A mulher de pés descalços

A mulher de pés descalços Scholastique Mukasonga




Resenhas - A mulher de pés descalços


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Layla.Ribeiro 14/05/2022

Desafio literário 2022- Autoria Africana
Antes de ler o livro é preciso saber que em Ruanda existe um problema de conflito étnico, problema esse que vem ao longo da história do país, especificamente em 1994, onde houve um dos maiores genocídios do mundo, na qual o grupo hutus exterminou cerca de um milhão de pessoas da etnia tutsi, seja idosos, crianças, bebês e mulheres grávidas, sem exceções. A autora deste livro foi por sorte, a única sobrevivente de sua família, ela traz neste livro memórias de sua infância e principalmente da sua mãe, uma mulher muito importante para a comunidade em que viviam. Diferente do outro livro que li ?Baratas? da mesma autora, este livro é mais ?leve?, focado em apresentar ao leitor as tradições das pessoas ruandesas: as habitações, o sincretismo religioso, a alimentação, a vida das mulheres, o calendário baseado na colheita do Sorgo, a intervenção branca dos belgas na sua cultura e também assuntos pesados, como a segregação étnica, a perseguição dos militares, estupros e a incerteza do amanhã. Terminei a leitura com um pesar profundo e reflexivo por saber que a maioria dos personagens citados foram exterminados, apesar de uma leitura densa, eu recomendo a vocês que conheçam a história desse povo.
Eric Luiz 14/05/2022minha estante
A guerra civil de Ruanda é um doa capítulos mais tristes da história da humanidade.


arthurzito 16/05/2022minha estante
Depois lerei esse




Thamy 27/04/2022

A realidade dos tutsis
Esse livro vai ecoar na minha cabeça por muito muito muito tempo. É interessante conhecer a cultura tutsi e os acontecimentos pré e pós o genocídio Ruandes. Mas é muito difícil ler esse livro sem chorar.
Nesse livro, a autora faz referência ao livro "arquiteto de pés descalços" onde o autor ensina a arquitetura vernacular (criada a partir de elementos e materiais locais)
Scholatique descreve como eram construídas as choupanas de seu povo, passo a passo. Como eram feitas as plantações, as cervejas de sorgo e de banana e várias outras curiosidades. Sempre com um ar saudosista, como se tivesse escrito mais pra não esquecer, do que pra compartilhar.
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@leiolivros 13/04/2022

Com uma narrativa simples e direta ao ponto, Scholastique Mukasonga conta sua história e de sua mãe, Stefania, vítima dos massacres de 1994.

Gostei muito de como o livro se constrói. Resgatando sua infância e juventudade entre idas e vindas no tempo, a autora segmenta os capítulos nos temas que pautaram sua vida. Além de sentimental, é também uma história muito informativa sobre as tradições e costumes dos ruandeses.

São diferenças culturais gritantes e por vezes questionáveis, mas Mukasonga conta tudo com muita delicadeza, fazendo questão de acentuar o forte papel feminino numa comunidade que acabou por dizimar grande parte de seus homens.

Foi uma experiência de leitura curta, mas marcante. Saio ansiosa pra experimentar outras obras da autora!
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Bertha 07/04/2022

" Olhe bem, eles estão aqui e eu estou com eles, você reconhece os seus? Reconhece Stefania? "
Livro extremamente pesado e cheio de significados!!!
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Jessiane.Kelly 17/03/2022

Colher o sorgo
Que livro bom!! Me faz lembrar o quanto a Literatura e a memória são formas de resistência diante de contextos tão difíceis quanto o de guerra e de genocídio. Conhecer os costumes culturais, a percepção de tempo, as histórias e as crenças dos tutsis me trouxe um encanto e autocrítica de uma forma inesperada. Por que eu não leio com frequência autores africanos? Como eu ainda não tinha lido nada da Scholastique Mukasonga?
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Alê Ferreira 11/03/2022

A mulher de pés descalços
Um lugar onde os quintais são o reduto das mulheres e nenhum homem tem nada o que fazer ali, onde as mulheres não voltam para suas casas sem parar na casa de cada mulher de sua vizinhança e ter com ela uma conversa, as vezes tão longa que precisam fazer o caminho juntas e indo e voltando até que seus segredos sejam compartilhados.

O relato de Mukasonga sobre os costumes, as crenças, a cultura de sua família e de seu povo tão diversa da nossa, nos transporta à Ruanda, e ao mesmo passo que causa estranhamento nós causa também comoção e encanto.
Esse livro é tão lindo porque é carregado de afeto e de lembranças ternas.
E se, despida da concepção ocidental de mundo, faz-se essa leitura, não há como não ficar encantada com a narrativa.
Tem seus trechos chocantes, porque olho daqui do meu lugar, a partir da minha cultura.
Mas o que mais choca nesse livro é olhar para os rasgos feitos pelo efeito colonizador. Do meio da terra de Ruanda, abre-se um grande filete se sangue. E os tutsis sangraram, foram exilados e foram violados (ou seria mais adequado dizer violadas ).

