Os despossuídos

Os despossuídos Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin




Resenhas - Os Despossuídos


250 encontrados | exibindo 91 a 106
7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 |


Thiago.Moreira 13/01/2023

Rende boas discussões
O início e o fim são bons, o meio é um pouco arrastado, na minha opinião. É um livro bem cabeça (como todas as obras da autora). A mão esquerda da escuridão me chamou mais atenção.
comentários(0)comente



Goncazevedo 13/01/2023

Quanto custa a revolução?
Meu deus que jornada! Esse livro me fez ficar horas e horas refletindo sobre quem eu sou e como eu devo levar minha vida. Chega a ser chocante como um livro de 1975 possa ser tão atual, mais do que nunca a discussão sobre o perigo comunista e o mal capitalista é um tema que assombra muitas pessoas e a forma com que esse livro trata isso é genial. Conseguir mostrar os absurdos de um mundo de proprietários ressaltando que, mesmo em uma sociedade livre, a natureza do ser humano é a dominação já é impressionante. Fazer isso tendo como foco central a física teórica, é genial!

A escrita é brilhante e é surpreendente como a autora escreve sobre política, filosofia e física com a mesma profundidade e coerência. Minha única crítica é a demora que o livro tem para trazer emoção ao leitor, fora isso é uma excelente viagem.
comentários(0)comente



Jéssica 09/01/2023

Os despossuídos
Fiquei bastante curiosa com o título, tentando imaginar que tipo de história se passaria sob ele. Quando conheci a sociedade anarresti e seu modo de vida, o título me pareceu tão claro o óbvio que não conseguiria imaginar nenhum outro. A história me cativou do início ao fim, pela simplicidade do enredo e dos personagens, a propósito, composição de personagens me parece ser o forte de Ursula Le Guin e, neste livro não decepcionou: o personagem principal é simples, forte e cativante. A ideia geral do livro é apresentar os "despossuídos", os colonizadores de Anarres, sua sociedade, sua organização, assim como o modo de vida de Urras, completamente contrário ao de Anarres. E, nessa apresentação dos dois mundos, nos pegamos pensando sobre nosso próprio estilo de vida; o que é essencial? O que é moral? O que é liberdade?
comentários(0)comente



Matheus656 05/01/2023

A alguns anos atrás tentei ler Os despossuídos mas não passei das primeira páginas. Achei monótono. Hoje percebo que tomei a decisão mais acertada possível na época. Se trata de um livro complexo, que trata de assuntos absolutamente necessários. Anarquismo, capitalismo e socialismo se confrontam ao poder da agência e do devir em sociedades completamente distintas, mas que moralmente travam batalhas muito similares. Afinal, onde se encerra e onde se começa o direito individual e sobre o outro?
Ursula reflete sobre todos esses assuntos numa leitura densa e não linear. Envolve física e astronomia, mas acima de tudo trata do desejo.
E nesse turbilhão de assuntos macro que prevalecem numa sociedade multiplanetaria, é ainda o micro que move as pessoas. É a aprovação acadêmica, é a família, a amizade e a desavença.
Em todas as suas obras Ursula parece tratar do ser humano como esse personagem cinza e protagonista da sua própria existência. Nem bom, nem mal, aqui não há maniqueísmos. Há apenas a contemplação a vida.
comentários(0)comente



Camille.Pezzino 04/01/2023

RESENHA #235: A GRAMA DO VIZINHO
Existe uma anedota sobre Tolstói muito interessante, embora eu não lembre de todos os detalhes e nem de onde a li. Certa vez, ele estava sentado em uma pedra – ou algo assim – pensando na morte. Ao seu lado, tinha um mujique (camponês) trabalhando. Tolstói por mais entusiasta, nobre e rico, ainda assim, era infeliz; enquanto, ao seu lado, o homem com nenhuma escolaridade e uma vida de labuta continuava o seu ofício. Então, o escritor resolveu fazer uma pergunta ao trabalhador a respeito do seu medo em relação à morte. Nisso, o homem lhe respondeu: “E lá eu tenho tempo para isso?”

Essa resposta provavelmente não foi assim, mas ela com certeza reverberou no autor: conde, proprietário e infeliz. Essa diferença entre essas duas classes sociais, bem demarcadas por Marx, mostra que existe uma dicotomia no mundo e sempre há diferentes pontos de vista da realidade a partir daquilo que você experiencia. Ursula Le Guin fez um trabalho estupendo em Os despossuídos ao colocar essa diferença social e ideológica durante todo o percurso do seu livro.

Nessa obra, encontraremos dois opostos: um planeta e sua lua (ou quem sabe o contrário?). Anarris é um mundo anarcocomunista, onde as pessoas não têm posses e vivem como “membros da comunidade”; enquanto Urras se divide em três diferentes ideologias políticas: o capitalismo (A-Io) e o socialismo (Thu), além de um governo ditatorial (Benbili).

