

Ela não estava pronta, mas ficaria. Voltaria ao começo para encontrar um fim. (...) Estava a caminho de terminar o que tinha começado. - página 238

Enfim, Sangue por sangue foi capaz de fechar a duologia com chave de ouro, e a autora se tornou, mais uma vez, uma das minhas favoritas. Duologia mais que recomendada!

site: http://shakedepalavras.blogspot.com.br/2017/08/sangue-por-sangue.html
Pam 24/09/2017minha estante
Foi um livro que me deixou numa MEGA BAD.
Mas foi maravilhoso e me surpreendeu bastante!




Anna 10/07/2021

Livro ótimo, sai com depressão...
Quando me deparei com a premissa de lobo por lobo (o primeiro livro da duologia), fiquei bastante interessada por retratar um período histórico que sempre gostei de estudar. Confesso que esperava um cenário mais desafiador com cenas mais agressivas e brutais. Senti falta de uma corrida mais perigosa, pensei que tudo séria mais intenso mas no geral me agradou bastante, quis dar continuidade por mais que a leitura tenha sido um pouco arrastada.

Esse segundo livro no entanto me proporcionou tudo aquilo que no primeiro me fez falta, e um pouco mais. Me apeguei aos personagens e acho que eles tiveram um ótimo desenvolvimento, me envolvi com a trama a ponto de realmente me frustrar bastante e me surpreender com muitos dos plots.

Vou levar um tempinho para me recuperar dessa duologia.
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Karini.Couto 10/09/2017

Com a tentativa de assassinato de Hitler exposta, Yael é o inimigo número 1 do momento. Ainda durante o baile da vitória, Yael tem seu disfarce revelado e sua vida é colocada em perigo. “Sangue por Sangue” é uma história sobre sobrevivência e uma aventura grandiosa.

Nessa continuação, para sobreviver, Yael precisará contar com a ajuda de outros rebeldes, mas o quanto ela realmente poderá confiar em estranhos? Como avaliar a lealdade de alguém quando corromper um indivíduo é tão fácil?

Luka mais uma vez entra em cena e junto com Yael vão formar um time forte e determinado. “Sangue por sangue” é uma continuação repleta de méritos. Enquanto muitas séries tem um grande decaimento de qualidade em seu segundo livro, o autor Ryan Graudin não apenas conseguiu manter a atenção dos leitores presas nas páginas do livro como elevou a expectativa para o terceiro livro.

Yael mais uma vez se apresenta como uma jovem madura e sagaz. Ao relembrarmos de sua triste infância e dos experimentos pelos quais foi submetida, é impossível não se deslumbrar com a complexidade de sua personalidade. É uma personagem que tem um objetivo claro e que está mais do que determinada a alcançá-lo.

O enredo fala por si só. A história foi bem construída, tendo momentos de ação, revelações e é claro, reviravoltas que serão essenciais na história geral.

“Yael não era um monstro. Luka não era a próxima geração do nacional-socialismo. Eles eram o que o Reich mais temia. Uma garota judia e um menino alemão segurando o futuro e o passado de mãos dadas.” (p. 328)

site: http://www.livrosechocolatequente.com.br/
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@blogleiturasdiarias 05/10/2022

Perfeito! É o motivo de eu indicar de olhos fechados a duologia <3
O que ansiava se cumpriu: Sangue por Sangue realmente é um livro que detém toda a ação que imaginava, e leva boa parte do porquê indico a leitura da duologia Lobo por Lobo! Contando uma história de enredo único e diferente, é uma recomendação para aqueles que querem conhecer fantasias fora do comum.

Yael, uma metamorfa sobrevivente de um campo de extermínio, está fugindo: o mundo acabou de vê-la atirar no líder do Terceiro Reich. Mas, a verdade do que realmente aconteceu é muito mais complicada — e suas consequências são mortais. Yael e seus companheiros improváveis se infiltram no território inimigo para tentar derrotar o exército de Hitler, e não há alternativa senão levar a missão até o fim.

