Tudo o que nunca contei

Tudo o que nunca contei Celeste Ng




Resenhas - Tudo O Que Eu Nunca Te Contei


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moscovio 06/05/2024

Drama familiar
Me identifiquei muito com a dinâmica dessa família, com as angústias e questões dos personagens que foram super bem desenvolvidos, acompanhando essa história me questionei várias vezes sobre os meus comportamentos e da onde eles surgiam? Não começou por mim, mas pelos meus pais e pelos pais dos meus pais, como sempre sofremos e absorvemos com as projeção de expectativas frustradas daqueles que nos criam achando que estão apenas fazendo o melhor pra nós, quando na verdade se quer notaram a nossa ânsia por ser nos mesmo. A história trata da descontração do papel social da mulher nos anos 70, da busca incessante por aceitação e validação, a necessidade de lidar com os próprios sentimentos sem o apoio daqueles que mais deveriam estar servindo consolo e sem saber acabam causando o pior, quando a dor de quabrar o ciclo é quase tão grande quanto a de suporta- la, e no meio do caminho ainda encontramos uma o desenvolvimento de uma paixão que para a época pode ser considerada bastante arriscada.

Fui pega muito de surpresa e AMEI isso, esperava um suspense e recebi varios gatilhos da minha própria história, tive que fechar o livros muitas vezes para digerir o que estava lendo, rabisquei tantos pensamentos e entendi tanto sentimentos, que deixei uma parte de mim aqui e busquei outra, foi como ver a teia acontecendo de cima, por fora dela, mesmo fazendo parte.
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Julia.Bellose 05/05/2024

Já dizia Tolstoy: ?Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.? Esse livro mostra exatamente isso, o lado infeliz de uma suposta família perfeita. Acredito que isso vá incomodar muita gente, principalmente os acostumados com finais felizes, mas é aí que mora a beleza desse livro também: em como a Celeste conseguiu mostrar de forma tão pontual a essência humana, como conseguiu mostrar o lado mais feio e vulnerável do ser humano.

A narrativa gira em torno do drama familiar da família Lee, que após o desaparecimento da filha do meio, Lydia Lee, começa a se fragmentar e a mostrar que suas bases não eram tão bem estruturadas assim.

Antes de saber o que levou ao desaparecimento de Lydia, voltamos para o outono de 1957, quando James Lee conhece Maryleen, uma caloura de medicina em Harvard, que desde o início mostra ser diferente das mulheres daquela época. Maryleen é ambiciosa, ela quer o maior poder que alguém poderia desejar: conhecimento. Embriagada pelo primeiro amor, ela se torna exatamente o que jamais planejou: o esteriótipo de mulher dos anos 50, cujo único dever é cuidar da casa e dos filhos. Frustrada com o rumo que sua vida tomou, Maryleen deposita todos os seus sonhos e expectativas na sua filha, Lydia, uma pathological people pleaser, que nunca ? nem mesmo após sua morte ? descobre seu verdadeiro propósito, já que passou a vida na sombra dos desejos da mãe. De início, quando Lydia é declarada como morta, senti desesperança na Maryleen, não pela morte da filha, mas sim por mais uma vez não concretizar seu sonho, ela esperava que Lydia fosse uma mera extensão da mãe.
De todos os filhos, é com a Hannah que mais me identifico, não pela negligência parental, mas pelo jeito que ela observa a vida. Hannah foi criada na sombra de Lydia, que sempre se sentiu tão pequena, mas nunca enxergou o lado de sua irmã mais nova, cujo único sonho era ser tão ?perfeita? quanto ela. Hannah foi ensinada a ficar calada, por consequência, se tornou tradutora de silêncios, ela lê as entrelinhas, ela capta cada movimento, é sensível às falas e ações. Ela se apega tanto na ideia do amor que a família nunca deu, que na esperança de conseguir ficar minimamente mais próxima, coleciona itens sem valor que um dia pertenceram a eles.
4 estrelinhas. Eu amei?
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Vanessa.Marcelino 02/05/2024