Le Guin não utiliza essas ideologias à toa e nem coloca esses países nessa disposição sem motivo. A sua obra foi publicada em 1974, um ano antes do fim do conflito armado no Vietnã. Para quem não sabe, esse é o mesmo período histórico da Guerra Fria e de um conflito intenso: a Guerra do Vietnã, país no qual os Estados Unidos interferiu no controle político, apoiando um golpe ditatorial na parte Sul (após a divisão Norte-Sul em que, respetivamente, um era socialista e outro capitalista). Esse conflito gerou muitos atritos entre o governo norte-americano e sua população, pois a maior parte era contra o envio de jovens soldados.

QUER SABER MAIS? ACESSE EM: https://gctinteiro.com.br/resenha-235-a-grama-do-vizinho/

site: https://gctinteiro.com.br/resenha-235-a-grama-do-vizinho/
comentários(0)comente



Claudia.M 31/12/2022

Uma utopia atemporal
Descobrir Ursula Le Guin foi um presente em 2022. Uma utopia alternativa na Lua, colonizada pela humanidade a partir de uma proposta de comunidade onde cada qual contribui de alguma forma para o bem comum. A ideia de comuns está em voga novamente, e certamente não é nova. Nosso herói é um cientista que deseja desenvolver sua pesquisa teórica e pensa ser melhor na terra, capitalista. Ao chegar até acredita na boa vontade dos que o receberam, mas não é bem assim.

Gosto muito de como os relacionamentos se dão na utopia de Anarraes e de como as mulheres são respeitadas. Para um livro que é originalmente de 1974, parece que a distância até a utopia só aumentou.
comentários(0)comente



Eduardo Mendes 30/12/2022

Diversas camadas e questionamentos filosófico
Os Despossuídos foi a minha primeira leitura de 2022, e já virou um forte candidato a melhor leitura do ano. Depois de ler o incrível “A Mão Esquerda da Escuridão”, eu já desconfiava que iria gostar bastante desta obra de Ursula Le Guin, a rainha do sci-fi.

A autora propõe ao leitor um exercício imaginativo incrível, contando a história de dois planetas que não poderiam ser mais diferentes entre si. Em primeiro plano acompanhamos a história de Shevek, um cientista do inóspito planeta Anarres. Os capítulos alternam entre a sua infância no seu planeta natal e uma viagem que ele faz pra conhecer o Urras.

Anarres é um planeta com uma filosofia anarco-sindicalista, prezando simultaneamente pela coletividade e pela liberdade. Anarres se rebelou há cerca de 200 anos do seu planeta gêmeo, Urras. E é aí que a coisa começa a ficar interessante. Enquanto em Anarres as pessoas vivem sem o sentimento de posse (daí o título do livro), onde tudo é compartilhado por todos e a população precisa se ajudar o tempo todo, em Urras o capitalismo reina absoluto. Bom, eu imagino que você saiba como é caótico e desigual o sistema capitalista.

A partir daí a autora faz uma análise interessante dos benefícios e problemas do modo de vida que as pessoas levam em cada um dos planetas, mas isso é só a ponta do iceberg, afinal, Ursula Le Guin tem um talento impressionante pra falar de temas como regimes políticos, machismo, feminismo e homosexualidade, sem deixar os assuntos chatos, sem ditar regras ou tomar partidos. Ela simplesmente encaixa diversos temas no enredo de uma forma que o leitor acaba pensando neles de alguma forma.

É um livro de ficção científica com diversas camadas e questionamentos filosóficos. De certa forma este livro é mais simples e fácil de acompanhar do que “A Mão Esquerda da Escuridão”, e me parece ser uma boa porta de entrada pra quem quer conhecer essa autora genial!


site: https://jornadaliteraria.com.br/os-despossuidos/
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Thais.Souza1 27/12/2022

Demorei muito pra conseguir pegar no tranco da história, talvez por não estar acostumada a ler esse tipo de livro, quase abandonei, não vou mentir, mas persisti e comecei a entender e gostar. Se o livro não fosse emprestado eu teria marcado muita coisa, é cheio se discussões políticas interessantes, pensando de modo geral bem bonitos. Eu gostei bastante
comentários(0)comente



Claudemir17 26/12/2022

Reflexões profundas embrulhadas em uma história cativante
Os Despossuídos, de Ursula Le Guin, é um livro realmente interessante: a autora nos traz uma abordagem muito perspicaz de questões político-sociais.

Urras e Anarres apresentam traços bastante claros de sociedades capitalistas e socialistas, e nesse universo, Le Guin vai, através do protagonista Shevek, fazendo reflexões muito pertinentes para os dias de hoje.

O que é melhor: uma sociedade igualitária, mas sem recompensas pelos esforços extras ou uma sociedade competitiva que premia os mais esforçados (bem, nem sempre assim)?

