maryelli0 26/02/2024
Chabouté, o sensível!
Ler esse cara me faz querer ver o mundo como ele vê. Sempre tão cuidadoso e carinhoso aos detalhes e com olhos tão sensíveis sobre a humanidade!
A hq conta sobre um cara que vive, desde sempre num farol, e nunca conheceu o mundo fora do mesmo.
O que me tocou nessa história, foi a relação dele com o dicionário, muito reflexivo pensar que até mesmo uma coisa tão básica (o dicionário) não é acessível e claro. Ver como ele imaginava as coisas que ele lia no dicionário me pegou por dias...
A decisão do protagonista, que teve sua vida "determinada". Por conta da sua aparência, se "prendeu" no farol, e decidir mudar essa situação determinante. Faz qualquer um olhar de uma forma mais gentil para si, e ver que nos assim como o protagonistas precisamos dessa cura em alguma área.
E isso, torna o Chabouté tão querido, não importa a sua idade, classe social, sua história, etc. Chanouté vai tocar na ferida, vai te fazer pensar nos pequenos detalhes, ter uma visão mais humana sobre si e sobre nós (como sociedade).
Não diria que é obrigatório ler, é uma escolha carinhosa tirar um tempo para sentir essa hq. E se for ler, cada detalhe é um sentimento, uma reflexão, quase que uma nova história.
Chaboute constrói sua narrativa pelos pequenos traços, detalhes num jarro qualquer, na expressão facial. Sinto que para o autor, nos leitores, fazemos a história construindo a ideia dele com os pequenos detalhes. Quase um retalho, um mosaico.
?