Tudo o que nunca contei

Tudo o que nunca contei Celeste Ng




Resenhas - Tudo O Que Eu Nunca Te Contei


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Paulinha 07/02/2018

...
Só quero que alguém me fale q li errado. Q ela n simplesmente se jogou achando q ia nadar e n conseguiu.
Matheus 06/04/2018minha estante
Olha, foi isso mesmo. Mas foi um apelo por liberdade. Um anseio que não rolou.


Paulinha 07/04/2018minha estante
Eu entendi isso. Mas fiquei no chão Pq achei q tinha sido de fato suicídio. N tecnicamente um "acidente"


Hellen @Sobreumlivro 26/04/2018minha estante
Paula, coloca que é spoiler, muita gente ainda não leu o livro.

E, sobre o comentário, me cortou o coração ela tentando nadar...


Zilda SS 01/06/2018minha estante
Aff

Marcava como spoiler !!!!


Fran 04/06/2018minha estante
E ninguém nunca saberá. Isso é o mais triste.
A família nunca saberá o que de fato ela pensava, sentia, e o que planejava naquele pier


Paulinha 22/06/2018minha estante
Pois é... Por isso fiquei de cara no chão. Pq eles sempre vão achar q foi suicídio :-(


Matheus 24/06/2018minha estante
Paula, eu entendi o final de um jeito mais filosófico; não sei se fui claro. Pra mim, a Lydia estava num momento tão conturbado que perdeu a razão e fez algo sem pensar. Num apelo por liberdade, se jogou. Tentando se ver livre da vida que formou e da depressão, se jogou no mar do esquecimento (reflexão depois de um bom tempo).


Sara.Otoni 10/10/2018minha estante
Edita e marca como spoiler por favor.




Lay 16/07/2018

Resenha "Tudo o que nunca contei" de Celeste Ng
Eu esperava algo melhor do livro, algo que realmente me surpreendesse. No momento em que li o título imaginei milhões de coisas impressionantes que poderiam acontecer na história, e que imagino que muitas pessoas teriam o mesmo pensamento, e que iria revelar um leque de segredos, mas quando terminei a leitura senti como se estivesse faltando algo. A escrita é fluída e a escritura soube conduzir o rumo dos acontecimentos, mas isso não quer dizer que conseguiu chegar perto de estar classificado como um dos melhores livros que já li. O que me deixou um pouco decepcionada, pois estive ansiosa para ler ?Pequenos incêndios por toda parte? da mesma autora, e agora estou com um pé atrás imaginando se a leitura será tão decepcionante quanto ?Tudo o que nunca contei?, livro de estreia da autora, mas é claro que irei dar mais uma chance e torcer para que eu esteja errada.
O livro começa quando a família de Lydia percebe seu atraso para o café da manhã, e mais tarde descobrem que a garota está morta. Enquanto os detetives investigam, a família começa a levantar perguntas diferentes sobre o que aconteceu. Foi um caso de assassinato? Lydia foi molestada? Como Lydia deixou-se ser atraída para um lugar tão improvável? Mas dexiam de lado uma das perguntas mais importantes: Lydia se suicidou?.
A autora aborda um tema bastante interessante: pais que não realizaram seus desejos quando jovens e que depositam todos os seus sonhos fracassados nos filhos. É é exatamente o que acontece com Lydia, a filha preferida dos pais. A garota que poderá ter amigos e ser popular como o pai não foi; Que poderá cursar numa universidade e se tornar médica como a mãe não pode ser. Mas, será que era isso que Lydia queria? Será que eram esses seus sonhos? E se não, porque não fazia nada a respeito? Me fiz essas perguntas várias vezes e a resposta é óbvia.
Esse livro, pra mim, foi uma leitura de sessão da tarde onde já do início soube qual seria o final, o que me desagradou. Acho que a autora poderia ter melhorado no mistério e acrescentado muitas outras coisas que teriam feito da história bem melhor e intrigante, o que é uma pena, pois concordemos que adoramos quando somos feitos de bobo, quando nossas especulações estão totalmente erradas e que o final é algo totalmente surpreendente e inimaginável.
Rosy Sales 24/07/2018minha estante
Acho q essa resenha me deixou curiosa em ler o livro mesmo sabendo q ele é ruim


Lay 24/07/2018minha estante
Kkkkkk


Giovanna.Lisboa 16/12/2018minha estante
Aceita trocar por algum da minha estante de trocas?


