Vacas

Vacas Dawn O'Porter




Resenhas - Vacas


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Neyla 08/11/2017

Não vou mentir: a primeira coisa que me chamou atenção nesse livro foi o nome. Achei diferente, fiquei curiosa e fui ler a sinopse. Daí não teve jeito, já quis logo ler. E assim que ele chegou "meti as caras" e iniciei a leitura certa de que seria surpreendida. E realmente fui.
Vacas conta a história de três mulheres: Tara, Stella e Cam. Tara é jornalista e trabalha em um ambiente totalmente machista e opressor, onde ela ouve constantemente piadinhas infame por seu mulher. Como se não bastasse, ainda precisa lidar com a hostilidade dos chefes por conta de ser mãe solteira e, por isso, sair do trabalho mais cedo para poder cuidar da menina. E levem em conta que ela começa seu expediente antes de todos. Ela é uma mulher competente, que produz documentários com assuntos polêmicos e que, de uma hora pra outra irá ver sua vida desmoronar por conta de um vídeo seu que acaba viralizando na internet.
Stella é uma mulher que vive assombrada por uma possível doença. Sua mãe e sua irmã gêmea faleceram por conta de um câncer e as chances de que venha a desenvolver a doença é muito grande. Ela vive com o namorado, trabalha com secretária de um fotógrafo e escritor, e seu maior sonho é ser mãe. Pra piorar ainda mais as coisas, ela é aquele tipo de pessoa solitária, que está sempre pra baixo, que sempre se vitimiza e que, acreditem, se sente bem nessa pele. O relacionamento com o namorado não é promissor e podemos ver que ela só o que ao seu lado para conseguir aquilo que tanto deseja e que não há sentimento unindo-os. O caso, minhas amigas, é que ela é capaz de tudo pra engravidar e vai deixar isso bem claro durante as páginas desse livro.
Já Cam é uma blogueira super famosa de 36 anos que vai totalmente de encontro a tudo que se espera de uma mulher de sua idade. Ela não quer casar e nem ter filhos, o que a faz ser conhecida como "o rosto das mulheres sem filho". Seus textos sempre fazem o maior sucesso na internet e muitas mulheres se inspiram no seu estilo de vida. Contudo, nem todo mundo a apoia, inclusive sua mãe se sente até mesmo envergonhada com as coisas que ela escreve. Não é fácil ser uma mulher independente e ciente do que deseja. Tudo que Cam deseja é ser livre para fazer suas escolhas e viver de acordo com aquilo que lhe faz bem.
Donas de personalidades e estilos de vida diferentes, é quase impossível acreditar que em um dado momento da trama a história dessas três mulheres irão se cruzar. Mas quando isso acontece, é quase impossível largar o livro.

Não vai ser fácil falar desse livro, já vou adiantando a vocês. Comecei a ler sem saber bem o que esperar dele, mas acabei me vendo grudada nas páginas pra saber o que iria acontecer. Vacas é aquele tipo de livro que fala de assuntos atuais, polêmicos e que, na maioria das vezes, é visto como tabu pela sociedade.
Eu confesso a vocês: a leitura mexeu demais comigo e me fez refletir sobre muitos dos comportamentos que tenho e que vejo nas pessoas, sejam elas do meu círculo de amizade ou não. Vivemos em uma época onde tudo viraliza, onde vídeos e fotos de pessoas são utilizados de forma aleatória, sem que ninguém pense em como o outro se sente e quais as consequências daquilo para a sua vida. Além disso, pré julgamos muito facilmente as pessoas, sempre levando em conta o nosso ponto de vista, que é sempre o correto da situação, e esquecendo que cada pessoa vive de acordo com aquilo que acha melhor para si. O livro é um verdadeiro tapa na cara pois mexe com assuntos que, por si só, já são polêmicos e, acaba nos levando a reflexões. Pelo menos foi isso que aconteceu comigo.
Gostei muito da construção da história e cada personagem mexeu comigo de uma forma diferente. Pra começar vamos falar de Tara, que logo de imediato não me cativou. Achei-a meio arrogante e bem prepotente. Mas quando fui conhecendo-a mais a fundo percebi que era apenas uma espécie de armadura que ela usava pra se defender de todas as piadinhas que ouvia de seus chefes. Me solidarizei por tudo que ela passou e, muito embora não tenha sido minha personagem preferida, com certeza foi uma das que mais se destacou.
Com Stella as coisas foram confusas. Ela não é bem o que chamamos de cativante e em todo tempo me vi perdida, sem saber bem o que sentir a seu respeito. Até agora, semanas depois de ter feito a leitura, eu ainda não sei bem o que acho dela. Senti muita pena, desprezei suas atitudes mesquinhas e impensadas, e senti raiva, muita raiva, por cada uma das situações que ela provocava, tentando compensar suas frustrações usando as outras pessoas. Outro ponto que me incomodou foi o constante vitimismo, o jeito como sempre se colocava como uma pobre coitada que viveu à sombra da irmã e que ninguém gostava, sendo que jamais se esforçou pra ser alguém diferente. Não foi fácil lidar com meus sentimentos em relação a ela, nem mesmo no final.
Já Cam, ah minha gente, essa eu morri de amores do início ao fim. Ela é tudo que um dia eu já quis ser e me ganhou por ser espontânea, segura de si e um ser humano de alma livre e coração gigantesco. Seus textos bateram forte e tinham tudo a ver comigo. Eu me vi em cada linha dos textos de seu blog e até cogitei a hipótese de que tudo aquilo havia sido escrito para mim. Foi de longe a personagem que eu mais gostei e a que mais me emocionou. Como eu queria que ela saísse das páginas e se materializasse na minha vida, certamente eu iria querer abraçá-la e agradecer por ser uma inspiração.
Vacas foi uma leitura muito interessante, que começou de forma lenta, mas que ganhou terreno e ritmo no decorrer das páginas. A narrativa ágil, a história atual, direta e sem floreios fez com que eu me mantivesse atenta o tempo todo. E, como já falei ali em cima, me levou a muitas reflexões. Tiveram alguns pontos que não gostei? Sim, duas coisas me incomodaram e ambas são em relação ao final das personagens (de duas para ser mais clara). Achei que uma das situações foi desnecessária e não acrescentou muito à trama. E a outra... bom, eu não esperava por ela e creio que tenha sido por isso que fiquei relutante.
Em termos gerais, Vacas foi uma ótima leitura e me permitiu enxergar muitas coisas sob uma perspectiva diferente. Leiam, tenho certeza de que irão gostar.
Bibi 09/11/2017minha estante
Menina, estou arrepiada com essa resenha, preciso deste livro para ontem!


