spoiler visualizarbruna 13/01/2023
Mona, você é maluca?! Não, com todo respeito?
Acho que o título da resenha já resume tudo, né. Na medida em que eu ia lendo eu ficava realmente impressionada com o nível de alucinação em que a Levana se mergulhou, era de se impressionar mesmo a forma em que ela criava toda uma realidade alternativa e fielmente acreditava nessas ilusões.
Sobre a trama inteira da família Blackburn, só digo uma coisa: um terapeuta resolveria. E isso serve pra *todos* eles, que linhagem mais conturbada e com teor de psicopatia. Me chamou a atenção que apesar de serem ruins, aparentemente Channary realmente amava a filha Selene, ou ao menos gostava dela, e eu realmente não esperava por isso.
Foi um amor ver um pouquinho da infância de Winter, Jacin e Cinder e também menções aos personagens importantes da saga (cress e kai, por exemplo, mesmo que indiretamente). Adorei conhecer a mãe da Winter, mesmo que por um breve momento. Ela era extremamente generosa e carregava a delicadeza da filha.
Esse livro é como a peça final pra se encaixar em um quebra cabeça, fazendo com que o arco das crônicas lunares se tornasse completo e dúvidas fossem esclarecidas.
O livro é muito bem escrito, e por se tratar de uma personagem tão perversa como Levana, a história faz jus à ela. Você consegue entender e ver as emoções da personagem, mas em momento algum sentir empatia por ela. E isso que é interessante, é uma escrita vulnerável e bem detalhada sobre uma garota que em momento algum foi ?boazinha?, e sua sede por poder foi o que a levou à loucura de vez, eu diria.
Fiquei muito chocada com o final, a relação dela com o pai da Winter e a forma em que ele foi assassinado. Essa mulher arruinou vidas sempre pensando que estava fazendo o bem. O bem para o povo, para o reino. Mas na verdade era tudo pra amaciar o próprio ego.
Isso tudo torna o livro muito bem escrito e cativante, eu realmente adorei, mesmo a personagem sendo tão desprezível.