Lay 16/12/2018minha estante
Giovanna, pior que já prometi dá-lo pra uma amiga. É uma pena..


Giovanna.Lisboa 16/12/2018minha estante
Ah tudo bem, obrigada ?


Lay 16/12/2018minha estante
De nada




Hellen @Sobreumlivro 07/05/2017

"[...]Amor demais era melhor do que de menos."
Comecei Tudo o que Nunca Contei sem grandes expectativas - afinal, não tinha visto ninguém falando sobre esse livro ainda - mas, já nas primeiras páginas, fui levada para um universo particular: 1977, Ohio.

Uma garota se afogou no lago. Mas como pode Lydia, 16 anos, filha preferida de uma família de ascendência chinesa, que tinha pavor de água, se afogar?
.
"Lydia está morta. Mas eles ainda não sabem disso." É assim que começa essa prosa extremamente bem desenvolvida, uma narrativa viciante (e calma), uma história simples de uma família (que poderia ser a de qualquer um de nós) retratada com brilhantismo pela autora Celeste Ng.

Desenvolvido em um cenário onde mulheres ainda eram criadas para ser boas esposas e mestiços (ou qualquer pessoa diferente de branco e americano) era considerado diferente, Tudo o que Nunca Contei narra as entrelinhas da vida familiar. Os sonhos que os pais depositam em seus filhos; os anseios por serem melhores e conquistar tudo aquilo que não conseguiram; a pressão para se encaixar e ser aceito; as verdades sorrateiras guardadas no fundo da mente, como fotografias velhas escondidas na gaveta.
.
"[...]Amor demais era melhor do que de menos."
.
Para entender essa história, é preciso conhecer essa família:

James (pai), por nunca ser aceito ou amado.
Marilyn (mãe), por ter seus sonhos menosprezados por ser mulher.
Nath, por não ser bom o suficiente.
Lidya, por ser querida demais.
Hannah, por não existir.

Celeste Ng desenvolve com precisão o desmoronamento da família diante da morte. Costurando as amarras dessa história, vamos descobrindo os motivos que levaram Lidya a se afogar.

Destaca-se que Tudo o que Nunca Contei permeia entre o que aconteceu com Lidya e os segredos familiares, cutucando a ferida dos pais que pressionam demais e acabam por sufocar seus filhos.

No mais, só posso​ ressaltar que esse livro virou um dos meus preferidos. E, por favor, a cada um de vocês que der uma chance ao livro, por favor, abracem Hannah, Lydia e Nath por mim. E ouçam o que eles tem a dizer.

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"Lydia está morta. Mas eles ainda não sabem disso."
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Há algumas semanas, postei a resenha de Tudo o que nunca contei, e foi super bem recebida por vocês. Assim, resolvi contar um pouquinho mais sobre um das minhas melhores leituras este ano.

Se você ainda não leu a resenha, procure em #ResenhaSobreumlivro para entender um pouquinho mais o que falarei abaixo. ;)
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"Eles vão dissecar essa última noite durante anos a fio. O que passou despercebido que deveriam ter notado? Que pequeno gesto, esquecido, poderia ter mudado tudo?"
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Para entender bem esse livro, é necessário conhecer bem os seus personagens.

Na família Lee, tudo parece ser perfeito. Mas se você olhar bem para as rachaduras e as entrelinhas, perceberá que nem tudo é tão normal assim.