Saio encantada com a escrita da Ryan Graudin. Toda as expectativas que coloquei em cima da duologia se cumpriram e trouxe até um certo alívio para o coração — já que estava com medo de não curtir. Sendo dinâmico e rápido, as aventuras estão inseridas. O andamento tem um ritmo acelerado, pontuados por revelações no tempo passado, que enriquecem os acontecimentos atuais. É um desenvolvimento que você não quer parar de ler porque quer descobrir os passos seguintes. Com um considerável número de páginas, terminá-lo em poucos dias demonstra o quanto ele pode prender o leitor.

Bato na tecla que poderia ser somente um volume — consideravelmente grande no número de páginas, mas sendo único — e isso possivelmente apagaria a impressão de que Lobo por Lobo é um livro mediano. Aqui o plot twist funciona muito melhor do que o inserido no primeiro, chocando demasiadamente, onde temos uma reviravolta que deixa tudo em aberto — acredito que quem estiver prestando atenção nesses pormenores, captará rapidamente a intenção do mesmo. A autora soube explorar o universo criado e mostrou a riqueza que a obra tinha. Na minha opinião, a fantasia é a parte mais impactante da trama — até quando você começa a se apegar aos personagens — e o contexto trouxe uma carga emocional necessária para a narrativa. Confesso que depois dali eu só chorava.

"Quanta salvação e perdição havia naquele único empurrão. Os Wolfe ficariam a salvo, mas haveria sangue. Sangue por Sangue. Sangue para pagar. Um mundo inteiro de sangue." pág. 101

A construção minuciosa dos outros personagens foi fundamental para um todo, pois conhecendo-os adequadamente, entendemos melhor as decisões tomadas, as atitudes questionáveis e principalmente desfez o "triângulo amoroso" formado no antecessor. Coloco "triângulo" entre aspas porque eu não vejo que seja algo 100% assim, entretanto é notório a criação para confundir o leitor. Confesso que fiquei dividida, mas no sentido de qual dos meninos — Luka e Felix — teria a tentação de trair o que estava acontecendo, afinal, estamos lidando com uma guerra. Com duas pessoas que possuem nacionalidade alemã fugindo com uma judia. Fica difícil não esperar uma traição ou quebra de confiança, e me foi uma surpresa desdobramentos decorridos por causa dessa dúvida. A autora soube pontualmente explorar os elementos inseridos.

A Yael teve uma evolução excepcional pois existe uma abertura para esmiuçá-la melhor. Apesar de conhecermos seu passado e seus medos, em Lobo por Lobo ela representava um papel. Sendo ela mesma agora, a guerreira que foi treinada para ser, teremos uma melhor percepção sobre quem é essa menina fugitiva de um campo de concentração.

E temos um final mais do que apropriado, que te deixa angustiado juntamente da sensação de dever cumprido. Muito dele virá de consequências de escolhas, consequências de atitudes e de alternativas. Não espere uma narrativa sem mortes porque o leque de personagens é grande e estamos numa batalha sangrenta. Ainda assim, teremos boas surpresas com aparições de outros nomes nesse fim. É um desfecho ótimo dentro da proposta inicial.

Falando da fantasia misturada com o histórico — afinal, a existência de Hitler, da Segunda Guerra Mundial é real — foi algo que me encantou. É sutil e ao mesmo tempo forte essas peças na história. Tem muitas cenas que trazem a realidade crua do que acontecia na época — demonstrando uma grande pesquisa por trás — aliado a pequenas partes fantásticas.

"O que não significaria derrota, mas sim, guerra. Uma guerra como o mundo tinha visto poucas vezes — batalhas dentro de fronteiras, soldados sem uniformes...Uma luta que assolaria os ossos do Reich de dentro para fora, um câncer caótico." pág. 40

De uma forma geral, Sangue por Sangue é fascinante. Fecha um ciclo de forma bacana, trazendo um teor de estratégias e uma temática interessante sem igual. Faz jus ao burburinho que teve lá fora, e até sobrepuja as expectativas geradas quando você termina o primeiro. Recomendadíssimo!

Na parte física, a capa segue uma "padrão" e gostei da escolha — especialmente pela paleta de cores. Tem conexão com o conteúdo interno tanto o título quanto as figuras representativas, deixando bonito visualmente os dois exemplares na estante. A diagramação é a mesma encontrada em Lobo por Lobo, com um diferencial da narrativa ser feita em terceira pessoa por três pontos de vistas — Yael, Luka e Felix.