Neyla 09/11/2017minha estante
Fico feliz que tenha gostado, Bibi. É um livro muito bom, gostei demais!!!


Bibi 09/11/2017minha estante
Gostei bastante, vou ler




Diana 26/04/2020

Que livro!!!
Pra mim o foco do livro foi: Como nós julgamos as pessoas(principalmente mulheres), sem ao menos conhecer a realidade daquela pessoa que está sendo julgada. A falta de empatia, de não nós colocarmos no lugar do outro.

Gostei bastante do livro, me fez refletir muito, só não vou dar 5 estrelas, pois um personagem morreu, estou sem acreditar até agora. Mas enfim, é um bom livro.


Citações:
"Acho que nunca me sentiria solitária. Porque quando você domina a arte de desfrutar da própria companhia, a felicidade vem."

"Não se esconda, mantenha a cabeça erguida e abra bem os olhos para enxergar um jeito de fazer isso funcionar."
Nai 06/06/2020minha estante
Parece interessante.


Mia Fernandes 12/12/2022minha estante
Estou lendo ele agora.


Diana 12/12/2022minha estante
Boa leitura.




Patty.Maionese 17/04/2021

Leitura necessária!
Por que seguir o rebanho?
- Tara é mãe solteira e divide o tempo entre a filha pequena e o trabalho em uma produtora de TV onde tem que lidar com o machismo casual diariamente.
- Stella vive assombrada pelo fantasma de uma doença devastadora.
- Cam é uma blogueira famosa, mora bem e pode se dar ao luxo de escolher o homem que quiser, mas isso não quer dizer que ela está livre da pressão da família para se adequar aos moldes conservadores. As três estão tentando viver da melhor forma possível, embora a sociedade tente forçá-las a se encaixar nas expectativas dos outros ? seja como mães, profissionais, amigas ou irmãs. Quando um acontecimento extraordinário as une de forma irreversível, a catástrofe de uma mulher se torna a inspiração da outra.

Uma leitura dolorosa, real (impossível uma mulher que não se veja em alguma das situações contadas nesse livro) e necessária.

Um assunto importante como o feminismo de um jeito real, sem exageros e na dose certa de ser abordado. Essa leitura é necessária para quem acha que o feminismo não precisa existir, para quem acha que machismo não existe, para quem prefere não opinar sobre esses assuntos mas vive julgando o jeito de viver de cada mulher que cruza seu caminho.

Indico esse livro para mulheres e homens pois por meio desta leitura é possível ver e sentir como o machismo é real e nos rodeia desde SEMPRE ?.

As emoções que senti ao ler esse livro são inúmeras e difícil de escolher qual devo citar aqui, só digo que demorei meses para ler esse livro amei cada palavra lida, confesso que chorei em um acontecimento que eu não esperava, ri e me desesperei sobre o acontecimento que uniu as personagens e julguei ?? mas me permitir conhecer mais para não pensar da personagem de um jeito errado (mesmo achando que ela precisa de ajuda), enfim esse livro virou meu FAVORITO DO ANO (os próximos livros que lutem rsrs...).

#SUPERINDICO
#DicadaMaionese
#FavoritodoAno
Gisele.Faria 03/07/2021minha estante
Também é o meu favorito.




Marquesca 17/06/2020

Um romance sobre feminismo de mulher para mulher
Essa capa já me deixou intrigada e com muita curiosidade de ler esse livro e o título é tipo uma pisca chamando a minha atenção. Foi uma leitura muito boa, que abordou o feminismo de uma forma que não falamos tanto. Se fala muito sobre a luta pelo feminismo, os direitos das mulheres e tal, mas, aqui vamos falar de um femininos de mulher para mulher, e de como mulheres atacam outras mulheres,julgam, colocam rótulos sem motivo, ou sem querer saber a história daquela pessoa. Esquecemos que por trás de cada pessoa tem dores, alegrias, fracassos, medo e muita história. Um livro divertido, mas com muito carga emocional. Cada página te da sacudida e é impossível ler e não pensar em nossas reações diante de várias passagens do livro e de nossa vida. Vacas fala sobre machismo, mãe solteira, aborto, atitudes por impulso, bullying na internet e rótulos, muitos rótulos.
Leitura e . 17/06/2020minha estante
Oii... Boa tardee...Tudo bem?... Desculpa por interromper sua leitura, mas gostaria de te convidar a me seguir no Instagram para acompanhar minhas leituras... te espero lá...?
Obrigado.
@leituraeponto




Maria Ferreira / @impressoesdemaria 16/11/2017

Nós, mulheres, somos vacas?
“Nem toda mulher quer ser princesa” é o subtítulo deste livro, o que já pode provocar um estranhamento por ser antecedido pelo título “Vacas” e leva a concluir que as mulheres não são iguais, enquanto umas querem ser princesas, outras querem ser vacas, mas acho essa dualização um tanto quanto problemática, por mais que apoie nossa liberdade sexual.
O livro vai nos fazer conhecer três mulheres de diferentes idades e a narrativa vai ser intercalada entre as três, variando entre primeira e terceira pessoa. Elas não se conhecem inicialmente, mas no decorrer da narrativa haverá pontos de contato entre a vida delas.

Tara é uma mulher de 42 anos, mãe solteira e trabalha produzindo documentários sobre abusos e assédio sexual para a TV. Em seu trabalho, tem que lidar diariamente com seu chefe e colegas homens que sempre duvidam de sua capacidade e a julgam por mulher e mãe solteira, o que faz com que precise reafirmar constatemente sua capacidade, mesmo sendo tão boa (e às vezes melhor) em seu trabalho, quanto eles.
Stella tem 29 anos e é assistente pessoal de um fotógrafo famoso. É muito competente como profissional, mas passa por problemas na vida pessoal por ter perdido a mãe e a irmã gêmea para o câncer e viver com a possibilidade de desenvolver a mesma doença e não poder gerar filhos.
Cam é uma blogueira muito famosa, de 36 anos, declaradamente feminista, que se posiciona contra padrões impostos pela sociedade em relação às mulheres, como não querer ter filhos ou não querer ser casada e tem que lidar com uma mãe e irmãs que não a compreendem e vivem tentando mudá-la.

Acho que não tem uma personagem principal, uma que se destaque mais que a outra, visto que as três são protagonistas de suas próprias vidas, mas certamente haverá aquela que despertará mais simpatia em quem lê. No meu caso, a que mais gostei foi a Tara, seguida da Cam ( mas com ressalvas), e a Stella não teve nada que me fizesse gostar dela. Explico.

Em um determinado ponto da narrativa, quando Cam está conversando com o pai, e ele faz constatações acerca de como as mulheres brigam entre si, ela diz a seguinte frase “Te amo, pai. (...) Você é meu ícone feminista” (p.117). Isso está errado em tantos níveis! Um homem não pode ser considerado um ícone feminista por um motivo óbvio: é um homem!
Em outro momento, em um texto para seu blog falando sobre as mulheres que são mães e as que não são, ela diz: “Qualquer um que chame uma mãe de ‘idiota desocupada’ é uma vaca sem coração. E ponto final” (p.200). Particularmente, acho problemático usar a palavra "vaca" como xingamento, porque historicamente, é uma palavra que é usada para ofender mulheres e fazer com que sintam vergonha de seu corpo e sexualidade. Por conta disso, o título me incomoda um pouco também. Eu não me identifico com ele, nem com o subtítulo. Não quero ser uma “vaca” e nem uma princesa. Aliás, não quero ser rotulada. Sou feminista, mas acho que isso não é um rótulo, é uma necessidade porque o machismo é real e nos mata diariamente.

Quanto a Stella, ela é extremamente negativista, se coloca para baixo e se diminui em todas as situações possíveis. Ela é louca, de verdade. Arma planos mirabolantes para conseguir alcançar seus objetivos, sem se importar com as pessoas envolvidas nesses planos, ou melhor, usa as pessoas para conseguir o que quer. Chega a ser assustador as coisas que ela faz.

Em alguns momentos, há uma tentativa de fazer suspense, mas não funciona. Isso não faz com que o leitor se sinta instigado a continuar a leitura para descobrir o que foi deixado em suspenso, pelo contrário, a todo momento o leitor pode se incomodar com a revisão que deixou muito a desejar. Erros como falta de letras, falta de palavras que seriam importantes para o entendimento de uma frase, e não foi uma ou duas vezes, foi praticamente o livro todo. Não sei o que aconteceu nesse caso, mas normalmente os livros da Harper Collins costumam apresentar uma boa revisão.

Além da discussão sobre aborto, sobre as mulheres terem o direito de não quererem ser mães ou casarem, sexualidade feminina, um assunto que vai ser muito instigado na narrativa é a questão da exposição sexual na internet, no caso, sem o consentimento da vítima. No livro, uma das personagens, sem perceber, foi filmada se masturbando no vagão de um metrô e essa filmagem foi parar na internet. Depois disso, sua vida virou de cabeça para baixo, perdeu o emprego, começou a receber ameaças de estupro via internet, passou a ser julgada e chamada de louca por pessoas que nem a conheciam. Os números de acesso ao vídeo só aumentavam e ninguém parava para pensar em como ela poderia estar se sentindo ou sendo afetada pelos ataques, ninguém parava para pensar que continuar divulgando o vídeo, mandando para os amigos assistirem, só fazia com que as coisas piorassem.

Esse assunto pode provocar uma reflexão pertinente, porque, infelizmente, é muito comum viralizarem vídeos nos quais mulheres são filmadas em um momento pessoal e a reação das pessoas é julgarem e passarem o vídeo adiante, sem parar para refletirem como isso é danoso para a vítima ou refletirem sobre o porquê do assunto sexo ser motivo de vergonha ou ainda tabu em nossa sociedade.

Tem um acontecimento muito importante para determinar as ações futuras das personagens, mas ele é dado sem nenhuma preparação prévia, não que devesse ter uma preparação porque seria um choque de qualquer forma, mas ele é tão repentino que parece mais uma coisa jogada, sem explicação nenhuma e o leitor fica sem saber como uma pessoa, que naturalmente teria esboçado alguma reação, reagiu a isto. Pode parecer confuso, mas juro que quando lerem o livro vocês vão entender. É difícil explicar porque seria um belo de um spoiler.

site: http://www.impressoesdemaria.com.br/2017/11/vacas-dawn-oporter.html#more
Karina 02/02/2018minha estante
Maria,
Eu concordo com tudo o que você diz sobre o livro. A edição está uma bosta.... vários erros nas frases . Um absurdo!!!
A Tara é a personagem que mais gosto , mas fiquei absurdamente possessa em como ela lida como essa história toda do vídeo.. por ela ser uma profissional do ramo se deixar levar por aquela entrevista e como em nenhum momento ela não acionou nenhum advogado pra lidar com isso?! Eu não engoli ....
Cam tbm tenho ressalvas sobre ela rsrss e Stella é lunática e negativa (ficava com preguiça de ler as partes dela rsrs )




Alelorencastro 07/04/2024

Nem toda mulher quer ser princesa...
O livro narra a história de três mulheres que vivem trajetórias diferentes, mas que devido às "coincidências" da vida, acabam se esbarrando para se apoiarem nos momentos mais difíceis de suas vidas. Tara Thomas é mãe solteira de uma menina de 6 anos, Annie, e trabalha como produtora de TV em uma empresa onde o machismo está presente. Camilla Stacey é uma blogueira famosa, que aborda temas feministas em suas publicações e convicta de que não quer ter filhos, escolha que a faz conviver com a pressão familiar acostumada com ideias conservadoras. Stella Davies trabalha como assistente pessoal de um fotógrafo e, após perder a mãe e a irmã para o câncer de mamã e ovário, vive assombrada por essa doença terrível. Dessa forma, elas vão vivendo suas vidas, até que uma Tara se torna alvo de difamação na internet. Diante da situação, Camilla se solidariza com sua situação e uma amizade surge entre elas. Nesse meio tempo, Stella corre atrás do sonho de ser mãe enquanto ainda é possível de uma forma natural, usando de meios questionáveis para atingir seu objetivo. Com reviravoltas surpreendentes, acompanhamos a história de mulheres modernas que precisam encontrar a própria voz para sobreviver nos dias atuais. Um história de reflexão sobre sororidade em tempos modernos...

"Fico preocupada ao me dar conta que de que há muitas mulheres por aí que sabem a diferença entre certo e errado, mas que não têm coragem de dizer isso para as pessoas à sua volta que estão lhe causando problemas. O que impede você? Do que você tem medo? Dos homens? Por quê? De outras mulheres? Bem, isso é idiotice. Os homens só progrediram mais que nós na sociedade porque nos dominam com ações e atitudes. Simples assim. Para alcançar o equilíbrio, precisamos agir. Se sente que está sendo dominada e que isso está te impedindo de avançar, IMPEÇA isso. Se alguém está tratando você como objeto por causa da sua sexualidade, RECUSE os rótulos. Se tem alguém te impedindo de conquistar o que você quer, FALE. Se a pessoa continuar no seu caminho, SIGA EM FRENTE... Pare de se fazer de vítima, dizendo: "por eu ser mulher" e "ser mulher é difícil porque" no começo de toda frase para descrever seu sucesso ou o seu fracasso. Tire o fato de ser mulher da equação, siga em frente e conquiste. Você tem o poder de moldar o próprio destino, você tem o poder de ditar como as pessoas te tratam. Você tem o poder de não ser diminuída, rebaixada ou intimidada. Como Ghandi dizia: "seja a mudança que você quer ver no mundo". Tudo o que acontece com você está sob seu controle, porque você controla sua reação. Não se desculpe por ser quem você é e não aceite a merda dos outros. Não seja vítima. O feminismo precisa que você se posicione. Conquiste o que você quer. Siga em frente e conquiste o que você quer".

"... às vezes ser mulher faz a gente se sentir num açougue. A gente precisa se apaixonar, casar, ter filhos. Cada vez mais e mais mulheres estão indo na direção contrária. Escolhendo não ter filhos, ou arranjando um jeito de tê-los por conta própria. E acho importante promover essas alternativas de um jeito positivo. As mulheres podem fazer e ser o que quiserem, e mulheres como eu e você podem ajudá-las nisso. Não seja uma maria vai com as outras, sabe? Viva do seu jeito".
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Nath Correia @bibliotecadanath 26/10/2017

Vacas l #dawnoporter l @harpercollinsbrasil l 347 páginas l 4’
Tara é produtora de documentários on-line e mãe solteira. Dividindo seu tempo entre o trabalho e a maternidade, ela precisa lidar com o machismo no trabalho e o preconceito das mães em tempo integral. Stella trabalha como assistente de um fotógrafo e vive assombrada pelas perdas que sofreu e pela ameaça de uma terrível doença. Sem propósito na vida, passa seu tempo vivendo das lembranças do passado e se afogando em tristezas. Cam é uma blogueira famosa e dona do site howitis. Independente e segura de si e de sua sexualidade, ela precisa lidar com a pressão da família e da sociedade por não se encaixar nos moldes da mulher ideal – mãe e dona de casa. Quando Tara vê sua vida virar de ponta cabeça ao cometer um ato em público, as histórias das três mulheres colidirão de uma forma totalmente inesperada...

Vacas tem uma história que precisa e deveria ser lida por todas as pessoas. É um livro que aborda de forma questionadora e, muitas vezes, perturbadora temas como o machismo, o papel da mulher na sociedade e o que essa mesma sociedade espera dela, a luta da mulher para se impor e se fazer respeitar, o poder avassalador e incontrolável da internet e o preconceito em suas diversas formas. A narrativa é fluida e funciona bem ao alternar entre o ponto de vista das três protagonistas – o que faz com que o leitor tenha um olhar mais amplo sobre os acontecimentos - e ao construir suas personalidades, seus medos e seus anseios.

Um tema recorrente no livro é o ato de julgar as outras pessoas, pois ao fazer isso, muitas vezes, não procuramos conhecer toda a verdade, sendo mais fácil apontar o dedo e criticar. Esquecemos que ao mesmo tempo em que julgamos também somos julgados e que nossos atos – por menores que sejam – podem ter repercussões catastróficas nas vidas das outras pessoas. É um livro que fala sobre a necessidade de união entre as mulheres em um mundo dominado por homens e pela cultura do machismo e onde a mulher é considerada o “sexo frágil". É, sobretudo, sobre a pluralidade que é ser mulher, sobre não seguir rótulos e modelos, sobre ser autêntica e singular, sobre ter orgulho de ser mulher e sobre defender e lutar pelo que você acredita.
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Jéssica Spuzzillo @pintandoasletras 31/10/2017

Não seja uma Maria vai com as outras!
Esse livro conta a história de três mulheres muito diferentes, que não se conheciam, mas gradualmente se tornaram parte da vida uma da outra devido a terríveis eventos que fugiram de seus controles.
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Cam, é uma blogueira muito famosa que escreve em seu blog sobre a sua vida e questões femininas, ela é muito confiante e deseja nunca ter filhos.
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Tara, é mãe solteira, cuida da sua filha da melhor maneira possível com a ajuda da sua mãe e tem uma carreira brilhante.
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Stella, é uma mulher de luto, que está tentando lidar com a morte de uma pessoa muito especial, além disso está enfrentando a sua própria doença e tudo que ela mais quer na vida é ser mãe.
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É complicado dizer muito sobre essa história sem falar demais, então tudo o que eu vou dizer sobre o enredo é que uma das mulheres passa por um momento muito embaraçoso que transforma sua vida de cabeça para baixo e faz com que ela acabe se conectando com as outras duas mulheres de formas inesperadas.
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O que realmente gostei deste livro é a grande ousadia da autora, ela escreveu sem medo sobre situações que afetam muito as mulheres de uma forma leve, sincera, abordando cada tópico livre de julgamentos, eu amei!
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Encontrei alguns erros, porém nada que atrapalhou a minha leitura. Os personagens são divertidos e envolventes, amei Tara e Cam, duas mulheres fortes e admiráveis que criaram os seus próprios caminhos na vida e não seguiram o fácil, o comum, o “aceitável” pela nossa sociedade que infelizmente ainda é muito machista.
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Eu nunca me vi como feminista, mas agora comecei a pensar que eu sem perceber, provavelmente tenha sido uma em toda a minha vida. Com confiança eu posso dizer que nunca segui o rebanho, na verdade as vacas me assustam, embora não tanto quanto as cobras.
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“Mulheres não têm que se encaixar em estereótipos”

site: https://www.instagram.com/pintandoasletras
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@blogleiturasdiarias 04/11/2017

Recomendo para todas as mulheres!
Tem livros que quando você para e pensar em analisá-los, vê a importância que uma ficção pode fazer na vida de alguma pessoa. Será assim com Vacas, nem Toda Mulher Quer Ser uma Princesa. Com um choque de realidade para o empoderamento feminino, vemos no meio de uma história o quão libertador é você ser você, fugir dos esteriótipos e de se importar somente com a sua felicidade e de quem ama.