Se olhar para Marilyn, verá uma mãe que não é o que deseja; que abdicou dos sonhos pela família.
Já o senhor Lee, é um homem que não se orgulha do que se tornou; que nunca foi bom o suficiente.
Olhando para o mais velho, Nath, perceberá a incompreensão e a mesma solidão do pai - de nunca ser bom o suficiente. Não como Lydia!
Se olhar para Hannah, a filha menor, nada encontrará, por que ela é invisível.
Mas quem é Lidya? Sociável? Amigável? Isolada? Pouco se sabe.
O que tem notícia é que ela fez tudo para agradar - e acabou se perdendo.

Agora que você já entende um pouquinho mais sobre os personagens, que tal ler alguns quotes? Garanto que vai se interessar ainda mais pela narrativa.

"Toda vez que olhar para isto, ela ouviu o pai dizer, lembre-se do que importa de verdade. Ser sociável. Ser popular. Integrar-se. Você não está com vontade de sorrir? E daí? Obrigue-se a sorrir."

"Teve vontade de dizer o que crescia em sua mente há dias: o que aconteceu com Lydia não era nada que eles pudessem trancar do lado de fora ou afugentar."

Embora já tenha dito isso no outro post, ressalto que Tudo o que nunca contei narra as relações familiares com muita honestidade, mantendo o leitor imerso em suas palavras, ao mesmo tempo em que cria diversas suposições em nossas mentes.


site: https://www.instagram.com/sobreumlivro/
Joice (Jojo) 08/05/2017minha estante
Adorei sua resenha. Interessei-me pelo livro.


Hellen @Sobreumlivro 12/05/2017minha estante
Eba! Fico feliz por isso. Espero que você goste muito da leitura. ??


Sil 01/07/2017minha estante
Li varias resenhas. Mas a sua me convenceu a dar uma chance para esse livro. Obrigada beijo


Hellen @Sobreumlivro 02/07/2017minha estante
Awn, que bom!! Fico feliz por isso. Esse livro é incrível, você não vai se arrepender.




Isabella 03/08/2020

Sem palavras!
Tenho muito o que dizer sobre esse livro mas tenho certeza que não vou conseguir elaborar sobre tudo com clareza porque na minha mente só está passando que esse virou meu livro preferido e que a Celeste Ng virou minha autora preferida depois de eu ter amado tanto esse, quanto Pequenos Incêndios Por Toda Parte.
Alice @leituras_da_alice 04/08/2020minha estante
Já me deixou com muita vontade de ler, porque amei Pequenos incêndios!!
Acabei de ler a sinopse e fiquei curiosa haha


Isabella 04/08/2020minha estante
Recomendo ele demais!!!


Fe_h 04/08/2020minha estante
Achei melhor que pequenos incêndios!! Recomendo bastante! Tenho um Instagram literário e amanhã sai uma resenha sobre ele lá, sintam-se convidadas a visitar, é @nossasleituras_


Isabella 05/08/2020minha estante
Vou dar uma olhada, sim!!!!




Diego Lunkes 22/12/2018

"Lydia está morta. Mas eles ainda não sabem disso."

São com estas palavras que a escritora americana Celeste Ng introduz seu primeiro romance, "Tudo O Que Eu Nunca Contei". Quando Lydia é encontrada morta no lago da cidade, o leitor é levado a crer que a história se trata de um mistério de assassinato. Sim, há um mistério de assassinato que conduz a trama, mas seu principal objetivo parecer ser capturar a atenção dos leitores mais impacientes para então introduzi-los no cerne da história. Conforme vai ficando claro a cada página, o livro se enquadra antes como uma saga familiar. E no momento em que o leitor finalmente percebe que o mistério é a parte menos importante, sua curiosidade pela morte de Lydia já foi transferida para o interesse nos personagens e nas situações.

Enquanto os fãs de romances policiais possam vir a se decepcionar com o pouco foco dado ao mistério envolvendo a morte de Lydia, os leitores já acostumados com o gênero da saga familiar logo irão reconhecer suas principais características: uma narrativa construída a partir de diversos pontos de vista, um número peculiarmente limitado de personagens, a falta de comunicação entre entes próximos, os detalhes que aos poucos vão ruindo um núcleo familiar. Bons exemplos populares deste gênero são os livros "O Iluminado" de Stephen King, "Lugares Escuros" de Gillian Flynn e "Morte Súbita" de J. K. Rowling.