Espero que tenham gostado da resenha, e possam dar uma oportunidade!

site: https://diariasleituras.blogspot.com/2022/09/resenha-sangue-por-sangue-ryan-graudin.html
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LSV 14/07/2021

Li lobo por lobo e já vim correndo ler a continuação!
O livro me prendeu do início ao fim, me fazendo passar por diversas emoções enquanto lia.
Entretanto não gostei muito do final para ser honesta, apesar de ter gostado do desenvolvimento dos personagens (com algumas ressalvas claro).
Mas, no fim, certamente recomendo a leitura dessa duologia ??
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Nikolle - Paradise Books 11/12/2017

Yael dona do meu coração! Sofrendo com você pra sempre!
A missão de Yael em "Lobo por Lobo", era se infiltrar na corrida de motos, ganhá-la, e no Baile de comemoração assassinar Hitler em em frente às câmeras reproduzindo para todo o mundo. Mas ao completar sua tarefa e atirar no Fuhrer em transmissão a vivo, Yael tem a grande surpresa de descobrir que aquele não era realmente o líder do Império, e sim uma pessoa que possuía as mesmas habilidades que ela de mutação, podendo assim se transformar em qualquer pessoa, e o que tinha acabado de matar era uma cópia de Hitler.
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Após seu ato no Baile, e o choque de não ter realmente cumprido sua missão, Yael irá se tornar uma fugitiva, e a maior inimiga da Germânia. A única solução que vê agora é voltar para base rebelde ou tentar encontrar um novo modo de destruir esse regime, pois foi para isso que treinou por tantos anos.
Além de tantas decisões a tomar, o caminho de Yael irá cruzar novamente com Luka e Felix, duas pessoas que de certo modo conquistaram parte de sua confiança e podem ser aliados ou inimigos em seu futuro.
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Sangue Por Sangue último livro da duologia de Ryan Graudin foi um grande impacto para mim. Neste livro com narração intercalada entre os três protagonistas, iremos ter muitas surpresas, MUITAS MESMO, e grandes reviravoltas no enredo.
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Ryan Graudin criou, desenvolveu e encerrou um mundo espetacular, com personagens maravilhosos em apenas uma duologia. Fiquei imaginando que teriam alguns buracos na história, ou um final pouco satisfatório, mas foi totalmente o contrário. Certas coisas que imaginei que a autora nem iria citar, foram discutidos e muito bem resolvidos. Chegando ao fim dessa história espetacular, deixo claro que preparem seus lencinhos, porque são fortes emoções, eu sou chorona portanto meu quarto virou um mar de lágrimas nas páginas finais.

site: http://www.paradisebooks.com.br/
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Gramatura Alta 25/01/2018

SANGUE POR SANGUE é a continuação do livro LOBO POR LOBO. Para quem ainda não leu a resenha do primeiro livro, confira AQUI!. Por se tratar de uma continuação, esta resenha PODE CONTER PEQUENOS SPOILERS do primeiro livro. Esteja ciente disso.

O livro começa com breves lembranças das vidas dos personagens principais, Yael, Luka, Felix e Adele. Isso introduziu muito bem a história, mesmo não começando onde o anterior termina, não deixa o leitor confuso e, sim, com um sentimento de nostalgia e com mais curiosidade sobre o que acontecerá com os personagens ao longo do livro.

“A falsa Adele continuava olhando pela janela com o rosto pálido. Luka preferia que ela estivesse gritando. Conseguiria enfrentar palavras de fúria e acusações. Mas silêncio... Ele nunca se dera bem com o silêncio.”

O livro é narrado em terceira pessoa entre esses flashs do passado e cenas no presente, contando o pós-corrida e o suposto assassinato de Adolf Hitler. Vale ressaltar que neste livro há muito mais ação do que no anterior.

Diferente de LOBO POR LOBO, a autora se aprofundou no romance de Yael e Luka, porém não foi o foco da trama, o que é muito bom para quem não gosta de romance demais nas distopias. O que me faz gostar tanto de Ryan Graudin, é que ela sabe escrever vários cenários e personagens diferentes sem sair de um mesmo contexto.