Stella, Cam e Tara. Tara é mãe solteira e trabalha em ambiente totalmente machista; Stella perdeu sua mãe e irmã para o câncer e não sabe lidar ainda com esse vazio; Cam é uma blogueira que levanta a bandeira feminista, fala que a mulher pode ser o que quiser. Três mulheres que terão suas rotinas conectadas e se verão confrontadas na vida particular quando a sociedade impõe que só existe um tipo de mulher. Como elas se encontrarão? O que irá acontecer para que esses mundos distintos se entrelacem?

É definitivamente uma avalanche de informações importantíssimas uma atrás da outra. Quando li a sinopse somado ao título e subtítulo polêmico, imaginava uma quebra de esteriótipo da mulher matriarcal. E é o que vamos encontrar. Surreal é a palavra certa para descrever em como a autora abusou e usou das quebras de tabus na sociedade de uma forma clara, limpa e de fácil entendimento. Difícil nós mulheres não identificarmo-nos com os questionamentos levantados ou pelo menos entender quem se comporta ou quer viver de modo próprio.

Três protagonistas diferentes que no final acabam passando pelo mesmo problema. De personalidades opostas, mostrando como todas podem ser afetadas por um opinião julgadora, em uma parte achei bem angustiante o julgamento massante nelas, especificamente na Tara que passará por uma vergonha nacional em ter algo seu privado divulgado e que é uma coisa "banal" entre quatro paredes — amplificado por ser mãe solteira. Mostra o quanto podemos ser hipócritas, ou o quanto a sociedade é hipócrita.

"— Não tem "mas", Philippa. As mulheres não podem continuar reclamando sobre como são tratadas pela sociedade se não reagem quando dizem que elas estão erradas. Você pode me dizer que Janis é uma escrota, mas não sou eu que a vejo todo dia e deixo ela se safar com isso. Faça alguma coisa, diga como se sente. Nada vai mudar se você não se mexer." pág. 133

Misturar ficção com a realidade — apesar de sinceramente achar que toda a situação pode acontecer na vida real — foi um excelente trabalho. Mesmo "pressionando" e fazendo pensarmos nos assuntos descritos, ela traz a quebra desse ar denso quando introduz o lado cômico. Rir da própria desgraça com piadas irônicas terão seu espaço, e pode acreditar, terão momentos que damos gargalhadas altas.

Sinto que mesmo nas entrelinhas, o que não ocorre muito pois ele é bem claro, Vacas funciona como um libertador para algo que ganha seu espaço mas ainda é julgado: a mulher ter voz. Sempre se é esperado ou da família, ou dos parentes, ou dos amigos um comportamento tal da mulher. No momento que você aprende a dizer não à aquilo, aprende a ter sua própria voz, a fazer suas escolhas diferentes, as pessoas te veem com outros olhos, e às vezes esse olhar pode ser acusador. O desenvolvimento mostra que não devemos ligar e seguir com o nosso coração. Com certeza poderá ser o incentivo que faltava para muitas mulheres que não sabem ainda agir, como fazer funcionar algo que quer no seu íntimo. Vacas, mesmo com situações complicadíssimas dá esse apoio. Existe a volta por cima, existe decisões diferentes, existe o "eu escolho o que quero para minha vida".

Talvez o que tenha me chateado um pouco é o final que uma das personagens levou. Não achava necessário que o acontecimento específico acontecesse, confesso, porém funcionou para aproximação das outras duas. Uma frase que me deixou contente em ver e que consegue resumir quase tudo é "Gente feliz não inferniza a vida dos outros". Esse enredo traz lições valiosas que nos leva a pensar em como está a vida que levamos. Importamos com o que os outros pensam e julgam a ponto de modificar nossa vida? De uma forma geral, a obra faz querer levantar o braço e com orgulho defender nosso direito universal: liberdade de escolha.

Na parte física, o powerfull feminino começa na capa com tons contrastante de amarelo e preto, e a imagem representada. Somado ao título em destaque, a palavra escolhida e o prefácio primoroso, temos altas expectativas do que poderá vir — sendo todas atendidas. Na parte interna, temos uma diagramação limpa facilitando a leitura, além de trazer na narrativa três pontos vistas que são os das protagonistas. É feito em primeira pessoa.

"Com quem eu deveria me desculpar? Estou sentada na frente de Damien, um babaca famosinho na TV que se julga superior a mim por acreditar que a aceitação de estranhos é mais importante do que aceitar a mim mesma. Mas ele não é superior e por isso não vou fazer o que ele quer." pág. 253

Não leu ainda Vacas? Então está esperando o que? Recomendo para aquelas que se identificam talvez com algo que tenha no conteúdo, ou para quem gosta de assuntos polêmicos. Tem espaço também para aquelas que gostar de analisar o que o volume diz, e para aqueles que querem ler algo para distrair. Vacas é para todas!

site: http://diariasleituras.blogspot.com.br/2017/11/resenha-vacas-dawn-o-porter-harpercollins-brasil.html
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Brina.nm 06/11/2017

NÃO SEJA UMA MARIA VAI COM AS OUTRAS!
Quando Vacas chegou até mim através da parceria com a Harper eu já sabia mais ou menos o que esperar, pois a Andrea do Fundo Falso leu e me falou que gostou muito e que eu ia gostar também, então ja comecei essa leitura com uma expectativa la nas alturas, e para minha imensa alegria todas foram cumpridas e superadas com louvor nesse livrão da porra.

A história aqui engloba 3 personagens: Tara que é uma mãe solteira na faixa dos seus 40 anos que é uma produtora de filmes em uma empresa misógina e completamente machista. Seus colegas de trabalho a discriminam quando ela precisa buscar a filha e vivem roubando créditos pelos trabalhos dela. Resumindo: ela odeia seu trabalho e odeia o julgamento que todos lhe fazem por ser mãe solteira e dedicar a vida ao trabalho ao invés de ficar em casa tricotando.

Cam (também conhecida como personagem favorita da vida) é uma blogueira lifestyle de 30 é poucos anos que é completamente independente. Seu site ja tem mais de 16 anos e é como um diário sobre a sua vida e para incentivar mais mulheres a serem livres. Nele ela compartilha suas crenças de que uma mulher pode escolher não ter um filho, que pode ter relacionamentos abertos ou que só se baseiem em sexo e principalmente: que não há nada de errado em querer focar no seu trabalho. Ela tem muitos seguidores, e muitos haters também - principalmente mulheres que não entendem suas mensagens ou que levam uma vida mais tradicional.