Como ponto de partida, a autora constrói uma personagem que não está mais na história, e, paradoxalmente, acaba tornando Lydia a personagem mais presente. A filha mais nova da família Lee nos é apresentada por vezes através de regressões na narrativa, e por outras através das memórias dos pais, o que já dá indícios da conexão entre os membros da família, que é o fio condutor da história. As escolhas de Lydia, aliás, parecem orbitar as expectativas de sua família. Num esforço para atender aos sonhos da mãe, Marilyn, a garota dedica um tempo excessivamente longo aos estudos que nem sempre lhe agradam. Esta reclusão acadêmica, no entanto, entra em conflito direto com o status de popularidade que seu pai, James, deseja desesperadamente para os filhos. A aversão que Lydia sente aos estudos excessivos e à popularidade forçada é reprimida dos pais para não ferir seus sonhos. A única pessoa que parece lhe compreender e oferecer algum conforto é seu irmão, Natan. Contudo, sua única válvula de escape deste meio está prestes a deixar o lar e seguir sua própria vida acadêmica em uma universidade.

Conforme a história progride, o leitor percebe que o título da obra se refere tanto à Lydia quanto aos demais membros da família Lee. Celeste Ng demostra um talento em retratar com olhar agudo como os pais falham em compreender seus filhos. James Lee, filho de imigrantes chineses, deseja que seus próprios filhos se integrem e sejam aceitos na sociedade americana, e para isso estimula sua participação em atividades com outras crianças. Contudo, embora possua boas intenções, James não percebe a discriminação racial que sofrem veladamente. A autora cuidadosamente constrói cenas tristes e delicadas que mostram a solidão de Lydia ao segurar um telefone mudo e por horas fingir uma conversa com sua colega de escola, apenas porque sabe que seu pai está sorrateiramente escutando seus diálogos. Ou ainda, de forma mais brutal, Ng compõe uma cena onde James admira o filho em uma piscina, aparentemente brincando com outras crianças, sem perceber que Natan na verdade está sendo alvo de piada devido a sua raça.

Ao passo que algumas sagas familiares se limitam a retratar a relação entre membros de uma mesma geração, Celeste Ng expande sua análise de personagens e decide nos mostrar o que, em grande parte, moldou os pais de Lydia e Natan. Marilyn: filha de uma mulher cuja maior ambição de vida é ser a esposa e a dona de casa perfeitas; uma carreira acadêmica interrompida pela gravidez; um marido que não a ajuda suficientemente nas tarefas domésticas. James: cuja raça chinesa foi motivo de preconceito ao longo de toda a vida; obcecado pelo estilo de vida americano.

Embora continue mantendo a aura de mistério mesmo após ter cativado os leitores com seus personagens, a autora subverte as ferramentas da trama policial em prol de uma narrativa focada num estudo minucioso dos personagens e situações. A atenção prestada aos detalhes, que em romances policiais é reservada às pistas de um crime, é utilizada para tornar os personagens mais tridimensionais e singulares: um dedo impresso na parede de um quarto onde um jovem casal fez amor décadas atrás, um tufo de cabelo rebelde que Marilyn alisa na cabeça de James, o jeito como Lydia guardava seus pertences. Até mesmo o foco narrativo é voltado em favor deste detalhamento. Tradicionalmente, romances policiais retém informações do leitor para surpreendê-lo com revelações ao final da trama. Celeste, por outro lado, opta por fornecer ao leitor uma visão onisciente da história, revelando todas informações que os próprios personagens não possuem. Com isso, a autora descarta o recurso barato de prender a atenção do leitor pela curiosidade, e mantém seu interesse na medida em que acompanhamos a decadência de uma família causada, principalmente, pela falta de comunicação. Nós, leitores oniscientes, sabemos tudo o que nunca foi contado, mas, de forma desesperadora, não podemos intervir para mudar o curso da história.