“- Eu tinha medo. [...] Ainda tenho.
- Medo não é desculpa – Yael disse a ele. – O medo é humano.”

As cenas são muito gostosas de serem lidas. A autora foi feliz em sua narrativa, embora eu tenha desvendado os mistérios da história com muita antecedência. Para quem não curte o contexto histórico e todo o cenário de guerra, talvez se perca ao fazer a leitura desses livros. Eu, particularmente, amo como a autora soube encaixar a triste realidade com uma ficção bastante realista.

“- Não importa quantas drogas o dr. Geyer injetou em nossas veias. Ele não nos criou. Fomos nos que nos criamos. Monstros abrem o corpo de crianças e chamam isso de progresso. Monstros matam grupos de pessoas sem pestanejar, mas ficam irritados quando tem que limpar as cinzas humanas de seus jardins. Monstros vêem as pessoas cometerem isso tudo e não fazem nada para impedir. Nós não somos monstros. Somos milagres.”

A autora se demora bastante no conflito todo da queda do Terceiro Reich. O final foi um pouco cansativo. Acho que isso se deve, por parte, pelo fato de ser um final um pouco triste.

Esteticamente, o livro me agrada. A editora criou uma capa bacana e que combina com a anterior. Em questão de edição, não deixa a desejar.

LOBO POR LOBO é um dos meus livros favoritos da vida e SANGUE POR SANGUE foi uma boa continuação, não deixa nada em aberto, digno de quatro estrelas.

site: http://www.gettub.com.br/2018/01/sangue-por-sangue.html
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Julia G 20/03/2018

Sangue por Sangue
Ryan Graudin conseguiu criar uma história fascinante sobre como seria o mundo se Adolf Hitler tivesse vencido a Segunda Guerra Mundial e, em Lobo por Lobo, a autora nos presenteou com uma trama repleta de reviravoltas e com um final atordoante de expectativas. Para ser sincera, estava um pouco receosa em começar a leitura de Sangue por Sangue, com medo de que tudo aquilo que gostei no primeiro livro fosse desperdiçado nesse segundo volume. Porém, a autora soube explorar todos os detalhes que criou e entregou uma duologia completa, angustiante, mas incrível.

No primeiro volume, Yael enfrentou, como Adele, as dificuldades do Tour do Eixo para ficar frente a frente com Hitler. Agora, depois de alcançar seu objetivo, embora com resultados bem diferentes dos desejados, ela se torna uma fugitiva do governo, e arrasta consigo Felix e Luka, que se viram envolvidos na conspiração da resistência por terem ficado tão próximos da rebelde.

"Quanta salvação e perdição havia naquele único empurrão. Os Wolfe ficariam a salvo, mas haveria sangue. Sangue por sangue. Sangue para pagar. Um mundo inteiro de sangue."

Sangue por Sangue mantém o ritmo do primeiro livro, eletrizante e carregado de tensão. A cada cena há um novo obstáculo, alguma nova luta pela vida, e as reviravoltas trazidas no enredo são tão envolventes quanto no primeiro livro. Como adicional, além dos capítulos pela perspectiva de Yael, há alguns pelos pontos de vistas de outros personagens, como Luka e Felix, assim como interlúdios que mostram o passado deles. É enriquecedor vê-los sem o filtro do olhar da protagonista, já que se pode compreender suas motivações e a real complexidade de suas personalidades.

Adorei a forma como Graudin conseguiu inserir as mulheres em posição de destaque. Yael é uma protagonista forte, corajosa e determinada, e é ótimo ver a garota como a salvadora, de quem todos dependem, e não como aquela que precisa ser salva. Além dela, Henryka e Miriam são líderes, seja da resistência, seja do exército soviético. Não que os homens não tenham participação relevante na história, mas o fato de elas serem tão importantes quanto eles - ou mais - faz do enredo ainda mais instigante.