E Stella é uma personagem que está passando por um período difícil de sua vida. Ela nunca se recuperou completamente da morte prematura da sua irmã gêmea Alice, e agora que tem que fazer uma cirurgia preventiva para retirada dos seios e do útero ela está sobre completa pressão, assim como seu namorado. Ela se sente sozinha, sem amigos ou alguém para entender seus medos, e seu maior sonho é ter um filho. Ela é a personagem que menos gostei, mas que mostra grandes ensinamentos ao longo de sua historia

Você deve estar pensando: Como a vida dessas mulheres se interligam? Isso vocês vão ter que ler pra saber rsrsrsr, mas basicamente Tara se envolve em um episódio complicado e tem sua vida toda mudada a partir desse momento, e é a partir daí que Vacas se torna um livro brilhante, inspirador e que consegue conversar com as mulheres de maneira clara e direta.

A autora aborda tantos temas incríveis dentro de um único livro que sinceramente é impossível parar de ler. Através de Tara somos apresentadas as dificuldades de ser mãe solteira, de trabalhar em um ambiente machista, de ser julgada por cada passo que fazemos, simplesmente por ser mulher. Já Cam é a que mais se destacou (na minha opinião) pois vemos uma mulher que só quer viver a vida dela sem ter que se desculpar por suas escolhas. A autora aborda temas como maternidade, sexualidade, feminismo, carreira, família e principalmente ESCOLHA, pois sim amigas: vocês têm sempre escolha. Já Stella pode não agradar o leitor em um primeiro momento, mas é através dela que vemos como a vida é injusta as vezes, que a solidão pode machucar e acabar mexendo com nosso psicológico de maneira brutal. Vemos como a pressão que colocamos em nós mesmos e nas pessoas ao nosso redor podem ser prejudiciais a nossa vida e que não é pôr que tomamos escolhas erradas que somos pessoas más, o desespero é uma coisa assustadora.

Mas o que mais se destaca aqui pra mim é a questão da sororidade. Talvez você nunca tenha ouvido falar dessa palavra, mas ela é como uma União das mulheres, nos consideramos irmãs, unidas... Isso foi tão bem trabalhado aqui que a autora merecia um prêmio por tal brilhantismo, vemos como as vezes o apoio de outra mulher é importante em momentos difíceis, é o contrário é completamente mais assustador: quando as mulheres ao invés de terem compaixão são as que tacam as pedras maiores... Não posso explicar direito isso pra vocês, mas a união de duas personagens aqui foi fundamental para a história, assim como a de outras duas para a resolução de uma das outras personagens

Não sei mais o que posso falar pra vocês além de leiam. Sério, Vacas é um livro muito atual que vai além de feminismo, é um livro que aborda tantos temas importantes que você se identifica fácil com as personagens e termina essa leitura se sentindo um pouco mais sábio, mais humano, mais justo. Eu favoritei esse livro sem pensar duas vezes, e mal posso esperar para conhecer mais obras dessa autora que tem tanto tato para falar de temas tão importantes para nós mulheres.

site: http://www.stalker-literaria.com/2017/11/resenha-vacas-dawn-oporter.html
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Bia 08/11/2017

O livro mais empoderador que existe! (Resenha publicada no blog O que tem na nossa Estante)
Nunca soube o quanto nós, mulheres, somos susceptíveis ao machismo até ficar solteira aos 30 anos. Claro que já o conhecia, convivia com ele dentro da minha casa; mas parece que o fato de você estar em um relacionamento faz com que os outros homens respeitem o macho que está ao seu lado.
“Existe uma regra para os homens e outras para as mulheres. O mundo é assim, querida. Acho que isso não vai mudar.”
Estamos em 2017, século XXI, e mesmo assim o sexo feminino ainda é considerado inferior quando comparado ao sexo masculino. Qual a função da mulher na sociedade? Casar? Ter filhos? Quem tem a função de limpar a casa, cozinhar e cuidar dos filhos?
E caso essa mulher se decida a não querer nada disso?
Vacas, da autora Dawn O’Porter, traz a estória de três mulheres completamente diferentes: Tara, Stella e Cam.
Tara é mãe solteira. Mora com sua filha e sabe bem dos sacrifícios em criar sozinha uma criança; já que foi uma gravidez não planejada, fruto de sexo casual.
Trabalha numa produtora de TV, onde enfrenta diariamente o machismo por parte de seus colegas. Além disso, as mães perfeitas dos amiguinhos de escola de sua filha agem com preconceito pelo fato de Tara ser mãe solteira.
“Quando se vive sozinha, a gente logo aprende a confiar no mínimo de pessoas possível.”
Stella tem um trabalho perfeito. É ela quem toma as rédeas e controla a vida de seu chefe Jason, fotógrafo que está prestes a finalizar um livro sobre seu trabalho. Quem vê toda sua determinação, não imagina o quanto é sofredora. Perdera a irmã gêmea e a mãe para uma doença terrível; e agora se descobre propicia a esta mesma doença.
“Afinal, qual o sentido de compartilhar nossa dor com alguém que não sente empatia?”
Cam é blogueira, daquela classe bem sucedida, com patrocínios milionários. Linda, inteligente, solteira; escreve basicamente sobre sexo e suas escolhas nada convencionais para uma mulher. Quando decide contar ao mundo sua escolha sobre não querer filhos, enfrenta o preconceito de uma sociedade que dita o que uma mulher deve fazer com o útero.
“Há mais mulheres solteiras na faixa dos trinta e dos quarenta do que em qualquer outra época. Somos uma demografia em rápida ascensão, mas ser solteira não significa que você não quer ou mereça menos sexo.”
A vida dessas três mulheres acaba por se interligar de uma forma surpreendente; onde teremos por fim, um enredo sobre sororidade, amizade e amor próprio.
Eu nunca imaginei que fosse ficar tão presa ao conteúdo dessa obra. Pude me identificar e ainda tirar conselhos das próprias personagens para a vida.
“Acho que nunca me sentiria solitária. Porque quando você domina a arte de desfrutar da própria companhia, a felicidade vem.”
Aqui, apesar de ser ficção, temos mulheres comuns, com problemas reais. Posso dizer que Vacas é um livro sobre mulheres solteiras, mas essa solteirice acaba sendo uma constante na vida de cada uma. Cam é porque escolheu; Tara tenta mudar seu status de relacionamento, porém ainda não encontrou ninguém; e Stella, mesmo estando em um relacionamento, não se dá conta de que o fracasso do mesmo a deixa sozinha.
Estamos habituadas com várias opções de livros sobre mulheres casadas, com relacionamentos perfeitos; ou ainda sobre aquelas que são solteiras, com problemas superficiais e encontram um príncipe encantado que resolve tudo isso num piscar de olhos. Não sou contra romances, só acho que a maioria pinta a mulher e o relacionamento em si de formas fantasiosas. Sem contar sobre a quantidade de livros que tratam sobre a rotina da mulher perfeita, sobre o que falar na hora do sexo, o que não falar na hora do sexo, regras para o primeiro encontro... Vacas é um grito de “foda-se” para tudo isso.
A trama mostra diversidade, poder de escolha e ainda nos ensina a sermos fortes para lidar com qualquer problema que possa surgir. Isto porque a construção de cada personagem foi tão perfeita que é como se elas existissem na vida real.
Acima de tudo, temos um verdadeiro contraste entre escolha e destino. Nem tudo está ao nosso alcance, mas você vive de acordo com suas escolhas?
A narrativa é intercalada entre as três personagens, o que torna a leitura ainda mais prazerosa. Temos acesso aos textos de Cam para o seu blog e ainda uma abordagem bem leve sobre os novos mecanismos para relacionamento (como o Tinder).
A edição está linda, porém encontrei alguns erros de revisão. Erros estes que não me atrapalharam na apreciação da obra.
Recomendo! É o livro mais empoderador que já li.
“Meninos são difíceis, mas meninas... vocês são más.”
E termino minha resenha com uma frase conhecida por nós, de muita importância para o enredo: não seja uma Maria vai com as outras.
“O que impede você? Do que você tem medo? Dos homens? Por quê? De outras mulheres? Bem, isso é idiotice. Os homens só progrediram mais que nós na sociedade porque nos dominam com ações e atitudes. Simples assim. Para alcançar o equilíbrio, precisamos agir. Se sente que está sendo dominada e que isto está te impedindo de avançar, IMPEÇA isso. Se alguém está tratando você como objeto por causa da sua sexualidade, RECUSE os rótulos. Se tem alguém te impedindo de conquistar o que você quer, FALE. Se a pessoa continuar no seu caminho, SIGA EM FRENTE. Pare de se fazer de vítima, dizendo: “`Por eu ser mulher” e “ser mulher é difícil porque” no começo de cada frase para descrever seu sucesso ou fracasso. Tire o fato de ser mulher da equação, siga em frente e conquiste. Você tem o poder de moldar seu próprio destino, você tem o poder de ditar como as pessoas te tratam. Você tem o poder de não ser diminuída, rebaixada ou intimidada”.