"Tudo O Que Nunca Contei" é um livro admirável, apresentando muitas das características que fazem uma história durar por muito tempo depois que a leitura acaba: personagens tridimensionais, trama coesa e discussões relevantes, apenas para citar algumas entre tantas. Uma história de tamanha empreitada poderia facilmente se perder em mãos menos habilidosas, mas Celeste Ng atinge um nível de excelência que muitos escritores demoram a atingir, e que outros sequer chegam a atingir. E considerando que este é o livro de estreia da autora, imaginem o que ela fará quando estiver em posse de todas suas habilidades.

site: https://barbaliterata.wordpress.com/2018/12/20/tudo-o-que-nunca-contei/
Sarah587 02/01/2019minha estante
Nossa, que resenha maravilhosa!!!!


Diego Lunkes 03/01/2019minha estante
Ah, brigadão! S2 Fico muito feliz com o elogio, e mais feliz ainda que você tenha gostado. Vi que tu também tem um site de resenhas, né? Já tô dando uma lida nos teus textos aqui =)


Sarah587 05/01/2019minha estante
Ele tá super abandonado, tadinho... mas obrigada mesmo assim! Hahaha




Thifanie 05/10/2020

comecei a ler achando q era uma coisa e foi totalmente outra, pela sinopse da a entender q vai ser um livro investigando a morte da Lydia, mas não tem praticamente nada sobre a investigação, achei a história mt maçante, me prendeu mt pouco mesmo, fiquei mt tempo pra terminar esse livro pq não aguentava mais a enrolação
Dri 05/10/2020minha estante
Nossa, que pena! Queria lê-lo. Adorei o outro livro da autora (Pequenos Incêndios por toda parte), tinha altas expectativas. Mas bom saber, não gosto de leituras enroladas...


Thifanie 05/10/2020minha estante
vi várias resenhas falando bem dele tb, deve ser bem relativo!! não custa tentar né


Dri 06/10/2020minha estante
Verdade...




Pandora 14/10/2017

Eu não esperava deste livro um romance policial clássico - e realmente não é, é um drama - mas o que me surpreendeu foi ter nas mãos um livro muito, muito triste.

Lydia é a filha do meio de um casal apaixonado, mas frustrado e mal sucedido socialmente. Quando jovens, Marilyn, a mãe, era muito estudiosa e adorava tudo aquilo que diziam pertencer ao universo masculino: física, química, mecânica, medicina. James, de ascendência chinesa, sempre se sentira deslocado e solitário, apesar de ter nascido nos EUA. Sem perceber, ambos colocam sobre Lydia todas as expectativas que tinham para as próprias vidas e que terminaram em frustração: Marilyn nunca conseguira terminar a faculdade e trabalhar e James nunca conseguira se encaixar na sociedade e ser popular.

Quando Lydia aparece morta, o mundo de seus pais desaba e toda a estrutura familiar que parecia harmoniosa entra em colapso. Aos poucos eles vão perceber, com surpresa, que não conheciam a própria filha.

Um livro sobre frustração e expectativa, sobre solidão e pertencimento; uma reflexão sobre como, muitas vezes, não compreendemos os outros e baseamos suas necessidades nas nossas.

Eu simplesmente amei esta narrativa e a única coisa que eu mudaria seria trocar a ordem dos dois capítulos finais. Acho que se a história tivesse terminado com a visão de Lydia seria mais impactante.

É bom salientar que a narrativa se passa nos anos 70, quando os filhos eram mais submissos, as ordens dos pais eram dadas sem muita argumentação e, na maioria das vezes, acatadas sem discussão. O que não quer dizer que, nos dias de hoje, os filhos não queiram mais agradar aos pais nem que estes não continuem colocando expectativas em seus filhos.