Outro ponto positivo foi o cuidado da autora com dados históricos, que fez a história quase verossímil. Não fosse a metamorfia inserida no enredo, creio que um possível reinado de Hitler seria bastante semelhante ao descrito nos livros, tão ou mais horripilante do que ocorreu durante a Segunda Guerra. Embora esse segundo volume tenha enfoque maior nas consequências das ações de Yael, ainda há passagens bastantes que falam sobre os campos de concentração, os experimentos nazistas, a estrutura de governo e poder alemão, entre outros detalhes muito bem trabalhados pela autora.

A questão do poder, aliás, leva a um fechamento surpreendente do livro. Eu até tinha uma suposição de que algo semelhante poderia ocorrer, tendo em vista o caminho pelo qual a trama estava levando. Mas não tinha imaginado nada tão elaborado quanto foi de fato.

"- Você me deu uma chance de viver - Miriam disse. - Deu ao mundo uma chance de se libertar. Não é algo de que se envergonhar."

O único problema do livro foi a superficialidade com que Graudin narrou as diversas perdas de Yael. Eu sofri mais pelo que eu sabia sobre a história da protagonista do que pelo trabalho de texto da autora. Foram escritas apenas algumas passagens quase indiferentes sobre isso, e achei uma pena a autora não explorar melhor esses momentos. Acredito que, com tantos detalhes para fechar e justificar, tenha sido uma opção não se estender no sofrimento da personagem, mas realmente senti falta disso.

Sangue por Sangue é um livro sobre guerra, então as perdas são inevitáveis. O final é o mais feliz possível, mas sinto que preciso alertar que não é um final feliz, no fim das contas. Ainda assim, tem uma trama incrivelmente bem construída e trabalha com questões necessárias, como humanidade e identidade, sobre o real valor das pessoas, para além das aparências.

site: http://conjuntodaobra.blogspot.com.br/2018/03/sangue-por-sangue-ryan-graudin.html
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Raquel.Euphrasio 02/04/2018

A finalização da duologia não poderia ter sido diferente: pura ação, muita tristeza e reflexão e uma pitada de esperança. A busca da protagonista pela verdade continua e mesmo já desconfiando do fim do maior mistério, não atrapalhou em nada a minha leitura. Pq a forma com Yael descobre essas respostas e principalmente como ela lido com cada uma delas, deixa a história ainda mais fascinante. Outro ponto forte desse segundo livro é a trajetória e descoberta de si mesmo, que os personagens fazem durante a narrativa. Eu amei essa parte.
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Luiza Helena (@balaiodebabados) 28/05/2018

Originalmente postada em www.oquetemnanossaestante.com.br
Sangue por Sangue é a eletrizante continuação de Lobo por Lobo (leia a resenha aqui) e começa exatamente de onde parou o livro anterior. Não vou me adentrar muito na história desse aqui para não soltar spoilers, mas posso dizer com tranquilidade que esses dois livros já entram na lista de melhores de 2018.

Não vou mentir que fiquei bem receosa em como a Ryan iria dar um término digno a história em apenas um livro. Pois a mulher cumpriu o que prometia. Além de não deixar uma ponta solta na história, Sangue por Sangue tem um ritmo bem rápido e angustiante, deixando você sem ar a cada página.

Yael se tornou uma das minhas heroínas favoritas. Ela é minha guerreirinha e irei protegê-la. Para uma pessoa que foi vítima de um experimento nazista, Yael ainda nutre bastante esperança de um mundo melhor, caso consiga cumprir sua missão de matar Hitler. E é esperança que a ajuda a manter o foco na missão. Até em momentos de desespero, Yael consegue se manter concentrada e focada, colocando em prática todo seu treinamento.

Além do ponto de vista de Yael, nesse livro somos agraciados com capítulos narrados em terceira pessoa, focando em Luka e Felix. Gostei muito desse acréscimo porque assim conhecemos melhor esses dois meninos que se viram caindo de paraquedas na conspiração contra o Fuhrer.

Nos capítulos de Luka, vemos que ele é um garoto que sempre tentou agradar tudo e todos, mesmo que isso fosse na direção totalmente oposta do que ele realmente pensa. Apesar de toda essa fachada de cara que não se importa, ele esconde sua verdadeira personalidade por trás de respostas irônicas. Na real, Luka é um bolinho de pessoa, um tanto inseguro e que deve ser protegido de todos os males.