site: http://www.oquetemnanossaestante.com.br/2017/11/vacas-resenha-literaria.html
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Faces EM Livros 18/11/2017

Vacas
Este é um livro feito para mulheres com personagens femininas.Calma... Não é por ai. Não há porque fazer essa distinção, pois a proposta do livro é justamente tratar sobre o emponderamento de em três perspectivas diferentes. Vacas foi lançado pela Harper Collins Brasil assumindo um proposta ousada, já que este foi o ANO para elencar diversos assuntos polêmicos. Sendo um deles: machismo X feminismo. Há décadas as mulheres quebram barreias para assumir um lugar de respeito. Houveram épocas em que o patriarcalismo era muito forte e não cabia a mulher decidir o seu futuro. As rupturas trouxeram novas formas de enxergar o gênero e a classe social. E, é exatamente essa a proposta inicial do livro: mulheres que não precisam ser vistas como frágeis ou princesas, mas donas de si.

Três mulheres que tem muito a dizer, mas não sabem por onde começar. Fica por conta do leitor extrair a melhor interpretação do livro.





Tara é solteira, e segundo a descrição do livro, passa a ideia de que ela permanecerá assim até o final. Ela passa pelo dilema de dividir o seu tempo entre a filha e o emprego. O seu sucesso? Depende disso. O problema é que após quarenta páginas, a vida dela vira ao avesso. Seus problemas só pioram quando fica em maus lençóis após um escândalo, que a coloca como pervertida da internet. Uma mulher que antes era corajosa, independente e fria agora tem que conviver com a perca, má fama, e o pior de tudo: voltar a morar com o seus pais, com 42 anos.

Stella é uma personagem complicada. Não tem o que descrever muito sobre ela, pois a solução para suas dificuldades é a aceitação e busca por um profissional de psicologia. Ela quase não tem visibilidade no enredo, pois é previsível as suas ações. Por outro lado, a personagem que merece destaque na trama é a Cam, porque sua vida foi construída sob suas escolhas e não sob o que a família queria para ela. O ponto chave da narrativa está ai e que se aproxima com a proposta do livro para falar sobre emponderamento, questões acerca do machismo. Cam dedica grande parte do seu tempo para fazer o que gosta e foi por isso mesmo que conquistou o apartamento e emprego dos sonhos. Sua grande dificuldade é deixar seus medos e anseios para trás. Mesmo com a imagem que construiu ela ainda sim tem problemas em para se relacionar com as pessoas.

“Acho que nunca me sentiria solitária. Porque quando você domina a arte de desfrutar da própria companhia, a felicidade vem.”

O livro como um todo tem uma proposta interessante, que nos faz medir e refletir sobre paradigmas sociais. Mas nos enganamos quando colocamos altas expectativas na sinopse, pois a mulher que de fato mais se aproxima com a descrição da obra é a Cam. Só que ela é regrada pelo medo, mas diferente das outras segue em frente.

Ainda sim, temos um enredo cujas personagem desejam viver em um conto de fadas de forma que a princesa sempre tenha o seu final feliz. E ser empoderada não é exatamente isso. Uma leitura mais critica da palavra nos diria que obra tentou cumprir ou ao menos falar sobre um tema muito presente na sociedade de hoje, mas que em determinados pontos deixam a desejar.


O livro tem vários pontos positivos como unir a vida dessas personagens em determinado ponto. A tentativa de falar sobre mulheres que sofrem em um sociedade machista. Sobre uma família que não apoia a decisão de querer seguir por um caminho. São dilemas sociais tão reais que me vi na pele de uma delas. Como por exemplo, o fato de Cam ser bem sucedida mas não desejar o casamento. Me parece que a forma mais atrativa para se ter o "aval" ou a "certidão" de aprovação para alguma coisa é com o casamento. E não é bem assim. Algumas pessoas simplesmente escolheram ser feliz sem precisar se relacionar com outra, sob um mesmo teto. o mesmo acontece com as mulheres que não desejam ter filhos. É óbvio que essas escolhas não a tornam menos mulheres.