Assassinatos, expropriação, estupros, apropriação indevida de sua terra e massacra de um povo pelo apagamento se sua cultura, suas crenças religiosas ...
Mas a autora é tão maravilhosa que isso não salta nas nossos olhos na leitura. Isso é algo que ela vai segredando ao nosso coração cuidadosamente ao longo da narrativa. E me fez chorar.
Pode ler sem medo, livro é lindo, todo ele é cheio de afeto, de imagens da natureza, memórias afetivas familiares e culturais, mas tem sempre um filete de sangue escorrendo, e o final uma crítica tão, tão bem escrita que vem numa imagem de um sonho (pesadelo). Uma crítica cortante ao extermínio provocado pelo colonialismo e a violência mascarada imposta pela igreja católica.
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Stefânea 05/03/2022

amor/dor
estava escrevendo isso ontem, mas preferi parar e deixar assentar o sentimento.

tentar compreender o peso desse livro está longe de ser uma tarefa fácil.

é como tentar entender o amor de uma mãe.

quando finalizei a leitura, sentei para tentar entender Ruanda. como foi a construção de um genocídio, quais pequenos atos levaram a todo aquele sofrimento.

mukasonga tem uma escrita gostosa, fluida e impecável.

suas memórias descritas aqui vão muito além de lembranças de uma infância e adolescência recheadas de medo e preconceito, vai além de se sentir, dia após dia, que sua existência vale menos que a de uma barata.

não, o que é descrito aqui é pura cultura.

a autora descreve rituais, tradições, construções, alimentos e muito mais da vivência rural ruandesa por volta dos anos 60/70. e como, aos poucos, o globalismo foi se infiltrando em meio a eles.

aprendi tanto nessas 160 páginas, que terminei querendo mais.

não vejo a hora de me jogar nos outros livros dela.

literatura é lembrança.

?quando você esquece, está matando as vítimas uma segunda vez?, diz Scholastique.

acho que histórias como essa, por mais que doam, são necessários para nunca nos deixarem esquecer do que somos capazes de fazer uns com os outros.
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Camila.Queiroz 02/03/2022

Pensamentos aleatórios
A literatura africana sempre me deixa desconsertada. Acho que essa é a palavra que melhor define. Normalmente são os livros que mais me deixam sem palavras. Afinal, quem sou eu, na minha imensa insignificância e ignorância, para falar algo sobre essas histórias que me deixam sem jeito, de tão distantes que parecem ser do que a gente (acha que) sabe sobre a vida, de dentro dessa nossa bolha de privilégios, que é tão confortável?

Esse livro é um romance autobiográfico, dedicado à memória da mãe de Mukasonga, e tem como pano de fundo o período de conflito entre as etnias tutsi e hutu, que culminaram no genocídio de 1994. Ele conta a história de Stefania no exílio, após os hutus chegarem ao poder, e a sua tentativa de manter vivos os seus filhos e as tradições de seu povo, mesmo diante da escassez e da violência.
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Jam_santos 15/02/2022

Para começar chorando e terminar em prantos
Nunca li um livro que me conectou TANTO quanto esse! Mukasonga entenda, você é perfeita. Essa mulher escreve com a alma e transmite toda uma verdade e voracidade na sua escrita! Indico para todos. Essa é de fato uma leitura NECESSÁRIA.
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Valéria Cristina 16/01/2022

Tocante
Pontuando o genocídio em Ruanda, a autora dos fala de seu país, de suas lembranças, de suas tradições de forma muito poética.
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Eduarda Veloso 14/01/2022

Não esquecerei 1994
Ruanda, 1994 e as 800 mil mortes em cem dias.
Mukasonga conta em seu livro como o seu povo, Tutsi vivia diante de ameaças constantes de extremistas Hutus, mas mesmo diante disso, ela conta (com relatos de encher os olhos) sobre a sua cultura, sua família e suas tradições.

Infelizmente, a história é real e o relato é doloroso. O livro mantém vivo a memória de tais acontecimentos para que não nos esqueçamos do quanto a colonialidade de brancos sobre negros é profunda, problemática e perdura até hoje.
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carolmc_ 13/12/2021

Forte
Segundo livro que leio desta autora, contando fatos ocorridos com sua família e comunidade e que nos custa acreditar tamanha a violência.
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liliana 02/11/2021

Scholastique teve todo o seu povo e sua família assassinados pelo massacre de Ruanda em 1994, onde mais 800 mil pessoas foram mortas.
Em a mulher de pés descalços, ela fala sobre sua mãe, que assiduamente tentou manter as tradições do seu povo mesmo em exílio.
Foi uma experiência muito bacana descobrir coisas inimagináveis sobre a cultura de Ruanda.
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Josiane.Castro 02/11/2021

Amor materno
Uma história de amor materno, de dor, de sofrimento , de uma cultura completamente diferente da nossa . Com crendices inexplicadas para o nosso entendimento .
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