O responsável pelas emoções dúbias nesse livro é Felix Wolfe. Suas atitudes foram daquelas de fazer qualquer um espumar de ódio porque todas as tretas que acontecem e colocam em risco a vida de Yael é por culpa dele. Parando para analisar, eu entendo o que o levou a fazer tudo aquilo; provavelmente eu teria feito o mesmo, mas no momento do desespero a raiva aparece. Entretanto, a partir de certos acontecimentos, o mais novo dos Wolfe foi uma pessoa extremamente burra e iludida, merecendo sim ter a fuça arrastada no asfalto quente coberto por pedra brita.

Um ponto que quase toda resenha concorda é na importância das mulheres nessa história. A vida de Yael foi marcada por mulheres que ajudaram-na a moldar seu caráter de alguma forma. Temos Miriam, que foi seu alicerce durante a época do campo de concentração; Babushka, que sempre acreditou que ela iria mudar o mundo; Henryka, que a ajudou no momento em que ela se viu perdida no mundo. E por que não falar de Adele Wolfe que, apesar de ser uma cobra criada, que se recusou a seguir o destino já traçado por Hitler para as mulheres de sua nação? Ryan conseguiu equilibrar de forma maestral o destaque entre os homens e as mulheres.

Claramente, na reta final do livro, temos um grande plot twist que muda tudo o que Yael sempre soube. Também tivemos muitas mortes, todas ainda sofridas e abertas em meu coraçãozinho de gelo. Nunca esquecerei vocês.

Uma única coisa que não me convenceu na história foi o romance surgido entre Yael e Luka. entretanto, o fato de já gostar deles juntos desde o livro passado (com Yael sendo a não-Adele) e o livro ser maravilhoso do começo ao fim, esse detalhe fica bastante em 826548207143 plano.

Lobo por Lobo e Sangue por Sangue foram livros escritos após uma grande pesquisa minuciosa em uma das épocas mais negras da história da humanidade. Durante todo o livro, você vai ficar com aquele sentimento de “e se…”, o que aumenta mais a angústia pois o mundo passou bem perto de ser igual ao de Yael.

Sem sombra de dúvida, super recomendo essa duologia e espero que todo mundo tenha a chance de acompanhar a saga de Yael na luta para um futuro melhor.

“Yael não era um monstro. Luka não era a próxima geração do nacional-socialismo. Eles eram o que o Reich mais temia. Uma garota judia e um menino alemão segurando o futuro e o passado de mãos dadas.”

FICHA TÉCNICA
Título: Sangue por Sangue (Lobo por Lobo #2)
Autor: Ryan Graudin
Editora Companhia das Letras / Selo Seguinte
Nota: 5♥

Leia mais resenhas em www.oquetemnanossaestante.com.br

site: http://www.oquetemnanossaestante.com.br/2018/05/sangue-por-sangue-resenha-literaria.html
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Larissa Guedes de Souza 18/06/2018

Se você não leu Lobo por Lobo, esta resenha pode conter spoilers.

Iniciei a leitura com altas expectativas pelo fim dessa história super interessante e foi melhor, mais eletrizante, mais cheio de emoções do que imaginei! Assim como o primeiro livro, este também tem uma ambientação perfeita da época do Terceiro Reich. A violência, a tensão, as conspirações e traições que sabemos que existiria em um mundo que Hitler tivesse vencido a guerra estão presentes. E você consegue sentir tudo isso. O leitor fica tenso junto com os personagens em fuga após Yael matar quem ela pensava ser o Füher.

Agora Yael deve tentar atravessar a Ásia e Europa novamente, desta vez sendo perseguida, para voltar à Germania e decidir os próximos passos. Pois para a Resistência ter sucesso total, Hitler não pode estar vivo. Onde está e quem é o verdadeiro Hitler? Será que ela matou o único metamorfo que podia se passar por Hitler? Ou será que existem outros? Quantos metamorfos existem mais? Ela achava que era a única com essa habilidade, mas agora deve questionar tudo.

