Helaina 13/09/2022
Louisa Ditton não tem para onde ir
Logo no início a trama já engrena, e Louisa começa a se arrepender das escolhas que fez. Sabe quando você se identifica com a personagem principal, mas passa raiva com as decisões dela? Foi o meu caso. Por conta disso, aos poucos, minha identificação foi diminuindo e, apesar da história interessante, as páginas não voaram como aconteceu com a outra série da autora. No entanto, a vontade de descobrir os segredos daquele hotel estranho e como Louisa lidaria com a situação me fez continuar.
"Nunca fui de esperar muita consideração. É a maneira mais fácil de não se decepcionar."
Todos os personagens são misteriosos e cativantes e eu queria saber a história de cada um, mas o foco aqui é a descoberta da protagonista desse novo universo de possibilidades sobrenaturais até então desconhecido para ela. Imagino que nos próximos livros da trilogia muitos aspectos da mitologia da história ainda sejam apresentados.
Tem um princípio de romance com o mocinho tentando proteger a mocinha sem saber que ele na verdade está muito mais encrencado que ela. Criança lidando com sua habilidade perigosa de forma tão natural que quase chega a ser fofo (eu disse quase, quero distância dessa criança). E cabe muita reflexão entre certo e errado, já que na sinopse é citado o “grupo de impiedosos justiceiros”, algo que acabou me afastando dos personagens por não concordar com algumas justificativas e decisões deles.
"— Você tem o hábito de resgatar donzelas e suas colheres? — perguntei."
Para o primeiro livro de uma trilogia a quantidade de informações expostas contam muito bem a história e o que falta desperta a curiosidade para os próximos. A trama principal tem um desfecho, mas obviamente deixa um gancho para o próximo livro. Não compartilho com as decisões da protagonista, mas não sei o quanto elas serão definitivas.
Para mim, por mais que te tratem bem, não acho que seja motivo suficiente para abraçar de corpo e alma uma causa. Há quem diga que o livro fala de aceitação, mas não sei se consigo ver dessa forma. Se aceitar é entender quem você é e aprender a lidar com isso, para mim o que ela fez foi desistir pelo cansaço. Mas é só o primeiro livro! Espero que as coisas melhorem de verdade nos próximos!
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