Recordações do escrivão Isaías Caminha

Recordações do escrivão Isaías Caminha Lima Barreto




Resenhas - Recordações do Escrivão Isaías Caminha


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guibre 18/02/2012

No que concerne a esta obra, a crítica a imprensa me pareceu primorosa, na medida em que expõe a atividade jornalística como um meio de manipulação de informações, de cunho estritamente comercial, quando não um mero instrumento para a realização de objetivos espúrios. Não há nenhum escrúpulo, explorando-se a opinião pública a ponto de incitar uma insurreição que resulta, curiosamente, na alteração da linha editorial do periódico retratado. Afora tais fatos, é de se ressaltar o próprio contexto da redação, estritamente hierarquizado.
Diga-se que Lima Barreto também faz significativa crítica a atividade dos legisladores, retratando os congressistas e o quanto muitos deles são ociosos.
No que concerne a forma, concordo com o usuário que mencionou um problema de coesão do texto, provavelmente relacionado com o fato de que a obra foi publicada, originalmente, na forma de folhetim. Entretanto, tal aspecto não diminui a qualidade do livro, ao que me parece.
João 09/10/2012minha estante
Traduzindo para o português:




Alexandre Kovacs / Mundo de K 04/06/2011

Lima Barreto - Recordações do Escrivão Isaías Caminha
Afonso Henriques de Lima Barreto, o mais maldito de todos os escritores nacionais, nascido mulato no dia 13 de maio de 1881, órfão de mãe aos seis anos, somente no seu aniversário seguinte seria considerado um homem livre com a abolição da escravatura em 1888. Ficou conhecido na imprensa como cronista de costumes do Rio de Janeiro, onde colaborou em jornais e revistas. Seu primeiro romance, "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", foi parcialmente lançado em folhetim em 1907 e publicado como livro em Portugal em 1909. Em 1911 escreveu "Triste Fim de Policarpo Quaresma", também lançado em folhetins no Jornal do Comércio. Em 1914 foi internado pela primeira vez no Hospício Nacional, para tratamento do alcoolismo por um período de dois meses e muitas outras vezes depois em sanatórios, por crises psiquiátricas de depressão, dolorosas experiências para uma época em que tratávamos os nossos desiquilibrados mentais como casos de polícia, vivências que originaram obras autobiográficas como "Diário Íntimo" ou "O Cemitério dos Vivos" (um dos mais belos títulos já pensados na literatura brasileira), todos lançados postumamente. Lima Barreto morreu no Rio de Janeiro em 1922 com apenas 41 anos.

Em "Recordações do Escrivão Isaías Caminha" Lima Barreto se utiliza da própria experiência para narrar com muito sarcasmo as desventuras de um jovem mulato perseguido pelo preconceito. O meio jornalístico é também impiedosamente criticado pelo autor que foi banido de todas as redações do Rio de Janeiro após ter lançado este livro. A edição do Selo Penguin Companhia das Letras é complementada por uma introdução crítica de Alfredo Bosi, prefácio de Francisco de Assis Barbosa e várias notas sobre o contexto histórico da obra por Isabel Lustosa que ajudam a identificar os personagens entre os escritores e jornalistas da época.
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Gláucia 27/03/2011

Recordações do Escrivão Isaías Caminha
Isaías sai do interior para o Rio de Janeiro a fim de estudar e se tornar doutor, mas a estrada da vida tem lá seus desvios e ele acaba num jornal carioca. A partir daí o livro passa a impressão de ser meio autobiográfico, pois começa haver uma crítica à estrutura jornalística, como um desabafo ou mesmo um desafio.
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Diana Kaguya 03/02/2010

Eu nunca abandonei um livro, mas pra tudo existe uma primeira vez. '-'

Olhando pelo lado historico da coisa, até que o livro não é tão ruim,

Mostra O Rio de Janeiro do Séc XIX.

Mas como a história é narrada por um personagem pra lá de deprecivo,não dá, não dá mesmo.



O único tipo de pessoa que eu não suporto do meu lado, é a pessoa com um indice negativo de auto-estima.



Desisto!
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Danielle 30/10/2009

Esta foi a obra do Lima Barreto que menos me agradou, talvez porque ele deixe explícitos demais seus rancores.
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Vinícius 27/07/2009

Um típico folhetim
O livro, escrito originalmente para ser publicado em partes no jornal, tem exatamente as características de um folhetim. Quando a história está prendendo o público, Lima Barreto parece enrolar mais neste ou naquele ponto. Quando a audiência cai, ele corre com a história para alcançar um patamar que interesse o público de novo.

Talvez seja por isso que tive a impressão da correria na transição entre os trechos. Primeiro, quando ocorre a inserção de Isaías no jornal O Globo e depois quando o jornal O Globo muda seu viés político. Quando essas passagens ocorreram, para mim, paraceu que eu havia pulado uma página do livro.

O fato de eu me enxergar em Isaías e Lima Barreto também só me faz admirar ainda mais o escritor. Claro, não sou um Isaías Caminha por inteiro e nem poderia o ser. Contudo, é incrível que haja certas semelhanças nas nossas trajetórias de vida. É um livro que merece ser lido, mas talvez interesse apenas pessoas da área de Comunicação devido a crítica que existe ao jornal Correio da Manhã e a imprensa da época, ali representada pelo jornal O Globo.

Fica aqui a questão: A Globo, de hoje, adotou este nome antes ou depois da publicação do livro? Uma simples coincidência?
Pablo Pacheco 24/09/2011minha estante
Acredito que, ao menos em certa medida, é bem difícil que não se possa encontrar semelhanças entre nós, leitores, e Isaías Caminha.
Essa personagem é um exemplo claro do que acontece com pessoas talentosas no Brasil: Estudar? Nem pensar! Mas se rebaixar à uma autoridade qualquer e subir na vida por vias excusas é totalmente aceitável e inclusive desejável.




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