Novamente a caracterização e as personalidades dos personagens são destaque no livro. Enquanto no primeiro só conhecíamos mais de Yael, já que a história era contada apenas sob sua ótica, neste livro a autora alterna os pontos de vista do narrador entre Yael, Luka e Felix. Assim, podemos conhecer mais sobre cada um deles. Os conflitos, as crenças e as lealdades nos são escancaradas e isso é um dos fatores que nos deixa apreensivos, pois sabemos que certas traições estão por vir, antes dos outros personagens descobrirem. Também há alguns flashbacks que servem para detalhar e esclarecer mais a personalidades dos três adolescentes principais da história.

Luka, na minha opinião, foi o personagem que mais evoluiu nesse livro. Percebemos e entendemos que ele não é o garoto propaganda Reich. Ele é mais denso e com mais camadas do que imaginamos. Não posso falar muito disso, senão pode sair algum spoiler. E claro que também temos a relação entre Luka e Yael, agora que ele sabe que ela não é Adele.

Enfim, a autora conseguiu fazer uma história de ficção ser completamente verossímil e possível na realidade. Tratando inclusive das questões de que nem todos que viviam (ou vivem) em uma ditadura que faz atrocidades concordam com aquilo. Na verdade, a maioria das pessoas é apenas massa de manobra e nem faz ideia do quão longe a maldade, o preconceito e o racismo podem ir. As pessoas se acomodam com a sua posição confortável nesse mundo e não veem, ou não querem ver, o que outros estão sofrendo. Às vezes, por maldade mesmo, às vezes por egoísmo, às vezes por pura ignorância e às vezes por medo. E vemos como cada um dos meninos alemães da história reagem quando a violenta verdade é jogada na cara deles.

“O medo não é desculpa. O medo é ser humano” - Yael

Achei o livro bem mais tenso e eletrizante que o primeiro, pois nesse a ação está bem mais evidente. Enquanto que no primeiro Yael tinha apenas um objetivo e o caminho até lá era bem mais linear, este livro é repleto de planos, fugas, reviravoltas e conspirações. Meu único comentário um pouco negativo é que achei o clímax e as resoluções finais meio corridas, mas nada que diminua minha opinião sobre a série.

site: https://bibliomaniacas.blogspot.com.br/
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Aryanna 09/08/2018

É impossível resenhar Sangue por Sangue sem soltar vários spoilers sobre o livro anterior.
No final de Lobo por Lobo, após revelar sua identidade a Felix e trancá-lo em um quarto, Yael comparece ao Baile da Vitória como convidada do duplo vencedor Luka Lowe. Seu plano era dançar com o Fuhrer e aniquilá-lo na primeira oportunidade, um plano que teria sido bem sucedido caso o cadáver no chão fosse realmente do Fuhrer, e não de um metamorfo desconhecido.

Sangue por Sangue começa bem aí, na descoordenada fuga de Yael. Diante do acontecido, Luka Lowe não tem escolha a não ser seguir a recém-criminosa - pois seria bem difícil ficar no local e tentar convencer a SS de que sua convidada tentou matar o Fuhrer mas ele não tinha nada a ver com isso. Convencido pela falta de escolha, Luka segue Yael sem saber se a garota que é inimiga do Reich também pode ser amiga do garoto-propaganda do mesmo regime.

Ao perder seu disfarce - afinal, não foi difícil fazer com que Felix fornecesse à SS a informação de que Adele (sabidamente Yael), na verdade, é uma troca-rostos que só pode ser identificada por sua tatuagem de lobos -, nossa protagonista fica em dupla desvantagem: sem plano (não havia um manual sobre "o que fazer se você matar o Hitler mas ele não for mesmo Hitler") e sem o escudo impenetrável que era sua habilidade de trocar de rostos. Seguida por um Luka confuso e desconfiado e por um agente duplo, Yael precisa se reconectar à célula da resistência e tentar dar rumo à revolução que estava dando seus passos iniciais no Reich.

O desenrolar do romance entre Yael e Luka é singelo, algo completamente digno de um livro da seção infanto-juvenil - que é o caso aqui, afinal. Ver Luka conhecendo a verdadeira Yael, e não mais a garota que fingia ser Adele Wolfe, foi uma das melhores partes da leitura. Por outro lado...

(Resenha completa em http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2017/12/resenha-sangue-por-sangue.html )
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