Ao longo do livro, é interessante perceber que não existe sociedade perfeita; que ambas têm diversos pontos positivos, mas também problemas sociais sérios.

E nesses planos de fundo, vamos conhecendo a história de Shevek, desde sua adolescência até o momento no qual ele já é um físico de destaque.

No início, a história anda meio devagar; até mesmo porque é necessário ambientar o leitor nesses mundos. Mas, depois, o enredo se desenrola e corre solto, revelando uma trama complexa e intrigante, que vale cada minuto de leitura.
comentários(0)comente



Felibalex 22/12/2022

Uma grande crítica social
A autora apresenta uma obra prima que traz conceitos muito importantes para os dias atuais, como a propriedade. De maneira maestral a distopia/utopia retratada navega entre presente e passado para conquistar os leitores com uma viagem entre duas realidades são similares mas tão diferentes. Talvez as lacunas deixadas na estória sejam intencionais, mas senti falta de um aprofundamento maior em algumas passagens. De todo modo, um ótimo livro.
André 22/12/2022minha estante
Esse foi o primeiro livro dela que li e até agora o único. Eu amei, li na época da faculdade. Estou com um outro dela aqui pra ler: A mão esquerda da escuridão.


Felibalex 23/12/2022minha estante
Eu andava bem ansioso com ele. Escolhi para ser a minha leitura de número 50 no ano, por ter sido indicação de uma pessoa importante, e uauuuu. Fez todo o sentido. Andei pesquisando sobre "a mão esquerda da escuridão" e já está na minha lista. Adorei que se passa no mesmo universo de "os despossuidos".




Enzo 18/12/2022

É possível uma sociedade realmente igual?
Centenas de anos atrás, um grupo de anarquistas se isolou no planeta de Anarres para viver uma sociedade sem poder, sem posse, sem desigualdade. Hoje, um deles quer voltar ao planeta irmão de Urras, em que há belas paisagens e hierarquias. Desenvolve-se uma história que reflete sobre vida em sociedade, indivíduo versus comunidade, sofrimento e dor, existência humana.
Ursula apresenta a nós uma possibilidade de futuro melhor. Não é uma utopia, a dor e o sofrimento da vida não permitem a existência de utopias. Mas ela dá a esperança de que nós somos melhores do que imaginamos que somos, de que podemos viver plenamente, como parte do Universo, não tentando ser donos Dele.
Os Despossuídos é um livro genial. Quero conhecer mais da obra da Ursula depois dessa introdução.
magickarp 18/12/2022minha estante
Estou terminando de ler "a mão esquerda da escuridão" e fui pega de surpresa positivamente! Logo leio "os despossuídos".
É o meu primeiro contato com a autora e estou gostando muito.




Jolly 06/12/2022

Que leitura sensacional. Nunca tive uma ideia de como seria uma sociedade anarquista funcionando após uma revolução! Onde existe outros dois modos de produção capitalista/socialista existem no mesmo contexto.

Se alguém ler essa resenha e souber algum nome de algum filme baseado nesse livro deixe nos comentários por gentileza =) fortemente recomendado!
comentários(0)comente



Moony 28/11/2022

É um desafio, um exercício de esperança
Terminei de ler agora com a sensação de que é o livro mais importante da minha vida.

A Ursula escreve como uma irmã que te guia gentilmente pela mão através do mundo. Ela diz: "Olha! Pode olhar! É só isso. Se você quiser tirar a lente que te deram e enxergar o que é, o que pode ser, é muito simples." Como Shevek, ela foi - e é, pois está imortalizada em suas palavras - uma das guardiãs desse segredo.

Descobrimos o fogo, mas não queremos usá-lo; somos violentados por querermos nos aquecer; alimentamos o medo, alimentam o medo em nós. Mas ela segurou sua tocha e iluminou a todos por um breve momento... e vemos tudo claramente. Não apenas as sombras, mas cada detalhe minuciosamente dissecado e desnudado: as vendas, os grilhões, os preços, as perversões. Não é um trabalho fácil.

Amo essa mulher que nunca conheci e através dela consigo estender um pouco disso a todo o resto. Que dádiva estar vivo para poder ler um pouquinho dela, e que maldição tirar os olhos das páginas e observar o mundo ao redor.
comentários(0)comente



Ingrid 24/11/2022

"Você tem que entender as forças por trás dos indivíduos"
O livro nos convida a pensar diferentes possibilidades de organização da sociedade. Muito importante pra nos estimular a pensar alternativas anticapitalistas, e mais ainda pra nos fazer refletir sobre a impossibilidade de soluções milagrosas: sempre teremos desafios pra superar, mas a solidariedade nos permitiria caminhar de forma menos destrutiva. Além disso, o mundo que Le Guin constrói é muito interessante de explorar.
comentários(0)comente



250 encontrados | exibindo 91 a 106
7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR