A Câmara Sangrenta e Outras Histórias

A Câmara Sangrenta e Outras Histórias Angela Carter




Resenhas - A câmara sangrenta e outras histórias


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Carolina CM 12/01/2020

Era uma vez nua e crua...
A proposta do livro são Contos de Fadas clássicos recontados sob um prisma feminino, adulto e sem muita magia. Os contos são bons, eu só achei que ela podia caprichar mais nos finais...a coisa vai envolvendo e acaba meio aberto, meio xoxo. O Gato de Botas é muito bom, me lembrou a personalidade do Gato do Sherek, mas com mais sexo!! O primeiro conto da Bela e a Fera gostei bastante também, enfim, é um bom livro. É interessante ler esses contos com essa outra roupagem.
Vilamarc 11/04/2020minha estante
Tô quase desistindo... muito chato.


Carolina CM 11/04/2020minha estante
Bem mais ou menos...kkkk


Renata 15/06/2023minha estante
Pois é... O primeiro conto a Câmara sangrenta até que gostei do final...mas ao ler a noiva do tigre eu fechei o livro e vim procurar por interpretações...porque não entendi o que representam os personagens. A autora dá um impulso assim algo sexual que até gera curiosidade sobre como vai ser o que vai acontecer? o que isso significa? Mas...termina sem sentido.
Entendi agora , lendo vocês que a mulher é mais ativa, menos vítima, mais forte.
Vou ler os outros e veremos se com esse olhar...eu encontro beleza nos contos ou ao menos sentido. Agora os homens são retratados sempre como animais, como bestas. Enfim....




Pri | @biblio.faga 07/12/2019

Estava tão pouco habituada à minha própria pele que tirar as minhas roupas envolveu uma espécie de esfolamento... (p. 111).
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“A câmara sangrenta e outras histórias”, da autora inglesa Angela Carter, foi enviado pela TAG Curadoria, no longínquo mês de março de 2017.

Dividido em 10 contos, é um livro poderoso, sombrio, sexual e feminino.
As históricas são poderosas e é deveras interessante a releitura que a escritora faz dos clássicos “contos de fada”, sua versão é crua, diria que até mais real, embora mantenha um caráter fantasioso.

Definitivamente é um livro incompreendido, até mesmo por mim, aliás (tenho que confessar).
Os contos carregam algo a mais, algo que não me senti capaz de desvendar (ainda); definitivamente pedem uma segunda leitura, coisa que farei em breve.

Enfim, o que quis dizer com essa breve resenha é que não se deve olhar com olhos estigmatizantes uma obra por conta de sua avaliação.

Leitura é subjetiva, é o que te fazer sentir e, felizmente, cada um sente de determinada maneira...
O sentimento pode variar com a idade, com o estado de ânimo, com o dia vivido e, até mesmo, com o exato momento em que lemos.

No mais, tratando-se de literatura, é muito válida a máxima de que não existe opinião certa ou errada, apenas a sua. Afinal, ninguém é obrigado a gostar ou desgostar de algo.

Obs.: Cuidado ao ler, alto risco de se apaixonar pela Marina Colasanti que foi a curadora do livro supramencionado.
Obs. 2: é inegável como esse livro é lindo!
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Quotes:
“E, pela primeira vez na minha vida inocente e confinada, senti em mim um potencial para a corrupção que me tirou o fôlego” (p. 22)
“Habita apenas o tempo presente, uma fuga de continuidade, um mundo de imediatismo sensual tão sem esperança quanto sem desespero” (p. 210).

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/
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Matheus945 20/05/2019

Genial
Simplesmente amei os contos, ainda bem que não fui com tantas expectativas por que foram muito bem superadas. Tinha visto em algum lugar que estes contos eram reescritos em uma perspectiva feminista, porém não são todos que possuem isso.

Alguns dos contos não são memoráveis, porém tem alguns que achei icônicos como por exemplo a sequência "A senhora da casa do amor", "o lobisomem" e "A companhia dos lobos" (esse já ansioso pra ver o filme), sério esses são fantásticos e considerei os mais sombrios dentre os dez contos. A linguagem que a autora usa também é belíssima, quase um clássico contemporâneo. Não dei 5 estrelas justamente pelo fato de alguns contos eu nem lembrar de fato o que aconteceu cof cof a filha da neve cof cof
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 16/07/2018

As histórias desta obra tomam como base as narrativas já bem conhecidas dos contos de fadas e contos maravilhosos. Entretanto, não se trata simplesmente de recontos, pois a autora utiliza-se dessas obras como influência para criar histórias muito diferentes.

Em todos os contos, a figura principal é sempre uma mulher. De início imaginei que o livro fosse de completo empoderamento, o que não aconteceu, pois a autora retrata a mulher em diversas facetas: algumas fortes, outras passivas, umas à frente do seu tempo, outras submissas, umas ingênuas, outras donas de si. O universo feminino é explorado sob diversas ópticas, trazendo à tona temas como a sexualidade, amor, passividade, lutas, superação, descobertas.

Mas o que mais me fascinou nesta leitura foi a ambientação criada pela autora. As descrições são minuciosas, nos arrastando completamente para dentro de um mundo encantado, com florestas exuberantes e criaturas fantásticas. Seu vocabulário é rico, elegante, elaborado. As palavras aqui utilizadas tornam a narrativa mágica, criam um clima de tensão e assombro. É como se caminhássemos lado a lado com essas mulheres sentindo seus temores, angústias, mágoas, êxtases. Um misto de misticismo e vida real.

Bem, como todo livro de contos sempre tem aqueles que gostamos muito e outros nem tanto. Dentre os que mais me chamaram a atenção estão os que remetem à Bela e a Fera, a Nosferatu e Chapeuzinho Vermelho: No conto O Sr. Lyon faz a corte, Bela é retratada de forma mais romantizada, lembrando um pouco a famigerada versão da Disney, embora aqui a Bela fique entediada com os livros (blasfêmia! Rs). Já no conto A Noiva do Tigre, Bela se mostra audaz, dona de si e até um tanto quanto despeitada. Confesso que gostei bem mais dele. O final, esperamos por um desfecho que não acontece como manda o script, tornando-se surpreendente. De longe a Bela é a princesa dos contos de fadas das mais feministas e a Bela deste conto não decepcionou.
O conto A Senhora da Casa do Amor remete às histórias da sombria e horripilante Romênia e ao misterioso e fascinante Nosferatu. Aqui, a solitária condessa sanguinária busca desesperadamente por libertação de um mundo funesto. As descrições da autora são elegantes, inebriantes e criam ao mesmo tempo um clima de tensão, assombro e encantamento. Que beleza de conto!
Já o conto A companhia dos Lobos me deixou estarrecida. A autora mistura a lenda do Lobisomem com a história da Chapeuzinho Vermelho, tornando o conto macabro e ao mesmo tempo sensual. Uma mescla assombrosa e improvável de amor e ferocidade.

Ao final dessa aventura encantada só posso dizer que saí inebriada de magia, embevecida com o poderoso néctar do feminino correndo nas veias.
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Lara Moreira 28/07/2017

Confesso que a leitura foi um pouco rebuscada, as descrições são extremamente poéticas e direcionam o leitor a uma viagem por cada um dos contos. A sensação de concluir esse livro só aumenta o meu amor pela assinatura da TAG, pois ela traz cada experiência literária que faz você sair dos seus livros de rotina, faz você suar e desafia em cada edição maravilhosamente trabalhada com exclusividade. Os contos são baseados em recriações das famosas histórias infantis (sou bastante apaixonada pelos contos dos irmãos Grimm e aquisição desse livro teve um pouco dessa expectativa). O que tem de diferente? Personagens que vão ilustrar e desconstruir um pouco da imagem que temos dos tradicionais. Vale muito a pena conhecer a visão dessa escritora que desafiou o seu tempo e trouxe alguns conceitos sobre sexualidade, heroísmo, mistério e folclore. ❤️
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Carla Livraes 03/05/2017

Não atendeu às expectativas.
Livro de contos de Ângela Carter, que promete uma releitura de contos de fadas já conhecidos, mas com uma visão mais feminina/feminista. No entanto, não achei que tinha muito desta visão. Apesar de ser uma edição linda da TAG, achei o livro meio fraco, pois não me prendeu. Algumas histórias são meio confusas. Terminei a leitura apenas por curiosidade.
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Gabriela 01/05/2017

Tinha expectativas muito altas que não foram bem atendidas
2.5 estrelas

Primeiro, quero dizer que fiquei um pouco decepcionada com o visual do kit da TAG como um todo. Não ficou tudo combinando e faltou um contraste maior na capa, sei lá, o nome do livro e da autora ficaram pequenos e não realçaram bem junto daquele monte de figurinhas. Já o pôster é bonito, só que também me irritou um pouco porque, como é grudado na capa, fica atrapalhando no começo do livro.

Quanto ao conteúdo, eu esperava mais também. A TAG fez a maior publicidade do kit de março, dizendo que eram contos feministas, que eram contos de fadas, mas sob a perspectiva de mulheres fortes e eu criei expectativas muito altas que não foram bem atendidas. A autora diz que recusa o rótulo de ter feito somente versões adultas dos contos, mas, na minha opinião, foi basicamente isso.

Todos os contos são bastante erotizados, dando ênfase à nudez feminina, falando de um jeito tosco sobre virgindade, tipo: "Ela se levanta e se move dentro do pentagrama invisível de sua própria virgindade". E alguns, como "A filha da neve" e os dois últimos, beiram o mau gosto. Com exceção dos que são releituras de A Bela e a Fera e "O Lobisomem", não senti essa coisa de a mulher ser a forte, mas, sim, que elas reconheciam que tinham desejo sexual.

É claro que sou apenas uma leitora e não uma conhecedora de literatura, então talvez eu simplesmente não tenha o conhecimento necessário para achar que este livro é a obra-prima que os críticos acham. De qualquer forma, é curto e tem uns contos que gostei, como: "O Sr. Lyon faz a corte", "A noiva do tigre", "O gato de botas" e "O Lobisomem". "A Câmara Sangrenta" foi bom, só que poderia ser bem mais curto. O restante foi mais ou menos.

site: https://bibliomaniacas.blogspot.com.br/
Mayara R. 02/05/2017minha estante
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Victor Vale 28/04/2017

Histórias que positivamente subvertem o imaginário comum dos contos de fadas. Contos estes colocado em ótica feminina sem cair na simplificação do perfeito contra o imperfeito, mesmo que demonstre a clássica luta do bem contra o mal. Existe sutileza na violência utilizada com traços de relacionamento abusivo, estupro, domínio e posse das personagens que lutam para escapar ou para se tornarem iguais.
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Nidia.Machado 17/04/2017

Camara sangrenta
Não consegui ler até o final. Primeiro conto que leva o nome do livro é muito bom mas os outros não gostei. Faz uma analogia com contos infantis com uma visão "feminista" desmistificando algumas fantasias. Não gostei justamente por isso. Contos infantis devem permanecer na esfera da fantasia e não serem desmistificados por este mundo cada vez mais duro, frio.
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Hildeberto 08/04/2017

Meu primeiro livro da TAG. A edição é maravilhosa. Capa dura, boa diagramação, folha de guarde primorosa. Sobre os contos, são interessantes. Mais do que um livro de temática feminina, acredito que o livro é peculiar pela alta carga de simbolismos. Alguns detalhes são mais do que parecem, sendo necessário diversas leituras (e talvez até pesquisa) para entender a profundidade da obra. A outra é sútil, e sendo sútil deixa muita coisa subentendida. Isso as vezes não é tão positivo.

Leio á noite, e um parâmetro confiável para mim para determinar o quanto eu gosto ou não do livro é o nível de sono que ele me dá. "A Câmara Sangrenta", de Angela Carter me deu abastante. Não posso reclamar, pelo menos dormi bem nesta semana que estava lendo-o.

Embora possa parecer contraditório, por um lado considero o livro muito bem escrito, bem narrado e construído. Por outro, os contos não me marcaram, não me deixaram uma forte impressão (talvez pelo fato já mencionado da sutileza). As vezes os pensamentos eram confusos, muito simbólicos, pouco lineares.

Enfim, é um livro complexo. As mulheres ganham destaques nos contos, sendo figuras de força perante homens fracos, mulheres moralmente superiores em alguns contos, domadoras de feras, feras elas mesmo.; mulheres que esperam um amor, mas não de forma passiva; mulheres que não precisam de ninguém para salva-las. É uma boa mensagem e perspectiva, fugindo um pouco do clichê da "Princesa numa torre esperando o príncipe".
Karla 10/04/2017minha estante
"Não posso reclamar, pelo menos dormi bem.." #melhorpessoa




Fabio Henrique 27/03/2017

Contos de fada nada ingênuos
Criativo. Parte de estórias tradicionais e dá a elas um novo tratamento. A escrita é muito cuidadosa, rendendo parágrafos belíssimos.
Saionara.Zakrzevsk 23/04/2017minha estante
Isso mesmo!




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