Eu não sabia muito bem o que esperar, mas estava nas indicações de "livros mais tristes que já li"
De fato, entrou nessa lista pra mim. Com tanta sensibilidade eu consegui me enxergar um pouquinho em cada personagem, tudo o que projetamos no outro, tudo que não falamos, tudo que escondemos, cada sorriso forçado.
É muito triste perceber essa realidade.
Dito isso, amei.
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Gii.assis 30/04/2024

Muito bem escrito e estruturado ???
Não é extraordinário, mas me fez ter reflexões profundas sobre o caráter humano e sobre a vida no geral, então valeu super a pena ??
É bem descritivo e muito interessante o modo como a autora guia a narrativa.
Eu gostei muito
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Amanda Bia 28/04/2024

Muito triste
Estamos nos anos 70. Em uma manhã comum, Lydia não aparece para tomar café com a sua família. Seus pais e seus irmãos começam a procurar por ela, mas não a encontram. Um tempo mais tarde, seu corpo é encontrado no fundo do lago perto de sua casa. Mas afinal o que aconteceu com ela?
Lydia é uma adolescente de 16 anos, integrante de uma família sino-americana que nunca foi muito bem aceita na cidade onde ela vive. A xenofobia domina a história. Quando a polícia começa a investigar o que pode ter acontecido, vamos descobrindo coisas que ninguém sabia sobre ela. Como ela não tinha amigos, suas notas estavam despencando e ela se sentia muito sozinha.
Conforme descobrimos coisas sobre a vida da Lydia, a autora nos mostra também a história daquela família. Desde quando os pais se conheceram até o dia da tragédia. Percebemos uma família totalmente desestruturada, cheia de traumas e mágoas, onde ninguém fala de verdade o que está sentindo e as coisas ruins vão virando uma bola de neve.
Esse foi um dos livros mais tristes que eu já li na vida. A autora tem uma maneira peculiar de escrever que nos faz sentir toda a angústia que permeia aquela família. É como se eles vivessem imersos em uma calda espessa que os impede de viver direito. O livro inteiro é muito denso e temos pouquíssimos momentos realmente felizes.
O impacto das decisões daqueles pais na vida dos três filhos é avassalador. Todos tentam seguir seus papéis, como em uma dança coreografada, mas eles não percebem que só estão mais e mais afundando em um buraco negro. Eu tive muitos sentimentos pesados com essa leitura e ela ativou diversos gatilhos, mas mesmo assim foi um dos melhores livros que li ultimamente. Recomendo, mas leia com cuidado.
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Camilla.Conti 25/04/2024

Um prato cheio pra quem gosta de drama familiar
Não deixe a sinopse te enganar: esse livro não se trata de um thriller, mas sim de um drama familiar. E dos bons!

De início, o livro não havia me prendido. Mas ao decorrer da leitura, ele foi me ganhando cada vez mais. Muito interessante acompanhar a dinâmica da família Lee, entender a motivação de cada personagem e seus desdobramentos.

Como amo um drama familiar, pra mim foi uma grata surpresa.

Recomendo!
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Roobie 19/04/2024

Os 3 porquinhos Lee's
Vamos acompanhar uma narrativa envolvente sobre a misteriosa morte de Lydia Lee, uma adolescente sino-americana em uma cidade de Ohio. Enquanto a polícia investiga seu desaparecimento, a família de Lydia confronta segredos e tensões subjacentes, revelando uma história complexa de identidade, pressão familiar e o peso das expectativas.
Comecei o livro com mil expectativas e milhões de suspeitos, mas fui surpreendida com o decorrer da história. Embora esperasse um final mais elaborado, fiquei satisfeita com o desfecho. O livro não apenas trata do mistério do desaparecimento de Lydia, mas também explora a complexidade das relações humanas. Ele aborda como depositamos nossas frustrações e sonhos não realizados nos outros, principalmente nos familiares, e como o peso do passado afeta o presente. A projeção dos pais sobre seus sonhos nos filhos e a busca de aceitação dos filhos nos pais são temas centrais.
Fiquei admirada pela escrita e desenvolvimento feitos pela autora. É um grande livro e posso dizer com convicção que todo mundo deveria ler pelo menos uma vez na vida.
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Flores Raras 17/04/2024

Livro bem rápido de ler. Sem nenhuma grande novidade. Não vi a profundidade poética que alguns relataram em suas resenhas, afinal, o que mais existe hj ,são as pessoas na mesma casa não se olhando, observando ou mesmo conversando.
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Raquel.Brepohl 15/04/2024

Boas reflexões
Triste e reflexivo. A escritora fez alguns jogos de palavras muito interessantes enquanto falava de cada personagem. A historia tem profundidade e camadas e ela faz uma jogada muito sutil e bem elaborada de tempo mesclando passado, presente e futuro. Fala do passado dos personagens a partir de um evento presente, dando leves pinceladas do futuro mas sem entregar nada e sem dar spoiler, instigando a leitura.
Enfim gostei do livro apesar do seu tema pesado. Trouxe boas reflexões.
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DAbora311 13/04/2024

Esse livro vai falar sobre xenofobia, filhos tentando ser aceitos pelos pais, a pressão que os pais colocam nos filhos, o peso da maternidade na vida das mulheres. Eu adoro livros que retratam drama familiar, a autora consegue abordar a fundo tudo isso, eu fiquei mergulhada na história dessa família.
13/04/2024minha estante
??????




wellia 21/03/2024

Um livro que conversa com quem conhece de perto as dores dos personagens
Assim como Pequenos Incêndios Por Toda Parte, esse é um livro que conversa especialmente com quem conhece por convivência as dores dos personagens. Mais uma vez me apaixonei pela sensibilidade da autora como narradora onisciente. Pela forma como escreve, parece que já esteve em todas as posições, de pai, mãe, filha e irmã. Estou especialmente encantada por como ela escreve a relação entre irmãos, pessoas que dividem a dor única de carregar os traumas dos pais nas costas. Vou levar um tempo pra digerir essa leitura, mas já é umas das minhas preferidas da vida. Recomendo muito.

p.s.: queria ter a saúde mental de quem leu esse livro e achou ruim.
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Josie 16/03/2024

Há anos tenho este livro na prateleira. Aleatoriamente passei os olhos por ele, tirei da estante e comecei a ler. E foi uma experiência diferente. Não estou acostumada a tramas familiares, mas gostei muito.
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sophibbm 15/03/2024

Que história triste. Do começo ao fim.
Uma família que começou com duas pessoas fragilizadas emocionalmente, cheias de expectativas frustradas e traumas para curar, passaram essas expectativas e frustrações para os seus filhos. A forma como esses pais criaram os filhos, dando muita atenção a um e negligenciando os outros. O peso das escolhas. O medo de desagradar. Pessoas machucadas machucam pessoas. Mães e pais frustrados frustram seus filhos. Que dor. Que angústia.

Pais, se curem dos seus traumas. Se fortaleçam emocionalmente.

Os seus filhos não tem culpa de nada que vocês viveram.

Eles não têm que carregar seus pesos.

Oa filhos não nascem para viver a vida projetada pelos pais.


Leia de novo. E de novo.
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Cahcareco 27/02/2024

De perto ninguém é perfeito
Achei o livro triste e, mesmo assim, muito bonito! Fala sobre relações familiares e como uma família possui tantas camadas, na maioria das vezes, imperceptíveis para que está dentro ou fora dessas relações. Enquanto mãe, me senti culpada por todas as expectativas que crio em relação às minhas crianças, deveria ser leitura obrigatória para que tem filhos!
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