“Acabei descobrindo que muitas vezes a melhor terapia é ver outras pessoas sofrendo.”
Deu para perceber a riqueza temática que o livro possui, mesmo com algumas tentativas falhas, ele, ainda sim, tem muito a nos dizer. Seja homem ou mulher, a leitura é válida para adultos que desejam conhecer um pouco mais sobre o assunto. A capa e o título falam por si só quanto irá te causar de impacto emocional. Vacas? Somos todos nós que decidimos desviar dos padrões sociais.

Deixo claro que a nossa intenção não é defender, apoiar ou abrir um debate sobre o feminismo, mas sim, expandir o nosso conhecimento sobre determinados preceitos sociais que de fato chegam a ser ridículos. Se temos a liberdade de escolha, devemos nos ver felizes com elas!

site: http://www.facesemlivros.com/2017/11/resenha-vacas.html
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Aninha 19/11/2017

Vacas: Nem toda mulher quer ser princesa
"Vacas" me proporcionou uma saída da minha zona de conforto para um assunto que permeia a todos nós o tempo todo e que é de grande relevância nos dias de hoje, para todos mas principalmente para as mulheres: o feminismo.
Com uma abordagem nada sutil, ele nos mostra a realidade de 3 mulheres tentando viver suas vidas de uma forma que vai na contra mão da sociedade. Tara é mãe solteira, Camilla é uma blogueira e Stella é uma gêmea que perdeu a família mas ainda não superou o luto.

Tara engravidou na primeira e única relação sexual com um completo desconhecido. Aos 36 anos, ela viu na gestação a chance de ser mãe e abraçou a causa. Não foi atrás do pai da criança e com o apoio de sua família se divide entre criar a filha Annie e desempenhar sua profissão de produtora de TV em um ambiente completamente hostil, onde cada atraso ou pedido para sair mais cedo é associado a maternidade. Ela se sente frustrada por não conseguir se dedicar totalmente ao trabalho e nem totalmente à sua filha. Tem a sensação de que está falhando em todos os sentidos. Pra piorar, sua mãe ainda insiste que a pequena Annie precisa de uma figura paterna e cuida da neta nas noites de sexta para que Tara possa conhecer candidatos ao papel de pai.

O que Tara não poderia imaginar é que uma dessas sextas mudaria sua vida pra sempre. Ao sair do encontro, que foi bem melhor do que o previsto, Tara acaba se envolvendo em uma situação constrangedora, da qual ela não vê saída. E é essa situação que faz Camilla entrar em sua vida.

Camilla, mais conhecida como Cam, é a mente por trás do blog HowItIs.com, um espaço voltado ao público feminino e que lhe rende muito dinheiro. Cam achou na internet o lugar ao qual pertencia. Sendo a mais nova de 4 filhas, ela não conseguiu voz no turbilhão de vozes que formavam a sua casa e muito menos na escola, onde não se encaixava nos grupos aos quais 'devia' pertencer. Porém, as palavras que não lhe saíam da boca, transbordavam pelos dedos. Enviou seus textos a várias editoras, das quais nunca teve resposta. Com a chegada da internet, Cam criou um blog e começou a publicar seus textos, tornando-se um ícone do feminismo moderno, tornou-se o rosto das mulheres que não queriam ser mães e engajou-se no empoderamento. Ao saber do incidente no qual Tara se envolveu, ela forneceu suporte através de seu blog e começaram a trocar e-mails nos quais Cam encorajava Tara a virar o jogo ao seu favor. Mas, nem todas as correspondentes de Cam a procuravam por gostar dela, algumas mensagens eram apenas para destilar ódio. E nesse grupo, está Stella.

Stella viveu toda a sua vida ao lado da sua irmã gêmea (idêntica) Alice. Ao perder a irmã, que morreu devido a um câncer muito agressivo, ela tinha basicamente duas opções: descobrir quem era sem Alice e voltar a viver ou ignorar todo o processo de perda e superação que deveria passar e levar sua vida menosprezando a dor que sentia. Ao optar pela segunda opção, o sentimento de revolta tomou conta de seu ser. Ela se isolou a ponto de manter contato superficial com seu chefe, uma relação desgastada e problemática com seu namorado e uma amiga que estava feliz demais para notar que Stella precisava de ajuda. A pior parte é que Stella tem grandes chances de desenvolver o câncer que acabou com a sua família, por isso, precisa decidir se vai se submeter a cirurgia preventiva ou se vai esperar concretizar seus planos para se tratar. Essa decisão combinada ao cenário no qual ela estava inserida fez com que o resultado fosse catastrófico para sua vida pessoal, profissional e sentimental.

Contudo, uma coisa que os livros e a vida nos ensina é: enquanto há vida, há esperança. Não devemos (por mais difícil que pareça) focar nos dias ruins e achar que tudo está perdido! As vezes, o que parece ser o fim é apenas o começo. Quando essas três mulheres se unem, elas mostram para todos que sim, mulheres se ajudam, sim, é possível superar os horrores do passado e construir uma nova vida, e, o mais importante: nem toda mulher quer ser uma princesa, mas se você quer ser, você pode. PODEMOS SER O QUE QUISERMOS! Podemos mudar de ideia e voltar ao início quantas vezes forem necessárias!

E aí, o que vcs acham de tudo isso? Ansiosa pelos comentários de vocês!
Espero que apreciem essa leitura tanto quanto eu!
Boa semana!

site: https://lercomentareamar.blogspot.com.br/2017/11/vacas-nem-toda-mulher-quer-ser-princesa.html
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Raquel.Euphrasio 28/11/2017

Antes: A forma como uma das protagonistas lida com o ato de escrever é tão lindo e inspirador, fiquei encantada com essa parte da história tb!

Que livro! A história conta a vida de três mulheres, mas poderia ser de 10,100,1000 ou infinitas mulheres. Ao longo de toda a caminhada dessas personagens, vamos sendo bombardeada por situações que passamos e/ou conhecemos alguém que passou, muitas delas tão comuns, que se tornaram "banais", mas a autora faz questão de mostrar todo o sofrimento, trauma que isso pode causar e nos estapeia a cada reflexão. É angustiante ler os que essas personagens sofrem, mas reconhecer o problema é o primeiro passo, o que traz esperança de podemos e vamos mudar isso... um dia!

site: https://pipocaazul.wordpress.com/2018/01/21/1297/
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