"Como aquilo começou? Como tudo sempre começa: com mães e pais. Por causa da mãe e do pai de Lydia, por causa das mães e dos pais de sua mãe e de seu pai. (...) Porque sua mãe queria, acima de tudo, se destacar; porque seu pai queria, acima de tudo, se integrar. Porque as duas coisas eram impossíveis."
Giovanna 24/12/2018minha estante
Interessante inverter a ordem dos dois capítulos finais!


Fernanda 18/06/2022minha estante
Interesante essa ideia de finalizar com a visão da Lydia, realmente seria melhor.


Pandora 18/06/2022minha estante
Mais marcante, né, Fernanda? Mas é um livro muito bom.




Alcione13 05/05/2018

Surpresa
"Lydia está morta."
Frase inicial que ao longo do livro vai se aprofundando e trazendo emoções a tona. O que parece banal,ganha contornos nítidos e intensos. Preconceito, Bullying,medo, expectativa...Nota dez.
Vá no escuro na história e envolva-se. Em tudo que pode acontecer pelo não dito.
Helder 06/05/2018minha estante
Falou pouco, mas me deixou curioso. Não espero muita coisa deste livro .


Alcione13 06/05/2018minha estante
É o melhor.A graça da leitura está na forma como as emoções são dissecadas.Como a autora trabalhou bem e prende a cada capítulo.Por estar lendo estilos diferentes,eu amei. Ele é mais sensível, tranquilo.


Alcione13 06/05/2018minha estante
P.S. Não gosto de resenhas longas que contam toda a história.Isso temos na contracapa rsrsr. Gosto das que têm impressões sobre a leitura.




Biel 04/09/2018

Doloroso
Uma das coisas que mais senti falta nesse livro foram os diálogos. Texto corrido pra mim não funciona, eu perco a vontade de ler, parece que a leitura fica arrastada. Mas depois que terminei, eu entendi que isso era umas consequências que levou Lydia ao suicídio.
A forma como Hannah prestava atenção nas situações ao redor dela, envolvendo sua família é incrível. Pelo simples fato de só observar, ela enxergava coisas que os próprios pais não enxergavam.
Isso nos leva a uma pequena reflexão, que não só as palavras falam, as atitudes também falam, as vezes gritam, basta estarmos sensíveis para ouvir.
Nunca julgue alguém, tenha empatia.
milla.pitalugatavares 23/09/2018minha estante
Gostei da sinopse.
Queria sugerir marcar como tendo spoiler ?


Biel 23/09/2018minha estante
Se tivesse eu colocaria :)




Isabel.Vilela 25/07/2018

A liberdade tem preço???
Confesso que peguei esse livro com "zero" de expectativa e tomei um belo tapa.
Sem grandes revelações ou mistérios o livro de suga pra dentro de uma história triste e dolorosa.Uma família totalmente desestruturada...uma família que promove a própria ruína.
Uma trama muito inteligente,durante boa parte da leitura você tem a convicção de que aconteceu tal fato.Fui surpreendida com esse tipo de leitura,me agradou muito porém sofri com a condição da família em questão.Senti as dores,senti pena,senti dor.
Se quer ler algo fora da sua zona te conforto esse é o livro certo.
Dani 25/07/2018minha estante
Me deixou bem curiosa!!


Isabel.Vilela 26/07/2018minha estante
Leai Dani...pode ser que você goste!!




Joel.Martins 31/08/2020

Nunca imaginei que esse livro seria tão forte.
A história me fez refletir bastante sobre o quanto nossas frustrações podem atingir as pessoas que mais amamos.
Adri 31/08/2020minha estante
Muito interessante sua reflexão!


Joel.Martins 31/08/2020minha estante
Adri, acho q foi essa mesma a proposta da autora.
Obrigado!




Lids 10/07/2018

Relações familiares e o sofrimento psicólogo gerado pelas expectativas tornam Tudo o que nunca contei um livro difícil de ler e muito fácil de se identificar
Tudo o que nunca contei (Celeste Ng) conta a história dessa família que é metade americana e matade chinesa. Acontece que um dia a filha do meio, Lydia, acaba desaparecida. Passado, presente e futuro se misturam em busca de descobrir o que de fato aconteceu com a menina, enquanto os segredos mais obscuros da família são revelados.

