Resenhas - /////

eup3dro 30/08/2020

Começou como um digno 5 estrelas mas...
Quando eu comecei a ler esse livro eu estava tão mas tão empolgado que devorei as primeiras 100 páginas de uma vez só. Pude sentir cada resquício de dor na vida da protagonista, cada trauma de seu passado, cada sentimento de infelicidade. Foi de verdade uma experiência pesada e impactante, e eu tinha a certeza de que terminaria o livro adicionando-o aos meus favoritos.
Acho que me empolguei rápido demais pois logo a decepção veio; o livro tornou-se arrastado e incoerente, além de se perder em tramas simples e romances - para mim - desnecessários. Todo o peso e a carga dramática que o livro trouxe nas primeiras páginas logo deram lugar a uma trama lenta e desinteressante. E isso me desanimou tanto que me fez demorar quase três semanas para concluir a leitura, que a cada página só me dava mais sono e desinteresse.
Apesar de não ter suportado cerca de metade do livro, a trama tem bons momentos e personagens, além de um final que me agradou bastante. A autora definitivamente sabe como fazer você se importar com os sentimentos da protagonista e sentir suas dores.
Além disso acho importante alertar aos diversos gatilhos para automutilação, depressão, suicídio, abuso sexual, pedofilia, relacionamento abusivo, pais tóxicos, alcoolismo e drogas. Só leia se crer que consegue lidar com todo o peso emocional da trama.
No mais, sinto-me triste em dar uma nota tão baixa a um livro que me cativou tanto em suas primeiras páginas, mas infelizmente não consigo dar mais que isso; é um livro que tinha potencial mas que logo se perdeu em uma trama desnecessariamente longa e rasa, retomando ao seu ritmo inicial apenas após uns 80% do livro - momento em que eu já estava quase abandonando-o.

Natriz 20/05/2022

sou eu
Não sei como começar a escrever essa resenha...
esse livro mexeu com diversas partes do meu coração.
"Eu nunca tinha visto alguem com a pele igual a minha" ela descreve esse momento quando ve a outra menina com marcas de automutilação no corpo
E foi ai que esse livro me ganhou, foi ai que eu vi que nao tinha mais volta. Eu nao ia conseguir desistir de le-lo.

Meu primeiro contato com esse livro eu deveria ter uns 13 ou 14 anos, no auge da minha prática de automutilação. Foi uma epoca de completa dor e de silêncio. Hoje sei e trato meu transtorno depressivo e meu transtorno dissociativo. Naquela epoca eu li umas 10 paginas em uma livraria, mas tive medo de levar pra casa.
Hoje com quase 18 anos, quase 9 meses após uma tentiva de suicidi0, li esse livro.

Espero que outras Charlies consigam ler, eu apenas entender, sentir essa paz que sinto agora.

sleepyintgarden 30/07/2022

eletrizante
o livro conta a história de charlie,uma menina que se corta. ele tem início em uma casa onde ficam meninas que lutam contra a automutilação. charlie consegue sair do lugar e então começa uma nova vida em um outro estado,onde inicia um relacionamento no qual desenvolve dependência emocional.chalie tentou o tempo inteiro contra a vontade de se cortar e recomeçou do zero. eu torci por ela o tempo inteiro e mesmo ela achando que ela não era importante,eu achei ela incrível. eu amei a amizade dela com blue, amei os artistas felix e ariel, as meninas do bar e no início, amei riley também. esse livro não me prometeu nada,mas entregou TUDO.

Lorrane Fortunato 09/04/2017

Resenha: Garota em Pedaços / Dreams & Books
"Eu me corto porque não consigo lidar com as coisas.
É simples assim.
O mundo se torna um oceano, o oceano cai em cima de mim, o som da água é ensurdecedor, a água afoga meu coração, meu pânico fica do tamanho do mundo.
Preciso de libertação, preciso me machucar mais do que o mundo pode me machucar.
Só assim posso me reconfortar.
Pronto, pronto."

Meses atrás estava eu navegando pela Amazon estrangeira quando me deparei com Girl in Pieces. Achei a capa maravilhosa e a sinopse melhor ainda. Decidi que precisava lê-lo. Dias atrás, com surpresa e alegria o vi no catálogo da editora Planeta como lançamento de abril. Assim que ele chegou pra mim, dei uma pausa na vida para me dedicar totalmente a leitura desse livro.