O livro não se passa nos dias atuais, e sim no final dos anos 70. Nessa época, era ainda pior do que hoje ser uma família mista nos Estados Unidos. A quantidade de racismo contra imigrantes, sejam negros ou chineses, era muito pior e isso é retratado de maneira muito sutil no livro, a começar por relatos da vida do pai das crianças, o próprio descendente direto de imigrantes.

O principal ponto do livro é mostrar como racismo é uma bola de neve, como ele afeta o psicológico das pessoas e faz com que eles façam escolhas em busca de aceitação e pertencimento. Desde a escolha de carreira, parceiros e até a forma de criar os filhos e as expectativas de como quer que a vida seja para eles.

Também fala sobre feminismo, mostrando uma mãe, dona de casa, frustrada por não ter conseguido completar os estudos e se tornar uma médica, e colocando toda a energia possível na filha, para que ela tivesse essa oportunidade.

As crianças retratadas no livro mostradas como um resultado desse ambiente familiar, um ambiente que nasceu da vontade de agradar, de pertencer e de ser bem sucedido. Se você não cumprir essas coisas, você não está agindo de forma certa ou esperada pela família.

Por meio de passagens sensíveis e de partir corações, esse livro emociona contando uma história tão longe, ao mesmo tempo tão próxima ainda da realidade de muita gente. Uma história de família, de todas as expectativas e dos valores que são impostos aos jovens, em uma sociedade que não exige nada além da perfeição, principalmente das pessoas menos favorecidas socialmente (mulheres, negros, asiáticos, lbgt, etc).

Recomendo para quem gostou de Temporada de Acidentes (Moïra Fowley-Doyle), Eu Te Darei o Sol (Jandy Nelson), O Sol Também É Uma Estrela (Nicola Yoon) e Twin Peaks (série de TV de David Lynch).

Trilha Sonora: A Beautiful Lie – Thirty Seconds To Mars

site: https://cacadorasdespoiler.wordpress.com/2018/07/10/tudo-o-que-nunca-contei-celeste-ng/
Yuri Rebouças 10/07/2018minha estante
Eu também adorei! E a capa nova tá linda.


Lids 10/07/2018minha estante
SIM! Demais. Chorei mt com esse livro rs




Livia Barini 27/09/2018

Deprimente
O livro é bem no estilo da autora, bem escrito, muito psicológico, centrado nos pensamentos e sentimentos do personagem, com uma história que vai se construindo aos poucos através da união destas reflexões internas. Um livro que prende, mas não é muito rápido.

Entretanto ele me deixou deprimida. A inabilidade da família em conversar é assustadora. A prática de jogar tudo para baixo do tapete e fingir que nada aconteceu, também.

A única surpresa do livro para mim foi a burrice e falta de empatia (principalmente com o irmão) da Lydia.

Não me agradou.
Samara 28/09/2018minha estante
Oi, Lívia.
Coloca marcação de spoiler na sua resenha.
Grata!


Livia Barini 01/10/2018minha estante
Samara alterei a resenha. Apesar de discordar de você.




Claudia Cordeiro 28/08/2017

Este livro é uns 25% policial e 75% drama. Foca mais nas relações humanas/ familiares; mas foca mais ainda no preconceito americano com os orientais, eu não sabia que isso existia, assim desse jeito.
É tb sobre pais e filhos, as expectativas dos pais com relação aos filhos e como isso afeta a vida destes; sobre frustrações e como isso pode quase que estragar toda a vida de uma pessoa. Como as ações dos pais influenciam os filhos, como os adolescentes vêem as coisas...
Muito bom, escrito com sensibilidade, recomendo.
Simone de Cássia 28/08/2017minha estante
Hummmm será que vou gostar??? Sei não...


Claudia Cordeiro 28/08/2017minha estante
Ah isso tb não sei!




Esdras 09/09/2017

"O que passou despercebido que deveriam ter notado? Que pequeno gesto, esquecido, poderia ter mudado tudo?"
A dedicada, popular e exemplar - era o que eles sempre achavam, pelo menos - filha dos Lee desaparece numa certa manhã de Maio em 1977.
Não vão tardar a encontrar o corpo, no entanto.
Tudo aponta para um suicídio. A família não crê na hipótese e todos se perguntam o porquê.

Apesar de a sinopse ser clara quanto à morte de Lydia, receber isso logo de cara, na primeira frase do livro, já me desanimou um pouco. Nem sempre me dou bem com a desordem dos fatos.
Claro que a autora vai voltar no tempo e esclarecer tudo, mas...

Bom, a parte “policial” do livro (era o meu foco) eu achei bem fraquinha.
O que é entregue aqui pro leitor é, quase todo, um drama familiar.
E, olhando por esse lado, até que foi um livro bom.

Conforme as investigações vão se desenrolando e a coleta de informações mostra uma Lydia que entra totalmente em contraste com a já conhecida em casa, Marilyn, James, Hannah e Nath passam a buscar na memória e refletir sobre a convivência com a garota pra ver se, quem sabe, algo se torna mais claro e explique tudo aquilo.
E o que a autora mostra pra gente é uma moça que sofre uma pressão enorme por ser moldada de todas as maneiras para ser perfeita e promissora (por parte da mãe), ou, pelo menos, uma garota que tem que estar sempre acompanhando a “moda” das outras garotas(por parte do pai).
Adentrando um pouco mais, descobrimos que Lydia tem um péssimo convívio social e até sofre bullying, principalmente por conta de sua descendência e etnia.

Toda essa pressão por parte dos pais é explicada através do passado deles. E, direta e/ou indiretamente, o que eles querem, na verdade, é fazer com que o caminho que a Lydia trilhe seja o mais distante possível daquele que remetem a seus traumas e conflitos do passado, alguns tampouco superados ainda.


"Toda vez que olhar para isto, ela ouviu o pai dizer, lembre-se do que importa de verdade. Ser sociável. Ser popular. Integrar-se. Você não está com vontade de sorrir? E daí? Obrigue-se a sorrir."

O “X” da questão é o que a Lydia quer(ia) realmente.
O quanto tudo aquilo pesava na sua cabeça e o quanto ela se sentia sufocada por sempre ter que dizer “sim” para agradar os pais. E o quanto isso a distanciava mais e mais do que ela sentia que realmente era. O quanto ela se sentia desamparada a respeito de conversar com alguém sobre isso e sobre as demais coisas que a destruíam pouco a pouco.


Não lembro, no momento, de ter lido algum livro voltado para esse tema.
Achei bem interessante.
O que veio a me incomodar aqui foi o ritmo da narrativa.
O leitor já sabe de quase tudo bem antes da metade do livro, então não há razão pra alongar tanto as coisas. Ou ficar dando voltas e voltas com a mesma informação em mãos. Ou mesmo se estender demais nas histórias secundárias, por mais que também possam ser interessantes.

Não vou dizer que fiquei muito satisfeito com o final.
O desfecho para a cena tão esperada não teve um grande ápice, para mim.
Diante de toda a exaustão, ela precisava mesmo ouvir da boca de outro alguém tudo aquilo que ela já sabia??? Era essa a gota d’água necessária?
(Se era pra chocar de verdade, a autora deveria ter descrito mais detalhadamente AQUELA cena).

Porém, contudo, todavia... eu indico esse livro sim!
Tem uma ótima reflexão.
Você, quem sabe, não venha a ter os mesmos incômodos que eu.

Fernando Lafaiete 09/09/2017minha estante
Hummm... Agora estou confuso. Eu com certeza lerei este livro; mas agora me desanimei e provavelmente não lerei este ano. Estou fugindo de qualquer livro que possa me deixar de ressaca! :/


Esdras 10/09/2017minha estante
Kkkkk. Deixa pra 2018.




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