Garota em Pedaços é aquele tipo de livro que te suga pra dentro da história. Você não apenas lê, você vive. Você deixa de ser quem quer que seja para se tornar a protagonista.

"(...) quando digo 'tristeza', o que quero mesmo dizer é 'um buraco negro dentro de mim cheio de pregos e pedras e vidro quebrado e de palavras que não tenho mais."

O livro te puxa para o limbo. Todos os sentimentos se misturam e disputam qual vai te fazer sentir mais, qual vai te destruir mais rápido. Dor, culpa, medo, nojo, raiva, tristeza e o pior de todos, o vazio. Não sentir nada é infinitamente pior do que sentir a pior dor das dores emocionais.

O vazio que te preenche é tão grande, em alguns momentos, que parece que você nunca irá parar de (não) sentir isso. Você sabe que esse sentimento precisa parar e sabe também que não há nada que possa fazer. O que te resta é ler e torcer para que Charlie consiga se livrar desse vazio imenso, torcer para que esse vazio deixe você.

A loucura de sentimentos vai te esgotando e te destruindo aos poucos. Você vai caindo e caindo e caindo até achar que não pode cair mais. Chega no mais fundo possível do poço, mas, quando finalmente começa a se reerguer, é épico.

"O corte é uma cerca que você constrói no próprio corpo para manter as pessoas do lado de fora, mas depois você chora para ser tocado.
Mas a cerca é de arame farpado."

Garota em Pedaços é um livro difícil e maravilhosamente perturbador. Não é nem por um segundo aquela leitura leve que muitas pessoas buscam. Ele pode não ser o que você procura, no momento, mas, sem dúvida é algo que você precisa.

Essa, com certeza, não é uma leitura fácil de digerir. Você vai engolindo palavra por palavra e chega uma hora, que já se torna difícil engolir. Mas, sabe que precisa ir até o fim pra tudo ficar bem novamente, ou pelo menos, o melhor que possa ser.

Esse não é um livro pra ser lido em partes. Apesar de sua densidade, a história é pra ser lida de uma vez só. É aquele tipo de leitura que você precisa deixar tudo pra depois e apenas ler e ler até chegar a última página.

"Todo mundo tem esse momento, eu acho, o momento em que uma coisa tão... crucial acontece e que parte seu ser em pedacinhos.
E aí, você tem que parar.
Por um tempo, para recolher os pedaços.
E demora tanto, não para juntá-los novamente, mas para montá-los de um jeito novo.
Não necessariamente melhor, mas de um jeito com o qual você possa viver até ter certeza de que essa peça devia ficar ali e aquela outra aqui."

É preciso dizer que a escrita da autora é maravilhosa? Como já disse, ela te faz entrar totalmente na personagem. A escrita é viciante, cruel, real, forte. Ela te bate, e não assopra. A escrita te envolve e te vicia.

Tudo o que experimentei com esse livro, só tinha experimentado com essa intensidade, apenas uma vez e foi na leitura de Garotas de Vidro. Senti falta desses sentimentos, dessa intensidade, senti tanta falta, mas, nem permiti perceber.

"Desculpadesculpadesculpadesculpadesculpadesculpadesculpadesculpa.
Eu também cortei essa palavra, mas ela sempre volta a aparecer, mais forte e mais cruel."

Não coma, não beba, não respire, não pare, não viva. Apenas leia. Ouça o que Charlie tem a te contar, ouça a história dela. A história de Ellis, Blue, Louisa... Ouça a histórias de tantas garotas, tantas garotas que fingimos não ver, para que seja mais fácil para nós.

Leia, mergulhe de cabeça e principalmente, de coração, nessa história. Deixe que ela te envolva, deixa que ele te quebre em milhares de pedaços e depois te cole de um jeito diferente. Se permita ser moldado por ela. Saia diferente, saia melhor, faça diferente. Mude.

"Eu cortei todas as minhas palavras fora.
Meu coração estava cheio demais delas."

site: www.dreamsandbooks.com

Amanda | @meupedeleitura 01/06/2021

Esse livro tem muitos gatilhos: automutilação, pedofilia, estupro, uso de drogas e álcool, relacionamento abusivo, abandono, suicídio, etc etc

Esse livro me surpreendeu muito. Começando com a protagonista, Charlie, uma personagem que sofreu demais demais demais, só quer ter alguém pra dividir suas dores e um lugar tranquilo. É notável como ela se entrega nas relações que ela confia, como ela carrega traumas e costumes de uma vida sofrida, e de certa maneira isso a ajudou.

Eu achei que o livro, dividido em três partes, iria melhorando a situação da personagem, mas eu ficava triste em ver que ela não conseguia se manter estável. Em ver a regressão dela.

Quando começou a desenvolver o romance eu estava ficando de saco cheio, ela era uma pessoa com muito potencial pra explorar eu ficaria em um romance, mas essa relação foi um ponto muito importante na história - e que me surpreendeu. Eu não imaginei que tomaria aquele rumo.

Enfim, é uma história dolorida, que me deixou incomodada, me fez ver que é muito fácil voltar para os velhos hábitos e relações desgastantes, mesmo que isso seja claramente ruim, e nunca é tarde para recomeçar. Achar pessoas que te apoiam - e se apoiar, claro - é um ponto crucial

Luana 22/11/2021

um livro sobre cicatrizes...
Garota em pedaços é sem dúvidas um dos meus livros favoritos,e um dos melhores que li em 2021.
Falar sobre a temática da @utomutil@ção sem ser algo superficial é extremamente nescessário. Eu consegui me ligar com a Charlie (protagonista) de uma forma sensacional,tentando entender suas dores,traumas e problemas.
Esse livro mostra a real face,e tudo que o autoflagemento pode ocasionar.

Julia 13/12/2022

Garota em pedaços
"A automutilação não é uma tentativa de obter atenção. Não quer dizer que você é suicida. Quer dizer que você está lutando para resistir a uma confusão muito destrutiva guardada na cabeça e no coração, e que esse é seu mecanismo para lidar com isso. Quer dizer que você ocupa um pequeno espaço no grande cânion real de pessoas que sofrem de depressão ou doenças mentais."

Cindy 15/04/2021

Esse livro trata de assuntos muito delicados, podendo ser potencialmente escrito de má
forma, mas que soube ser muito bem abordado e narrado pela autora em questão por haver
muita humanização na construção de todo o enredo e descrições sem romantização dos
assuntos e conflitos. É uma história carregada de gatilhos, não sendo recomendado para
todos. Charlotte é uma adolescente que lida com muitas dificuldades internas e externas,
tendo o início da história em uma clínica psiquiatra em que ela se sente muito bem por ter
acomodações, comida e tratamento para aprender a lidar com tudo o que já passou que
não foi pouca coisa. A mãe de Charlotte não pode arcar com os custos dos tratamentos da
filha e não se vê capacitada para cuidar dela pois está muito abalada com a morte do
marido, pai de Charlie. Ela tenta um recomeço em um outro estado com a ajuda de um
amigo. Mesmo não sabendo o que fazer, ela encontra um emprego e assim permitindo que
outros desenvolvimentos sejam feitos, como por exemplo alugar algum lugar para morar.
Neste meio tempo a autora insere um romance entre Charlotte e Riley que a princípio me
deixou apreensiva por temer um clichê, mas que me surpreendeu com o final, com a
finalização dos conflitos em geral. Há sim algumas partes que foram bem arrastadas para
mim e não entendia muito bem o propósito delas, mas em suma é um livro bom que exige
uma leitura atenciosa.

Julia 27/01/2023

mano
juro esse livro fez me esgotar de tanto chorar, muitas frases boas e muito bem escrito, tem muito gatilho de automutilação, tendências suicidas, relacionamentos abusivos então é bem sensível, porém muito necessário. autora incrível é muito forte

Julia.Piscitelli 13/10/2020

Desgraça tua vida
Que filho da puta desgraçado!! Eu não fiz uma resenha assim que terminei o livro porque eu passei muita raiva. O livro inteiro não tem um momento que te deixa aliviada, é só angústia, tristeza e raiva, sério. O final te deixa como uma leve esperança de que a partir daquele momento as coisas vão ficar bem, mas esse futuro hipotético não é descrito, então os acontecimentos tristes contados no decorrer da história continuam na sua cabeça e não tem aquele momento alívio pra te acalmar. O LIVRO CONTÉM TANTO GATILHO QUE NÃO DA NEM PRA CONTAR. Leia se você estiver muito feliz, achando que a vida é um morango, porque se você for ler quando já tiver na merda, porraaaaaa, muita boa sorte. No geral, eu gostei e não gostei, sai me sentindo muito mal, mas o livro em si não é ruim, o problema sou eu mesma.

thaizzinha 12/01/2022

Quis vomitar boa parte do livro e acho que algumas pessoas não deveriam ler pela quantidade de gatilhos. Preciso frizar que a personagem principal é uma CRIANÇA e se vê presa em várias situações erradas de várias formas. Odiei o fim.

Fafhy 01/11/2021

Este livro ?
Eu amei o livro. Já conhecia a história (minha filha me recomendou) mas me surpreendi ao ler.
Achei a escrita excelente.
Trata-se de um livro muito triste, uma temática bastante complexa , mas a autora conseguiu ?passar sua mensagem ?.
Percebi um sinal de alerta ao ler. As vezes nossas crianças e adolescentes estão tão perdidos e sozinhos e a gente nem percebe.
Eu gostei muito.
Saliento que se você for ler, procure os gatilhos que vai encontrar no livro e também a faixa etária indicativa.
Só leia se estiver certa/certo de que vai ficar bem.

annacsfraccaro 12/02/2022

Fui totalmente surpreendida!
Gatilhos: automutilação, uso de drogas, abuso sexual, suicídio, relacionamento abusivo, agressão física e verbal e outros.

Quando comecei a ler esse livro eu não esperava nada, não tinha lido a sinopse e nem tinha pesquisado sobre o tema do livro, então, tinha zero expectativas.
No começo foi difícil a leitura engrenar, achei muito parado, mas depois o livro começa a acelerar e vai ficando muito bom.
Achei um livro bem forte, não é aquele livro que te deixa feliz com a história, é aquele tipo de livro que traz um certo incômodo ao leitor porque abordar temas muito sensíveis e que nem toda pessoa vai poder ler.
Em muitos momentos tive vontade de entrar no livro e abraçar a Charlie e dar um soco no Riley.
E obviamente, o Riley é um cara abusivo, desde da primeira vez que ele aparece dá pra perceber isso, e ainda bem que a autora não romantiza esse tipo de relacionamento e deixa bem claro o quanto abusivo Riley é.
Eu simplesmente amei a experiência de ler esse livro, com um tema que não estou acostumada a ler.

cinthia 18/01/2021

Na primeira parte do livro(que é dividido em três partes) fiquei me perguntando o que se passa na cabeça da pessoa pra ela se auto mutilar, quão difícil deve ser a vida dessa pessoa pra ela chegar a esse extremo.na segunda parte eu realmente tava torcendo pra personagem se recuperar,dar a volta por cima e ficar bem mais livros assim não tem finais cor de rosas como a vida real também não é tão simples assim.na terceira parte a personagem vai contar como vai seguir com sua luta.livros assim servem pra pessoas que sofrem com esses transtornos saberem que não estão sozinhas no mundo,que tem muita gente e consegue compreender sua dor.

Duda 11/09/2020

Alerta de gatilho
PRIMEIRA COISA: GATILHOS
na > minha < opinião, como alguém que faz tratamento, o livro contém vários gatilhos. Acredito que é um livro melhor voltado para as pessoas que convivem com alguém que apresente problemas psicológicos do que pra pessoa em si. Apesar de ter vários links e telefones nas últimas páginas para obter ajuda, eu ainda acho pesado. Dito isso...

Bom, não foi um livro que eu não gostei nem que eu amei, ele ficou ali no meio termo. Ele começa muito bem, a história se desenvolve legal, é cativante, você já se vê envolvida emocionalmente ali com a história, com o personagem. Mas do meio pro final a leitura fica arrastada, a história não anda pra frente, parece que a autora se perdeu do que ela tava escrevendo. Ela não conseguiu passar aquela emoção, ela trabalha muito pouco no desenvolvimento do romance, não tem aquela coisa do "estar apaixonado", não passa sentimento, amor. MAS AÍ, MEUS AMIGOS, O TREM MUDA DE UMA PÁGINA PRA OUTRA e você consegue se conectar com a história de novo. É um final gostosinho, eu fiquei envolvida ali e até queria mais um pouco kkkk. A autora também deu um fim para todos os personagens, não fica com aquela sensação de final aberto que você fica "tá, mas o aconteceu com tal pessoa?" E ISSO É ÓTIMO. Eu super leria uma continuação se tivesse, mais pelos temas abordados do que pela história.